Marco Monteiro Publicado Dezembro 11, 2007 Publicado Dezembro 11, 2007 (editado) Bom dia amigos, por inúmeras vezes já discutimos o assunto "Hibridação", polémico por excelência, e tentamos a todo o custo explicar as consequências destes cruzamentos entre espécies diferentes. Vezes sem conta tentamos seguir à risca a compatibilidade entre espécies, não apenas no que diz respeito à sua sociabilidade (factor comportamento/agressividade) mas simultaneamente evitando misturar espécies com cores idênticas e passíveis de se cruzarem. É muito comum essas ocorrências entre mbunas e às vezes até complicado controlarmos um aquário onde essas espécies se cruzam todos os dias, num espaço ínfimo e que nada tem a ver com a imensidão do seu biótopo de origem. Aquilo que vos quero transmitir é algo pouco comum, mas baseado numa experiência pessoal ocorrida este fim-de-semana num dos meus aquários Malawi. Como todos sabem, recentemente alterei a fauna do meu aquário e, como todos nós nos afeiçoamos a alguns dos peixes que criamos, resolvi manter três exemplares num aquário à parte, com um metro de frente, cerca de 180 litros. Reservei um Labidochromis Caeruleus (Macho), uma Aulonocara Nyassae (fêmea) e um Pseudotropheus Crabro (fêmea). Ao efectuar a manutenção do aqua no sábado, verifiquei que a Aulonocara estava a incubar e resolvi proceder ao stripping fry. Resultado? 22 alevins, todos eles já sem saco vitelino, a nadar livremente e com uma mescla de cores que variava do cinzento ao amarelo!!! O pai? O único possível: Labidochromis Caeruleus... Apesar de se tratarem de seres vivos, não posso de forma alguma compactuar com a hibridação de espécies, pelo que rapidamente alimentei os meus mbunas do Malawi Resort com os pequenos alevins. De qualquer forma, mais uma vez percebemos que o mundo da genética vai muito mais além do que possamos imaginar e todas as advertências que diariamente fazemos no âmbito da aquariofilia não são, de todo, em vão. Ouvimos muitos relatos de cruzamentos entre mbunas, de exemplares que normalmente até pertencem ao mesmo género mas de espécies diferentes, mas ignoramos tantas outras situações que podem ocorrer debaixo das nossas barbas, sem nunca darmos conta. Fica assim o relato de uma história que fracassou pela intervenção humana e de um romance que (tal como a princesa de um grande reino e o camponês muito pobre de um filme de amor) nunca poderia dar certo: Labidochromis Caeruleus x Aulonocara Nyassae Um abraço, Editado Dezembro 11, 2007 por Marco Monteiro Marco D'Oliveira Monteiro APC #195 Meu Blog
tiagoagfaria Publicado: Dezembro 11, 2007 Publicado: Dezembro 11, 2007 Ola marco, também tenho uma historia parecida que vou passar a contar.. Na altura do sucedido eu tinha no meu aquario os seguintes: 1m 1f - metriaclima Estherae 1m 2f - Aulonocara baenschi 2 - labeotropheus yellow sided 8- labidochromis caeruleus juvenis 3 - labidochromis sp. Hongi 7cm 4 - graeshkai juvenis 1 - suposto macho metriaclima estherae (que depois vim a descobrir que era uma fêmea, em principio chewere) Então, o que me aconteceu foi que o suposto macho de estherae começou a deixar de comer e reparei que tinha ovos na boca... passados 20 dias tireí-os e de la saíram uns 9 pequenótes azuis claros com algumas riscas verticais pretas. A minha dúvida é a seguinte, quem poderá ser o pai dos pequenotes? Isto ja a algum tempo, agora os pequenos ja têm 1.5cm e continuam azul claro e com as tais riscas. Cumprimentos A pressa é inimiga da perfeição.Feedback
LMAlves Publicado: Janeiro 4, 2008 Publicado: Janeiro 4, 2008 Até existe/existia uma página francêsa chamada "o quadro dos horroes"; Lá figuravam coisas muito extranhas, como um Altolamprologus com padrão de Julidochromis...
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