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Boas, pessoal.

 

A minha Pseudotropheus Zebra estava a fazer Incubação Bucal à 6 dias e de um momento para ou outro deixou de fazer. Não sei onde foram parar os ovos, só sei que antes de alimentar os outros ela tinha os ovos na boca, fui jantar, quando cheguei ao aqua ela estava a alimentar-se vorazmente e, claro, sem os ovos na boca.

 

Porque razão ela renunciou os ovos? Alguém me sabe dizer?

 

Será que ela guardou os ovos num sítio qualquer e depois voltará a colocar os ovos na boca?

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Olá Regal,

 

Vou tentar ajudar-te com o que li algures. As fêmeas incubadoras bucais devem ser retiradas do aqua principal e introduzidas num aqua de criação para que esta se realize com maior sucesso. O problema é que secalhar a fêmea estava a ser importunado pelos outros individuos do aqua e qualquer animal que n sinta segurança acaba por matar as crias, ou neste caso comer os ovos, isto é certinho. Pode ser que tenha acontecido isso mesmo.para a proxima experimenta retirar a dita cuja. Mas retira só ao fim de 14 dias de incubação senão a fêmea pode matar tudo ( á tua matou ao fim de 6 dias... ta aí um problema ).

 

No entanto eu também já li que se a fêmea se sentir muito segura ela é capaz de largar os ovos em desenvolvimento numa cova por exemplo e só os introduz na boca em caso de perigo. Neste periodo a fêmea alimenta-se. Vê lá bem se ela n tem a ninhada aí escondida.

 

Espero ter ajudado

Um abraço!

 

Nuno Silva

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Boas,

Regal, Qualquer motivo pode ser a causa desse "aborto", basta a fêmea entrar em stress por qualquer motivo, por vezes difícil de identificar.

A mim tem-me acontecido regularmente com algumas fêmeas, às vezes por motivos que não consigo identificar outras vezes como motivos identificáveis, como por exemplo: mudança da decoração do akua, introdução de novos indivíduos, qualquer mudança das condições químicas ou temperatura da água, ou mesmo a fêmea estar extremamente magra e fraca que não consiga aguentar a incubação até ao limite.

De qualquer forma não é grave, se acontecer esporádicamente. Se aontecer sempre, aí poderá ser um problema da fêmea, e aí possivelmente ela nunca vai conseguir levar a incubação até ao fim. Existem várias teorias para isso poder acontecer, nomeadamente quando se faz partos forçados, mas tb há quem diga que não tem nada a ver.

 

Nuno, relativamente à tua resposta, devo dizer que tens toda a razão quando dizes que se deve tirar a fêmea do akua comunitário para um de criação. No entanto o tempo apartir do qual se deve retirar não estou de acordo, já que na maior parte das vezes a fêmea "perde" os ovos na 1ª semana de incubação. Fazendo essa transferência o mais cedo possível e com muito cuidado...muita informação pode ser encontrada tanto na net como em livros sobre m'bunas, como se deve fazer essa transferência sem originar muito stress na fêmea.

Ao fim dos 14-15 dias que tu referes, se a fêmea não perdeu os "ovos" que neste caso já são alevins, já não os deve rejeitar, sendo assim apartir desse prazo (15dias) já se pode retirar os alevins da boca da fêmea...já o fiz várias vezes e com sucesso perto dos 100%, nomeadamente com espécies como os metriaclima msobo magunga. acrescento ainda que se se puder esperar pela 3ª semana de incubação, será a melhor altura para realizar o "parto forçado".

Quanto à possibilidade da fêmea poder largar os ovos onde quer que seja, devo dizer que nunca observei tal faceta por parte dos meus m'bunas nem sequer suspeito que tal possa ter acontecido, o que me parece que possa acontecer por vezes, é que quando os ovos/alevins começam a cerces bastante e a fêmea passa ater dificuldade em mantê-los todos na boca possa largar alguns pelo akua, e aí possam aparecer alguns alevins escondidos nas pedras mesmo antes dela os largar todos, isso já me aconteceu, ou pode mesmo acontecer que no acto do acasalamento sejam duas fêmeas a incubar os ovos de uma, já presenciei essa façanha :D

Nos m'bunas como em outros peixes com comportamentos espetaculares podem sempre acontecer coisas estranhas e mesmo fora do comum, mas conosco não acontece o mesmo....?

Cumprimentos

João Magalhães APC #45

 

http://joalmag.blogspot.com/

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Obrigado aos 2!

 

João,

 

O peixe estava bem alimentado e era a 1ª incubação que fazia, será por isso? É normal acontecer na 1ª?

 

Realmente entrou um peixe no aqua 2 dias antes, um Altolamprologus Calvus pequeno, com cerca de 2 cm (acho que não é ameaça para ela que tem 8 cm).

 

Ao fim de quanto tempo eclodem os ovos na boca da fêmea?

Como é que se deve retirar a fêmea sem lhe causar stress?

Como se deve realizar o parto forçado?

 

Gostaria, se pudesses, que me respondesses a estas perguntas para que em próximas situações possa estar preparado.

 

Obrigado

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Olá aos dois,

 

João, eu basiei a minha resposta num livro que tenho em casa, é o que lá diz. Sinceramente eu tb achei muito tempo, concordo ctg q a transferencia possa ser feita mais cedo. Ao fim de quinze dias a fêmea já decidiu se vai ou n continuar a incubação por isso é melhor retirar mais cedo.

 

Regal, o facto de ser a primeira vez a criar pode ter influencia mas no teu caso eu apontava as culpas ao novo inquilino. Mesmo sendo bastante mais pequeno que a fêmea introduzir um ciclideo num aqua depois de já estarem estabelecidos territorios etc é sempre muito complicado. Gera-se sempre muita confusão e toda essa confusão pode ter sido a causa de stress da fêmea.

Um abraço!

 

Nuno Silva

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Obrigado aos 2!

 

João,

 

O peixe estava bem alimentado e era a 1ª incubação que fazia, será por isso? É normal acontecer na 1ª?

Não se pode dizer que é normal...mas também não se pode dizer o contrário! Já me aconteceu que na 1ª vez corre tudo 5* e depois corre mal, e vice versa.

 

Realmente entrou um peixe no aqua 2 dias antes, um Altolamprologus Calvus pequeno, com cerca de 2 cm (acho que não é ameaça para ela que tem 8 cm).

Pode ser possível! não nessecita obrigatóriamente de ser uma ameaça!

 

Ao fim de quanto tempo eclodem os ovos na boca da fêmea?

Depende das espécies, mas digamos que deve ser entre as duas e as três semanas, mas no entanto é fácil de constactar pela observação atenta da boca da fêmea, quando nascem consegue-se observar os movimentos dos alevins na boca da fêmea.

Posso dizer tb que, e como já referi, já retirei alevins passados 15 dias e já estavam completamente desenvolvidos e prontos a sobreviver sozinhos.

Como é que se deve retirar a fêmea sem lhe causar stress?

Há variadíssimos métodos, uns melhores que outros, nada melhor que leres um artigo escrito por uma das maiores investigadoras desta área - Jessica Miler: http://www.cichlidae.com/tanks/t012-es.php

 

Como se deve realizar o parto forçado?

Utilizo um método muito simples que é o seguinte:

retiro a fêmea com uma rede, com muito cuidado para ela não esmagar os alevins, ou pelo menos esmagar o menor nº possível.

Depois disso, pega-se na fêmea com a mão e retirando-a fora de água e ao mesmo tempo precionando ligeiramente na zona das guelrras, ou abrindo-lhe a boca com um clipe, ela acaba por deixar sair os alevins. Tudo isto é obvio, com muito cuidado, para não se ferir a fêmea. Ela por vezes fica com alguns na boca...o que não é mau de todo, já que não se sente tão mal depois, porque ainda fica com alguns para cuidar, mas se não ficar não é grave.

"Importante: ter o cuidado de verificar que ela não fica com nenhuma bolha de ar na boca, correndo o risco de sufocar".

Expus aqui algumas experiências pessoais, e algumas das medidas que tomo nestas situações, que de todo não serão as mais correctas, mas que têm funcionado numa grande parte dos casos...e isso é que importa. Provavelmente haverá outras formas de fazer as coisas, e melhores....

Cumprimentos

João Magalhães APC #45

 

http://joalmag.blogspot.com/