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Primeiro, não tenho experiência com peixes do Tanganyica.

 

O único peixe que tenho desses lados é uma fémea ocellatus num aquário de haps, o que próximo de nenhuma experiência me dá para este projecto que já tá em andamento.

 

Também já cheguei à conclusão de que por muitos planos que faça os peixes vão acabar por furá-los. Mas não lhes pretendo facilitar a tarefa de se matarem uns aos outros.

 

Montei um aquário de 840 litros brutos (200 x 60 x 70) para conchículas. Actualmente ainda tem haps do Malawi que estão a aguardar a chegada de um aquário para eles, mas o layout já é o que pretendo para os conchículas (o que faz os malawi's um bocado infelizes, mas melhores tempos virão para eles).

 

dscf0028bvf4.jpg

 

As espécies que estão programadas são as seguintes:

 

6 - Lamprologus multifasciatus;

2 - Lamprologus brevis sunspot

3 - Lamprologus stappersii

2 - Lamprologus buescheri

10 - Cyprichromis leptosoma Orange Tail

 

Eu sei que não é aconselhado de todo misturar espécies de conchículas no mesmo aquário. O desafio que está neste aquário está em conseguir que as 3 espécies de conchículas convivam de forma tão pacífica quanto possível. O que estou a tentar fazer para diminuir as agressões é o seguinte:

 

- Dar-lhes um aquário relativamente grande;

- Criar uma zona para cada espécie;

- Tentar fixar cada espécie na zona mais adequada;

- Criar barreiras visuais através de zonas densamente plantadas;

- Dar conchas em excesso aos potenciais agressores/invasores (stappersii e multies) e conchas mais à justa à espécie menos agressiva (brevis);

- Colocar "cães de guarda" (buescheri) para dificultar a passagem de e para o lado dos multies.

- Só permitir a permanência de criações dos multies e dos cyprichromis no aquário.

- Ir colocando mais conchas para os multies à medida que eles precisem.

 

O plano é o seguinte (espero que os peixes também consigam ler):

 

dscf0028cgs6.jpg

 

Tenho duas técnicas alternativas para tentar fixar os peixes nas zonas que quero:

 

- Colocar cada espécie no sitio com uma rede de plástico em formato de cilindro à volta da sua área durante os primeiros tempos por forma a fixarem território ou,

- Colocar uma espécie e respectivas conchas de cada vez. Nesse caso seria qualquer coisa como: brevis & cyprichromis -> multies -> stappersi -> buescheri (e um conjunto de 3 rochas para eles)

 

Já arranjei conchas para eles: umas 100 para os multies, 6 para os stappersii e 2 para os brevis. No início e para não despertar a cobiça dos outros, os multies terão apenas 20 conchas bastante juntas.

 

Se alguém souber alguma coisa acerca do que o que faz cada espécie preferir umas conchas às outras, era uma boa ajuda.

 

Gostaria de não ser forçado a alterações, mas se tiver que ser, tenho para onde mudar peixes. Também tenho a sorte de estar ao lado do aquário o dia todo, pelo que tenho possibilidade de intervir antes que as coisas descambem.

 

Tenho tentado ler na net e principalmente tentar aprender sem ter que errar, através das opiniões de pessoal nos forums. Por isso qualquer ideia pequena ou grande pra que o aquário funcione com estas espécies é muito bemvinda.

 

Este é o plano A. O plano B passa por retirar ou substituir espécies. Mas 1º quero tentar fazer tudo para o A funcionar. Penso que o risco de haver mortes é também mais reduzido porque eu estou praticamente sempre ao lado deles.

Editado por Arquimedes
  • 6 meses depois...
Publicado:

O aquário está montado há quase uma semana. Ainda não tem calha, tem areia com elevações para criar quebras de visibilidade e algumas florestas de vallisnerias junto ao vidro de trás.

 

A fauna é composta por:

 

Haps:

 

- 1 Protomelas teaniolatus Red Empress

- 1 Protomelas marginatus

- 1 Protomelas steveni Eastern

 

Conchículas:

 

- Colónia de Multies;

- 2 Brevis machos

- 1 Caudopunctatus macho

- Casal de Boulengeri

- 1 Meleagris macho

- Casal de Sumbus

 

Outros Tanganyikas:

 

- Casal de Buescheri (mais 1 alevim que vive na colónia de multies)

- 16 Cypris mpulungu com 1 cm (ninguém lhes faz mal)

 

Outros:

 

- 2 CAE's

- 1 Corydora

- 1 Papagaia

- 1 Dólar de prata

 

Demorou um bocado, mas nesta altura os peixes que querem um território, já têm a sua zona definida, com alguma ajuda minha através de ajustes na posição e trocas de conchas. Ainda só tem 1 rocha, em princípio amanhã coloco mais.

 

O aquário ainda tá um bocado feio, quando tiver com melhor aspecto e com luz, logo coloco fotos.

Publicado:

Boas,

 

Também estou a pensar montar um aqua (375 Lts brutos) com duas espécies de conchículas (multies e ocellatus), pelo que estou bastante interessado na evolução do teu. Se o aqua tem só uma semana, não terás problemas com o ciclo? Ciclaste o(s) filtro(s) noutro aqua?

Abraço,

NCR

Publicado:

Boas.

 

Deixei o filtro a ciclar num aquário velho, mas o aquário só tinha 2 peixes, por isso tou na dúvida. Tenho medido a amónia todos os dias e ainda nada. Houve um par de dias em que o macho sumbu andou de boca aberta e guelras inchadas e cheguei a pensar que fosse problemas de amónia/nitritos mas deve ter sido por ter apanhado com uma nuvem de areia quando a tava a colocar.

 

Quanto a multies e ocellatus... é uma combinação complicada. Eu tentei fugir a ela, escolhendo os meleagris em vez dos ocellatus, uma vez que li em vários sítios que os meleagris são uma versão dos ocellatus um pouco mais timida. Pelo que vejo aqui, é verdade, mas um amigo que me guardou 3 meleagris relatou a seguinte situação: um deles matou imediatamente os outros 2 e andava a fazer a vida negra aos restantes habitantes do aquário - cypris, paracypris e LDA's. Ele aqui pia baixinho. Tem a sua concha pequena junto ao vidro da frente para não despertar a cobiça dos outros conchículas quer pela concha quer pela posição.

 

As espécies que não te devem dar problemas com os multies são os sumbus, os brevis e os caudopunctatus. Os meus multies fazem raids pela vizinhança em grupo. Mas o fundamental para conseguir juntar duas espécies é conseguir zonas boas para cada espécie que a outra espécie não cobice e ter conchas de sobra pra toda a gente. Outra coisa que me parece boa política é não permitir que os multies se espalhem ao longo de uma cama de conchas demasiado grande. Mais concentrados defendem-se melhor.

Publicado:
Boas.

 

Deixei o filtro a ciclar num aquário velho, mas o aquário só tinha 2 peixes, por isso tou na dúvida. Tenho medido a amónia todos os dias e ainda nada. Houve um par de dias em que o macho sumbu andou de boca aberta e guelras inchadas e cheguei a pensar que fosse problemas de amónia/nitritos mas deve ter sido por ter apanhado com uma nuvem de areia quando a tava a colocar.

 

Obrigado pelas dicas.

 

Essa coisa da amónia nem sempre é como vem "nos livros". Eu, no ciclo, só consigo medir nitritos...Ou não aparece ou as quantidades são tão pequenas que o teste não as detecta.

Abraço,

NCR

Publicado:

Mas há alturas em que parece que é decalcado dos livros.

 

Há 2 anos tive que montar um aquário de 840 litros num dia e no dia seguinte colocar 20 e tal peixes, alguns dos quais com 15cms. Como na altura pedi ajuda a várias lojas no Funchal pra ver se me arranjavam algumas matérias filtrantes antigas em troca de novas e recusaram, vi-me a braços com uma situação complicada.

 

Durante 15 dias tive que fazer trocas de água diárias na ordem dos 40% e mesmo assim os níveis de amónia numa primeira fase e de nitritos numa 2ª longa fase andavam totalmente disparados. Como segundo sei, níveis altos de amónia e nitritos bloqueiam o acesso de oxigénio ao sangue, durante esse período tive uma bomba de ar de 70 litros/minutos a funcionar que mais parecia um vulcão. A sorte é que não tinha areia nessa altura, tinha cascalho grande.