Oshum Publicado Abril 7, 2006 Publicado Abril 7, 2006 Boas Ando nisto ha muito pouco tempo e necessito da vossa tão preciosa ajuda. Digamos que estou com um problema em 2 aquarios de que tomo conta...Um de espadas e outro de mollys. O caso é que nos espadas apareceu algo a que associo à exoftalmia, ou seja, em dois espadas um dos olhos está praticamente a cair no aquario das mollys tenho uma infecção ainda mais preocupante.....ictio e a "doença do algodão". O grande problema no segundo é que todos os produtos que me sao disponibilizados têm como advertencia o uso com outros medicamentos...assim sendo,como posso combater as doenças?Devo tratar uma de cada vez? Ajudem por favor Desde já,muito obigado a todos Vânia Santos
dont_worry Publicado: Abril 7, 2006 Publicado: Abril 7, 2006 Oi Eu defenitivamente não sou uma expert para te dar grandes conselhos, mas também ja tive ictio e ja tive fungos (a do algodão), embora em alturas diferentes, mas tratei as duas com o mesmo medicamento, pois nas instruções diz k é serve para fungos e para o ictio.... (Verdade seja dita k não funcionou lá muito bem, os peixes afectados acabaram por morrer, mas pelo menos os que nao estavam afectados não foram contagiados), portanto experimenta informar-te numa loja se têm um medicamente que dê pros 2.... pelo menos o meu diz k dá pra isso tudo... de qq dos modos é melhor esperares por respostas dos mais sábios...
NMM Publicado: Abril 7, 2006 Publicado: Abril 7, 2006 Eu já tive por varias vezes o problema do Ictio e do Algodão, e tenho tratado razoavelmente com o Contraltck da TETRA (5ml par 20lts durante 5 dias consecutivos). Relativamente ao outro problema não tenho solução, mas consulta o forum doenças e parece-me que o FLAGYL (medicamento humano vendido em farmácias) pode ser a solução. Eu já tratei um problema de Hidropsia com este medicamento. NMM
Cyprinodon Publicado: Abril 7, 2006 Publicado: Abril 7, 2006 Olá Oshum ( desculpa-me tratar-te assim mas não assinas ). Bem-vinda ao fórum. Calculo que este tópico seria muito melhor respondido na secção destinada às doenças, contudo, assumindo-me como muito fraco nesta área, cá vai o meu contributo. Concentrando-me em primeiro lugar no problema que foi exposto, eu aconselho-te tratares com químicos o problema dos Cauda-de-Espada e ires aumentando a salinidade a pouco e pouco. Se tiveres um densímetro aumenta no máximo um grau por dia com sal não industrializado como o que é vendido nas lojas de dietética ( +- 1,00 € por quilo e meio ). Isto porque nesta altura do ano não podemos manipular as temperaturas como no Inverno, caso contrário, se me identificasses bem o parasita que está a atacar as Molinésias quase por certo que era possível aconselhar-te uma determinada temperatura e... voilá !... em questão de dias os peixes voltavam a ficar livres do incómodo sem recorrer ao uso de químicos. Porque é que faço esta proposta ? Porque ambas as espécies são muito tolerantes à salinidade e porque sou muito céptico em relação aos químicos. Por experiência própria pude concluir o seguinte : a) Muitos agentes patogénicos são mais sensíveis do que os peixes à temperatura e se na fase livre ou em determinada altura do seu ciclo de vida forem sujeitos a frio ou calor reagem a isso. Por outras palavras, para combater certos parasitas a acção dos medicamentos só é eficaz se, por exemplo, aumentarmos a temperatura, uma vez que aceleramos a metamorfose destes organismos e os fazemos saírem do corpo do peixe para se reproduzirem... ficando só então à mercê da acção dos químicos. As temperaturas desfavoráveis podem eliminar colónias inteiras de parasitas em questão de horas ou dias. Habitualmente ficamos a pensar que determinado medicamento é muito eficaz mas na realidade foi o calor ou o frio que pararam com a infecção, embora muitos dos organismos ainda lá estejam em letargia, à espera de uma nova oportunidade. b) O uso de químicos é mais prejudicial do que benéfico. As concentrações nem sempre podem ser respeitadas e os efeitos secundários incluem envenenamento, infertilidade, lesões internas e externas ( como as queimaduras ), asfixia, etc, etc, etc. Os químicos deixam resíduos muitas vezes duradouros e podem ter consequências nefastas em várias gerações dos nossos peixes. O uso de medicamentos se não for feito de forma correcta ou se for persistente acaba por dar origem a organismos patogénicos resistentes ao tratamento. O ritmo de evolução genética e das mutações em certos agentes é fenomenal. c) Certos factores físico-químicos podem resolver a questão. A falta de resistência à salinidade de certos agentes é o suficiente para os eliminarmos através de uma simples gestão desse factor, nomeadamente se tivermos peixes eurialinos, ou seja, peixes como a Molinésia capazes de osmo-regulação numa escala de salinidades relativamente ampla. Muito importante é também a endogamia ( consanguinidade ). Quanto menor for a riqueza genética dos nossos peixes menos resistências naturais eles possuem, tendo por isso que viverem em ambientes quase esterilizados. Uma boa origem é por vezes suficiente para não termos problemas com doenças a não ser quando proporcionamos ambientes exageradamente propícios a que tal aconteça. Os ovovivíparos à venda em Portugal são de muito fraca qualidade ( salvo raríssimas excepções ) e geralmente provém de expedidores que vendem muito barato mas que na realidade nos sai muito caro a nós, consumidores finais. Os melhores peixes são os nascidos na natureza, a seguir os criados em grandes números ao ar livre todo ano ao longo de gerações, depois os produzidos nos exportadores mais conscienciosos, depois os criados por colegas que mantenham grande número de reprodutores... e por aí fora. Peixes nascidos e criados em águas salobras, expedidos já a meia idade, sujeitos a tratamentos indescritíveis durante o processo de transporte no país de orígem, a condições de higiene deploráveis na cooperativa que os vai embarcar para a Europa, a muitas horas de viagem de avião, a vários entrepostos ( sabe-se lá em que condições ) antes de chegarem ao importador nacional e a uma viagem final às vezes demorada até à loja onde os compramos... não podem ser resistentes às doenças, mesmo que tenham a riqueza genética necessária, sobretudo se os aquários de vendem estiverem infectados com isto e mais aquilo. Não fiques assustada e desculpa-me ter-me excedido um pouco. Afinal reconheço não ter sido grande ajuda prática mas espero ter-te feito compreender porque é que as coisas aconteceram e como é que por vezes um medicamento tido como excelente não dá resultados no nosso caso particular. Procura expor a mesma questão na secção “ Doenças e Pragas “. Lá encontras os verdadeiros especialistas. Boa sorte e bem hajas por gostares destes peixes. Com as minhas melhores saudações Miguel Andrade http://www.viviparos.com
Oshum Publicado: Abril 8, 2006 Autor Publicado: Abril 8, 2006 Boas :D Obrigado desde já a todos os que me têm dado umas dicas! Peço desculpa pela má localização do tópico no forum, mas é tão urgente que nem procurei outro sitio Cyprinodon é realmente o tratamento que indicaste o que mais me agradou por não recorrer a quimicos, ou não tanto como normal porém, é com uma certa vergonha que admito tal tratamento ser impossivel porque é para uma loja...e além dos quimicos...nada mais é permitido "porque os clientes não têm a mesma qualidade de água e as diferenças podem provocar mortes..." Assim sendo, sem quimicos, nada feito. Aí reside o problema porque não posso utilizar quimicos diferentes em menos de 48h afim de evitar o dito envenenamento. Espero que não levem a mal expor duvidas para tratar dos peixinhos de lá...mas mesmo não sendo meus....gosto deles. Já agora, para quem recorre a quimicos, conhecem a marca Dajana? Ou os Nutrafim conseguem ajudar-me? Desculpem as perguntas todas Muito Obrigado Vânia Santos
Cyprinodon Publicado: Abril 19, 2006 Publicado: Abril 19, 2006 Olá Xana, Fico surpreendido de facto mas ao mesmo tempo é muito agradável constactar que vai havendo uma mudança no “ modus operandi “ do nosso sector comercial. O facto de colocares aqui o tópico não merece as nossas desculpas... merece o nosso aplauso. Não conheço nenhuma das duas marcas mas continuo a propor-te uma intervenção na secção dedicada às doenças aqui no fórum. Calculo que neste aspecto aí terás melhor apoio. Com as minhas melhores saudações Miguel Andrade http://www.viviparos.com
aquaben Publicado: Abril 19, 2006 Publicado: Abril 19, 2006 Boas Penso que na descrição do Miguel Andrade encontras a causa desse teu problema, animais criados e habituados a águas com maior salubridade que a dos nossos aquas com águas sem sais dissolvidos, 1º os peixes não estão habituados logo ficam mais fracos e susceptíveis a doenças que nunca os tinham incomodado por gerações, logo não têm qualquer tipo de defesa natural. Não seria melhor acondiciona-los em aquas com águas mais aproximadas ao seu meio natural? Qual é o problema de se aconselhar os clientes a meter um pouco de sal (não refinado), nos seus aquas de Mollys, principalmente? Agora o assunto do tópico.- Flagil para combater o “Ictio”? Penso que não resulte, o Flagil é bom mas não serve para todas as doenças. Visto que não queres usar o sal, o medicamento que para mim deixa menos estragos no aqua é o Protozin da “WaterLive” pelo menos é o que eu uso, pois o tratamento com sal também não faz milagres e há peixes sensíveis a concentrações mais elevadas dele, agora em vivíparos, (pelo menos esses mencionados), eu concordo plenamente com O Miguel Andrade, o “SAL” é o melhor medicamento tanto para o tratamento e principalmente é o melhor como “medicamento” preventivo para essas doenças, (infelizmente o “oodinum” gosta de sal, mas como é uma doença menos comum…) Cumprimentos a todos, até breve José Bentes APC"134"; APK "214" http://sites.google.com/site/aquabenfriends/home
Oshum Publicado: Abril 30, 2006 Autor Publicado: Abril 30, 2006 Obrigado a todos....Felizmente resolvi(ou assim espero) o problema com protozin. O Sal foi-me negado por completo...mas acho que a proxima "remessa" desses peixes vai levar sal "clandestino" nos devidos aquarios. Sem densímetro como posso medir a quantidade certa de sal a meter nos aquarios? Obrigado novamente... Vânia Santos
Cyprinodon Publicado: Maio 4, 2006 Publicado: Maio 4, 2006 Olá Xana, Antes de outras considerações devemos perceber que a densidade ou gravidade específica está ligada à salinidade porque, quanto maior a salinidade, maior será o peso específico de uma amostra de água. Este valor pode ser por essa razão obtido através de um densímetro flutuante ou de ponteiro. A água “ pura “, sendo em teoria totalmente isenta de sais, deverá apresentar uma densidade equivalente a 1,000 g/cm3 ( um grama por centímetro cúbico ). Salvo melhor opinião eu sugiro o seguinte para calibrares a tua medida : 1) Arranja um densímetro ( ou refractómetro ) emprestado, um recipiente com capacidade para 1 litro de água, uma medida para o sal ( colher de sopa, tampa de plástico, etc ) e um termómetro. 2) Enche o recipiente com água à temperatura ambiente até atingires a capacidade de 1 litro. 3) Enche a medida com o sal que vais usar sempre e entorna-a lá para dentro. 4) Dissolve muito bem o sal e coloca-lhe o termómetro. 5) Espera uns minutos e usa o densímetro. 6) Faz a leitura da salinidade registando a respectiva temperatura nesse momento. 7) Regista os dados em local onde não se percam facilmente. Desta forma ficas a saber qual a alteração obtida por cada dose de sal num litro de água em determinada temperatura. O ideal seria uma precisão tal, que uma medida fizesse variar a salinidade exactamente 1,000 g/cm3 por litro ( 1 ponto na escala do densímetro ). Como deve ser pouco provável que consigas tal proeza à sorte, vais ser obrigada a proceder a alguns cálculos de futuro. A partir daqui para a frente é tudo aritmética... Com regras simples podes calcular quantas medidas necessitas para fazer subir 1,000 g/cm3 um volume específico de água ( um recipiente de 10 litros ? um aquário ?... um lago ? ). E a temperatura ? Se não encontrares nenhum gráfico de correspondência comunica-te por esta via. De qualquer forma os desvios não são muito importantes e a tolerância dos peixes em geral cobre-os perfeitamente. Quanto ao sal “ clandestino “ transmito-te duas preocupações : a) “ Pouco “ sal – pode não servir de nada para os problemas mais sérios mas pode também baixar algum stress osmótico a peixes que venham de ambientes com alguma salinidade na origem. b) “ Muito “ sal – pode exterminar grande parte dos agentes patogénicos conhecidos, mas está desaconselhado para quem compre os peixes a fim de os misturar num “ aquário comunitário “ onde existam espécies muito sensíveis ao sal. Neste último caso, presumindo-se que a água do destino andará próxima de 1,000 g/cm3 por litro, pode acontecer algum stress osmótico durante ou após a introdução dos peixes que vieram da loja, já que a maior parte das pessoas retira os peixes do saco com uma rede após uma mistura, mais ou menos rudimentar, da água de transporte com a do aquário. Para algumas espécies pouco eurihalinas, uma brusca mudança mesmo que de escassos g/cm3 pode ser dramática ou mesmo fatal. Com as minhas melhores saudações Miguel Andrade http://www.viviparos.com
Oshum Publicado: Maio 5, 2006 Autor Publicado: Maio 5, 2006 Miguel Andrade, muito obrigado pela ajuda! Vou ver se alguém me empresta um densímetro e prometo que o chateio de novo visto que decerto terei mais duvidas. Para esclarecer, quando disse sal "clandestino", o "clandestino" seria na loja mesmo, sem que o patronato soubesse, avisando apenas os colegas para poderem aconselhar melhor o Cliente. Obrigado novamente Vânia Santos
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