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Olá amigo,

o parazicuantel deve de ser admnistrado na quantidade de 1gr para 100gr de comida e durante 7 dias seguidos, aconselho-te a durante esses dias só fornecer aos peixes essa mesma comida de modo a que sejam obrigados a come-la.

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Atençaõ que o pranzinquantel na comida só serve para vermes intestinais. Não actua nos vermes das guelras.Deves usar na dose de 2%( 2 gr por 100gr de comida,3 dias seguidos ). No entanto é mais lógico usá-lo na água se quiseres apanhar vermes intestinais e vermes das guelras na dose de 2 mg/lt repetindo uma semana depois apos mudança de 30% da água .

Rui Ferreira de Almeida

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Olá amigo Rui,

a minha resposta vai de encontro á experiencia que levo á alguns anos com os discus, tanto na sua manutenção como na sua criação, e a dose que recomendei foi basiada na minha experiencia com o paraziquantel para eliminar parasitas internos e a dose de 1gr para 100gr de comida sempre resultou na prefeição, isto porque ao fim de uma semana, ou seja 7 dias, de tratamento os discus deixam de fazer as fezes brancas para as fazer da sua cor natural. Além que nunca foi referido aqui que seria para tratamento dos parasitas das guelras. De qualquer maneira agradeço o teu parecer tecnico.

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Viva Nuno

Tenho todo todo o respeito pela tua experiência , até porque te conheco ,

mas não percebo porque falas em parasitas externos . É que os parasitas intestinais são parasitas internos e podem ser vermes ( ténias e nematodos )ou protozoários (Ex hexamita e spironucleus ). Os parasitas externos são parasitas da pele e das branquias ,que podem ser vermes ( Gyrodactiylus - pele e dactylogyrus -branquias ) ou protozoários como o Ictio ,a tricodina etc e ainda crustaceos (como a learnea ).

As fezes brancas são mais caracteristicas de infecções por hexamita ,mas o prazinquantel não actua sobre o hexamita ,mas apenas sobre as ténias.No caso das fezes brancas seria mais logico usar o metronidazol (flagyl ),porque é o unico que actua sobre o Hexamita , na comida também na dose de 2 % e este sim durante uma semana.

Cumprimentos

Rui Ferreira de Almeida

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Caro amigo Rui,

onde escrevi externos deveria ter escritos internos, foi um erro, que já emendei.

  • 2 semanas depois...
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Olá,

 

 

Rui, recentemente tive oportunidade de ler um artigo relacionado com estes protozoários.

 

O investigador citava, que um tratamento baseado apenas em elevadas temperaturas, só por si, poderiam eliminar estes agentes. Segundo o mesmo, estes protozoarios não suportam temperaturas superiores a 36ºC / 37 ºC.

 

 

Ainda dentro do mesmo contexto, mas agora em outra vertente...

 

De acordo com a opinião de alguns criadores o escalar tem uma maior capacidade de aguentar elevadas temperaturas face por exemplo aos discus que segundo alguns relatos experimentais, acabaram por sucumbir ( no tratamento da hexamita baseado apenas na temperatura) aquando mantidos a uma temperatura aproximada de 38ºC.

 

 

Outro dos factos que tomei conhecimento, foi de que este agente protozoário era o responsavel pela doença dos buracos na cabeça e de alguns problemas relacionados com a linha lateral dos peixes, num estado mais avançado da doença.

 

 

 

Rui, qual é a tua opinião acerca deste relato ?

 

 

 

Obrigado

 

 

Um abraço

Miguel

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Viva Miguel

 

A minha intervenção neste topico foi para esclarecer na altura uma confusão que me parecia estar presente : o uso do prazinquantel para tratar Hexamita que de facto é um protozoário que não é atingido por este medicamento.

 

A doença dos "buracos na cabeça " e a erosão da linha lateral sabe-se hoje que é uma doença provocada por carências nutricionais ,nomeadamente cálcio ( a carne é rica em fósforo mas pobre em calcio ; os vegetais escuros e as algas saõ ricos em calcio ) ,mas não só. Esta doença afecta ciclídeos e peixes de água salgada nomeadamente cirurgiões que necessitam duma nutrição mais rica em materia vegetal. Isto foi provado porque bastava corrigir a dieta para curar e recuperar os peixes afectados.

É claro que se tivermos parasitas intestinais em grande numero ,como por exemplo Hexamita, eles vão subtrair nutrientes ao peixe por muito boa e rica que seja a alimentação contribuindo assim para o agravamento da doença ,constituindo portanto uma causa indirecta. Por isso se usa tambem metronidazol na doença dos buracos ,mas este medicamento sem uma correcção da alimentação não leva à recuperação do peixe.

O aumento da temperatura é usado não porque mate directamente o parasita ,pelo menos nas temperaturas recomendadas seguras 32,33 º, mas porque aumenta o metabolismo e o sistema imunitário do peixe. Embora seja teoricamente possível que a 36º o parasita deixe de se multiplicar ( duvido que morra ) torna-se perigoso usar temperaturas desta ordem devido á diminuição brutal do O2 dissolvido na água,mesmo que os escalares a tolerem. Provavelmente teriamos que introduzir O2 forçado na água.

Penso portanto que nos teremos que resignar ao uso periodico de metronidazol como desparasitante para controlar Hexamita em ciclídeos , sobretudo em periodos de stress.

Cumprimentos

Rui

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Olá Rui,

 

 

 

Confesso que não estava a encontrar o elo de ligação entre a doença dos "buracos na cabeça" e da "erosão da linha lateral" com os problemas de parasitas intestinais.

Depois de ler atentamente a resposta do Rui, fiquei elucidado acerca da correlação entre a carencia de vitamina C e o aparecimento destas doenças.

 

Voltei a ler o referido artigo e no que diz respeito a temperatura, existe de facto a menção que o tratamento efectuado a elevadas temperaturas é crucial, mas terá que ser acompanhado pelo Metronidazol para que o resultado seja perfeito.

 

 

Recuando um pouco atras no tópico e no que diz respeito a dosagem feita directamente na agua para tratamento...

 

Em relação a dosagem que deverá ser utilizada, existe igualmente a menção que refere 250 mg por 36 litros de agua aproximadamente com mudas de 25% da agua de 8 em 8 horas em que após as mesmas deverá ser utilizada a mesma dosagem de 250 mg por 36 litros do Metronizadol. Este processo deverá ser realizado durante 3 dias.

 

 

Será o mais correcto ?

 

 

 

Rui, em relação ao último paragrafo onde referes:

 

"Penso portanto que nos teremos que resignar ao uso periodico de metronidazol como desparasitante para controlar Hexamita em ciclídeos , sobretudo em periodos de stress."

 

 

Esta é daquelas questões que desde sempre suscitou alguma polémica.

 

Fazer ou não uso do Metronidazol como preventivo periodico ?

Questiono-me até que ponto o organismo do peixe poderá adquirir uma certa dependencia a esta composição.

Poderá o peixe ficar mais susceptivel a doenças e quando realmente for necessario actuar o mesmo composto já não terá o mesmo efeito no organismo do peixe ?

 

Em caso afirmativo, em que dosagem deverá ser realizado o preventivo ? Uma dosagem mais fraca afim de evitar qualquer tipo de interferencia no sistema imunologico do peixe ?

 

 

 

Obrigado

 

 

Um abraço

Miguel

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Miguel,

Os nutrientes em défice ( por alimentação deficiente e/ou por parasitismo intestinal e/ou má absorção )que provocam a doença dos buracos e à erosão da linha lateral não estão todos identificados. A vit C e o calcio são alguns dos suspeitos, mas decerto haverá mais envolvidos.

 

A dose que referiste do metronidazol é correcta e eu uso 3 dias seguidos mas apenas com uma muda de água de 30% entre tratamentos . atenção que só uso na água quando os peixes já não comem . Se comem prefiro sempre usar na comida na dose de 1 % ,isto é ,1gr por 100 gr de comida descongelada e que se volta a congelar de pois de misturar o medicamento em pó ou dissolvido num pouco de água .dou esta comida durante uma semana

 

Não parece haver resistencias ao metronidazol por parte do hexamita. O que existe são tratamentos mal feitos com doses insuficientes ,a temperaturas baixas e curtos demais.

Aliás , no tratamento com antibioticos e antiparasitários, a principal causa de aparecimento de resistencias são doses baixas.O argumento de que tratamentos antiparasitários periodicos bem feitos provocam quebras no sistema imunitário é falso . Não nos esqueçamos que não nenhum medicamento que actue sem a ajuda do sistema imunitário ( vide os individuos com SIDA ), e por isso é que se aumenta a temperatura para aumentar o metabolismo e a eficácia do sistema imunitário .

Também não tenhamos a ilusão que existe algum tratamento que erradique o Hexamita. Os tratamentos servem apenas para manter controlada a carga parasitária em períodos de stress e evitar a diminuição da taxa de crescimento dos peixes jovens.

Cumprimentos

Rui