Ricardo Calado Publicado Dezembro 23, 2005 Publicado Dezembro 23, 2005 Viva Lanço este tópico pois gostaria de saber a vossa opinião relativamente à consciência que cada um tem de que devemos preservar o recife e optar sempre que possível por organismso criados em cativeiro. Mas e quando estes são mais caros (o que geralmente acontece) o que é que fazem? Compram o palhaço de cativeiro de 30-35 Euros ou o selvagem de 12 Euros? Cumps RCalado
Luis Rodrigues Publicado: Dezembro 23, 2005 Publicado: Dezembro 23, 2005 Boas sem hipocrisias, comprava o de 12€, mesmo sendo selvagem. Eu e quase toda a gente. è tudo muito bonito, mas quando chegamos ao bolso do pessoal, normalmente deixamonos de moralismos. Agora, se me dizes, que têm mais ou menos o mesmo preço, aí, sem duvida vou pelo de cativeiro. Não só por não danificar o ecossistema, mas tambem, porque é um peixe habituado ás condições de um aquario. Esta discussão leva-nos á questão das rentabilidades. Só podemos ter peixes criados em cativeiro, quando o preço de venda seja, no maximo equiparado ao dos apanhados no seu habitat natural.
Oinq Publicado: Dezembro 23, 2005 Publicado: Dezembro 23, 2005 os mais curioso acontece quando o inverso aparece... os selvagens mais caros que os de criação... Abraço Nuno Leitão Projecto OinqDaCosta FAQ's Portuguesas de Aquariofilia
A l e x a n d r e Publicado: Dezembro 23, 2005 Publicado: Dezembro 23, 2005 Nessa gama de preços comprava sem dúvida o de cativeiro. Não tenho é tanta certeza que esse meu pequeno gesto ajudasse assim tanto na preservação dos recifes. Por aquilo que tenho lido ao longo de todos estes anos em que ando neste hobby, o impacto que a apanha de peixes ornamentais tem nos recifes é muito menor que os estragos causados pela poluição junto às zonas costeiras ou pelo impacto provocado pelo uso de explosivos e cianeto para os apanhar. A questão para mim é: será que se de repente um avanço tal nas técnicas de reprodução permitisse criar em grandes quantidades todos os animais que mantemos em cativeiro, veriamos alguma recuperação na saúde dos recifes? A l e x a n d r e Aluga-se este espaço.
Pedro Conceição Publicado: Dezembro 28, 2005 Publicado: Dezembro 28, 2005 Boas! Sem dúvida que este tópico vai esticar bastante em vários sentidos! Podemos ver esse assunto de várias maneiras e eu tenho 2. Quando um reef natural tem todas as condições normais de estabilidade, sem dúvida que devíamos, todos, adquirir espécies de reprodução em cativeiro, e os que trabalhavam para existir essa reprodução deveriam também ajudar-nos com preços iguais ou mais baixos dos selvagens. Agora quando o reef natural está a degradar dia após dias, como alguns no nosso planeta, em que todos ou quase todos os corais se encontram mortos acho que deveríamos adquirir os selvagens, pois teremos condições para manter algumas espécies vivas nos nossos aquas! Seríamos nós os "salvadores" de algumas espécies para que não se extinguem! Há tempos vi num canal, tipo National Geographic que o aquecimento global e outras alterações no planeta têm feito com que recifes inteiros morram, restando alguns peixes mais resistentes! Para concluir, acho que devemos apostar nas duas situações, pois numa a longo prazo estaremos a dar melhores condições de vida a corais, peixes e invertebrados, podendo mesmo salvar da extinção alguns animais, e a outra estaremos a aumentar o número de espécies, no mundo, desses animais! Cumprimentos, Pedro. MEGA ARQUIVO
Miguel Figueiredo Publicado: Dezembro 28, 2005 Publicado: Dezembro 28, 2005 Viva Mas e quando estes são mais caros (o que geralmente acontece) o que é que fazem? Compram o palhaço de cativeiro de 30-35 Euros ou o selvagem de 12 Euros? Viva, Eu provavelmente pensaria que o peixe de "cativeiro" era afinal também selvagem... e uma forma do lojista ganhar mais umas massas. Se tivesse a certeza que um era selvagem e outro de cativeiro (algo que é dificil de ter a certeza em Portugal)... então tudo dependeria das práticas de captura (algo de que eu também gostaria de poder ter a certeza). Alguns recursos em espécies selvagens de água salgada são perfeitamente renováveis e podem constituir um recurso precioso em paises do terceiro mundo. É importante o modo de colecta, sem cianeto, a rede de mão e sem destruir o recife, são importantes quotas por espécie, controladas pelo CITES, além de periodos de interdição para garantir a renovação dos recursos. Em vez de dar a ganhar dinheiro a um aquacultor da Florida ou de Inglaterra, eu posso preferir dar dinheiro a ganhar a um pescador timorense. Tudo depende. Proibir por completo a colecta de peixes ornamentais marinhos é um disparate tão grande como proibir a pesca do carapau em Portugal... O ideal é haver bom senso, boa fundamentação científica e uma correcta monotorização por organismos internacionais. Nestas condições, a colecta de espécies marinhas ornamentais pode ser uma actividade económica útil e que não afecta o ambiente. Os peixes-palhaços são bons exemplos de espécies cuja colecta poderá ser permitida, implementando-se regras para evitar o excesso de capturas. Um Amphiprion percula, por exemplo tem um tempo mínimo de duplicação populacional inferior a 15 meses, melhor que muitos peixes de água doce. Uma anémona onde sejam apanhados estes peixes voltará rapidamente a ser povoada de palhaços. Eu diria que a permissão de um mês de pesca com mergulho de garrafa e camaroeiro, de dois em dois anos, por zona de captura, com quotas máximas estabelecidas consoante a área e o tipo de recife, seria mais que suficiente para garantir um recurso permanentemente renovável, onde o impacto humano fosse perfeitamente insignificante. A proibição pura e simples seria uma solução draconiana, desenquadrada das realidades. Seria uma excelente maneira de desenvolver o mercado negro, sem regras e prejudicando ainda mais os recifes. Miguel
Just_me Publicado: Dezembro 28, 2005 Publicado: Dezembro 28, 2005 É obvio que uma questão destas nunca deverá ser posta ao consumidor, porque só quem tem uma visão muito utópica do mundo pensa que 90% iriam para o de cativeiro se pudessem poupar uns euros, especialmente se a disparidade de preços for grande. A solução é obviamente tecnologica e politica. Porque os politicos raramente teem a visão certa sobre o melhor procedimento, é obvio que especialistas na area devem ser consultados, nao esquecer tambem de ouvir os interesses economicos para que uma solução que permita a continuação da/s especies possa ser atingida. Agora quando o reef natural está a degradar dia após dias, como alguns no nosso planeta, em que todos ou quase todos os corais se encontram mortos acho que deveríamos adquirir os selvagens, pois teremos condições para manter algumas espécies vivas nos nossos aquas! Seríamos nós os "salvadores" de algumas espécies para que não se extinguem! Há tempos vi num canal, tipo National Geographic que o aquecimento global e outras alterações no planeta têm feito com que recifes inteiros morram, restando alguns peixes mais resistentes! tendo em conta a esperança média de vida de um peixe na maioria dos aquarios, eu diria que mesmo um reef com problemas é melhor do que a maioria dos aquarios. Penso que uma taxação sobre entradas na união europeia para financiar investigação por entidades competentes no tópico da reprodução de espécies em perigo, não seria uma má opção: -o preço aumenta, logo o consumo diminui -carga mais valiosa é melhor transportada, a mortalidade no transporte desce - entram uns bons euros para financiar investigação nesta area quanto ao mercado é apenas governado pela oferta e procura... as motivações ecologicas ainda são uma migalha do bolo e a maior parte dos ecologistas não percebem um cú do que devem fazer ou não fazer para defender os melhores interesses do ambiente. só um exemplo para terminar, honda civic lançado em Portugal: -modelo convencional a gasolina -modelo hibrido, IMAS (menor consumo, menor poluição, melhor gestão da potência permite por vezes melhores performances que o convencional, menos ruido) o convencional vendeu-se muito mas muito mais que o hibrido, podem argumentar, "esse deve ser mais caro e tal" , mas uma baixa no imposto automovel autorizado pelo governo por ser um veiculo menos poluente coloca os dois carros ao mesmo preço, no entanto... nem com preço igual e com mais vantagens o modelo mais economico consegue vantagem, imagina agora com um preço mais elevado. Tantas plantas, tantos peixes, tantas possibilidades... tão poucos aquários! - Me
Pedro Conceição Publicado: Dezembro 28, 2005 Publicado: Dezembro 28, 2005 Boas. tendo em conta a esperança média de vida de um peixe na maioria dos aquarios, eu diria que mesmo um reef com problemas é melhor do que a maioria dos aquarios. Just_me, era óbvio que eu falava de aquários bem estabelecidos, provavelmente como o meu, o teu e o de muitos colegas nossos que têm aquários a 100% Infelizmente alguns dos nossos recifes, como por exemplo uma parte do australiano, tem uma redução de cerca de 45% das espécies existente nele? É óbvio que não existe um controlo não na captura mas sim nos efeitos da poluição desse meio ambiente, sem falar no mal do aquecimento global, que cada vez mais é maior, e podemos verificar nos paises que assinaram o protocolo de Kioto (não deve ser assim que se escreve, mas compreendem) em que estão a ultrapassar as quantidades estabelecidas de gazes para a atmosfera, e Portugal é um deles! Cumps, Pedro. MEGA ARQUIVO
Brian Schaff Publicado: Janeiro 25, 2006 Publicado: Janeiro 25, 2006 Boas, Felizmente em algumas espécies já vemos estas a aparecer a preços em que a diferença no consumidor final não se nota (palhaços e Lysmatas seticaudatas) Infelizmente, existe ainda muito caminho para percorrer. A diferença de preços tem de diminuir pelo aumento de produções e pela consciencialização do importador que compra. A realidade é a seguinte. Um animal criado em cativeiro tem taxas de sobrevivência no transporte à chegada muito superiores a um animal apanhado (mesmo hoje em dia em que se utiliza menos cianeto e à mais preocupações na apanha - as viagens são longas e susceptíveis de muitos problemas). Estima-se que apenas 10-5% dos animais apanhados na natureza chegam vivos aos aquários finais de destino. Com os de cativeiro essa relação aumenta drasticamente. Em cativeiro a situação muda. Existe uma maior resistência, os criadores estão mais perto em horas de voo e ligações do que a indonésia, sri-lanka, etc... Desde que começámos Ricardo, as coisas no mercado mudaram um pouco para melhor, mas ainda há muito para percorrer. Um abraço, Brian
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