Malawi Haps - Hibridação aos molhos - Actualização


Arquimedes

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Após duas semanas de desdém completo entre os dois, o casal de Protomelas taeniolatus Red Empress entrou a matar. O problema é que o aquário inteiro se juntou à festa. Estava tudo concentrado numa praia com 15 cms de diametro rodeada de rocha, calhau e vallisnerias. O macho lá se chateou com a história e correu com toda a gente, excepto o com o "grande amigo" (grande em tamanho) Copadichromis borley Red Kadango que se juntou aos dois e nah deixava nada acontecer, pois não tem femea ainda e nah gostou de ficar a olhar de longe.

 

O Red Empress bem tentava despistá-lo... fingia que ia embora, o Red Kadango saía e o Red Empress voltava correndo. Mas passadas meia duzia de vezes, o truque deixou de funcionar.

 

Não fiz video nenhum porque tive que prestar algum "auxilio" pra dar algum privacidade ao casal. Depois de ver os vídeos de um peixe a ser treinado pra jogar futebol e fazer vários números de circo, consegui treinar o Copadichromis Red Kadango a não se meter no meio do casal sempre que me via levantar um papel com o logo da TMN. Mas acho que ele e outros ainda comeram uns ovos.

 

No outro lado do aquário os outros Protomelas tentaram a sorte sem exito e quase que uma femea morria por ficar entalada entre rochas. Ficou no fundo atordoada, mas passada uma meia hora pareceu recuperada.

 

A femea Red Empress mostra interesse em comida, mas não come.

 

Se ela conseguir levar a postura até ao fim, espero que tenho o bom senso de largar os alevins numa zona cascalho de 1 a 5 cms de diametro, de preferência próximo de uma floresta impenetrável de Vallisnerias. Alguém sabe quais são os sítios que elas normalmente escolhem para largar os alevins?

 

Fotos do casal

 

Ela, na Praia das Vallisnerias

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Ele, em águas abertas

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  • 4 semanas depois...

Bom, resumindo uma história longa, só tenho 1 alevim red empress que ficou algum tempo dentro da boca de uma mãe adoptiva (steveni eastern acho) e agora está numa maternidade tipo garrafão de 18 litros com 43 "irmãos de criação" que ainda por cima são híbridos. Tá meio abananado o rapaz e anda sempre longe dos outros e nah me parece muito bem de saúde.

 

Ainda tenho esperança que hajam alguns red empress no aquário... e que com sorte possam sobreviver... nunca se sabe o que aconteceu antes de eu ver a mãe a cuspir 1.

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Costuma-se dizer que os viajantes estão mais propensos a ter comportamentos promiscuos e a serem sexualmente mais aventureiros e o mesmo se deve passar com estes peixes quando viajam pra fora do lago deles.

 

Alguém me diz como é possível não haver hibridação num aquário de haps???

 

Uma meia leca de gente, 5 tostões de espinhas, duma otopharynx lithobates, minúscula, chegou aqui há 3 meses com centimetro e meio, levou uma vida desgraçada entre um museu, um aquário rebentado, caixas de esferovite e um lago e agora foi-se meter com o nº 2 do aquário, um Protomelas Taeneolatus Red Empress F0 (foto acima)??? Ela tem 2 machos da espécie dela!!!

 

Eu não vi o acasalamento, mas bastou-me olhar pra cara do Red Empress pra saber o que ele tinha andado a fazer.

 

Eu até tenho alguma vergonha de contar o que mais se passa neste aquário, mas posso adiantar que a partir de agora quando postar fotos dele, vai o nome Sodoma e Gomorra agarrado.

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Bom, de qualquer forma isto fez-me ler um bocado mais acerca do problema da hibridação... e mexer nisto é como mexer num ninho de vespas.

 

Quanto mais leio mais inclinado fico a pensar que estes peixes ou os seus descendentes dificilmente voltarão a entrar no Lago Malawi e por isso o maior problema que se poderia por... não se põe.

 

Ainda mais estou numa ilha e só se algum destes hibridos sair com faculdades especiais de adaptação a água salgada é que haverá problemas.

 

O mais certo será daqui a algum tempo passá-los a quem cuidar bem deles.

 

Quanto à possibilidade de alguém os comprar ou aos seus descendentes pensando que são puros... prefiro essa ideia à ideia de eles não viverem. Da minha parte vão com informação de quem é o pai e a mãe.

 

Este caso pra mim é uma batalha entre valores de direito à vida dos hibridos e entre a preservação das espécies para os aquariofilistas, não no Lago.

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Este caso pra mim é uma batalha entre valores de direito à vida dos hibridos e entre a preservação das espécies para os aquariofilistas, não no Lago.

Não é bem... a preservação da pureza das espécies em aquário é muito importante.

Isto porque mais cedo ou mais tarde podes vir a vender/doar peixes que vêm do teu aquário e esses poderão vai a cruzar com outros.

Se os peixes são "puros" a descendencia e manutenção da espécie está assegurada, mas se são hibridos, então o resultado será uma mistura de grelos.

 

O problema é que mais cedo ou mais tardes estas espécies "alteradas" entram no circuito comercial com todos os problemas inerentes.

 

Em relação ao lago... algumas espécies estão em vias de extinção e a unica solução para a sua preservação passa pelos aquários. Já não seria a primeira vez que a comunidade aquariófila se mobiliza para re-introduzir espécies em vias de extinção nos seus habitats naturais... mas para isso é preciso que a espécie se mantenha pura.

 

Por fim... normalmente um hibrido nunca tem a beleza dos pais.

Nuno Antunes

Mantenho:

Tropheus brichardi ujiji "Katonga"

Tropheus moorii Lufubu

Apistogramma hongsloi

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"Quem semeia ventos colhe tempestades"

 

Existem algumas regras a cumprir para se evitar cruzamentos indesejados, o problema é que alguns aquariófilos pensam que são filosofias baratas.... não quer dizer que seja o teu caso :oops:

 

Concordo que até não se matem os hibridos, mas com uma condição: nunca sairem do nossos aquário ou da nossa casa. Desde que vendas um ou dois deixas de ter controlo neles, e qualuqer dia andam a ser vendidos nas lojas sem haver qualquer registo do que são.

 

Se daqui a algum tempo quiserem ter extraterrestres à venda nas lojas, e um simples pseudotropheus zebra xxx não aparecer à venda, então aconselho a produzirem hibridos com força.

 

cumps

João Magalhães APC #45

 

http://joalmag.blogspot.com/

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Aqui vai a lista de peixes:

 

- 2 Copadichromis borley red kadango (casal)

- 1 Copadichromis azureus (macho)

- 2 Protomelas taeneolatus red empress – (casal)

- 3 Protomelas tawian ref. (1 Macho e 2 juvenis)

- 1 Protomelas marginatus (macho)

- 3 Protomelas steveni eastern (???) – (1 macho e 2 femeas)

- 1 Protomelas sabe deus o quê (macho)

- 3 Otopharynx lithobates (2 machos e 1 femea)

- 2 Aulonocara baenchi benga (2 juvenis)

 

Tá bem que tenho um problema aqui nos Protomelas... mas vale a pena mexer? Eles até se meteram com os Otopharynx.

 

Até que ponto isto não é uma batalha perdida à partida? No que respeita a ciclídeos africanos aqui pelo Funchal o que aparece é sempre simplesmente “ciclídeos africanos”. E apesar destes peixes terem sido quase todos importados, pra falar a verdade eu nem tenho a certeza das espécies que tenho, devido a um acidente grave em que morreram alguns peixes. Já passei horas sem fim a tentar identificar alguns dos peixes que aqui tenho. Os nomes dos ciclídeos estão constantemente a ser revistos, muitas femeas são quase identicas... posso estar a ser derrotista mas parece-me que nah há grande volta a dar ao assunto.

 

Eu parti de um pressuposto errado na composição da comunidade: se um peixe tiver alguém da sua espécie pra se reproduzir, nah se vai meter com outros. Vai, vai, porque aparentemente o que mais importa é o tamanho.

 

Se houvesse pilulas pra peixes eu até usava, mas pra ter um aquário comunitário de um biótopo começo a achar complicado evitar estes cruzamentos. Em princípio Otopharynxs nah teriam muito a ver com Protomelas. Eu até já só tenho 1 espécie de Aulonocaras por causa destas histórias, mas tou a ver que nah é garantia nenhuma.

 

Isto pra mim é um hobby e começa a ter um nível de exigência que do meu ponto de vista começa a se tornar complicado em diversos aspectos. Todo o processo de reprodução é extremamente interessante mas nesta altura do campeonato até prescindia dele por diversas razões: não gosto de me desfazer dos animais, não gosto de a ideia de os ver a comer a descendência e obviamente preferia que não houvesse híbridos. Pra amenizar a situação teria que investir mais tempo, espaço e dinheiro... e só a amenizava. Aquários só de machos? Eu até acho piada às femeas e parece-me que reduzem o nível de frustração global do aquário causado pelas hierarquias

 

Porque mesmo na hipótese de arranjar um aquário de reprodução pra colocar casais ou trios e outro pra criação dos alevins (tou a evitar ter que fazer isso), isso não vai impedir que a hibridação continue. Eu coloquei há pouco tempo uma femea Copadichromis borley Red Kadango e foi ver 3 peixes de espécies bastante distintas atrás dela e o Copadichromis azureus não estava entre eles. Estes peixes hibridam com uma facilidade fora do comum.

 

Já agora Nuno, fiquei interessado nessa história de repopulação dos ambientes originais a partir dos animais em cativeiro. Há alguns casos documentados na net? Onde foram buscar os animais? Eu sei que as coisas no Lago Vitoria estão mal paradas mas não me parece boa ideia passar a responsabilidade da preservação das espécies pró lado dos aquariofilistas, parece-me tarefa inglória, porque na prática não me parece simplesmente possível manter a pureza da espécie de uma forma tão pouco controlável. Parece-me mais viável que essa tarefa passe por programas governamentais, de ONG’s ou de entidades ligadas à protecção da natureza.

 

Agora, se eu conseguir tratá-los decentemente, estes animais vão crescer... e João, o que faço com eles? Tanto quanto sei aqui na ilha estes peixes não são muito populares e os híbridos seriam uma má forma de os introduzir. Por outro lado nah saem de cá da ilha facilmente. Bom, tou a ver que vou ter que apelar prás contigências pra resolver a situação: em vez de fazer o que se deve, faz-se o que se pode.

 

Voltando aos híbridos a atrevendo-me a mandar mais uma acha pra fogueira: alguém já leu um livro chamado “O gene egoísta”? Basicamente aquilo dá uma volta à teoria de Darwin, tornando do meu ponto de vista o conceito de espécie menos definido. Resumindo, a selecção natural faz-se ao nível mais baixo através dos genes e não das espécies. Os genes é que tentam se propagar e a luta acontece nesse nível, entre os genes. Segundo esse ponto de vista, a hibridação ao nível dos genes não existe, quanto muito pode copiar-se e sofrer mutações (corrijam-me se estiver errado). Deste ponto de vista o mais importante seria a preservação dos genes e não das espécies.

 

Em relação aos F0, eu também sou avesso a eles pelas mesmas razões que tu, Nelson, mas na altura nem sabia que ia ter F0. Eu tenho alguns peixes que tiveram que reaprender a comer. E pra concluir também concordo que se os peixes nah fossem híbridos, nah tinha metade dos problemas que falei aqui.

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Obrigado pelas sugestões, são excelentes, todas elas. Talvez se tentar entrar numas trocas.

 

No que respeita às Protomelas, o mais urgente seria retirar o marginatus. É o peixe mais agressivo que praqui anda (tem actualmente mais de metade do aquário pra ele) e rouba as femeas ao trio de steveni easten. Não tem havido demonstrações de interesse entre estas últimas, os red empress ou o taiwan reef. Tem havido entre os machos red empress e taiwan reef mas isso é outra história...

 

O cop. azureus também não causa problemas.

 

Os taiwan reef é melhor esperar pra ver... são peixes muito calmos e só se os 2 juvenis forem femeas e se interessarem por outros machos é que poderá haver problemas, o macho quer é paz e sopas e nah se mete com ninguém.

 

O que eu não tava à espera foi do que aconteceu entre red empress e otopharynx. Parece-me que as femeas ligam mais ao tamanho do macho do que à espécie.

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Falando em Copadichromis, tá-me a parecer que a próxima festa vai ser entre o casal Red Kadango. O azureus é mais pequeno que o Kadango e não tem hipóteses, acho.

 

Quanto aos Protomelas, acho que vou por partes. A minha prioridade vai ser conseguir trocar o marginatus. Antes da próxima passagem por Lisboa vou colocar um post pra ver se o troco.

 

Mas os steveni eastern e os red empress parece que não se misturam mesmo.

 

Quanto aos otopharynx, talvez quando os 2 machos crescerem a femea esqueça o red empress.

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A uma coisa eu acho que não podes fugir...Apenas uma especie de Protomelas...

Nem mais. Essa é uma regra de ouro para evitar OVNIS neste tipo de aquários. As Aulonocaras também não devem ser misturadas.

 

Tenho um casal de Protomelas Marginaus. O macho é bem grande mas divide o domínio com um Aulonocara sp. "Lwanda" (este último tem duas namoradas da sua espécie) que tem metado do tamanho. Além destes, andam por lá 4 Cyrtocara Moori jovens e dois penetras do tanganica: casal de Altolamprologus compressiceps. Ainda só tive uma Aulonocara com ovos na boca mas, com os Altos, não terei propriamente pragas :wink:

 

Pena que o teu Marginaus não seja fêmea, pois até arranjava uma segunda namorada para o meu. A mantutenção em trios, e apenas uma espécie de cada, promove um ambiente bem menos stressante no aquário

Cumprimentos,

 

Paulo Duarte

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Eu pra já mantenho o plano anterior e ainda lhes vou dar mais um tempo e fazer as alterações com calma. Primeiro, trocar o marginatus. Pra ganhar tempo enquanto não o troco, enchi-lhe o ninho que ele construiu com plantas. Já acalmou um bocado.

 

Depois vou observando os resultados e tentando resolver cada situação à medida que for necessário.

 

Mas se fosse a montar de novo uma comunidade ainda arriscava várias espécies de Protomelas, colocando femeas apenas para o macho dominante.

 

Agora de certeza que não me lembrava que os Otopharynx se podiam misturar com um Red Empress 10 vezes mais pesado.

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Por peixes feios entende-se femeas? :wink: Eu acho as femeas dos Haps bonitas :lol:. Mas pronto, são gostos :lol:

 

Eu entendo que em princípio deve-se aplicar a "regra" de só um peixe por género como um método de prevenção útil e que ainda que sem garantias de não haver hibridação, conforme pude comprovar recentemente com grande espanto.

 

E também conheço ainda outras como evitar peixes com formatos e cores demasiados parecidos uma vez que também diminui a agressividade entre machos.

 

Agora eu observo o comportamento dos peixes que tenho aqui (e cada peixe é um peixe, independentemente do género ou espécie) e tiro conclusões para o meu caso em particular.

 

1 - Neste tempo, nunca vi interesse entre Red Empress e Steveni Eastern, nem por femeas nem por machos. Calculo que o que se passou entre o Red Empress e a Otopharynx me tenha escapado por ela ser muito jovem. Por outro ele é um macho que nem persegue a própria femea a não ser na hora H daí que não seja fácil saber-lhe as preferências com antecedência.

 

2 - O Taiwan reef, reputado "boa boca" no que respeita a femeas, é uma paz de alma e nem por sombras o deixavam sequer ter pensamentos mais impuros. Tenho aqui 2 mais pequenos e se por acaso algum deles for femea, o mais certo é ter que sair.

 

3 - Quem está a desestabilizar esta história é um Marginatus que se mete com as Steveni Eastern: vai sair.

 

4- E ainda me resta o problema inesperado da femea Otopharynx ter engraçado com o Red Empress, e para este problema tenho esperança de resolução, quando os respectivos machos Otopharynx crescerem um pouco.

 

5- Eu já tenho uma odisseia com estes peixes que me liga bastante a eles e a ideia de por alguns a mexer custa um bocado.

 

Agora deixando o meu caso particular e partindo para o geral, Nelson, fiquei sem certeza de ter explicado bem a minha teoria: uma comunidade de 3 ou 4 protomelas machos de espécies diferentes com um líder destacado e com poucas hipótesesde ser destronado, por hipótese um Red Empress e outros protomelas menores. Então nesse caso só deveria haver fêmeas Red Empress uma vez que ninguém teria hipótese de acasalar sem ser esse macho. O que é que falha aqui? Quais as hipóteses de haver uma fêmea pronta para desovar e o macho dominante deixar outro qualquer acasalar com ela?

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Já agora, os alevins comem os cadáveres de irmãos mortos até ao ponto de não deixar rasto? Faço a pergunta porque ainda não encontrei cadáveres. Inclusive do alevim Red Empress que não consigo distinguir no meio dos outros.

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