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Acabei de retirar 1,2 Kg, sim kilos, de Chaetomorpha do meu refúgio, passados 15 dias da minha ultima colheita.Peso escorrido! . Pelo meio dei 4 bolinhas a pessoal que visitou o meu aquário. Fiquei impressionado!

Por isso acho que vale a pena discutir este tema profundamente. Gostava de saber quantos têm refúgios e qual a importancia que lhe dão.

 

Qual o tipo de refúgio que achas melhor? Quanto á localização?Quanto ao substrato( altura e tipo)?

Iluminação do refugio? Tipo e duração?

Para que achas que serve o refúgio?

O que podemos manter num refúgio?

Qual a melhor alga para manter num refúgio?

Qual o tipo de manutenção que um refúgio precisa?

Vale a pena ter mangues?

 

Cump.

Rui

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Olá Rui,

 

Acabei de escrever um artigo para a Aquamania sobre o tema e como tal não me vou alongar muito!

 

Quanto á localização?

 

Sem dúvida alguma que o superior.

 

Quanto ao substrato( altura e tipo)?

 

Aragamax fazendo uma DSB com pelo menos 12 cm

 

Iluminação do refugio? Tipo e duração?

 

Sim. Com PC´s em contraciclo com o aquário principal - cerca de 14 horas. Penso que não se justifica o uso de HQI´s embora os crescimentos sejam bastante superiores

 

Para que achas que serve o refúgio?

 

Na minha opinião essencialmente para exportar nitratos do sistema e tal como o nome indica, servir de refúgio para uma infinidade de seres que nele encontram protecção e se reproduzem alimentando assim de uma forma natural os sistemas.

 

O que podemos manter num refúgio?

 

Na minha opinião essencialmente macroalgas e uma boa equipa de limpeza.

 

Qual a melhor alga para manter num refúgio?

 

Depois de ter experimentado quase todas diria que não tenho dúvidas que é a Chaetomorpha. Não entra em reprodução sexuada o que me tem acontecido com diversas espécies de Caulerpa.

 

Qual o tipo de manutenção que um refúgio precisa?

 

Muito pouca - uns cortes semanais ou quinzenais são suficientes - a aspiração de detritos no meu caso tem sido mensal.

 

Vale a pena ter mangues?

 

Não sei! Nunca utilizei e não tenho opinião formada - penso serem bons exportadores de nitratos, mas não tão eficazes como as macroalgas. Na minha modesta opinião é uma questão estética.

 

Abraço,

Diogo

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Viva,

 

Há uns tempos fiz também uma tentativa para o pessoal discutir sobre os refúgios. O melhor será juntar toda a informação num só tópico.

 

Rui aproveito para lançar a questão, qual o tamanho mínimo que o refúgio deve ter se o objectivo for reduzir a concentração de nitratos?

 

Gostava de saber mais sobre a experiência de cada um na manutenção da Caulerpa e a sua aparente problemática reprodução sexual? É que uso Caulerpa desde sempre e nunca tal me sucedeu!

 

Quanto à melhor espécie de macroalga para manter no refúgio gosto bastante da Caulerpa taxifolia e C. prolifera. A C. taxifolia é muito eficiente na remoção de nitratos - útil em aquários onde as mudanças de água são pouco frequentes. No entanto o melhor será manter várias espécies em conjunto favorecendo a diversidade e a competição pelo alimento disponível.

 

A função mais importante de um refúgio é fornecer alimento vivo sob a forma de seres planctónicos que estando presentes na água do aquário servirão de alimento a peixes e corais. Como tal o refúgio tem de ser colonizado: utilizando substrato de aquários e/ou outros refúgios já maturados e também rocha viva de diferentes origens e de preferência não curada - tendo atenção aos seres indesejáveis que podem vir á boleia. O refúgio é uma zona do aquário isenta de predadores e como tal deve conter apenas microrganismos.

 

Abraço,

Ricardo Rodrigues

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Olá,

 

Como tal o refúgio tem de ser colonizado: utilizando substrato de aquários e/ou outros refúgios já maturados e também rocha viva de diferentes origens e de preferência não curada - tendo atenção aos seres indesejáveis que podem vir á boleia.

 

Estás a referir-te a rocha não curada num refúgio no arranque de um aquário ou num já montado ? É que rocha não curada ( rocha curada = rocha viva isenta de matéria morta ou em decomposição segundo a minha opinião ), mesmo que só no refúgio poderá ter consequências desastrosas para o aquário principal.

 

António Paes

Aquariofilia marinha é em www.reefforum.net

Propagação de corais é em http://www.coralfrags.org/

Aquariofilia em geral é em www.aquariofilia.net

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António, tens toda a razão e ainda bem que levantaste essa questão. Quando refiro rocha viva não curada a ideia principal é aproveitar a maior quantidade de micorganismos que vêm "agarrados". Para tal e uma vez que os refúgios normalmente possuem um menor volume de água que o aquário principal e ideia é colocar lá apenas um pedaço pequeno (em comparação com o tamanho do refúgio) dessa rocha. O objectivo é a inoculação do refúgio e não filtragem biológica. Se o refúgio tiver macroalgas estas certamente beneficiarão da matéria orgânica em decomposição. Esta operação facilita também a colheita de passageiros indesejados.

 

Abraço,

Ricardo Rodrigues

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Olá,

 

Pois o que eu fiz foi introduzir bicharada proveniente no meu caso da DSB do Marco Madeira. Penso que a melhor forma além da que o Ricardo refere é sem dúvida arranjar um pouco de um substrato já com vida.

 

Quanto à reprodução sexuada tive neste espaço de 4 meses dois casos - na racemosa e na prolifera - o que aconteceu foi que quase toda a caulerpa começa a formar pequenas bolhas que acaba por libertar e depois morre - uma desgraça para a qualidade da água que consegui evitar retirando-a logo que começou o processo. Com a taxifolia nunca me aconteceu e por isso neste momento mantenho-a em conjunto com a Chaetomorpha.

 

Abraço,

Diogo