"Old tank syndrome" ( OTS ) O que pensam disto?


Rui Ferreira de Almeida

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Embora seja fundamental preocuparmo-nos em começar bem no nosso "hobby", também é importante pensarmos no futuro.

O OTS aparece em alguns aquários a partir de 5 a 6 anos de idade e manifesta-se por uma incapacidade em manter especies novas e num declinio na população e biodiversidade do aquário e um aparecimento de algas filamentosas.

Alguns autores aventaram várias justificações para este fenomeno :

- acumulação de fosfatos

- "crash" de DSB ( saturação ) / DSB mal mantidas

- " crash " da rocha viva ( saturação e apodrecimento interno) / má circulação

- acumulação de metais pesados (acumulação até exceder a capacidade de eliminação )

- allopatia ( guerra química de certos corais que desenvolveriam novas toxinas para eliminar os competidores )

 

Várias soluções foram entretanto apresentadas para evitar o OTS:

- substituição periodica da DSB ( por isso idealmente deve estar à parte)

- substituição parcial da rocha viva ( introdução de biodiversidade )

- TPA de 25 % mais regulares

- aumento da circulação, melhorar a escumação, usar carvão activado ( satura-se rapidamente !!!)

 

Eu pergunto:

- algum de vocês já viu este OTS?

- quem tem aquarios de recife há mais de 5 anos?

- porque é que isto só acontece em alguns aquários?

- serão erros de concepção?

- serão erros de manutenção ?

- terá a ver com a biodiversidade inicial?

- falta de detritivoros?

- especies com funções importantes ausentes?

- espaços mortos com circulação deficiente?

- desleixo e facilitismo com o tempo, assumindpo que está tudo bem?

- deveremos usar mais carvão activado e mudá-lo com mais frequençia?

- deveremos introduzir regularmente detritivoros?

 

Existem fenomenos naturais que promovem a renovação e a biodiversidade como os fogos nas florestas e os ciclones e tempestades no mar . Será que temos que imitar estas catastrofes naturais de vez em quando nos nossos aquarios, criando pequenas revoluções em termos de corrente, redecoração e introdução de rocha viva e novas especies

 

 

Cump.

Rui Ferreira de Almeida

-

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olá

gostria muito de ajudar mas o meu aqua ainda so tem 2 meses.

 

é um topico muito interessante, visto que ja tenho lido muita coisa, mas nenhuma resposta em concreto foi obtida.

 

malta com aquas de idade superior a 5 anos toca a postar.

 

um abraço

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Boas Rui,

O ots para mim nao é novidade até porque ja tenho lido alguma informaçao acerca disso embora sem grandes conclusoes. A experiencia/conhecimento que tenho em concreto é de um aquario de um amigo que tem 7 anos e que penso eu estar a sofrer desse sintoma por isso tenho vindo a pesquisar ja a algum tempo informaçoes.

os sintomas do aquario são:

-nitratos elevadissimos (por mais tpa´s eles baixam e sobem em poucos dias)

-algas filamentosas

-fosfatos

Mas o que é curioso é que os peixes nao sei se por serem herbivoros parecem nao se ressentirem em nada...aparentemente.

Tenho alguma literatura acerca disto..depois vou postar.

um abraço

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Viva Miguel

Seria interessante conhecer o Setup desse aquario bem como a sua população e quais as espécies que hoje se mantêm e quais as que não resistiram.

Penso que os relatos( setup + evolução da população e química da água )e opinião dos aquariofilistas com aquarios mais antigos, seria muito importante.

Cump.

Rui

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Rui, aqui está um assunto que me interessa particularmente, já que receio já ter passado por este problema e queria não voltar a repeti-lo.

Atenção que esta minha resposta é baseada apenas em opiniões e alguma experiência pessoal e não tem qualquer suporte científico.

Os factores que enunciaste parecem todos válidos mas destes inclino-me mais para os seguintes (por ordem decrescente de importância):

- "crash" de DSB ( saturação ) / DSB mal mantidas

é por este motivo que optei por uma DSB exclusivamente no refúgio, de modo a que assim que desconfiar de qualquer problema remover imediata e facilmente toda a areia e detritos do mesmo. Aliás, creio ter sido a DSB que me provocou o problema que tive num aquário que acabava de fazer 5 anos.

- " crash " da rocha viva ( saturação e apodrecimento interno) / má circulação

semelhante à questão da DSB, embora considere mais invulgar. Sem dúvida que uma boa circulação da água evita esta situação. Periodicamente provoco tempestades no aquário passando uma cabeça motorizada por toda a rocha viva e zonas no meio das rochas que tenham menor circulação. É incrível a quantidade de detritos que saiem de dentro das rochas.

- acumulação de metais pesados (acumulação até exceder a capacidade de eliminação)

esta situação poderá ocorrer principalmente dentro das próprias DSB ou plenums. É importante a manutenção de uma boa equipa de limpeza e a realização de TPA's frequentes com alguma limpeza do areão.

 

Acrescento ainda algum desleixo e apatia por parte do aquariofilista que acaba por reduzir a manutenção e de repor os seres da equipa de limpeza que vão morrendo. Talvez o excesso de confiança por ter um aquário de sucesso leve o aquariofilista a deixar de intervir e a desleixar-se.

 

Quanto às questões que colocas (as que ainda não respondi):

- porque é que isto só acontece em alguns aquários?

Provavelmente nos aquários em que se verificam um ou mais dos factores que enumeraste, dependendo da intensidade desses próprios factores. De qualquer modo, serão concerteza poucos os aquários no nosso país que permaneçam de raíz por mais de 5 anos e que não sofram alterações profundas de filtragem, DSB, RV, etc. Ainda é um pouco cedo para termos conclusões. Com esta nova vaga de recifeiros teremos de certeza mais respostas no futuro.

- serão erros de concepção?  

- serão erros de manutenção ?

Provavelmente uma combinação dos dois, já que determinadas concepções levam a determinados regimes de manutenção, os quais deverão ser escrupolosamente respeitados.

- terá a ver com a biodiversidade inicial?

Eu diria inicial e a manutenção e renovação da mesma.

- deveremos usar mais carvão activado e mudá-lo com mais frequençia?

É sem dúvida uma boa ajuda, principalmente para os metais pesados e para a tal guerra química entre corais. Neste caso considero que a qualidade do carvão é muito importante, nomeadamente em termos de capacidade de absorção, durabilidade e libertação de fosfatos na água.

- deveremos introduzir regularmente detritivoros?

Sem dúvida. Além de olhar para os corais, observo regularmente os detritívoros. Se estão a reproduzir-se, se estão a morrer, se estão a alimentar-se, se são objecto de predação, etc. A redução de determinada população deverá ser reposta se apresenta benefícios para o aquário.

Existem fenomenos naturais que promovem a renovação e a biodiversidade como os fogos nas florestas e os ciclones e tempestades no mar . Será que temos que imitar estas catastrofes naturais de vez em quando nos nossos aquarios, criando pequenas revoluções em termos de corrente, redecoração e introdução de rocha viva e novas especies

Evito ter de provocar desmoronamentos e rebentar com o aquário bowdown , mas a estratégia de modificar periodicamente as correntes de água e provocar "tempestades" em todas as zonas do aquário parece-me importante, de modo a eliminar ciclos viciados e detritos que se vão acumulando em certos locais e cavidades nas rochas.

 

Tal como o Rui, gostava de ver este assunto debatido pelos veteranos (e não só) que por cá andam.

 

Um abraço

João Cotter

If you're not part of the solution, you're part of the precipitate

http://www.bioaquaria.com

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Olá,

 

Como sabem desmontei o meu último aquário e ele respirava saúde! Não tinha ainda 5 anos, mas para lá caminhava. Por esta razão não posso adiantar mais nada com base na minha experiência pessoal. Todos os outros aquários salgados que tive no passado, e já lá vão uns bons 10 anos não tinham DSB e foram muito modoficados ao longo dos tempos, por isso nãi experimentei nenhum desses problemas.

 

Um abraço,

Diogo

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Outro aspecto a considerar é que os peixes crescem e que se calhar ao fim de 5 anos temos o dobro da carga biologica. Isto acarreta uma densidade infinitamente maior do que acontece na natureza e em que para cada peixe existem se calhar centenas de detritivoros( e estamos a falar só dos maiorzinhos ) para a mesma área ocupada. Ou o desiquilibrio sustentado( a que nós chamamos pomposamente aquario equilibrado) deteriora-se.

Será isto também uma das razões.

Neste assunto não existem mestres, porque andam todos a especular ,portanto acho que todos podemos e devemos dar as nossas opiniões e adicionar alguma informação que tenham lido algures. Toda a informação sobre este assunto é util.

 

Cump.

Rui

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Olá,

 

O meu aquário de recife (200l) mais antigo tem 4 anos e portanto este é um tópico que me interessa particularmente. As principais alterações que sofreu foram: retirei as biobolas (filtro seco-húmido é eficiente mas gera muitos nitratos); retirei uma esponja que estava na sump (funcionava como um armazém de sedimentos e matéria orgânica); aumentei a circulação de água para 15x volume do aquário e coloquei um reactor de cálcio. Para além destas alterações alguns dos corais são frequentemente fragmentados. Para mim o melhor sinal de que tudo vai bem é o rápido crescimento dos corais.

 

Julgo que a principal causa do aparecimento deste problema ("OTS") é o cansaço do aquariófilo que perante um aquário equilibrado deixa de lado aspectos fundamentais da sua manutenção já aqui referidos: fazer mudanças de água frequentes - renovação de elementos essenciais e eliminação de substâncias indesejadas; aspirar o areão que com o tempo se transforma num armazém de sedimentos; arejar e ressuspender os sedimentos da rocha viva para esta não morrer asfixiada.

 

Não sou um entendido em "OTS" e muito menos em "DSB's" no entanto diria que uma "DSB" mal cuidada com o tempo pode causar um "OTS". Para além da espessa camada de areão que constitui a "DSB" o mais importante é o estabelecimento de uma comunidade específica de organismos que façam esta funcionar.

 

Cumprimentos,

Ricardo Rodrigues

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Outro aspecto a considerar é que os peixes crescem e que se calhar ao fim de 5 anos temos o dobro da carga biologica.

 

Eu tenho o meu há 11 meses por isso nem devia estar a mandar bocas neste tópico mas posso acrescentar que esse factor conta e bastante.

 

Mantive sempre religiosamente o mesmo regime de mudas e manutenção. Nunca consegui que os testes de nitratos mudassem de cor. Tinha 3 peixes para os 120 litros úteis (principal + refúgio) e praticamente não tinha algas visíveis. Fui "obrigado" ((porque um amigo desactivou o seu reef) a introduzir mais dois peixes e o impacto foi enorme e agora estou a combater um surto de cyano que se arrasta há dois meses.

 

Conclusão: talvez seja uma boa ideia ir fazendo "podas" à população de peixes à medida que cada indivíduo cresce. A quantidade de comida fornecida deverá idealmente ser constante não crescendo com o tempo. Eu sou um acérrimo defensor de aquários subpovoados de peixes e de refúgios que forneçam aditivos alimentares. Quanto menos materia potencialmente poluente para dentro melhor, digo eu...

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Outro aspecto a considerar é que os peixes crescem e que se calhar ao fim de 5 anos temos o dobro da carga biologica

Julgo que este aspecto é bastante importante para esta problemática.

 

Aliado ao facto do desleixo por parte do aquariofilista. Eu tenho um grande problema neste aspecto. Quando um aquário deixa de ser viciante e motivante, perco grande parte do interesse.

 

Está a acontecer, embora não só por esta razão, com o meu reef. Por isso vou tentar fazer algo diferente com ele, que passa por transformá-lo num aquário só de moles. Reef já há muitos. Já toda a gente tem reefs. Reefs outra vez só quando for no aquário grandalhão.

 

Parece-me claro que por muitas TPA's e por muito boa que seja a osmose, alguns metais e particulas, ao longo dos anos, vão aumentando a sua concentração. Até que ponto isso pode provocar um OTS, sinceramente não sei.

 

O que sei é que se se apostar na prevenção e não na cura, talvês nunca chegaremos a conhecer realmente o OTS, mas também julgo que ninguém tem interesse em conhecer, a não ser para efeitos estatísticos ou de pequisa. Algumas medidas possíveis:

 

- Trocar 50% da água de ano a ano.

- Trocar 50% da rocha viva de 3 em 3 anos.

- Trocar/renovar DSB de X em X anos (não sei quantos confesso...).

 

Julgo que se se tomarem estes cuidados, pode-se minimizar os efeitos do OTS. Eu vou procurar trocar a DSB e mudar alguma rocha, também por causa da alteração de âmbito do aquário, mas não sei se será o duficiente...

Está decidido: 200 x 100 x 65!!!

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Boas este é um topico bastante interessante. Parabens Rui por te teres lembrado de discutir este assunto.

 

 

Eu pergunto:  

- algum de vocês já viu este OTS?

 

Eu nunca vi ao vivo mas já li bastante sobre isso.

 

- quem tem aquarios de recife há mais de 5 anos?

 

ja vi vários aquarios mas com mais de 5 anos nao tou recordado

 

- porque é que isto só acontece em alguns aquários?

 

Acho que com o evoluir do aquario vários elementos iram sendo consumidos e outros formados.

Temos um bom exemplo que é o sistema Jaubert que como se sabe produz Sulfito de enxofre ao final de bastante tempo.

Já se sabe não existem dois aquarios iguais logo será dificil comparar pois mesmo que o setup seja exactamente o mesmo a Biodiversidade

não o será.

 

- serão erros de concepção?

 

acredito que não

 

 

- serão erros de manutenção ?

 

Talvez. Na possibilidade de crash de DSB poderá ser por falta de detritivoros.

Eu não sou grande adepto de TPA´s a curto prazo, mas a longo prazo uma TPA de vez enquando ajuda sem duvida alguma.

 

- terá a ver com a biodiversidade inicial?

 

Poderá ser, pois por razões obvias a biodiversidade vai diminuindo

 

-

falta de detritivoros?

 

Só se for na DSB pois de resto acho que não irá afectar pois um aquario com mais tempo terá sempre um poder de depuração maior do que um aquario recente.

Aí acho que não irá intervir.

Agora se for na DSB já concordo mas também só se o OTS for devido a um crash da DSB

 

- especies com funções importantes ausentes?

 

Acho que não.

 

- espaços mortos com circulação deficiente?

Também penso que não pois essas deficiencias serão colmatadas pelo resto do aquario.

 

 

- desleixo e facilitismo com o tempo, assumindpo que está tudo bem?

 

Acredito que poderá ser umas das razões pois o sonho de qualquer aquariofilista marinho é atingir o aquario perfeito ou seja o AQUARIO AUTO-SUBSISTENTE. Mas será que existe mesmo a possibilidade de atingirmos esse ponto. Eu acho que não e na minha opinião esta poderá ser a principal razão. Pois eu não acredito na GERAÇÂO ESPONTANEA e acredito que a biodiversidade irá diminuindo com o decorrer dos tempos.

 

 

- deveremos usar mais carvão activado e mudá-lo com mais frequençia?

 

Eu acho que o carvão activado deveria ser utilizado:

 

-sempre em pouca quantidade devendo ser substituido de tempos a tempos

 

ou

 

-Em mais quantidade mas temporariamente

 

 

 

- deveremos introduzir regularmente detritivoros?

 

 

Sim pois porque existe o factor PREDAÇAO, mas também devemos colocar espécies diferentes para aumentar a biodiversidade.

 

 

 

Aconselho também a fazerem uma mudança de rocha viva de vez enquando por razões obvias.

Esta mudança acho que será bastante importante a longo prazo.

 

O OTS poderá ser devido a um conjunto de factores que em conjunto levarão ao desiquilibrio do aquario.

 

Mas vamos ouvir mais opiniões.

Aquariofilia ao mais alto nível.

 

Abraço

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bem, esta história do OTS está-me a preocupar... então gastar tanto dinheiro para 5 anos? não me parece plausível. e a culpa é do sistema ficar viciado, pelo que percebi.

está em tão bom estado o aqua, que o aquariofilista se esquece que pode estar a haver um crash qualquer, que ele não repare...

mas sobre isto, encontrei dois tópicos que podem ser interessantes:

 

discussão em reefforum sobre a idade dos reefs mantidos pelos membros:

http://www.reefforum.net/showthread.php?threadid=287

 

 

reef com 32 anos:

http://www.reefcentral.com/forums/showthre...threadid=434616

 

claro que o que tem 25 anos não está com uma aparência muito bonita... mas aguenta-se.

o dono do aqua fez muitas alterações, acompanhando a tecnologia. e diz que à 10 anos fez uma geral no aqua..

fica aqui o meu contributo.

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Não e bem assim... Somente alguns aquários sofrem desse síndroma..

 

Desleixo do aquariofilista é uma das causas, outra delas pode ser o próprio ecosistema que se montou.. Não estou muito a par da OST mas li que se o dono mantiver cuidados constantes ao longo do tempo na limpeza do aquário trocar a água de tempos a tempos em larga escala do tipo 60% e tratar bem a DSB nada disto acontece, ou então não e isto acontece na mesma.

 

É um tema muito delicado, que me leva a pensar muito bem o que quero para o meu futuro aquário..

Continuo a ler as vossas opiniões que são bastante intressantes e faço a questão,

 

Se o aquário estabilizar, e entrar ne ciclo mais negro a que chamam OST o que deverá o aquariofilista fazer de início? Apostar nas TPA's? Remover logo fauna? Remover rocha?

 

 

Cumps

meureef.jpg[Clickable]
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Se isso acontecesse e espero que nunca venha a suceder, eu começaria por remover rocha , provocar uma pequena tempestade, com uma bomba dirigida a todos os recantos do aquário,aspirar o areão de fundo e subtitui-lo por uma camada de 2 a 3 cm, introduzir rocha nova de várias origens ,mas bem colonizada e uns quantos ofiurus, moluscos e ermitas. Faria ao mesmo tempo uma mudança de 50% da água e colocaria uma boa quantidade de carvão activado de boa qualidade.

Nunca faria, como prevenção, uma DSB no aquario principal , mas sim num aquario refugio ou lagoa à parte ,para em caso de necessidade poder trocá-la sem introduzir substancias acumuladas no aquario principal.

Também não gosto de refugios na sump, porque esta serve de decantação e deve ser aspirada regularmente.Gosto de refugios ao lado ou acima do tanque principal.

Cump.

Rui

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Oi pessoal...

Boa Rui, excelente tópico.

Bem.... meu minireef foi montado com DSB de 10cm e durou 5 anos e meio. Embora fosse um aquario pequeno, cerca de 60 litros a biodiversidade era imensa e deparei-me com uma maior quanrtidade de bichos e bichoides incriveis abaixo dos primeiros 4/5 cms de areia. Devo dizer que abaixo desta zona dos 4/5 cms o cheiro era algo de peturbante para o nariz. A cor da areia era castanha intensa chegando ao fundo quase a cinzento escuro.

Quando mudei para o reef actual aproveitei tudo o que tinha, rocha substracto, peixes, corais etc etc e adicionei o que faltava em rocha e areia. Com esta mudança, o que pode ter acontecido foi uma reiniciação da DSB devido ao facto de ter aproveitado o que tinha mas foi adicionada talvês 3 vezes mais areia e 3 vezes mais rocha. Pormenores a apontar o facto é que nunca usei carvão, nunca usei aditivos quimicos á excessão de kalk e Tech CBA e B da kent para controlar níveis de cálcio e dureza. O nível de bicharada e de bicheza presente na DSB é enorme (quem já viu sabe do que falo) e alimento bastante os meus peixes que são cerca de 12 para 240 litros de água. Para alêm disso sempre fiz e faço ao longo dos tempos trocas religiosas e rigorosas de 10% semanais.

O actual aquario faz agora em Novembro 2 anos fazendo o total contando com o mini-reef 7 anos e meio.

Não consigo assim tirar qualquer conclusão na prática do que pode acontecer ou não de futuro até porque vou mudar outra vez de aquário aproveitando de novo tudo o que tenho do actual...

 

Na minha opinião (apenas teórica, e fundada em artigos e opiniões de outras pessoas e cientistas) as crash de sistema ou OTS como o Rui lhe chamou podem ter varias origens. A que mais me salta a vista é a falta de rigor do aquariofilista com o passar do tempo assim como a autoconfiança no sistema... mas acho que também a extrema utilização de quimicos no aquário, falta de trocas de água e utilização de água doce de má qualidade ajude no acumular de vários parametros que potenciem o OTS. Mas, como disse é apenas a minha opinião sempre baseada apenas em factos pouco concretos ou cientificos. De qualquer maneira duvido que alguma vez tenha uma OTS já que nunca fico satisfeito com o aquário que tenho e quero ter sempre um maior não durando mais do que os 5 anos... o que não acontece contigo não é Rui !? he he he maior é um pouco mais complicado...

Eu se fosse tu estava bem preocupado com a OTS !!! lol bigsmile !!

Podes sempre mudar ums calhaus e uns kilitos de aeão... he he

Abraço...

Abraço...

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  • 1 mês depois...

Mesmo assumindo o risco de repetir o que antes foi dito, é um excelente tema lançado pelo Rui.

 

Tal como muitos de vós que têm aquários há mais tempo, nunca mantive o mesmo por mais de 5 anos e no primeiro que tive (cerca de 4,5 anos), não se falava (pelo menos por cá) em DSB.

 

Penso que o Marco acertou na "mouche" - tal como anteriores que postaram -: resumindo o problema da "saturação do sistema":

 

Na minha opinião (apenas teórica, e fundada em artigos e opiniões de outras pessoas e cientistas) as crash de sistema ou OTS como o Rui lhe chamou podem ter varias origens. A que mais me salta a vista é a falta de rigor do aquariofilista com o passar do tempo assim como a autoconfiança no sistema... mas acho que também a extrema utilização de quimicos no aquário, falta de trocas de água e utilização de água doce de má qualidade ajude no acumular de vários parametros que potenciem  o OTS.

 

POr um lado, montamos o sistema com uma determinada biodiversidade e carga biológica regulamos a manutenção em função das mesmas. O tempo passa, a biodiversidade e carga biológica mudam bastante e a nossa manutenção não se adapta em confomidade. Ou o aumento da biodiversidade e número das "espécies trabalhadoras" é capaz de sustentar o aumento da carga biológica ou há risco sério de saturação.

 

Por outro lado, também contribuirá a longo prazo a saturação química.

 

É óbvio que, como diz o João Soares, todos procuramos um sistema auto-suficiente, mas até chegar lá... se é que lá chegamos...a atenção tem que ser imensa e redobrar ao longo dos tempos.

 

É um pouco como as relações amorosas: quando damos tudo por garantido... correm mal. Temos que ter um namoro constante com os nossos aquários.

Abraços
João M Monteiro

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É um pouco como as relações amorosas: quando damos tudo por garantido... correm mal. Temos que ter um namoro constante com os nossos aquários.

 

:lol::lol::lol:

 

João, excelente analogia. A frase para além resumir o que significa ter um aquário é ....inspiradora e até mesmo poética. Só quem entende e gosta da aquariofilia com tu a poderia proferir.

 

Isto daria outro tópico avançado - O que dá mais trabalho , manter o aquário ou uma mulher ( ou homem no caso das senhoras ). :roll: Heróis são aqueles que conseguem manter os dois mais de 5 anos! :D

 

Cump.

Rui

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