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Viva,

A maioria das descrições de aquários que tenho visto são quase sempre de recife, montados em função dos corais (e peixes compatíveis com estes).

 

Tenho procurado ver exemplos em Portugal, de montagens de aquários dedicados a Hippocampus spp. e não encontro praticamente nada...

 

É aqui que surgem as minhas dúvidas, relacionadas com o setup e com os próprios bicharocos:

 

Em relação ao setup:

Fala-se em correntes fracas a moderadas nestes aquários. Isso é o quê, concretamente? 4 a 5x o volume do aquário é muito, pouco ou o ideal? Estas correntes fracas irão, a meu ver, condicionar a colocação de outros seres no aquário. Além da Caulerpa e outras macroalgas que constituirão a paisagem dominante, que mais se poderá colocar? As Xenias e aguentam estas correntes fracas? Qual a melhor escolha em relação à equipa de limpeza? Li que os nassarius, os turbos, alguns eremitas e alguns gobies são seguros para os cavalos marinhos, mas será que todos eles irão deixar as macroalgas em paz? (típica pergunta de maçarico...).

 

Em relação aos bicharocos:

É comum aparecerem em Portugal espécimes criados em cativeiro (menos sensíveis e habituados a comer alimento congelado e não apenas comida viva)? Os H. Reidi que por aí vão aparecendo são selvagens ou de cativeiro?

E, última pergunta por agora, quanto tempo aguentam estas maravilhas sem comer? Será possível ir uns de férias em segurança?

Cumprimentos,

 

Paulo Duarte

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olá

gostaria de te ajudar mas nao tenho conhecimentos suficientes nesse campo.

ha um membro aqui do forum que tem cavalos marinhos, fala com ele chama-se Rui Ferreira de Almeida.

 

um abraço

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ha um membro aqui do forum que tem cavalos marinhos, fala com ele chama-se Rui Ferreira de Almeida.

 

Sim, a ideia deste tópico é recolher a experiência de pessoas que mantenham ou mantiveram estes bichinhos. Espero que o Rui não seja o único yikes

Cumprimentos,

 

Paulo Duarte

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ja pensei em por um ou dois no refugio, pq nesse local apenas ha circulaçao na superficie, agora so falta la por a areia e dinheiro. yikes

 

um abraço

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Tenho visto soluções que incluem gorgónias. Uma Catalaphyllia jardinei também fica excelente num sistema desses porque é um coral de laguna e consegue capturar os mysis e artemias que escapam aos cavalos marinhos.

 

Melhor do que Caulerpa seria usar "turtle grass" (não sei nomes em portugês) porque comporta menos riscos e não cresce tão rápido por isso não tem de ser podada. Uma poda de Caulerpa representa sempre um momento de stress principalmente para a qualidade da água.

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Os H.reidi são geralmente de cativeiro e comem Mysis e plancton congelados da SFBB no meu caso.

Não me parece que aguentem muito tempo sem comer porque idealmente devem ser alimentados 3 vezes por dia. Se o refugio estiver cheio de misidaceos e gamarideos talvez se aguentem até muito tempo. Eu tenho ermitas pequenos e cerites junto com eles sem problemas.

Uma corrente de 4 a 5 x parece-me bem.

Não gostam de luz em excesso.

Os companheiros têm que ser calmos, lentos e pacificos.

Gorgonias pode ser uma boa visto que vais alimentar 2 a 3 x por dia ,mas ai também deverias usar fitoplancton se não forem fotossinteticas. Mas para pores gorgonias precisas de um aquário alto com 50 cm pelo menos.

Turtle grass - Syringodium, Zoostera ou Thalassia são dificeis de obter e manter e crescem lentamente mas são belas. O Syringodium é a mais adequada

Catalaphyllia jardinei - pois também gostava ,mas faz parte do anexo A ( proibido importar) do CITES.

Existe um excelente site só sobre cavalos marinhos. Não me lembro do endereço. Faz uma busca no Google.

Cump.

Rui

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Obrigado pela ajuda, Rui.

 

O site que tenho consultado é este:

http://www.seahorse.org/index.shtml

 

Por tudo o que tenho lido, a questão da alimentação parece-me sem dúvida a mais complexa.

 

Deixo agora uma questão hipotética:

 

Imagine-se um aquário de 400 Litros, transformado num mega refúgio, com apenas areia viva, rocha viva e macroalgas, para albergar apenas um casal. Seria possível neste tanque conseguir um ecossistema auto-sustentável para os cavalos marinhos, ou seja, manter bicharada que lhes servisse de alimento e se reproduzisse, de forma a que este recurso não se esgotasse? Um escumador seria útil num sistema destes?

Cumprimentos,

 

Paulo Duarte

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Acredito que sim , era um palacete de luxo. E desde que bem inoculado acho que produziria alimento suficiente. É claro que terias sempre que alimentar porque os misiadaceos e os gamarideos tambem precisam de comer. Acho que o escumador é perfeitamente dispensável.

Cump.

Rui

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Acredito que sim , era um palacete de luxo

 

Boa notícia, Rui :) A ideia seria mesmo proporcionar qualidade de vida a estas magníficas criaturas e não morrerem ao fim de poucos meses como tato tenho lido por aí... Além disso, para quem passa o dia todo fora de casa, é complicado fornecer várias refeições diárias de comida viva (já para não falar em explicar à família que não poia ir de férias ou sair um fim-de-semana...)

 

É claro que terias sempre que alimentar porque os misiadaceos e os gamarideos tambem precisam de comer

 

E que tipo de menu seria o mais aconselhado? o memo que daria aos Hippocampus?

 

 

Acho que o escumador é perfeitamente dispensável

 

Outra boa notícia :)

Cumprimentos,

 

Paulo Duarte

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No mini que tenho (100 litros) tive paciência para esperar 4 meses antes do primeiro peixe e mesmo com barebottom, houve pods suficientes para manter o glutão do Zé Maria (o meu primeiro peixe, um Ecsenius bicolor) bem gordo por 3 semanas. E ele é um comilão! Durante esse tempo andava tão cheio que nem em artemia viva tocava.

 

Hoje em dia o aquário tem muito menos bichos mas já tem uma boa quantidade de Mysis escondidos debaixo das rochas. Isto para dizer que se calhar é possível ter um aquário mais pequeno a produzir bicharada suficiente. Tens é que deixar que ela se estabeleça sustentadamente até um número que dê para aguentar a pressão predatória do casal de cavalos marinhos.

 

O meu por exemplo não aguentou a pressão do Zé Maria.

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Já vi um aquario bem mais pequeno do que 100 litros onde a bicharada que se criava era o suficiente para manter 1 ou 2 (já nao me lembro bem) cavalos marinhos alimentados.

Posted ImageTantas plantas, tantos peixes, tantas possibilidades... tão poucos aquários! - Me
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Boas,

 

A partir de maio do ano passado só é possível comercializar cavalos marinhos criados em cativeiro. Até nova avaliação da CITES não há mesmo outra hipótese legal de os adquirires.

 

Para ter a certeza deverás pedir o número CITES dos cavalos marinhos quando os compras, uma vez que este só é emitido para criação em cativeiro no caso dos cavalos marinhos. Existem espécies que têm quotas de exportação (provenientes da apanha), mas no caso dos cavalos marinhos a CITES só contempla a criação em cativeiro devido à sobreexploração sobre os mesmos verificado pelo mercado chinês (eles secam-nos e tomam-nos devido ao facto de se acreditar que têm uma série de aspectos benéficos à saúde)

 

Um abraço,

 

Brian