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Ola!

 

Tenho um aquario de 60x30x30 onde tenho um casal de cacatuoides. Na 6ª feira vi que ja tinha havido postura debaixo de um tronco que faz tipo uma caverna. Não tive cá no fim de semana e ontem quando cheguei encontrei um "montinho" de alevins que ainda não se mexem muito. A femea anda sempre por perto a cuidar deles.

 

Como é a primeira vez que isto me acontece queria saber como devo alimentar os alevins e quando deve começar pois acho que eles agora não devem ser capazes de comer.

 

Já encontrei algumas informações neste site mas gostava de saber mais...

http://www.geocities.com/jgonz.geo/criad/cacatuo.htm

 

P.S- hoje a tard vou tentar tirar fotos e depois coloco aqui :lol:

João Fonseca

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Antes de mais parabéns.

 

Dependendo da temperatura os alevins demoram de 3 a 7 dias a nadar.

 

Devem ser alimentados logo que nadem com artemia recem nascida por isso podes já ir produzindo alguma numa base diária. Não te preocupes se eles ainda não comerem porque os pais dão conta dela. Qualquer apisto que se preze é louco por artemia recem nascida qualquer que seja o seu tamanho e idade.

 

Procura no fórum porque há muita informação sobre como produzir e preparar a artemia.

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Tal como tinha prometido aqui estão as fotos dos alevins e da mãe. Do pai não consegui boas fotos mas quando puder tiro mais.

Os alevins ja começaram a nadar e vão passeando ao pé da mãe :wink:

 

Pic_5634_1.jpg

 

Pic_5634_2.jpg

João Fonseca

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Muito bem João. Estes momentos são sempre dignos de registo. Boa sorte com os alevins.

 

Apisto é sabido e posto em prática por todos os aquariófilos que fazem criação que a artémia deve ser o primeiro alimento a dar aos alevins. Eu pergunto senão há outra alternativa à artémia, mais em conta económicamente ( os ovos ainda custam uma quantia considerável) e mais prática ( sem haver o acto de eclodir e descapsular a artémia)? Em valores nutritivos e dimensões, será que a artémia é a única comida para os primeiros dias dos alevins?

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Ola!

 

No aquário só tenho o casal e os alevins. Gostava de saber se há problema de os alevins serem sugados pelo filtro ( de decantação) ou de serem comidos pelo pai.

Será que é melhor no futuro separar os alevins ou desligar o filtro usando só uma bomba de ar.

João Fonseca

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Muito bem João. Estes momentos são sempre dignos de registo. Boa sorte com os alevins.

 

Apisto é sabido e posto em prática por todos os aquariófilos que fazem criação que a artémia deve ser o primeiro alimento a dar aos alevins. Eu pergunto senão há outra alternativa à artémia, mais em conta económicamente ( os ovos ainda custam uma quantia considerável) e mais prática ( sem haver o acto de eclodir e descapsular a artémia)? Em valores nutritivos e dimensões, será que a artémia é a única comida para os primeiros dias dos alevins?

 

Eu a todos os alevins deixei de dar artémia e passei a dar comida (pastilhas, granulado, flocos) em pó (123 moulinex) e já está :lol:

 

cumps

João Magalhães APC #45

 

http://joalmag.blogspot.com/

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Eu a todos os alevins deixei de dar artémia e passei a dar comida (pastilhas, granulado, flocos) em pó (123 moulinex) e já está :lol:  

 

cumps

 

:) Ora aí está uma boa alternativa! Assim sendo recomendas? Os resultados têm sidos os mesmos que com a artémia?

 

João respondendo às tuas dúvidas:

 

podes colocar uma esponja no intake do filtro para que não haja alevins sugados;

 

serem comidos pela mãe acho pouco provável mas podem ou não ser comidos pelo pai. Tens de ficar atento a sinais de agressividade do macho para com os alevins ou para com a fêmea. Por enquanto, senão se passa nada, eu deixava a natureza seguir o seu curso, pode ser que o macho dê um bom pai e ajude na "lide" da casa.

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Eu a todos os alevins deixei de dar artémia e passei a dar comida (pastilhas, granulado, flocos) em pó (123 moulinex) e já está :lol:  

 

Boas...

 

Normalmente, pastilhas granulados e flocos nao costumam ser ricos em proteinas que sao os principais componentes da alimentacao responsaveis pelo crescimento dos seres. Assim sendo, penso que o alimento vivo (ou congelado) e muito aconselhavel. Ja fiz experiencias com guppies para testar isso apesar de nao serem nada cientificas e nao ter registado os dados e verifiquei tal acontecimento, apenas a olhometro. Ainda assim gostava de saber se os resultados com o novo alimento e o mesmo do que quando davas artemia.

 

Um abraco

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Ola!

 

Ontem por volta das 16h andava a mãe com os filhotes todos. Voltei a ir la ver as 18h e ela ja não andava com eles. Tenho andado a ver e o maximo que consegui contar foram 6alevins, enquanto que ao inicio deviam ser 30 ou mais. Não sei se andam dispersos pelo aquario sendo mais dificil de os ver ou se morreram por algum motivo.

O pai nunca mostrou sinais de agressividade...

Eu fiz uma TPA de mais ou menos 15% antes de almoço. Tenho a certeza que não os apanhei porque em vez de usar mangueira tirei copo a copo.

O que acham?

João Fonseca

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Conseguiste obter a informação se era seguro manter o Pai com os "filhotes" ?

 

Poderá ter sido o Pai a "come-los" ?

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Olá

 

 

Deixar a mãe Apistogramma com os filhotes faz sempre com que todos ou quase, desapareçam. è um acontecimento classico em aquarios comunitarios e não só.

 

Abraços

Paulo José

Abraços

 

Paulo José

Publicado:
Olá

Deixar a mãe Apistogramma com os filhotes faz sempre com que todos ou quase, desapareçam. è um acontecimento classico em aquarios comunitarios e não só.

Abraços  

Paulo José

 

Com o devido respeito :arrow: não me parece que isso seja uma verdade absoluta, pelo menos com as 3 espécies que tenho reproduzido.

 

Aliás os instintos de protecção são bem mais marcados em situações em comunitário. Com o A. trifasciata tenho tido taxas de sobrevivência maiores em comunitário do que em mono-espécie. Porquê? Porque aumenta a agressividade da mãe e inclusivamente do pai enquanto em mono-espécie acaba por se instalar um certo laxismo e os outros apistos acabam por predar fortemente os alevins.

 

Tive A. borellii a dividir a ninhada em dois grupos entre pai e mãe em comunitário maximizando assim a probabilidade de sobrevivência dos alevins coisa que nunca vi em mono-espécie.

 

Quanto ao A. agassizii, a agressividade em comunitário é de tal maneira forte que os outros peixes não têm hipóteses de se chegarem à ninhada.

 

Claro que isto funciona com aquários com espécies compatíveis (outros apistos, tetras, pequenos loricarídeos, etc...) e com dimensão para comportar apistos (mínimo 100 litros).

 

Em menos do que 100 litros, fazer análises comportamentais deste género é abusivo portanto o que foi dito se calhar aplica-se.

 

Acrescento ainda que há evidência científica relativamente ao aumento da qualidade dos cuidados parentais, principalmente do macho, se no mesmo aquário coexistirem outros ciclídeos, especialmente do género Crenicichla, que é provavelmente o mais clássico predador de apistos.

 

Finalmente, e isso não sei explicar, as taxas de crecimento são muito mais interessantes quando os alevins ficam com a mãe. Como tinha uma sump plantada, às vezes mudava alguns dos alevins para lá e, apesar de lhes fornecer quantidades de alimento seguramente maiores, cresciam mais devagar do que os irmãos que ficavam com a mãe. Aconteceu com as 3 espécies acima.

 

Conclusão: a qualidade da sobrevivência é perfeitamente viável em comunitário (e, acrescento, muito mais interessante em termos comportamentais) desde que este tenha as características apropriadas

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Caro Apisto

 

 

De facto o que observei imensas vezes é que deixar os alevins de Apistos com a mãe leva a que em geral todos ou quase todos os alevins desapareçam e não levam muito tempo para o fazer. O mesmo aconteceu a muitos outros criadores. Acho curioso que o Apisto não tenha essa experiência. Por sistema crio os Apistos em aquarios de 100 litros com bastantes plantas e algumas rochas e que contem outros peixes. Aliás, nunca tive êxito em aquarios pequenos. O desaparecimento dos alevins é um pouco um misterio pois que quer eu quer outros criadores nunca observamos predação sobre os alevins, quer por parte dos pais quer por parte dos outros peixes. É um misterio, mas sem duvida que as condições existentes têm a ver com o assunto. Isto faz-me lembrar um casal de Laetacara Dorsiger que só não comia os ovos se a iluminação estivesse apagada. Nesse caso o outrora timido casal passeava com as crias com o meu nariz no vidro a escassos centimetros dos alevins e sem receios nenhuns. Com a luz acesa comiam inevitavelmente os ovos e estavam sempre escondidos.

O facto dos alevins com a fêmea crescerem mais do que os que são criados áparte é algo que observo constantemente, tanto mais que nunca tiro todos os alevins das fêmeas para não haverem "traumas", e continuo a não compreender porque é que é assim.

Abraços

 

Paulo José

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Eu tenho 2 anos exclusivamente dedicados a apistos e por exemplo só consegui alevins viáveis à 13.ª desova. Estes animais trocam-nos as voltas muito facilmente e depois, mudando apenas um ou outro factor que muitas vezes nos passa despercebido, entram em "fernesim desovante".

 

Eu tive um aqua com sump (total 450 litros) onde mantive as tais 3 espécies (aga depois saiu). E começando com um trio de trifasciata e outro de borellii, acabei com um aquário com mais de 50 peixes fora os muitos que fui oferecendo.

 

Não sei se pelo tamanho do aquário se por outros factores a taxas de sobrevivência das ninhadas foi estupidamente alta.

 

Quanto ao borellii tenho um caso paradigmático porque tive a minha primeira desova num aquário de quarentena com apenas 15 litros. Retirei o macho e a outra fêmea e a ninhada teve praticamente 100% de sobrevivência.

 

Quanto a predação já a vi ocorrer por parte de outras espécies de apisto (os aga são os mais vorazes dos 3) e por parte de tetras mais precisamente os néons cardinais que não são propriamente santos. Cheguei a ter barbos tigre com agassizii mas era tal a dose que o casal lhes dava que eles se remetiam a um canto do aquário acabando por deixar a ninhada crescer em paz.

Publicado:

Olá

 

 

O grande problema da reprodução dos Apistogrammas é quando as fêmeas sistematicamente comem as posturas. Depois de começarem é dificil que percam o habito, o que é muito frustrante. As que não comem a primeira postura poderão comer uma ou outra mas não todas. Pelo que observei o ambiente tranquilo, com bastantes plantas e esconderijos assim como poucos peixes e bastante espaço é importante para o êxito das reproduções . Em aquarios pequenos há posturas na mesma mas comigo tudo acaba em omelete. No entanto há criadores com imensa experiência e êxito que já criaram dezenas especies em cerca de 25 litros.

As especies mais faceis são o A. borelli e o A. cacatuoides, a agua da torneira serve-lhes perfeitamente para a reprodução. O A. agassizi comigo só com agua acida.

Abraços

 

Paulo José

Publicado:
Olá

 

 

O grande problema da reprodução dos Apistogrammas é quando as fêmeas sistematicamente comem as posturas. Depois de começarem é dificil que percam o habito, o que é muito frustrante. As que não comem a primeira postura poderão comer uma ou outra mas não todas. Pelo que observei o ambiente tranquilo, com bastantes plantas e esconderijos assim como poucos peixes e bastante espaço é importante para o êxito das reproduções . Em aquarios pequenos há posturas na mesma mas comigo tudo acaba em omelete. No entanto há criadores com imensa experiência e êxito que já criaram dezenas especies em cerca de 25 litros.

As especies mais faceis são o A. borelli e o A. cacatuoides, a agua da torneira serve-lhes perfeitamente para a reprodução. O A. agassizi comigo só com agua acida.

 

Concordo. Graças a Deus nunca tive fêmeas comedoras de ovos. Como os meus apistos têm uma dieta de comida viva de 90% para cima se calhar esse facto contribui para sentirem menos apetite pela "omolete". :roll:

 

Quanto ao borellii de facto aquilo é "basta juntar água". :twisted:

 

Quanto ao aga foi um trabalhão para ter a primeira desova viável (só resultou quando comecei a trabalhar com uma conductividade de 25 mS/cm) mas depois, a segunda e terceira geração já desovava bem por volta dos 100/120.

 

Agora o trifasciata é que me enche as medidas porque é um peixe muito equilibrado. Não é tão agressivo como o aga e não é um badochas como o borellii. :lol: Do ponto de vista comportamental é um regalo para qualquer aquariofilista.