Cyprinodon Publicado Julho 3, 2005 Publicado Julho 3, 2005 Caros amigos, Desde que a temperatura da água do aquário onde tenho vários casais de Ameca splendens subiu acima dos 21ºC foram evidentes os sinais de acasalamento e o início da construção dos terreiros por parte dos machos mais poderosos do grupo. Seguiram-se pouco tempo depois os primeiros sinais de gestação e desde finais de Maio que se sucederam alguns partos. A minha população aumentou pois embora o número de nascimentos seja menor do que os dos ovovivíparos da sub-família Poeciliinae os adultos não perseguem as crias a não ser quando acabam de nascer e ainda não chegaram à superfície para encher a bexiga natatória. Como são enormes ( entre 12 e 14 mm ) também os restantes habitantes do aquário da espécie Xenotoca eiseni não lhes fazem mal. Uma vez que todas as fêmeas começaram a ser fertilizadas ao mesmo tempo e nestas espécies cada nascimento tem que ser resultado de uma cópula já que as mesmas não podem armazenar os espermatozóides durante meses nem estes fecundam desovas consecutivas. Dessa forma está em princípio posta de parte a mesma técnica reprodutiva dos Poecilideos, os quais apresentam uma peculiaridade chamada superfetação que é a fecundação dos óvulos por espermatozóides armazenados na parede do ovário da fêmea. Dada a quantidade de partos com poucos dias de diferença tive a oportunidade de ser observador de vários destes acontecimentos e de os mostrar a outros membros da família. Num destes acontecimentos e porque conheço bem todas as fêmeas já que são poucas e exibem sinais distintos relativamente fáceis de reconhecer, notei que o parto teve lugar durante pelo menos 4 dias distintos nos quais iam sendo libertadas apenas 2 a 5 crias por dia. Seria este um caso isolado ou é típico da espécie ? Se entendermos a gestação como o intervalo compreendido entre a fecundação do óvulo e a expulsão dos fetos em que ocorrem adaptações progressivas do organismo materno, estaremos em presença de períodos de gestação diferentes e dessincronizados entre os fetos ? No caso dos ovovivíparos a fecundação e o desenvolvimento do embrião ocorrem no interior do corpo da fêmea, porém o embrião não se nutre e nem troca metabólitos com a fêmea. No final da “ gestação ” o ovo é liberado ainda com o embrião dentro da casca a qual se rompe a seguir. Nas espécies monotócicas a gestação depende do sexo dos embriões e geralmente os machos demoram mais tempo a serem gerados mas estou convencido que não é esse o caso. Há factores conhecidos que podem abreviar ou prolongar o tempo de gestação nestas espécies e casos de nascimentos consecutivos como a Heterandria formosa mas nesta espécie eu desconhecia esta possibilidade. A pergunta mais importante que vos deixo neste tópico, ( sobretudo à atenção dos criadores destas espécies e doa biólogos ), é a de saber se será um caso de superfecundação, ou seja, os partos ocorreram em dias consecutivos porque a fêmeas foi coberta por vários machos em dias diferentes do que resultou o início da gestação dessas crias em momentos diferentes ou tratar-se-á de um caso de superfetação resultante de fertilizações sucessivas ocorridas durante a gestação das primeiras crias ? Com as minhas melhores saudações Miguel Andrade http://www.viviparos.com
hotrodder Publicado: Julho 4, 2005 Publicado: Julho 4, 2005 infelizmente não te posso ajudar com as tuas duvidas, mas uma coisas eu sei, devias te um cantinho no forum, ou arranjar um blog, para que as tuas observações não se percam, escreves bem e tens por habito seres pertinente nas tuas perguntas. abraço p.s- a aquariofilia vai crescendo A Água está cada vez mais Viva!
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