Dúvidas na iluminação


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Antonio Vitor,

 

Gostaria que comentasse este texto retirado de http://fins.actwin.com/aquatic-plants/mont.../msg00736.html:

CRI is charateristic of color rendering, the ability to

represent color of objects.  

To calcultae CRI you need to compare the lamp and test-source. For example,

CRI of usual incandescent lamp is 100 (for source <5000K, test source is

special incandescent lamp, for source >5000K it is "dyalight" source). SO,

you can't even compare CRI of two lamps if they have different CCT.  

Nothing comes free. Higher CRI means less lumens. Comapre LPW of typical

TL90 and TL80 lamp. Color rendering is important for human eye only. Plant

lamps have very poor CRI (they have no green, so they can't represent green

colors). But plants don't care about CRI. You care, because you want your

plants/fish look natural (what does natural look mean?).

 

De facto só devemos comparar o CRI (restituição de cores) de lâmpadas do mesmo tipo e também é verdade que melhores CRI implicam 1 de 2 coisas: lâmpadas (muito) mais caras ou lâmpadas com menor potência luminosa. O CRI é muito importante e entre duas lâmpadas "iguais" a que tiver melhor CRI vai originar cores mais fieis no nosso aqua (peixes, plantas, decor). Este é um dos motivos porque vou desistir das Aquarelle que vinham de série: têm um CRI de 70 o que é pouco (bom é >90). Note-se que o padrão variar com a temperatura de cor da lâmpada não é razão para duvidar da fiabilidade do CRI, antes pelo contrário, significa que os testes são mais precisos. Uma forma simples de "verificar" o CRI é ver a curva de emissão (espectro): quanto mais "plana", mais homogénia, melhor será a restituição de cores (para compararem facilmente vejam no site da Hagen a Flora-Glo e a Sun-Glo, em que uma tem por função aumentar o rendimento da fotosíntese e a outra uma cor real)

João Moreira

"Imagination is more important than knowledge" A. Einstein

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viva,

 

para compararem facilmente vejam no site da Hagen a Flora-Glo e a Sun-Glo, em que uma tem por função aumentar o rendimento da fotosíntese e a outra uma cor real

Era exactamente aí que eu queria chegar. Como podemos ver pelos graficos, a lampada estimuladora da fotossintese Flora-Glo, tem um CRI menor que a Sun-Glo, uma lampada que simula a luz solar. Daqui podemos retirar que o CRI não é importante para as plantas, apenas para os nossos olhos.

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Lumens não são subjectivos, é a unidade de medida de uma grandeza física cujo valor é determinado com instrumentos de medição;
digo-te que é subjectivo porque estes instrumentos de medição simulam os nossos olhos...nós somos muito sensiveis ao verde, logo muito verde muitos lumens...

 

O PAR é complicado achar, mas por vezes os fabricantes colocam estes valores, temos de achar a referencia da lampada e ir ao site do fabricante, existe muita informação...

 

 

CRI is charateristic of color rendering, the ability to  

represent color of objects.  

To calcultae CRI you need to compare the lamp and test-source. For example,  

CRI of usual incandescent lamp is 100 (for source <5000K, test source is  

special incandescent lamp, for source >5000K it is "dyalight" source). SO,  

you can't even compare CRI of two lamps if they have different CCT.  

Nothing comes free. Higher CRI means less lumens. Comapre LPW of typical  

TL90 and TL80 lamp. Color rendering is important for human eye only. Plant  

lamps have very poor CRI (they have no green, so they can't represent green  

colors). But plants don't care about CRI. You care, because you want your  

plants/fish look natural (what does natural look mean?).

 

vamos lá comentar isto...

 

uma incandescente tem quase 100 de CRI (mas não tem 100 como vem nesse artigo), mas convenhamos são algo amareladas, e ineficientes (muito infra-vermelhos), portanto não aconselho incandescentes.

 

lâmpadas para plantas (não estou a falar de lâmpadas para aquário que usualmente são bem diferentes) têm baixo CRI e usualmente alto rendimento no crescimento vegetal, mas, isso depende das plantas, nem todas as plantas têm o máximo nessas tais frequências de luz óptimas, exemplo tenho aqui plantas vermelhas que obviamente reflectem um dos tais espectros mais usados pelas plantas VERDES, imaginem uma dessas lâmpadas a mandar só o tal espectro dos 480 nm, a planta morreria.

 

ALTO CRI (é outra medida subjectiva já que as cores são vistas por olhos humanos, não há aqui aparelhagem) indica que pelo menos esta lâmpada manda um bom leque de frequências de luz, ou seja diversas plantas terão boas hipóteses de se safar...

e pelo menos vamos observar mais cores no aquário...

não é isso que a maior parte da malta quer?

 

de cima retirei isto:

But plants don't care about CRI. You care, because you want your  

plants/fish look natural (what does natural look mean?).

 

of course THEY CARE!!!

:?:

Agora em português, epá se tiveres diferentes espécies de plantas, vais ver como ALGUMAS se vão importar, depende da planta, uma rotala macrandra encarnada NÂO TEM o óptimo na mesma frequÊncia de uma echinodorus verde, uma lâmpada de bom CRI tem a propriedade de NOS SATISFAZER e pelo menos satisfazer também a maior parte das plantas...

 

faço uma pergunta é melhor o gráfico de cima ou o de baixo na imagem em baixo?

graph.gif

 

lógico que é o de baixo...este tipo de gráficos está associados a bons niveis de CRI, o outro de cima, está geralmente associado a bons niveis de lumens e mau CRI, mesmo que os picos no gráfico de cima fossem no óptimo das plantas, poderiamos ter problemas... já que como disse teriamos uma aquário feio..e nem todas as plantas são iguais...

 

outra coisa importante, é que as lâmpadas tÊm a tendência de se modificar com a idade...

imaginem um pico na frequência óptima deslocar-se 30 nm para a esquerda em 2 meses? (isto é mais vulgar do que vocês pensam)

:)

(depois aparecem mensagens aqui do género: "tinhas as plantas saudáveis até há 2 meses e agora estão a morrer o que se passa? continuo a fertilizar como antes)"

 

se tivesse uma distribuição uniforme das frequências pelo menos só havia mudança na temperatura de cor da lâmpada...(nem se notava)

 

concordem comigo se quiserem, não são obrigados a concordar...

:)

 

querem mesmo dominar este assunto?

leiam isto...

http://www.aaa.org.ar/descarga/Iluminacion...o_-_Parte_1.pdf

 

está em espanhol...

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Outra coisa que faço questão de mencionar...

 

As plantas evoluiram com este sol, não foi com outro sol, se elas se adaptaram às frequências deste, crescerão melhor com este!

 

Porque razão alguns fabricantes de lâmpadas tentam melhorar este sol?

 

Os testes em meados do século passado que indicaram os tais 2 picos das frequências úteis para as plantas, foram realizados grande parte destes com ALGAS, apenas algumas espécies de algas...e depois extrapolaram para o resto do reino vegetal....

nem sequer as algas são plantas.

:?:

 

se queremos reproduzir o sol (a atitude correcta na minha opinião), devemos pelo menos usar a medida que mais indicações nos dá em relação a essa aproximação... O CRI.

 

ok, só quero repetir novamente ...

"acreditem em mim se quiserem..."

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Viva,

Excelente artigo. Não existe a Parte_2? Procurei na net e não encontrei.

 

Concordo em absoluto: excelente artigo. Confirma a minha suspeita que Watt/litro não quer dizer nada. Também nos mostra que produzimos algumas afirmações erradas neste forum, nomeadamente que a variação da eficiência da fotossíntese com o comprimento de onda da radiação foram determinados com base em algas e que não servia para as plantas (seria complicado porque o gráfico foi-me fornecido por uma Professora de Horticultura e é o mesmo gráfico que permite melhorar o crescimento dos "verdes" que comemos :) ), ou que uma curva de espectro mais plana seria mais próxima da luz solar :) .

Sugiro que este artigo passe a ser considerado a referência para o cálculo de iluminação em aquários plantados e seja disponibilizado no fórum como inamovível:!:

Obrigado António Vitor por descobrires este artigo. ESSENCIAL ao aquariofilista!

Para finalizar, vou passar o fim de semana a fazer umas continhas, escolher novas lâmpadas e melhorar substancialmente a iluminação do meu aqua. Até já sobrepus uns gráficos de espectro num acetato para poder comparar melhor e conseguir satisfazer as necessidades das plantas e, mais importante (concordo 100% com AV), dos meus olhos...

João Moreira

"Imagination is more important than knowledge" A. Einstein

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continuo com a minha ideia...

a partir dos 450 nm a distribuição é praticamente UNIFORME observa bem o gráfico do espectro do sol...

 

até pode ter sido uma professora com doutoramento que tenha te dado esses dados...

e até concordo, mas as coisas nunca são lineares, repito mais uma vez há plantas e plantas...

 

muito desses testes para determinar os óptimos da clorofila, foram com algas. (é como as cobaias, são mais fáceis de manter e reproduzir, bom material de laboratório).

 

Isto da ciência às vezes tem destas coisas...e muita gente fora da ciência que não tem os dogmas impostos consegue visualizar incorrecções...

 

um exemplo:

Foi preciso alguém sem formação académica a colocar os tyranossauros na posição correcta...quase vertical.

:)

ninguém tinha coragem para colocar em causa os mestres...

 

não estou aqui a dizer nada de novo, sigo os ensinamentos do Tom Barr, biólogo e aquariofilo americano com quem tenho trocado palavras...

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para principiantes pode ser dificil já que é muita luz...

 

mas acredita que muita gente tem sucesso apenas com tanta luz...depende...

 

deves escolher as plantas com cuidado...enche isso de anubias e vais ter "caldo verde"

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até pode ter sido uma professora com doutoramento que tenha te dado esses dados...

e até concordo, mas as coisas nunca são lineares, repito mais uma vez há plantas e plantas...

 

muito desses testes para determinar os óptimos da clorofila, foram com algas.

 

Isto da ciência às vezes tem destas coisas...e muita gente fora da ciência que não tem os dogmas impostos consegue visualizar incorrecções...

 

Bingo! Foi mesmo uma Prof. com Doutoramento (em Inglaterra) e uma das melhores alunas do ISA! Todos os seus trabalhos de investigação têm sido sobre crescimento vegetal! É mesmo uma barra na matéria e obteve a mais alta classificação possível no Doc., aferido por especialistas na matéria. Se quiseres, podes procurar informação na página da ESA de Ponte de Lima, onde lecciona.

Clorofila é clorofila, independentemente se são algas, relva, castanheiros ou anubias que a têm. Há plantas e plantas mas clorofila parece que não varia assim tanto (tipo A e tipo B). (Uma pergunta que lhe vou fazer é que raio de clorofila tem uma planta vermelha!)

Se há coisa que um cientista não deve ter é dogmas impostos ou será um mau cientista. Foi por não terem dogmas que Einstein, Galileu ou Plank mudaram a ciência e o mundo. Por isso é que actualmente os trabalhos de investigação são sujeitos a um sistema de reffree (árbitros) que procuram, debatem e analisam todos os detalhes e deficiências, podendo impedir a publicação.

João Moreira

"Imagination is more important than knowledge" A. Einstein

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Ainda não se sabe com "rigor" como fazem as plantas para capturar a tal energia...Na minha opinião há que estudar mais este assunto!

 

Existem "orgãos" nas plantas que convertem luz numa determinada frequência em outra acessivel pelas clorofilas da planta, pois é aqui que eu acho que as plantas diferem umas das outras... isto ainda está nos segredo dos "deuses"...(os biólogos que estudem isto porque ainda não está bem estudado)

 

Outra coisa que pode variar nas plantas é a proporção de um tipo de clorofila em relação ao outro...existem diferenças...

 

As plantas têm pigmentação para as proteger dos:

Ultra-violetas

e dos radicais livres (o caroteno é um bom antioxidante)

também aqui existe uma neblina no assunto...há que se aprofundar o conhecimento nestes aspectos!

 

Em relação a confiar mais em alunos com altas notas...eu contesto isso!

há aqueles que inovam e têm más notas, e se tornam dos melhores cientistas do mundo (einstein e a sua imaginação), outros com excelentes notas não passam da mediocridade.

 

Reparem no nosso Egas Moniz...sei que agora se contesta a lobotomia, mas o homem era um MAU aluno e embora agora se conteste o que fez, ele gerou novo conhecimento numa área em que pouco se sabia...

é o nosso único prémio nobel nas áreas cientificas!

e teve média de 10...pior seria impossivel...

 

Eu gosto mais daqueles que contestam e têm novas ideias (geram conhecimento), do que aqueles que adquirem conhecimento como uma esponja, e nada de novo sai...

 

Não sei onde situar a tal professora, não a conheço...

mas se tirou um doutoramento teve de gerar novo conhecimento...

:oops:

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Por isso é que actualmente os trabalhos de investigação são sujeitos a um sistema de reffree (árbitros) que procuram, debatem e analisam todos os detalhes e deficiências, podendo impedir a publicação.

 

Para mim isso "cheira-me" a "inquisição" ou a uma espécie de censura...

pode ser muito mau para o avanço da ciência.

 

quando o nosso João Magueijo veio falar que a velocidade da luz foi em tempos, mais rápida, gerou-se um murmurinho, e ninguém acreditava, imaginem uma censura contrária...coitado do Magueijo...

 

Isso a mim cheira-me a "velhos do restelo"...

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Como no desporto, os árbitros não devem censurar, apenas garantir a qualidade, honestidade e originalidade do trabalho (nem nos passa pela cabeça a quantidade de artigos propostos a publicação q são meras cópias de outros).

Podes duvidar do que quiseres mas para mim é suficiente um modelo da realidade que funciona com resultados fiáveis do que uma incerteza e uma dúvida muito grande em detalhes que não nos levam a lado nenhum.

O modelo usado em crescimento vegetal é aquele que vou usar para dimensionar o sistema de iluminação do meu aqua. Quem estiver interessado em ter os gráficos e/ou uma apresentação em ppt sobre o assunto mande-me uma MP com o e-mail.

João Moreira

"Imagination is more important than knowledge" A. Einstein

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  • 3 semanas depois...

 

Ó meu amigo. Que tratado em iluminação para aquário! estou quase a terminar e já posso dizer que é FANTÁSTICO. É de informação assim que eu gosto, clara, consisa e com base teórica. Pena estar em espanhol, mas é um espanhol muito acessivel (galiza?)

Podes crer que não ficarei o mesmo depois de ler isto.

 

Abraço, e links desta qualidade - VENHAM ELES!

Pedro

67% das estatísticas estão erradas... como tu!

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  • 3 semanas depois...

Bem realmente em termos tecnicos foram muito esclarecedores neste topico, mas para mim ainda subsiste uma duvida... em termos praticos e relativamente as lampadas que há no mercado...

quais seriam as mais indicadas para uma calha 4X18W

 

De momento tenho uma daylight da philips e uma original tropical lamp da arcadia. a daylight é 6000K e a tropical é 4300K

 

O aquario é de 69L e tenho neste momento plantas verdes (echinodorus bleheri, ludwigia repens, musgo e feto de java) e vermelhas (rotala macrandra) sendo a vermelha mais abundante que a verde e que parece estar a crescer pior..

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A tua iluminação peca apenas na quantidade, a qualidade parece ser boa.

Para a rotala macrandra é aconselhavel pelo menos 1 watt por litro.

 

 

P.S.-Depois desta discussão e ainda falamos em W/L... :wink: enquanto os fabricantes não colocarem mais informação :) sobre as lampadas, é a melhor maneira de medirmos a iluminação nos nossos aquas. :wink:

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Hmm agora é assim, pelas expecificações que andei ontem a espreitar.. estava virado para acrescentar aquelas 2 lampadas já referidas, uma aqua glo e uma power glo... a aqua tem picos nos azuis e vermelhos e a power tem picos em quase todas as cores hehe agora n sei se será adequado gostava que me dessem opiniões.. mesmo que sejam opiniões pessoais...

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  • 4 meses depois...

António Vitor, o sistema de referees nao tem como objectivo censurar, tem como objectivo ler o artigo, perceber, procurar falhas, pedir justificações, e nao devem dizer simplesmente isto está errado. Alias quem o fizesse perderia crédito de bom reviewer e acredita que ninguem quer perder isso, pois a verdade é que ainda são bem pagos para o fazer :) pelo menos em algumas áreas.

Os referees são escolhidos internacionalmente entre pessoas que percebem da matéria. São várias pessoas, a trabalhar independentemente.

 

O Magueijo se tiver submetido o artigo deve ter tido que provar ou pelo menos mostrar evidencias daquilo que afirma, quer sejam coisas reais, quer sejam contas, o que deve ter sido o caso... Se o que ele diz bater certo, aprova-se, se se verificarem erros vai para tras para ser revisto, etc.

A publicação de um artigo numa revista decente demora vários meses, vários anos inclusive, em artigo para a frente, artigo para trás...tudo para se garantir que o que sai, sai bem filtrado, nao censurado e o mais importante com qualidade. :(

 

Quanto a ainda nao se saber como funciona a clorofila, estas errado :) o processo de funcionamento das plantas está bem descrito, pelo menos em alguns livros que li sobre fisica da biologia. São basicamente fotoes a bater em moléculas e atómos e a mudarem ligações. Como cada átomo só absorve em determinadas gamas de energia apenas alguma parte do espectro é utilizado. Mas como entre a entrada da luz na folha até ir bater no atómo ainda tens scattering e outras interacções da luz com a matéria, a verdade é que numa zona próxima do pico também é feita a absorção.

Os gráficos de aproveitamento da luz o que mostram é a gama de comprimentos de onda da luz que é mais rentável para a planta. Por exemplo, nota que o verde tambem é utilizado pela planta se bem que muito dificilmente. O objectivo ao fazer os graficos foi exactamente definir quais os comprimentos de onda dar para "alimentar " as plantas.

Mas isso seria uma aula de quimica e fisica que ja nao é necessária para um aquariofilista. No entanto se quiseres mesmo saber posso fornecer 1 ou 2 referencias.

 

Espero ter ajudado

 

Pedro Alves

Posted ImageTantas plantas, tantos peixes, tantas possibilidades... tão poucos aquários! - Me
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Quanto aos lumens serem relativos à sensibilidade dos olhos é verdade :)

 

 

 

http://www.unc.edu/~rowlett/units/dictL.html#lumen

 

até aqui muito objectivo mas como o lumen é relativo à candela...temos que a candela é:

 

http://www.unc.edu/~rowlett/units/dictC.html#candela

 

o que torna a medida relativa ao olho+- o que é bom para iluminação mas não é bom para saber o que é melhor em relação ao espectro de absorção das plantas.

 

e pronto podem ver os standards online.

 

quanto as lampadas com espectro com picos perto dos fotossinteticos terem lumens mais baixos para uma potência mais alta, apenas tem a ver com o fosforo que cobre o vidro, pois todas as lampadas de descarga emitem UV's que sao convertidos pelo fosforo com dopantes que é depositado no vidro que faz a conversão de fotões, absorve uns e re-emite noutros comprimentos preferenciais. mas como os lumens sao relativos ao olho humano "médio"...

 

Continuo no entanto a achar que lumens é melhor que W para decidir lampadas, especialmente se formos utilizar daylights.

 

Jás agora, duas lampadas com a mesma temperatur ade cor, podem ter espectros muito diferentes...

 

O melhor mesmo e sempre que possivel é comparar os lumens e o espectro das lampadas e já agora como gostamos de ter aquarios bonitos e "vibrantes" dar uma olhadela ao CRI.

 

The best way to light your aquarium is to have bright ideas near it :(

 

Pedro Alves

Posted ImageTantas plantas, tantos peixes, tantas possibilidades... tão poucos aquários! - Me
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Just Me escreveu :

até aqui muito objectivo mas como o lumen é relativo à candela...temos que a candela é:  

 

Lumen não é relativo a candela. São unidades de medida diferentes.

Lumen é a unidade de medida de fluxo luminoso. Candela é a unidade de medida de intensidade luminosa.

E são conceitos diferentes. Em termos gerais, o fluxo luminoso é toda a radiação emitida por uma fonte de luz em todas as direcções e percebida pelo olho humano. Intensidade luminosa é a intensidade de fluxo luminoso de uma fonte de luz com reflector.

Dando uns exemplos práticos: imaginemos que temos uma “HQI” de 150w com um fluxo luminoso de 13000 lumens. Sabemos à partida o seu fluxo, mas a sua intensidade luminosa só é possível determinar depois de aplicada em determinado reflector, qualquer que seja ele.

As lâmpadas dicróicas, por exemplo, cujo reflector possui vários ângulos de abertura, possui diferentes intensidades luminosas consoante o grau de abertura do reflector apesar da constância do fluxo luminoso da lâmpada.

Para o que nos interessa, em termos de aquariofilia, o fluxo luminoso de uma lâmpada muitas vezes funciona como parâmetro de escolha para uma determinada lâmpada, o que muitas vezes até corresponde à quantidade de luz necessária para os nossos aquários. Mas depende dos nossos objectivos. Se quisermos ser mais científicos provavelmente teríamos que olhar para outros conceitos de luminosidade tais com a “iluminância”, cuja unidade de medida é o lux.

1 lux que é igual a um lumen por metro quadrado. Esta fórmula dá-nos a possibilidade de sabermos, por exemplo, quantos lumens recebe uma superfície concreta. Mas como na prática o fluxo luminoso não tem uma distribuição uniforme em toda a superfície logo não é possível determinar exactamente qual é a iluminância em todos os pontos da mesma superfície.

Mesmo assim no caso dos nossos aquários, em que a luz é um factor importante, principalmente no caso dos plantados e dos reefs, muitas vezes o cálculo do número de luxes necessário para certo “setup” poderá ser muito mais importante que sabermos apenas que determinada lâmpada tem um determinado número de lumens.

A relação mais óbvia que nós usamos é sem dúvida o cálculo empírico de watt por litro, que nos dá com alguma garantia a quantidade de luz que necessitamos para determinado objectivo.

Mesmo assim esta relação está sujeita a muitas variantes.

Falando agora em aquários plantados, é sabido que é possível diminuir a quantidade de watts por litro usando lâmpadas que apesar do seu menor fluxo luminoso, apresentem uma curva de radiação electromagnética mais próxima da curva de fotossíntese das plantas.

O segredo está em usar menos luz em termos de fluxo luminoso, mas mais luz no espectro ideal para as nossas plantas aquáticas. Aqui começamos a pisar no terreno de outro conceito, que é o índice PAR. Esta é uma área em que infelizmente existem apenas estudos botânicos aplicados à horticultura e apenas com lâmpadas de vapor de sódio de 400w, cujo índice Par está quase perfeitamente determinado. Duvido que alguém queira usar uma lâmpada de 2700 kelvins por cima de um aquário. O aquário ficaria debaixo de um horrível alaranjado e ficaríamos com a sensação que aquilo tinha menos luz que uma compacta de15w da loja dos ’300’.

O uso de lâmpadas com temperaturas de cor muito baixas nos aquários ‘Holandeses’ naturalmente não é nada estranho a este facto.

As lâmpadas usadas nas estufas da trópica são lâmpadas de vapor de sódio da sylvania de 400w,aquelas mesmo, com pouca luz aparentemente para os nossos olhos, e provavelmente cheias de luminosidade aos olhos das nossas plantas.

 

cumprimentos,

 

Rui Alves

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Acho que nao deves contradizer os outros antes de leres a informação por eles dada... lê o que diz nos links que dei em relação a lumens e candelas!

 

já agora vou facilitar:

 

lumen (lm)

the SI unit for measuring the flux of light being produced by a light source or received by a surface. The intensity of a light source is measured in candelas. One lumen represents the total flux of light emitted, equal to the intensity in candelas multiplied by the solid angle in steradians (1/(4·pi) of a sphere) into which the light is emitted. Thus the total flux of a one-candela light, if the light is emitted uniformly in all directions, is 4·pi lumens. "Lumen" is a Latin word for light.

 

candela (cd)

the SI base unit for measuring the intensity of light. Candela is the Latin word for "candle." The unit has a long and complicated history. Originally, it represented the intensity of an actual candle, assumed to be burning whale tallow at a specified rate in grains per hour. Later this definition was replaced with a definition in terms of the light produced by the filament of an incandescent light bulb. Still later a standard was adopted that defined the candela as the intensity of 1/600 000 square meter of a "black body" (a perfect radiator of energy) at the temperature of freezing platinum (2042 K) and a pressure of 1 atmosphere. This definition has also been discarded, and the candela is now defined to be the luminous intensity of a light source producing single-frequency light at a frequency of 540 terahertz (THz) with a power of 1/683 watt per steradian, or 18.3988 milliwatts over a complete sphere centered at the light source. The frequency of 540 THz corresponds to a wave length of approximately 555.17 nanometers (nm); normal human eyes are more sensitive to the yellow-green light of this wavelength than to any other. In order to produce 1 candela of single-frequency light of wavelength l, a lamp would have to radiate 1/(683V(l)) watts per steradian, where V(l) is the relative sensitivity of the eye at wavelength l. Values of V(l), defined by the International Commission on Illumination (CIE), are available online from the Color and Vision Research Laboratories of the University of California at San Diego and the University of Tübingen, Germany.

 

 

e pronto... como os lumens são o numero de candelas a multiplicar pelo angulo sólido em que está a ser emitida a radiação...

 

 

quanto a usar Watts por litro acho que é uma coisa que tem uma margem de erro brutal! As eficiencias das lampadas em termos de energia gasta variam na ordem das centenas! Ou achas que a iluminação publica é de cor amarela so porque eles gostam mais! é amarela porque é uma das mais eficientes!

 

 

1 lux que é igual a um lumen por metro quadrado. Esta fórmula dá-nos a possibilidade de sabermos, por exemplo, quantos lumens recebe uma superfície concreta. Mas como na prática o fluxo luminoso não tem uma distribuição uniforme em toda a superfície logo não é possível determinar exactamente qual é a iluminância em todos os pontos da mesma superfície.  

 

1-O fluxo luminoso ao longo do tempo é bem modelado por uma distribuição isotrópica!

Quanto a nao saber a iluminancia de uma superficie um pouco de geometria e fisica básica resolve-te isso, até existem programas para o fazer...o mais chato é a dispersão na coluna de água com difusão, absorçao, etc ...mas isso tambem está descrito!

 

O erro de calcular a luminancia sabendo os lumens e a geometria do reflector e o "tipo" de coluna de água envolvido é bem menor do que o erro cometido ao dizer que se tem uma lampada de X watts a iluminar o aquario em termos de iluminação.

 

Pedro Alves

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