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Confirmado que a subida de TDS não será das folhas mas sim ou do tronco ou do calhau.

 

O TDS dos dois baldes onde tenho mais folhas a curar dá respetivamente 90 e 91 quando a água da torneira sai perto de 100 o que confirma que as folhas de facto reduzem ligeiramente a dureza provavelmente porque provocam a percipitação de alguns sais.

 

A hipótese que considero mais plausível é ser o tronco. Eventualmente com o pH a 7,5 que é onde penso andar a água da torneira, já não largava sais mas a 5 ou menos que é onde penso andar a água do aquário, a coisa muda de figura.

 

O ritmo de subida ronda 5ppm por dia. Parece-me demasiado para vir da evaporação. Contas feitas, teria que estar a perder na ordem de 25 litros por dia o que não pode corresponder à realidade.

 

A estratégia vai ser deixar estabilizar onde quer que a coisa pare mas retirar o calhau logo que o tronco deixe de boiar. Depois é o que já tinha dito: muda quase total com água da torneira para volta aos 100 e, a partir daí, só usarei água de osmose inversa nas muitas TPAs que farei na fase inicial de povoamento.

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O porquê da muda "intermédia" é simples:

 

- a minha água chegou aos 200 e pouco ppm.

 

- a da torneira sai a 100

 

- a RO para mudar 400 litros demora-me (estimo eu) perto de 48 horas e ficava com o tanque a 50 ppm. Mudar mesmo os 500 era impossível porque matava as bactérias e as plantas.

 

Se mudar os 500 litros todos primeiro com água da torneira (coisa que me demora 2 horas e meia no máximo) e depois uma TPA de 50% só com RO que demora 20 horas, chego ao mesmo resultado em menos tempo.

 

Tenho ainda outra vantagem, Assim retiro os restos de sal marinho que desconfio que andarão por lá.

 

Relativamente ao tal método.

 

A explosão de plancton que tive, foi muito favorecida pelo facto de ter tido as bombas quase dia e meio paradas. Atualmente não se vislumbra nem um décimo do que apareceu na altura.

 

O "tal" método tinha tudo a ganhar se usasse um filtro de esponja a ar e não uma bomba que destrua o micro e macro plancton.

Eventualmente, talvez bastasse agitar a água com ar ou qualquer elemento mecânico lento.

Suspeito que as plantas flutuantes de crescimento rápido não ficam a dever muito aos filtros biológicos clássicos.

Tive um aquário de guppys só "filtrado" por Lemna minor (lentilha de água) e não tinha mortes. Deitava fora quantidades apreciáveis desta planta todas as semanas. Se tivesse um tanque de mbunas, era um belo petisco para eles.

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Boas,

 

Na tua opinião num aquário com essa litragem os filtros de esponja mais as flutuantes seriam suficientes para assegurar uma boa filtragem e manter o plancton no ecossistema ou essa solução é apenas aplicável para aquários menores?

 

 

Cumps

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Pelo contrário. Acho que a aplicabilidade aumenta com o tamanho do tanque.

Mais do que filtrar, o uso do ar é para promover alguna agitação.

 

O exemplo dos lagos é emblemático. Conseguem-se equilibrios de auto suficiência muito interessantes.

 

Agora não podes esperar ter um saudável casal de discus num 50 litros só com folhas no fundo, salvinia à supefície e um filtro de esponja se não fizeres TPAs em barda.

Publicado:

Boas,

 

Pelo contrário. Acho que a aplicabilidade aumenta com o tamanho do tanque.
Mais do que filtrar, o uso do ar é para promover alguna agitação.

O exemplo dos lagos é emblemático. Conseguem-se equilibrios de auto suficiência muito interessantes.

Agora não podes esperar ter um saudável casal de discus num 50 litros só com folhas no fundo, salvinia à supefície e um filtro de esponja se não fizeres TPAs em barda.

 

 

Tou a tomar notas Nuno. :)

 

 

Cumps

Publicado: (editado)

Novo e importante atualização:

 

1 - TDS

Continua a subida a um ritmo que não pode ser só explicado pela evaporação.

Após a TPA do fim de semana passado, o valor ficou em 90. Desde então tem subido religiosamente 10 ppm por dia, coisa que me irrita profundamente.

Amanhã, vou procurar outro calhau para me segurar o tronco já que me parece que ele ainda deve flutuar

 

2 - Plancton

Pois continuo a observar bicharocos e já vou nos 5 tipos diferentes. Ressalvando-se as devidas proporções, quase parece o que se passa com um sistema de água salgada em que, nas primeiras semanas de estabilidade, se descobre uma novidade por dia no mínimo. A densidade é impressionante com a coluna de água turva à conta deles

 

3 - Plantas

As Phylanthus fluitans e a Limnobium variegatum cobrem cada vez mais superfície e prometem ser arma eficaz de despoluição.

 

4 - Algas

Pois continuo a vê-las desenvolver mas talvez em menor quantidade que antes. A cobertura cada vez maior das fltuantes também irá ajudar a resolver este aspeto que, confesso, nem me desagrada por aí além porque dão um aspeto muito mais natural ao tanque, desde que não cresçam nos vidros.

 

5 - Peixes (Peixes?)

Sim. Entraram 19 Paracheirodon axelrodi (neons cardinais) juvenis hoje.

A adaptação foi rápida. Ainda estão algo tímidos mas sentiram-se com peixe na água com as folhas. Quando entraram refugiaram-se naturalmente no meio da folhagem.

Passado 15 minutos muitos deles andavam a fazer o que estaria à espera: a comer o plancton. Mesmo não se vendo bem o alvo, aquele movimento de impulso para a frente com abertura e fecho de boca não engana. Foram ficando com as barrigas maiores a pouco e pouco e revelam comportamentos muito naturais. Fogem para as folhas quando se assustam. Parece que lhes dão segurança por estarem lá. Rapidamente patrulharam todo o tanque em cardume.

 

6 - Aspeto geral:

Esta é a melhor parte. As muitas fotos que vi destes biótopos, são perfeitamente consistentes com as que tiro do meu sistema e as algas até ajudam.

Penso que as fotos abaixo até aparentam terem sido tiradas na natureza.

 

 

Cardinais1 - 09012015

Cardinais2 - 09012015

IMG 3995

 

Próxima prioridade é mesmo resolver o tema do TDS a crescer.

Editado por Nuno Prazeres
Publicado:

Arranja lá uma câmara melhorzinha que o aqua merece! ;)

 

 

Concordo. Deixa isto maturar mais um pouco que eu depois peço uma câmara decente a algum amigo e faço uma sessão mais detalhada. Se bem que o meu jeitinho para a coisa é abaixo de zero.

 

Adorei o projecto!

 

As fotografias dão mesmo a sensação de terem sido tiradas num rio :)

 

Ficarei a acompanhar sem duvida. Um abraço.

 

Obrigado.

 

O objetivo era esse por isso, se não tivesse algas e detritos, não iria ficar satisfeito.

 

Agora nessa mesma ótica, começo a ficar desconfortável com o tom demasiado verde da água porque se afasta da "côr de Rio Negro" que pretendia. Com o avanço das plantas flutuantes espero diminuir esse efeito mas provavelmente vou ter que fazer muito "chá de amieiro" nas próximas TPAs. Só necessito é que chegue o monitor de pH porque quero controlar bem o efeito que tal coisa terá na água.

 

Outra questão chave é que as folhas de carvalho, por muito bonitas que sejam, têm uma forma muito pouco "tropical". Tenho que investir em sobreiro e azinheira (e estudar mais para ver se identifico outras espécies que possam ter uma aparência mais conforme com o esperado).

Tenho uma folha de bananeira a curar mas é tão grande que tenho receio que me estrague algum do efeito cénico.

Uma coisa é mais que certa: têm que entrar mais folhas no sistema porque em alguns pontos quase que se vê o vidro de fundo (recordo que o tanque não tem substrato).

Publicado:

Grande projecto. Gostei de ver a tua dedicação e espero q assim continue. Quanto a água verde só mesmo os tpas te ajudam, mas se forem pó tronco e pós vidros podes sp usar um pouco de h2O2 directamente no sitio. Mas atenção a quantidade. Podias tb meter aí umas gambas q sp ajudavam em algo mas dizias adeus aos ovos se sp vai tentar reproduções aí. Força nisso e muita paciência

 

Enviado do meu B1-730HD através de Tapatalk

Cumprimentos

 

 

Adelino Santos

 

Publicado:

Grande projecto. Gostei de ver a tua dedicação e espero q assim continue. Quanto a água verde só mesmo os tpas te ajudam, mas se forem pó tronco e pós vidros podes sp usar um pouco de h2O2 directamente no sitio. Mas atenção a quantidade. Podias tb meter aí umas gambas q sp ajudavam em algo mas dizias adeus aos ovos se sp vai tentar reproduções aí. Força nisso e muita paciência

 

Enviado do meu B1-730HD através de Tapatalk

 

Obrigado!

 

Por acaso na semana passada, na altura em que fiz uma TPA grande, dei-lhes um tratamentozito desses no vidro traseiro.

 

Não me preocupam muito. É daquela alga cabelo fino que se consegue facilmente enrolar numa escova de dentes e retirar.

 

Continuo a achar que as plantas flutuantes irão resolver o problema quer secando nutrientes quer tapando luz.

 

Quanto a gambas, acho que marinavam. Com as folhas temo que o pH possa estar muito baixo. Mesmo que não esteja, o objetivo é levá-lo para as regiões de 5,5.

 

No entanto, há uma espécie endémica do Rio Negro que vive bem nessas condições mas duvido que alguma vez apareça por cá:

 

Já está assinalada... :)

 

img_20130403_30s60t3ayypg.jpg

 

Mais informação aqui:

 

http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=24&id_subcategoria=19&com=1&id=212&local=2

Publicado:

Ah pois é. Qd escrevi realmente não me lembrei do valor do ph q pode surgir da i e como queres estabelecer nesse valor torna se mais complicado arranjar espécies para isso. Acho que nem mesmo os Wilds aguentam um ph tão baixo, pelo menos para andarem saudáveis e ativos

 

Enviado do meu B1-730HD através de Tapatalk

Cumprimentos

 

 

Adelino Santos

 

Publicado: (editado)

Update:

 

Encontrei um cardinal morto e outro moribundo na coluna seca.

 

Os restantes passaram o tempo de luz quase todo enfiados nas folhas.

 

Só muito perto do final do dia sairam mas só consegui contar 11 em conjunto. Faltam 6.

 

Um aspeto muitíssimo importante: estavam todos com a barriga extremamente dilatada.

 

Apesar de ter feito uma muda de cerca de 50 litros, o tanque apresenta uma enorme turbidez quase parecendo a chamada "água verde".

 

Todavia, vista a água com uma lupa, verifica-se que está carregada de seres vivos que lhe dão essa coloração. Penso que serão rotíferos.

Confirmo também a presença de ostracodes (certeza de 90% na identificação) e duns vermes em quantidades apreciáveis (serão planárias??) que se passeiam pelas folhas e vidros. Tenho a sensação que os cardinais debicam nos vidros e folhas para os comerem.

 

Hoje também surgiu um novo habitante, talvez o de maior dimensão até agora.

 

Não faço a mais pequena ideia do que possa ser:

 

Protozoário?

Tem um certo aspeto de inseto mas não o é, a não ser que seja uma larva. Nadava de forma desajeitada em pequenos impulsos como as Daphnia mas, ainda assim com um bocadinho mais de direção. Tinha olhos visíveis à lupa.

 

Com toda a honestidade, contava que as folhas introduzissem alguma vida no tanque mas nada que se assemelhasse à explosão biológica que lá tenho.

 

Tenho pena de não ter um microscópio.

 

Entretanto, tão cedo não terei de colocar comida no aquário. Se os cardinais crescerem saudáveis, provo a minha teoria: com leitos de folhas suficientemente maturados é possível manter uma pequena quantidade de peixes em regime de autosuficiência trófica do sistema. Também me parece admissível que se reproduzam mas para isso ainda falta bastante.

Editado por Nuno Prazeres
Publicado: (editado)

Boas Nuno.

 

Que grande projecto, simples na concepção (low-tech), mas gigante na pesquisa envolvida e resultados futuros.

 

Acho espetacular o cuidado que tens em explicar todos os passos que fazes ao pormenor. No futuro tenho a certeza que este tópico sera um "biblia" para quêm queira montar um aquário deste tipo.

 

Vou acompanhar, e boa sorte para este projecto. :thumbup3:

 

Cumps

Editado por Pedro A Santos
Publicado: (editado)

Desenvolvimentos:

 

Após a entrada dos cardinais, fui encontrando alguns mortos e pura e simplesmente deixei de ver peixes. Achando que a carga de plancton de água doce é excessiva, comprei uma filter sock que ficou na saída da tubagem que vai do tanque principal para a sump. A água perdeu grande parte da sua turbidez mas de peixes nada.

 

Os ppm continuaram a subir e chegou a altura de tomar decisões mais extremas. A morte dos peixes levou-me a pensar em desistir do projeto como ele está e virar-me para algo mais "normal".

 

Ainda assim decidi fazer uma muda extrema com água normal da companhia e assim foi.

 

Aspirei todo o lixo que consegui e quando já só havia menos de 10 cms de água achei que chegava e toca de encher.

 

Para meu enorme espanto, de repente deparo com dois cardinais a nadar em "formação" perto da saída da mangueira (a água vinha seguramente a menos de 15 graus e eles ali felizes).

 

Fiquei em pânico e decidi apanhá-los (não foi fácil devido às folhas onde eles se procuram sempre esconder mas lá se conseguiu). Coloquei-os numa caixa de plástico de 20 litros com água original do tanque.

 

A ideia de que poderia haver mais assaltou-me e vai de meter mão à obra e tirar todas as folhas cá para fora. Falamos duma área de 130x60 cms e duma espessura de 2 a 3 cms. Foi trabalho de uma hora.

 

Infelizmente não encontrei mais nenhum.

 

A mortandade pode ter várias explicações mas uma delas é que eu fiz uma coisa que nunca tinha feito antes: comprar no dia em que o peixe chega à loja.

 

Ora o tema das folhas permitiu-me resolver uma coisa que começava a irritar: as folhas de carvalho são muito bonitas mas não são credíveis para leitos de folha tropicais. Parecem fora de contexto. Assim decidi colocar as folhas de carvalho na zona mais distante e só depois colocar as de sobreiro, azinheira e amieiro. Ficou incomparavelmente melhor. Experimentei uma folha de bananeira mas é enorme e, mesmo depois de duas semanas debaixo de água, insiste em boiar.

 

Com a muda feita e o aquário rearranjado, fui buscar mais cardinais, desta vez com melhor aspeto, mas ainda assim limitei-me a 10.

 

Demorei 3 horas a fazer a aclimatização e depois juntei todos numa maternidade para se ambientarem mais faseadamente.

 

Dei-lhes artemia congelada e comida seca e aceitaram ambas com extremo apetite.

 

Vou deixá-los bem nutridos e adaptados à minha presença na altura de comer e só então conto libertá-los finalmente.

 

Se ficarem bem e a água estiver razoável, no próximo fim de semana entrarão mais 20 ou 30.

 

Apesar da população de bicharada ter sofrido uma valente razia, continuo a ver ostracodes em força e mais uns quantos animalejos de outra natureza estes últimos em muito menor número.

Editado por Nuno Prazeres
Publicado: (editado)

Ficam a faltar apenas as fotos mesmo Nuno! :D

 

Má onda essa questão da mortandade... é algo a rever. Com o novo de conjunto de cardinais vais conseguir entender se o problema foi dos peixes ou do ecossistema.

Espero que o problema seja da primeira hipótese. Este é um projecto promissor e seria mau ficar por aqui!

 

Cumps,

Editado por Ric.Gomes
Publicado:

Ficam a faltar apenas as fotos mesmo Nuno! :D

 

Amanhã!

 

Mas vai ter que ser de iPhone... para já ficam estas da muda violenta!!

 

A água a sair a 200 à hora impulsionada por uma Aquamedic OR3500 que sobrou dos salgados

 

IMG 4033[1]

A água a entrar (pouco depois descobri o parzinho de sobreviventes)

IMG 4035[1]

 

O refúgio dos dois sobreviventes enquanto duraram as operações. A caixa é completamente branca. Dá para ver perfeitamente que a água está com uma cor bem forte.

 

IMG 4037[1]

 

Publicado:

Nuno não devias ter feito isso, eu depois de ver a primeira montagem com os hongsloi pensei logo, meu Apistogrammas são uns infelizes fogo pa. .. brutal mesmo. .. o comportamento lindíssimo, as cores brutais, o cardume esplêndido. .. sem palavras. .. o macho do vídeo fez me lembrar um meu que perdi, o rei da sua casota. .. investigação investigação, estas a causas problemas ca em casa hehehehehe

 

 

Com certeza esse projecto vai dar certo.

 

Forte abraço

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Cá vão mais duas fotos da coisa:

 

Uma geral... à esquerda ficou o iman de raspar o vidro - até nisso sou mau nas fotos.

 

Do lado direito está uma maternidade com os 12 cardinais (que comem que nem brutos).

 

Panorâmica 18-01-2015

 

 

Um detalhe da zona central em que se nota bem que as folhas de carvalho só destoam.

 

Detalhe do fundo

 

 

Finalmente um vídeo magnífico que mostra um ambiente deste tipo em todo o seu esplendor:

 

Mergulhando no mundo dos neons cardinais

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