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Oi!

Tenho andado a pesquisar pelo forum e estou a pensar seriamente em construir um nano reef com um aqua que tenho cá em casa.

Acho que finalmente já tenho uma noção de como começar.

tenho no entanto uma dúvida que tentei tirar lendo outros posts aqui no forum mas não consegui.

Se me puderem ajudar agradecia.

 

Para repormos a água que evapora devemos usar agua tratada por osmose inversa.

 

O que ainda não percebi é se a adição de kalkwasser é independente da adição da água de reposição.

 

esta água é despeja para dentro do aquario até perfazer o nível inicial(independentemente da adição da agua com kalkwasser através do sistema gota a gota) ou é apenas adicionada juntamente com o kalkwasser?

 

 

Espero que me tenha feito entender. :wink:

 

Já agora se não se tiver o aprelho para tratar a água por osmose inversa podemos comprar a água em algum sitio?

 

Obrigado

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Oi Miashira!

 

Eu tenho um reef e a água que utilizo para fazer reposição é osmose inversa, deve ser sempre esta e não água tratada da torneira com produtos, pois alguns componentes quimicos da água, impróprios para salgado, permanecem (fosfatos e silicatos). Eu reponho juntamente com o kalk, tendo em conta os valores de kalk que o aqua tem, para não exagerar. A melhor maneira de introduzires a água no aqua e com sistema gota a gota ou outro sistema que adiciona a água lentamente, pois a água de reposição não tem a mesma densidade, temperatura...

Esta é a minha opinião, mas deve de haver outras pessoas com mais anos de aquariofilia no ramo de salgados que percebem mais.

 

Existem várias lojas que vendem osmose, a maioria vende entre €1 a €1,50 por cada 5 litros. Agora é uma questão de veres onde há uma loja aí na tua zona que venda.

 

Cumprimentos,

Pedro.

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Olás,

 

Para repormos a água que evapora devemos usar agua tratada por osmose inversa.
Certo...

 

O que ainda não percebi é se a adição de kalkwasser é independente da adição da água de reposição.

 

Pelo facto do hidroxido de cálcio ser pouco solúvel, é necessário que seja adicionado a algo onde se possa diluir bem....neste caso água "pura".

Caso adiciones o kalk, em pó, directamente na água salgada este não se vai diluir (cai sob a forma de "bolas" no fundo do aquário).

 

Assim, a adição de kalk terá de depender de uma fonte de água "pura", neste caso a água de reposição...

 

esta água é despeja para dentro do aquario até perfazer o nível inicial(independentemente da adição da agua com kalkwasser através do sistema gota a gota) ou é apenas adicionada juntamente com o kalkwasser?

 

Não...

1- a água não é "despejada" para o aquário, mas sim adicionada lenta e continuamente, de modo a que o nível da água do aquário não sofra alterações.

2- podes adicionar água "pura", sem kalk, no aquário, caso queiras apenas manter a densidade do aquário estável.

No entanto, ao colocares kalk na água (solução denominada "kalkwasser"), irás "acertar" a densidade, adicionar cálcio e manter o pH estável (aumentando o kH).

 

Resumindo...já que tens de adicionar água "pura" (reposição) no aquário e manter os níveis de cálcio/kH elevados...porque não fazê-lo ao mesmo tempo? ;)

 

Cumps,

Nuno Reis

Diesel_Car....Vrummmmmmm!

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Ok.

Obrigado a todos.

Duvida tiradas

 

:? Pelo meno esta, ainda virão muitas mais

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Acho que faltou esclarecer dois pontos:

 

1 - a adição de kalkwasser saturada só faz sentido se houver muita bio-calcificação pelo que, se o objectivo é ter apenas corais moles não me parece adequado (para potenciar alga coralina bastam mudas frequentes com água natural);

 

2 - a kalkwasser não sobe o KH mas sim o pH.

 

Por outras palavras, a adição de kalkwasser não é obrigatória e até pode ser prejudicial. O aquário pode sofrer uma subida excessiva de pH e pode ocorrer precipitação abiótica de carbonato de cálcio (o cálcio em excesso precipita como calcário na resistência e nos impellers das bombas - lembram-se dos anúncios das máquinas de lavar da TV?)

 

Quanto ao tal KH ou alcalinidade ou dureza carbonatada o mais provável é que desça devido precisamente ao processo de calcificação induzido pela precipitação.

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1 - a adição de kalkwasser saturada só faz sentido se houver muita bio-calcificação pelo que, se o objectivo é ter apenas corais moles não me parece adequado (para potenciar alga coralina bastam mudas frequentes com água natural);
Pode ser suficiente a utilização de TPA's para ter algum crescimento de coralina, mas se for usada sempre kalk na água de evaporação o crescimento é muito superior e rápido.

 

2 - a kalkwasser não sobe o KH mas sim o pH.

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Quanto ao tal KH ou alcalinidade ou dureza carbonatada o mais provável é que desça devido precisamente ao processo de calcificação induzido pela precipitação.

 

Indirectamente sobe (o kh), principalmente se for bem doseada (gota-a-gota).

Este assunto já foi debatido em profundidade aqui no fórum por isso não me vou alongar muito mas o hc ao combinar-se com o CO2 dissolvido no aquário aumenta o kh (formando carbonatos e bicarbonatos). Claro que se for doseado em demasia e principalmente demasiado depressa, a precipitação de carbonato de cálcio provoca um abaixamento do kh.

 

A l e x a n d r e

Aluga-se este espaço.

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Indirectamente sobe (o kh), principalmente se for bem doseada (gota-a-gota).  

Este assunto já foi debatido em profundidade aqui no fórum por isso não me vou alongar muito mas o hc ao combinar-se com o CO2 dissolvido no aquário aumenta o kh (formando carbonatos e bicarbonatos). Claro que se for doseado em demasia e principalmente demasiado depressa, a precipitação de carbonato de cálcio provoca um abaixamento do kh.  

 

Quer o Nilsen quer o Randy Holmes-Farley alertam para o consumo de alcalinidade associado ao uso corrente de Kalkwasser. Não entendo o suficiente do assunto mas parece-me que o CO2 dissolvido não é por si suficiente para formar os carbonatos e bicarbonatos à velocidade que são consumidos pela calcificação.

 

O meu aquário de 120 litros é exemplo disso. Só tenho um coral duro e adiciono kalk saturada apenas a 50% e o que é certo é que alcalinidade está sempre baixa. O HugoRSF que tem muito mais duros do que eu tem o mesmo fenómeno.

 

Parece-me é que se criou a crença de que adicionar kalkwasser é obrigatório. Eu sou novo nisto mas já deu para reconhecer que há um mainstream que são os SPSs e tudo orbita à volta da infra-estrutura que é necessária para os manter.

 

Não tenho experiência no assunto mas adicionar kalkwasser saturada como único meio de reposição num mini só com moles parece-me ser uma bomba relógio mas se calhar estou enganado.

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Não entendo o suficiente do assunto mas parece-me que o CO2 dissolvido não é por si suficiente para formar os carbonatos e bicarbonatos à velocidade que são consumidos pela calcificação.

 

Depende da taxa de consumo que tenhas, ou seja, depende do numero de corais duros e da taxa de crescimento dos mesmos e também da concentração de CO2 no aquário e não só!

Eu e muitos outros membros deste fórum já tivemos esta experiência.

 

Falando por mim, já tive durante vários anos um aquário típico com uma mistura de moles e duros (LPS) e até uma tridacna, com taxas de crescimento muito boas e sempre a usar apenas kalk gota-a-gota. Nunca usei bicarbonato de sódio, nem cloreto de cálcio, etc. Já experimentei outros tipos de suplementos de cálcio como os de duas partes, que uso actualmente e outros mas durante vários anos apenas usei kalk sem mais nada. Até mesmo as TPA's quando fazia eram pequenas e mensalmente ou mais espaçadas ainda.

 

Não sou caso único, há muito mais gente com experiencias semelhantes.

Acho que esse mito de que a kalk só por si não chega está ligado aos métodos de dosagem utilizados. Muito rápido e pouca evaporação, logo pouca reposição.

 

O facto de a utilização de kalk resultar no abaixamento do kh tem um fundo de verdade mas não é uma regra que devemos tomar como: se usarmos kalk o kh vai baixar. Isto não é uma verdade universal. Pode acontecer de facto mas não quer dizer que aconteça.

Normalmente esses autores mais conhecidos referem-no e bem porque têm "obrigação" de alertar as pessoas para todas as situações possíveis.

 

Como disse atrás, a mim que me lembre nunca aconteceu, só esporadicamente quando o soro se descontrolava e deitava kalk a mais. Mas isso são acidentes que tal como no doseamento de kalk, também podem acontecer noutra situação qualquer.

 

O "segredo" está em conseguir balancear a taxa de reposição com o consumo existente.

Uma das maneiras de conseguir introduzir mais kalk de modo a mantêr valores de kh e cálcio a níveis normais em aquários com bastante consumo, é aumentar a taxa de evaporação. Doseando mais kalk na altura em que o pH está mais baixo aproveita-se a maior concentração de CO2 na água formando os tais carbonatos e bicarbonatos que constituem a tal alcalinidade ou poder tampão (kh).

Depois há sempre a possibilidade de aumentar a concentração de CO2 na água por processos simples mas muito eficientes. O primeiro é mantêr o mais fechada possível durante a noite a divisão onde se encontra o aquário. Se existirem plantas na divisão tanto melhor. O segundo é diminuir a agitação à superfície da água, principalmete durante a noite e principalmente se não é possível usar o primeiro processo.

Estas "técnicas" a meu ver, só devem ser usadas quando se dispõe de um monitor digital e permanente de pH. Só assim se pode controlar com eficácia todo o processo.

Só usei este tipo de técnicas quando comecei a encher o aquário com SPS, mas quando tinha o aquário tipico de recife português :) apenas fomentava o mais possível a taxa de evaporação de modo a introduzir kalk em mais quantidade. O CO2 dissolvido sempre foi suficiente para mantêr a alcalinidade sem problemas.

 

Outro dos problemas que decorrem do uso de kalk, e que por conseguinte conduzem aos tais problemas de abaixamento do kh, é a dificuldade em conseguir acertar com o pinga-pinga quando se usa o famoso dispositivo de soro intravenoso. Não são raras as vezes que a mangueira entope e que depois ao tentar recuperar o tempo perdido se provoca um desiquilibrio no pH. Nestas situações de facto mais vale não utilizar kalk mas se a dosagem for constante e controlada, é perfeitamente possível mantêr um aquário de recife com um numero de SPS médio apenas com a introdução de kalk.

 

A l e x a n d r e

Aluga-se este espaço.

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Alexandre,

 

obrigado pela tua explicação.

 

O meu sistema de facto pode propiciar à queda do KH por alguns dos motivos que apontas.

 

Tenho um aqua com 110 litros brutos bare-bottom com muito poucos corais e um refúgio com Caulepra de cerca de 28 litros brutos com 2cms de aragonite sugarsize. Devido a limitações de espaço, o refúgio (que está ao lado do aqua) é iluminado pela mesma luz (54w T5 6100k + 54w T5 15,000k + 36w T8 actínica). A agitação é assegurada por duas MaxiJ1200 e duas mini powerheads de 300 l/h uma das quais alimenta o refúgio que devolve a água por gravidade.

 

Resumindo: agitação muito forte e consumo de CO2 pelas macro-algas => carbonatação baixa => ponto de equilíbrio do KH baixo

 

Quanto ao KH estamos falados :) e fiquei esclarecido. Resta dizer que decidi escrever isso quando li num post anterior que a adição de kalk faz subir o KH o que me parece, isso sim, completamente abusivo. Quanto a fazer descer diria que em determinadas condições (não tão raras quanto isso, dado que conheço pelo menos mais dois casos) acontece de facto.

 

Agora a pergunta que faria é:

 

Num mini-reef sem corais duros vale a pena adicionar kalk?

 

Pessoalmente acho que não. Penso que os riscos ultrapassam os benefícios. Um mini de 100 litros evapora tipicamente à volta de 1 litro por dia mais coisa menos coisa. Será que há bio-calcificação suficiente (alga coralina, gastrópodes, crustaceos, etc...) para consumir uma medida de kalk de 5 em 5 dias. Será que 7 litros por semana de um líquido com pH 12.4 não representa um risco? Sou novo nisto por isso não sei.

 

O que sei é que quanto mais pesquiso e leio mais me parece que neste país há claramente uma anomalia porque a aquariofilia salgada está 90% virada para os SPSs e o resto é paisagem. O que pode acontecer é que se gere uma tendência natural para julgar os complexos processos físicos, químicos e biológicos que se passam em qualquer aquário pelo prisma dos sistemas para SPSs e consequentemente que se tentem exportar as respectivas soluções técnicas, em alguns casos, abusivamente. Pode ser (ou não ser) esse o caso da kalkwasser.

Publicado:

As minhas desculpas por intervir tão tardiamente neste assunto, mas tenho andado bastante atarefado #food

Quer o Nilsen quer o Randy Holmes-Farley alertam para o consumo de alcalinidade associado ao uso corrente de Kalkwasser.
Quanto ao Nilsen concordo, pois até o questionei pessoalmente sobre este assunto. Quanto ao Randy não compreendo aonde e quando é que ele terá dito isso. De tudo o que tenho lido e falado com ele, parece-me que afirma o contrário.

Por experiência pessoal, diria que na grande maioria das vezes a kalkwasser produz uma elevação ou manutenção do KH, a não ser que, tal como referiste:

agitação muito forte e consumo de CO2 pelas macro-algas => carbonatação baixa => ponto de equilíbrio do KH baixo

ou seja, um pH elevado. Esses factores levam a um pH elevado e ao adicionar kalk o pH ainda aumenta mais provocando uma precipitação de CaCO3, ou seja de KH e cálcio numa proporção de 2,8º para 20 ppm, respectivamente.

Quanto a fazer descer diria que em determinadas condições (não tão raras quanto isso, dado que conheço pelo menos mais dois casos) acontece de facto.
O fenómeno interessante é que quando temos precipitação de CaCO3 o que aparenta é que só o KH está a cair. Vejamos o exemplo: com a adição de kalkwasser geramos um súbito incremento no pH e uma consequente precipitação de CaCO3. Imaginemos que o KH cai 1ºdKH. Logo, o mais provável é que o cálcio caia 7 ppm. Cairam ambos de forma equilibrada mas ao efectuarmos os testes reparamos de imediato numa queda do KH. Mas, no que respeita ao cálcio, devido à fraca sensibilidade da maioria dos testes de cálcio em medir abaixo de intervalos inferiores a 20 ppm, não detectamos os 7 ppm. Só verificamos as quedas de cálcio em grandes precipitações ou ao fim de várias ocorrências. Contudo, o cálcio precipita também.
Num mini-reef sem corais duros vale a pena adicionar kalk?

Eu diria que, se o pH da água não for alto, vale a pena. É preciso não esquecer que os corais moles no seu habitat têm condições químicas da água idênticas aos corais duros. É sempre preferível alinharmos pelo mais natural possível, ou seja, tentar igualar as condições do ambiente de origem. Dificilmente o conseguiremos se apenas fizermos TPA's com água natural ou com a maioria dos sais sintéticos no mercado, em que se verificam baixos níveis de Ca e KH.

É a minha opinião mas estou aberto a outras :lol:

Um abraço

João Cotter

If you're not part of the solution, you're part of the precipitate

http://www.bioaquaria.com

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Acrescentando as otimas explicacoes.. kalk só eh perigoso se o PH passar de 8.4 ... no resto ele além de subir a RA e CA equilibradamente ainda ajuda na exportação de fosfato.

 

Kalk eh um elemento altamente combinativo, portanto qto maior a qualidade da água usada melhor sua solubilidade

Celso e-mail: celsois@ipaq.org.br

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