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Olá especialistas,

 

Venho por este meio pedir-vos ajuda no sentido de me darem a vossa opinião sobre quais são as plantas macrófitas de aquário mais eficazes ( submersas e de superfície ).

Agradeço a vossa ajuda.

Com as minhas melhores saudações

 

Miguel Andrade

 

http://www.viviparos.com

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Penso que terás de te explicar melhor :wink:

 

Qual é a ideia?

 

Um aquario "aberto","fechado", um canal, uma lagoa

 

(uma lagoa de maturação da água de uma ETAR :) ou um nano?)

 

eficiencia para que?tens alguma coisa em excesso

 

...

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Olá Mário,

 

As minhas desculpas pela demora.

A minha pergunta foi feita depois de uma vista de estudo a uma E.T.A.R. estrangeira onde se usa Jacinto de Água ( (E i c h h o r n i a crassipes)[b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] ) e outras espécies em experiências de purificação da água em circuito fechado para a N.A.S.A.

Tenho por hábito “ invernar “ espécies que não resistem ao nosso clima na estação fria em aquários ( necessariamente muito povoados e com excesso de peixes ).

Aqui a renovação de água é uma necessidade frequente e obrigatória pois não há sistema de filtragem que aguente os níveis de certos compostos azotados, compostos fosforados ou um ciclo do azoto “ normal “.

É pois necessário intervir de uma forma muito mais atenta do que nos aquários bem planeados e mantidos dentro dos limites correctos de peixe por m2.

Estou a tentar minorar essa necessidade e como não tenho informação sobre filtros biológicos que usem plantas pensei numa forma prática de usar biomassa para me livrar de certas causas do excesso de excrementos dos peixes e de restos de alimentos suspensos na água para além da capacidade dos filtros mecânicos e de fundo.

Ainda para mais, uma vez que não sou muito rigoroso com a escolha das espécies vegetais relativamente ao ecossistema de origem dos peixes... se puder usar plantas que ajudem a manter a água em circuito fechado mais “ limpa “, então estou a ajudar os actuais sistemas de filtragem.

Sei que pode parecer exagerado mas não será por falta de espaço que não poderei colocar as plantas a ajudarem a melhorar a qualidade da água dos aquários onde ainda por cima estão espécies altamente vegetarianas ( se é que me entendem ).

Com as minhas melhores saudações

 

Miguel Andrade

 

http://www.viviparos.com

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bom, confesso que continuo com algumas duvidas de como lhe responder, talvez seja da minha formação de engenharia, mais pró resolução de problemas e menos de discução teórica :arrow:

 

confesso tambem que já fiz uma pequena pesquisa sobre o assunto embora não saiba se lhe interessa o que encontrei;

 

estou a falar de sistemas de tratamento para 6000m3 de água! em ETAR

 

mas talvez esteja interessado em aquacultura, eles sim têm sistemas de maximização de espaço para maior numero de peixes(embora raramente seja em sistema fechado)

 

ou então não é nada disto e procura apenas especies de plantas de crescimento rápido para o seu aquário bang

  • 1 mês depois...
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Olá Mário,

 

Por motivos de força maior fui obrigado a adiar um mês a minha resposta à mensagem anterior.

Pode parecer uma brincadeira a minha mensagem original mas de facto não é.

Não sou Biólogo, Botânico nem Engenheiro de Ambiente por isso necessito de todas as ajudas para esclarecer as minhas dúvidas.

E já que estamos a falar de esclarecimentos vou ter que alongar bastante esta mensagem para deixar bem clara a simplicidade da minha primeira intervenção.

Para além das informações anteriormente prestadas vamos lá a ver se eu consigo fazer-me entender...

É óbvio que estamos a falar de pequenos volumes de água e não os 6.000 m3 de uma ETAR ou dos efluentes aquícolas, daí a minha pergunta parecer ridícula e sem sentido, contudo aplicam-se alguns conceitos básicos comuns em função dos objectivos pretendidos, os quais, pensava eu, que tinham ficado bem claros anteriormente.

Nos meus aquários de Inverno verifica-se um volume superior de produção de matéria orgânica particulada e solúvel em quantidades não negligenciáveis. Estas são resultantes de concentrações de peixes muito elevadas entre os meses de Outubro a Março, como já tive oportunidade de explicar.

Dado que não me posso deslocar todos os fins-de-semana ao local onde mantenho esses aquários a funcionar, nem posso garantir se as quantidades de alimento que são fornecidas diariamente são aquelas que eu estipulei, verifico que existem resíduos resultantes das condições anteriormente descritas que são constituídos maioritariamente por origem orgânica, ( devido aos restos de alimentos e às excreções ).

Os nutrientes provenientes de alimento desperdiçado entram no “ ecossistema “ dos aquários como azoto inorgânico, fósforo, carbono, matéria orgânica dissolvida e partículada que na sua forma física é na lavagem dos sistemas filtrantes e por vezes nos “ lodos “ visíveis nos próprios aquários que são mais evidentes.

Uma vez que as mudanças parciais de água só podem ocorrer quando estou presente, estes ambientes têm que funcionar em circuito fechado por várias semanas.

Também não é segredo que grande parte do alimento absorvido pelos peixes é excretado, sendo as excreções constituídas por compostos de azoto, quer orgânicos ( ureia e proteínas ), quer inorgânicos... ( convém voltar a recordar que sou obrigado a manter um elevado número de exemplares em aquários com capacidade para muito menos peixes ).

De entre os elementos inorgânicos se não estou enganado destacam-se o azoto, os nitritos e os nitratos, sendo a amónia a forma mais tóxica para os peixes que estão nestas condições excepcionais em parte do ano.

As concentrações de nutrientes e matéria orgânica atingem por vezes valores elevados e facilmente detectáveis, o que proporcionará as consequências que todos sabemos.

Por vezes os nutrientes dissolvidos chegam a estimular a produção de fitoplâncton nos aquários que estão expostos à luz solar aumentando substancialmente a matéria orgânica como num lago de jardim no exterior.

Se nos lembrarmos ainda que substâncias químicas são utilizadas em tratamentos de doenças ou adicionadas à composição de certos alimentos então penso que é evidente a minha preocupação. Estas substâncias são no entanto utilizadas apenas em situações de particular excepção.

A eliminação dos nutrientes fósforo e amónia das águas dos meus aquários são importantes para a manutenção de condições de salubridade que possam contribuir para baixar os níveis de “ stress “ dos peixes assim mantidos durante 4 ou 5 meses por ano.

Interessa-me particularmente o tratamento destas águas em circuito fechado por forma a eliminar alguns sólidos em suspensão, remover possíveis sólidos coloidais não sedimentáveis e estabilizar a matéria orgânica durante a minha ausência, uma vez que não estou presente para renovar parcialmente a água nem tratar dos filtros.

As tecnologias de tratamento da água que utilizo actualmente são biológicas e mecânicas, contudo estou a estudar os sistemas gravitacionais. Mesmo assim ainda não resolvi a questão da qualidade da água.

A eficiência de tratamento dependem da produção de nutrientes na água do aquário e da eficácia da sua eliminação.

Independentemente da eficiência de remoção das matérias acima descritas acho que não estou a pensar de forma errada se estiver à procura de mais alguma forma de sustentabilidade para os aquários de Inverno.

As tecnologias químicas ou os desinfectantes vulgarmente utilizados na aquicultura incluindo a exposição à radiação UV, a adição de ozono ou cloro não me agradam e estão totalmente fora de questão.

Os sistemas de lagunagem são também uma boa opção para o tratamento de efluentes de grandes dimensões e por isso as dúvidas surgidas com a minha questão ( pois os mesmos exigem superfícies muito considráveis e estamos a falar de simples aquários ).

A utilização de algas como biofiltros para remover os nutrientes dissolvidos dos efluentes dos tanques de peixes tem vindo a ser largamente estudada pelo que resolvi apurar se idêntico processo poderia ser tentado com vulgares plantas de aquário.

Outra tecnologia consiste no aproveitamento da água dos aquários no cultivo de culturas hidropónicas das quais destaca-se a cultura de plantas halófitas.

Em qualquer rápida pesquisa na Internet ( mesmo em Português ) encontramos uma variedade de métodos e esquemas de tratamento de águas que permitirão definir várias soluções alternativas como as plantas macrófitas utilizadas em zonas húmidas artificias, as quais têm a especificidade de se terem adaptado à vida em solos inundados, através do desenvolvimento de sistemas internos de ventilação para oxigenar os seus tecidos submersos.

Também descobri que as macrófitas podem ser divididas em vários grupos ecológicos, e que umas se destinam ao tratamento primário, outras ao tratamento secundário e por aí em diante.

Confesso a minha ignorância sobre este assunto, pelo que coloquei a questão inicial. Se o fórum serve para nos ajudarmos uns aos outros, penso que não está errado admitir a minha falta de conhecimentos e de pedir as vossas ajudas no sentido de me esclarecerem sobre este assunto ajudando assim outros leitores a compreenderem até que ponto é significativo e viável aplicar técnicas usadas em grande escala a pequenos volumes de água, ( quanto mais não seja para ajudarem a minorar os impactos negativos da sobrepopulação dos aquários )

As plantas escolhidas para os grandes sistemas de tratamento desempenham uma diversidade de acções onde se incluem a promoção da sedimentação de sólidos suspensos, a libertação de oxigénio na zona da raiz, o fornecimento de superfícies para o desenvolvimento de biofilmes, a protecção da superfície da água para reduzir o crescimento de algas, a remoção e reciclagem dos nutrientes.

É precisamente nesta último tipo de acção apenas que eu me estou a concentrar neste tópico. A degradação dos poluentes pelas plantas macrófitas, independentemente da sua eficácia em pequenos espaços onde procuro principalmente a acção da responsabilidade dos microorganismos.

Penso que eventualmente as plantas macrófitas nos ajudariam na remoção do material particulado destes aquários, ocorrendo a deposição e a sedimentação dos sólidos em suspensão.

Para além disto, as plantas exsudariam pelo menos parte dos compostos húmicos que servem de substrato para o metabolismo microbial.

Na esperança que tenha contribuído para o esclarecimento desta questão fico disponível para receber todas as possíveis ajudas e ensinamentos que serão muito bem vindos.

Com as minhas melhores saudações

 

Miguel Andrade

 

http://www.viviparos.com