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Boa Tarde,

 

Tendo ciclideos africanos e tendo agora a minha primeira criação de uma das minhas espécies , como será a melhor maneira de proceder em relação ao futuro e aos peixes já existentes para evitar problemas de consanguinidade, ou não terei de me preocupar com nada disto?

 

Cumprimentos

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Viva,

 

Ora aqui está um tema extremamente interessante e que, espero, vá ter inúmeras opiniões...

 

Sem qualquer base cientifica (não a possuo) esta minha opinião é puramente baseada na minha experiência com a manutenção de Ciclídeos Africanos.

 

Nas minhas criações, sinceramente, a minha intuição leva-me a preferir vender os peixes e decidir não os manter juntamente com a geração que os originou (evitando, portanto, consanguinidade). Mesmo que pretenda ( a médio ou longo prazo) aumentar o número de indivíduos da colónia do aquário principal, prefiro comprar peixes da mesma espécie de outra origem.

 

Mas, como digo, esta minha opinião não tem qualquer base cientifica. É sabido (E provavemente já todos lemos algo sobre o assunto) que a consanguinidade não é benéfica, mas eu estou longe de conhecer a fundo a problemática.

Abraço,

Filipe Almeida

APC #484

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Boas, tema interessante.

 

Não sei o quanto percebe de genética, mas vou partir do princio que sabe pouco, desculpe se não for o caso.

 

Depende do que queira fazer.

 

O inbred usa-se para apurar as espécies, que foi feito na maioria das espécies domésticas, cão, gatos, até os próprios peixes. Nesses casos o que se faz é cruzar os individuos com certas caracteristicas para aperfeiçoar as mesmas, nesses casos usam-se indivuduos genéticamente próximos, pode dar-se o caso de cruzar os pais com a própria descendência. Por exemplo, tem um peixe muito colorido e um menos, cruza os dois, dessa descedencia escolhe os mais coloridos e volta a cruzar e assim sucessivamente, após algumas gerações quase todos os peixes vão ser bastente coloridos, de um parcial de peixes coloridos e menos coloridos de 50-50 no inicio evolue talvez para 90-10 passadas algumas gerações.

 

O outbred é deixar a criação ao acaso, o ideal seria trocar alguns dos exemplarers da sua criação por outros de outro criador para alargar o fundo genético.

 

Vou dar um exemplo bastante fácil de compreender, os camarões crystal red e os bee são diferentes morfologicamente e (peço desculpa se estiver enganado) foram resultado de inbred da mesma espécie de camarões, num caso deu-se especial atenção às cores vermelha e branca do crystal e cruzaram-se os que acentuavam estas caracteristicas, no outro caso à cor mais acastanhada. O resultado desse inbreding foi 2 derivações diferente uma da outra.

Se juntar as duas estirpes vai fazer o outbred e eles vão cruzar entre si e passadas algumas gerações não tem nem uma coisa nem outra.

 

A grande desvantagem do inbred é que ao acentuar uma certa caracteristica positva, a cor, as barbatanas, etc, poderá também acentuar algumas negativas, propensão para apanhar certas doenças,incompatibilidadea a algumas variações na àgua, etc.

 

Se quiser apurar alguma caracteristica opte pelo inbred, se pelo contrário só quer ter os peixinhos em casa e deixar as posturas ao acaso o meu conselho é ir trocando alguns exemplares com outros aquariofilistas, pois nesses casos é favorável ter um fundo genético alargado.

 

Mas não fique preocupado porque a consiguinidade não é um bicho de 7 cabeças.

 

Fico à espera de mais opiniões.