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Introdução

 

A alimentação dos nossos peixes, certamente, é um dos maiores segredos para sua boa saúde e vitalidade. Hoje em dia temos uma ampla variedade de alimentos, cada uma com a sua especialidade, como rações em flocos e granuladas, vegetais, congelados, alimentos vivo, etc. Quanto maior a diversificação da alimentação, melhor será a resposta do peixe, respirando saúde e mostrando cores vivas. É por esta razão que se deve variar o tipo de alimentação, e não se ficar preso apenas aos flocos, etc.

 

Em geral, os alimentos secos (rações) são bem aceites por quase todas as espécies de peixes, e muito utilizados devido a conterem, praticamente, toda a nutrição que o peixe necessita.

 

Mesmo com toda a nutrição das rações, é sempre bom, periodicamente, alimentar os peixes com alimentos vivos, pois as rações, mesmo de boa qualidade, não contêm certos nutrientes necessários e, muitas vezes, ocorre que os peixes, alem de se nutrirem bem com alimento vivo, desenvolvem os seus instintos de caça (ver peixes carnívoros).

 

Os alimentos vegetais como algas, verduras e legumes (batata, alface, cenoura, etc.), em geral são bem aceites por peixes herbívoros, ou mesmo peixes com hábitos alimentares carnívoro e herbívoros.

 

 

Tipos de Peixes

 

Mas, antes de dar todo o tipo de alimento para o seu peixe saiba, ao menos, os seus hábitos alimentares. Eles poderão ser:

 

- Herbívoros:

 

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Os peixes que se alimentam à base de vegetais superiores, macro e microalgas, e fitoplânton. Os mecanismos usados para a destruição da celulose poderão ocorrer devido à alta acidez do estômago, os que trituram por meio de dentes, os que trituram por meio de estômago muscular e outros que mantêm microorganismos fermentadores.

 

Estes últimos mecanismos referem-se, principalmente, a espécies marinhas. Os peixes herbívoros de água doce podem ter os mesmos mecanismos, mas requerem com alguma periocidade proteína animal, para evitar a perda de peso. Em geral preferem frutas e sementes, ingerindo poucas folhas.

 

Ex. Poecilia latipinna

 

 

- Carnívoros:

 

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Os peixes que selecionam alimento animal vivo. Os peixes de água doce carnívoros alimentam-se fartamente de insectos, que há em abundância na natureza o ano inteiro, principalmente em épocas de cheias. O canibalismo na natureza representa importante aplicação entre as espécies, pois funciona como uma forma de auto-controlo populacional.

 

Ex. Betta splendens, Astronotus ocellatus

 

- Omnívoros:

 

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Os peixes que tem como base alimentar vegetal e animal. Poderão tender a certo domínio para vegetal ou animal, variando de espécie para espécie. Os carnívoros combinam a ingestão de alimento animal, que é de alto valor nutritivo, requerendo mais esforço (na natureza) para obtê-lo. Os herbívoros com ingestão vegetal, que é de menor valor energético, não requerendo tanto esforço (na natureza) para obtê-lo. Em geral, são peixes que combinam alimentação à base de vegetais (frutas, sementes, folhas) e animal (pequenos peixes, insectos e microorganismos).

 

Ex. Symphysodon sp., Pterophyllum sp., Colisa sp.

 

- Detritívoros:

 

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Os peixes que se alimentam de matéria orgânica animal em putrefacção ou matéria vegetal em fermentação. Algumas espécies têm como base algas e bactérias, como o Mugil cephalus e Tilapia mossambica.

 

- Iliófagos:

 

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Os peixes que ingerem substrato formado por lodo ou areia. O substracto é ingerido porque nele se encontra sua base alimentar (animal, vegetal e detritos), sendo que exemplares destes peixes possuem aparelho digestivo adaptado para seleccioná-lo.

 

Ex. Prochilodus scrofa, curimatus sp, Plecostomus sp.

 

 

Vitaminas e as Suas Funções

 

A - Visão, protector de pele

B1 - Obtenção de energia

B2 - Digestão de proteínas, crescimento muscular

B5 - Deficiência poderá causar problemas nas guelras

B6 - Deficiência poderá causar distúrbios motores

C - Resistência contra doenças gerais e crescimento do esqueleto

E - Hormona da fertilidade, estabiliza vitaminas

 

 

Alimentando o Seu Peixe

 

Certamente não existe uma regra exacta para ministrarmos quantidades exactas. Em geral, alimente o seu peixe duas ou três vezes ao dia em pequenas porções, que possam ser devoradas em menos de 5 minutos.

 

Diz a evolução do peixe que, na natureza, o mesmo tende a comer tudo o que caiba no seu estômago, já que a próxima refeição poderá levar tempos para ser ingerida, portanto nunca compare a alimentação dos peixes livres com peixes confinados aos nossos aquários.

 

Nos nossos aquários devemos saber quando será a próxima refeição e controlar rigorosamente a quantidade. Talvez um dos maiores males de iniciantes na aquariofilia seja usar altas dosagens de alimento até que o peixe pareça satisfeito...

 

Errado! Saiba que, se você tem este hábito, é melhor revê-lo. É infinitamente mais fácil matar um peixe alimentando-o em excesso, do que o dito morrer de fome, além de poluir a água com sobras e, consequentemente, ter possíveis problemas futuros com a qualidade da mesma.

 

Um ponto muito interessante refere-se ao crescimento dos peixes, e está relacionado à quantidade de alimento fornecido. Saiba que todo e qualquer peixe é adaptável à quantidade que fornecemos, ajustando seu ritmo de crescimento à quantidade e, principalmente, à qualidade.

 

 

Tipos de Alimentos

 

Artémia: Rica em gordura e vitaminas C, A e B. Alimento perfeito para a grande maioria de peixes ornamentais, principalmente vivas. Cistos de artémias são bem vindos para alevins recém-nascidos.

 

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Dáfnia: Alimento vivo, poderá conter parasitas, rica em nutrientes, minerais e proteínas.

 

Também conhecida como pulga d'água, outro crustáceo que vive em águas ricas em matérias orgânicas, e reproduzem-se com facilidade. São encontrados em charcos a alagados limpos.

 

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Tubifex: Alimento vivo, pode conter parasitas. Rico em vitaminas B,C e A. É um pequeno anelídeo (grupo de minhocas), que costuma crescer em ambientes lamacentos ou esgotos.

 

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Rações Granuladas: Serve como base para todo tipo de peixe, cada uma com a sua especialidade. Geralmente são ricas em vitamina C.

 

Rações em flocos: Semelhante à granulada, contém vitaminas de acordo com o fabricante. Geralmente são fornecidos para peixes de pequeno e médio porte e peixes que se alimentam à superfície.

 

Larvas de mosquito: Apesar de não serem um alimentos rico, deverão ser ministradas como complemento a outros alimentos vivos e servem bem para peixes de superfície ou meia água. Poderá facilmente ser obtido, deixando um recipiente com água ao ar livre, onde as moscas depositarão seus ovos. Geralmente eclodem em 8 dias. Cuidado para não confundir estas larvas com larvas de libélulas, pois estas são predadores vorazes, podendo matar peixes menores.

 

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Infusórios: Não é nada mais que um caldo com diversos protozoários, organismos compostos de apenas uma célula. Encontrado em águas paradas, a sua criação é relativamente fácil. Basta apenas colocar folhas de alface e couve num recipiente com água limpa e deixar 48h no escuro. Atenção: não deixe muito tempo para não apodrecer, ficando impróprio para o consumo. Óptimo alimento para alevinos.

 

Drosóphilas: Famosa mosca da fruta. É um díptero de pequena dimensão e de rápido ciclo de vida. A variedade sem asas tem a vantagem de ser mais manejável.

 

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Paramecium: Protozoários microscópicos, são alimentos ideais e essenciais para alevins. São encontrados em água doce e fundos lodosos onde há muita matéria orgânica em decomposição.

 

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Microvermes: Como o nome sugere, são nematódeos com cerca de 2mm, muito nutritivos. Ideal para alevins e peixes de pequeno porte. Vivem em meio cremoso à base de farinha de cereal e aveia.

 

Enquitreias: São pequenos vermes brancos que alcançam até 2cm e tem altos valores nutritivos. Muito boa opção para fornecer a peixes adultos antes da desova ou mesmo alevins.

 

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Bloodworm ou larva vermelha de mosquito: São larvas de mosquito (há numerosas espécies), facilmente reconhecidos pelo seu zumbido agudo. Geralmente estas larvas vivem em fundos lamacentos das águas com pouca ou nenhuma corrente, principalmente no verão.

 

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Vermes do vinagre: É um verme nematódeo com até 4mm que se desenvolvem num meio constituído por 50% vinagre de maçã e 50% de água, e pouca quantidade de açúcar. Outro óptimo alimento para alevins.

 

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Gammarus:

Pequeno crustáceo (cerca de 2cm) que é encontrado em águas doce ou salgada. Usa-se muito para alimentar répteis aquáticos, usados secos. Peixes, embora não admirem secos, poderão desenvolver o seu instinto de caça rapidamente quando colocados vivos. Encontra-se facilmente em vegetação inundada e sempre ocultos entre algas.

 

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Tenébrio: É uma espécie de besouro conhecido como Tenébrio molitor. Muito utilizado como alimento vivo para peixes de médio e grande porte. Também usado para peixes menores em pequenos pedaços.

 

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Dúvidas Mais Comuns

 

1. Posso alimentar os meus peixes apenas com alimentos vivos?

R. Não. Apesar de serem uma óptima fonte de proteínas e vitaminas, são deficientes em muitas fontes que as rações apropriadas possuem. Deverá fornecer semanalmente, com excepção de peixes essencialmente predadores carnívoros que exigem alimentos vivos.

 

2. Qual a melhor ração para fornecer aos meus peixes?

R. Existe uma grande variedade de rações capazes de suprir necessidades nutricionais de diversas espécies. Algumas são determinadas para tipos de peixes como Ciclídeos, Kinguios, Betas, etc. Cabe a si saber os hábitos alimentares dos seus peixes e fornecer o que há de melhor e de mais adequado à espécie.

 

3. Poderei usar várias rações para os mesmos peixes?

R. Pode e deve. Quanto maior a diversificação alimentar, melhor. Ter apenas em atenção que, no momento em que der um tipo de alimentação, não dê de outro também (ao memso tempo).

 

4. As rações que dizem realçar a coloração dos peixes funcionam?

R. Sim. Estudos mostram que determinadas vitaminas agem na coloração do peixe.

 

5. Alevins podem comer rações dos demais peixes?

R. Poder até podem, mas nas primeiras semanas de vida não é o mais indicado.

O ideal é fornecer alimento vivo (veja acima os indicados) ou alimento próprio para alevins (vendem-se nas lojas do ramo) nas primeiras semanas.

 

6. Como alimentar peixes de fundo?

R. Existe uma grande variedade de rações próprias para estes tipos de peixes: as famosas pastilhas. Forneça estas rações ao apagar as luzes, já que grande parte dos peixes de fundo tem hábitos noturnos e evitará que os demais peixes as comam.

 

7. É verdade que peixes comem tanto, que podem até morrer por isso?

R. Mito. Com excepção de peixes propriamente gulosos como os Kinguios, Bettas, entre outros, grande parte dos peixes chegará a uma determinada altura em que saberá pausar a alimentação.

 

8. Os meus peixes não comem, o que poderá ter acontecido?

R. Os peixes recém inseridos no aquário poderão levar certo tempo até se habituarem a seu novo lar, variando muito de espécie para espécie. Exemplares Selvagens (capturados na natureza) tendem a ser mais chatos para se alimentarem, pois não sabem o que é ração e, muito menos, viver confinados em pequenos aquários (em relação à natureza).

 

9. O meu peixe estava a alimentar-se e parou, o que pode ser?

R. A falta de apetite, muitas vezes, é associada a alguma doença, stress, ou alimentação indevida para a espécie. Atente a detalhes no peixe e nos seus hábitos, para ver se alguma coisa está errada, e reveja os parâmetros da sua água, que poderão estar a causar este problema.

 

10. Como manter a qualidade da ração?

R. Tenha atenção a embalagens transparentes e a embalagens que não podem ser bem fechadas depois de abertas, já que o a luz e o ar destroem o seu teor nutritivo. Depois de aberto a embalagem, a ração deverá ser usada no prazo máximo de três meses, em média.

 

11. A alimentação influencia a coloração das fezes dos peixes?

R. Sim. Tenha sempre atenção à coloração da suas fezes. Normalmente deverão ter cores variadas, como vermelho, preto, castanho ou verde, de acordo com o tipo de ração fornecida.

 

 

 

Adaptado de: http://www.forumaquario.com.br/

 

PODEM, TAMBÉM, VER O TÓPICO NO MEU BLOG, AQUI!

 

Espero ter ajudado a complementar esta maravilha de fórum!

 

:P

Editado por William
Publicado:

Quando retiramos um conteudo da NET temos que dizer sempre de onde é retirado devido aos direitos de autor.

Outro artigo bastante interessante,não digo se mais completo ou não é o da Marta Silva que está na secção viviparos

http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=78408

 

Bastante interessante também e que podia complementar o teu :P

Este tópico tem mais de 6 meses de antiguidade... Se fizer sentido, por favor considere criar um novo tópico em vez de reactivar este. Obrigado!

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