Sem intuito de rudeza para quem defende a não intervenção com a natureza,
Nós não estamos a inventar nada. Mutações espontâneas, híbridos e transgénicos, todos eles existem na natureza. Não só acho que podemos, como em certas situações devemos brincar com a genética. Utilizando uma expressão forte para ser bastante claro, temos essa obrigação. O que somos está no nossos ácidos nucléicos (não digo genes por já ninguém saber muito bem o que é um gene) e a nossa natureza é a compreensão. Sem experimentação nunca conseguiremos compreender. Claro está estarmos a lidar com um mecanismo de extrema complexidade: ao alterar uma linha de código (expreção informática) desencadeamos n alterações para além daquela que fitávamos (e diga-se de passagem que, ao contrário do que muita gente pensa, um organismo evolui muito mais rápido por selecção artificial do que por adição de genes devido a questões de linkage, enquanto a adição de um gene é apenas o que é).
Não quero com isto descurar o dito acerca de variedades "toscas" como o peixe papagaio, ao qual não acho particular beleza, mas há outros animais com variedades completamente aberrantes criadas pelo homem. É uma discussão ética/estética que, com toda abertura, irei continuar caso hajam interessados (quero salientar que sou contra a pintura dos bichos).
Outro pequeno pormenor,
O aquariofilista é aquele que procura a beleza do aquário e sendo que o sentido estético varia, cada um gosta do que gosta. O aquariologista, esse sim, é aquele que procura perceber o microsistema que possui na sala e a forma de o tornar o mais viável possível. Aqueles que tentam recriar ao máximo um específico ecossistema encontram-se algures entre os dois mundo.
cumprimentos,
Tiago Navarro