Miguel Figueiredo

Membro
  • #Conteúdo

    498
  • Registado Em

  • Última Visita

  • Days Won

    1
  • Country

    Portugal

Tudo publicado por Miguel Figueiredo

  1. Susana, então o pretendido é um elemento decorativo, uma fonte ou cascata de água, como os usados centros comerciais ou nos jardins públicos. Sabes o que fazem nesses casos: tratam a água com químicos para que se mantenha sempre transparente. Fica estéril, se lá colocares um peixe morre. De facto, se quiseres as duas coisas - seres vivos e efeitos decorativos na água (cascatas, repuxos, etc) terás que sobredimensionar as bombas e a filtragem e ter uma manutenção frequente. É que estes elementos entopem facilmente. Já vi isso acontecer em muitas instalações, após poucos meses as cascatas, fontes e repuxos já não estão a funcionar. Por isso esterilizam a água nos CCs e companhia. Mas experimenta, cada caso é um caso. Miguel
  2. Um dos principais mitos da aquariofilia e um dos mais comuns entre os principantes é que é importante controlar o pH. Eu costumo escandalizar estes principiantes dizendo que o pH do aquário é das coisas com que não se devem preocupar e que não o devem tentar alterar. Admito que este não é conceito muito popular entre os comerciantes, habituados a impingir testes de pH e químicos para o alterar, entre as primeiras coisas que vendem aos novatos. De facto, um teste de nitritos é mil vezes mais útil porque nos permite conhecer a qualidade da água. Existem, é claro, muitos milhares de espécies de peixes, para certas especies de águas negras (como discus e alguns caracideos) ou para ciclideos do Tanganiyka, deve-se ter algum cuidado: não manter peixes de águas muito ácidas se a água for dura ou não manter peixes de águas muito duras e a água for ácida. Excepto nestes casos e no tempo de adaptação inicial à água do aquário, o pH não nos deverá preocupar. Um exemplo disso é o meu lago de jardim. A água, nos últimos anos, tem rondado os 10.7 de pH, a tal ponto que eu pensava que os test kits estavam detriorados. Foi só no ano passado, quando finalmente arranjei um medidor elétrico de pH que tive de me render à realidade: tenho um hiper PH no lago. Porque é que o tenho é um mistério, o lago não tem elementos alcalinos, portanto culpo o terreno que drena para o lago. Provavelmente despejaram algum do entulho da construção da casa nesse terreno, incluindo talvez até cal. Inicialmente este valor de PH assustou-me, depois ponderei no assunto: ao longo dos anos tenho reproduzido inúmeros peixes no lago, incluindo killies, peixes arco-iris, cilideos africanos e americanos, viviparos, etc, etc. Tenho mesmo exemplares, como os Gymnogeophagus australis, com seis anos de idade. Além disso, as plantas proliferam, incluindo vallisnerias, sagitarias, nenúfares, salvinia, elodea, myriophillum, etc. Portanto parece não ser assim tão mau ter um pH de quase 11. Quer plantas quer animais, espantosamente, aceitam-no. Dado que é realmente um valor excepcional (nunca ouvi falar de ninguém que tivesse um pH tão alto), acabei por tomar medidas para o fazer descer: mergulhei no lago alguns troncos de árvore. Assim vou aproveitando para os curar enquanto os ácidos resultantes reduzem o pH. Atualmente tenho um pH de 9.8 e estou bastante satisfeito, é um valor mais civilizado, provavelmente terá menos impacto sobre o organismo dos peixes. A principal consequencia, porém, é que já não preciso de dispender um dia inteiro nas adaptações à água, em peixes que tiro ou que coloco no lago. Como brevemente irei colocar o povoamento de verão, isto dá jeito. O pH do meu lago de jardim constitui assim um exemplo de que a maioria das espécies de peixes pode viver, reproduzir e crescer em valores extremos, desde que a qualidade da água seja mantida. Esse facto foi surpreendente, mesmo para mim. O pH não é realmente importante, excepto para determinadas espécies, bem identificadas. Um dia destes ainda coloco um discus no lago, quem sabe não se dará bem Miguel
  3. Precisas de uma boa camada de plantas aquáticas para te protegeres de problemas como a contaminação com fertilizantes ou os estoiros de algas. Recomento-te forrares completamente o fundo com uma planta como a vallisneria ou a sagitaria. Miguel
  4. Se for realmente pretendido manter um verdadeiro lago então nada de bombas ou outros equipamentos eletricos - um lago não é um aquário mas sim um meio tendencialmente natural. De facto, alguns autores consideram os lago de jardim como parte integrante de um biótipo importante no nosso país: o dos charcos. Ver o tópico: http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=163101 Essa tal "enorme praga de lodo no fundo" biologicamente até pode ser benéfica. Muitas plantas adaptadas a biótipos de charcos, em particular os nénufares, apreciam especialmente um fundo lodoso. Em termos gerais, pelas fotos, o lago não me parece mal, discordo apenas do povoamento com pimpões. Provavelmente poderia ser mais útil e muito mais adequado ao Museu de História Natural um povoamento com espécies ameaçadas, contribuindo assim para manter essas populações. Um exemplo são os Aphanius. Miguel
  5. Alguns detalhes sobre a minha recente viagem de coleta à Florida: Na zona de Miami os locais de coleta podiam ser encontrados dentro da própria cidade: Noutras regiões mais selvagens, como nos Everglades, a coleta era feita a poucas dezenas de metros de residentes com aspeto pouco recomendável: Em plena coleta: Os peixes coletados nativos (os outros não nos interessavam) incluiam a Molly latipinna da Florida: O peixe mais comum era a G.(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b], semelhante à que se encontra em Portugal mas, na Florida, são frequentemente malhadas de negro: Como não podia deixar de ser, visitámos também algumas fish farms, esta região é uma das principais produtoras do mundo de peixes tropicais. Curiosamente, as fish farms da Florida criam os peixes em caixões! Como os terrenos são muito alagadiços, os cemitérios usam urnas de betão estanques: os caixões de madeira são enterrados dentro dessas urnas de betão. Os criadores descobriram que estas urnas, por serem estanques, dão também muito jeito para criar peixes: As fish farms criavam de tudo um pouco, incluindo: Carpas Koi: Ciclideos Africanos: Visitámos também uma quinta de plantas aquáticas: Mais fotos, videos e dados sobre a expedição podem ser consultados em: Viagem de coleta à Florida Miguel
  6. Viva, Além de ponto de passagem obrigatório para quem aprecia quer vivíparos quer a aquariofilia em geral, este evento tem também alguns aspectos práticos interessantes: 1- É uma oportunidade para aquisição de aquários novos de 40x 30x25 cm e qualidade Scalare por apenas 10 Euros, bastando para isso expôr vivíparos. 2- É uma forma de, provavelmente pela primeira vez, ver ao vivo alguns interessantes vivíparos, incluindo espécies selvagens. 3- Permite o contacto com os principais entusiastas nacionais nestes peixes, incluindo, por exemplo, o Miguel Andrade, coordenador do ViP e prestigiado membro de associações internacionais como o GWG - Goodeids Working Group. Na verdade, muitos aquariofilistas têm uma ideia incorreta do que são os vivíparos, associando-os aos inúmeros exemplares ultra-selecionados de guppies, espadas ou mollies que aparecem no mercado. Porém esses espécimens, frequentemente adulterados pela selecção artificial, não representam devidamente as características especiais e a espantosa biodiversidade dos vivíparos. Por exemplo, as longas caudas selecionadas dos fancy guppies, dificultam-lhes a natação, na natureza não conseguiriam fugir aos predadores e perderiam na perseguição às fêmeas, onde a rapidez é um importante factor. Vejamos o bailado de um vivíparo não selecionado, a Micropoecilia picta, perante uma fêmea: Se selecionassemos o macho Micropoecilia picta para apresentar também uma cauda longa jamais conseguiriamos assistir a esta espantosa coreografia. O grupo ViP consta em: http://www.viviparos.org Os interessados por estes peixes são muito bem-vindos. Miguel
  7. (Por qualquer motivo foram inseridos posts repetidos.)
  8. (Por qualquer motivo foram inseridos posts repetidos.)
  9. (Por qualquer motivo foram inseridos posts repetidos.)
  10. Isso não e um nano-lago 300 a 500 litros é apenas um micro-lago, ou mesmo um pequeno lago. Nano-lago é isto: É um vaso de 60 litros que eu uso para plantas aquáticas e peixes que gostem de pequenos espaços. como os peixes do paraiso. Descobri que estes vasos são particularmente uteis para nenufares e lotus, parece que foram feitos para isso, as plantas adoram! Em 300-500 litros deves plantar completamente o fundo de vallisnerias, a gigantea ficará demasido grande, arranja uma vallisneria mais pequena ou então sagitarias. É preferivel plantares as plantas em grandes tabuleiros, em vez de colocares o areão diretamente no fundo. Sim, é muito importante evitares longos periodos de sol direto, usa arbustos para fazer sombra ou uma das rede verdes semi-opacas que vendem nos centros de jardinagem. Com um lago já feito tens menos trabalho, é talvez a opção mais simples e mais segura. Um lago de tela talvez saia mais barato mas terás que te aventurar na construção. Miguel
  11. Olá, Foi recentemente criado o grupo ViP - Vivíparos Portugal, vocacionado para a divulgação de estirpes selvagens ou não excessivamente selecionadas de vivíparos - http://viviparos.org O site pode ser usado para, diretamente na URL, obter informação sobre viviparos- Por exemplo, para imediatamente se obter dados sobre a molly Poecilia velifera basta inserir a URL: viviparos.org?veli Nota: O ViP está a organizar o seu primeiro evento. Consulte o tópico: 1ª Exposição de viviparos do grupo ViP viviparos portugal Miguel
  12. Viva, A ideia é: colocarmos pequenos crustáceos no próprio aquário, separados por uma rede, esses crustáceos irão reproduzir-se. As crias, como são mais pequenas, irão atravessar a rede e serão comidas pelos peixes. Eu uso a espécie Hyalella azteca, um pequeno crustáceo que se reproduz como louco e que come tudo o que estiver ao seu alcance: bactérias, comida seca ou fresca, restos de plantas, etc, etc. De facto, quando alimento os peixes, dou-lhes sempre um pouco de comida seca ou restos de comida fresca, incluo também as folhas mortas das plantas: as azteca devoram-nas! A comida que coloco no topo da criadeira acaba com sair do outro lado.., sobre a forma de pequenas azteca que os peixes ADORAM. O sistema que uso é do mais simples que há, é uma garrafa de plástico adaptada, tal como descrevo no video abaixo: Miguel
  13. As mortes, infelizmente, podem ocorrer a seguir às TPA. Já uma vez matei quase um aquário inteiro de ciclideos africanos após uma TPA. Porque é que isto acontece? Bom, porque a água da torneira varia muito. Podem ter havido trabalhos nas condutas, podem ter sido colocadas doses adicionais de cloro (facilmente detectáveis quanto a água vem branca) ou outros elementos mais dificieis de detectar. como o boro. Como evitar isso? A resposta tradicional e mudar menos quantidades com mais frequencia. Mas não é uma resposta satisfatoria, por vezes precisamos mesmo de mudar grandes quantidades. Eu passei a usar um filtro de carvão activado à saida da torneira, nunca mais tive problemas e nunca mais precisei de usar anti-cloro Não nos podemos é esquecer de mudar os cartuchos, duas vezes por ano. Miguel
  14. Bom, cada vez que as plantas de um aquário começam a ficar esquisitas, ou pelo menos algumas delas, há um truque que geralmente resulta: Mudanças de água, mudanças de água, mudanças de água. Se for preciso faz mudanças de 50% dia sim dia não, durante pelo menos uma semana. No caso da Cuba, deves ter, é claro, bons niveis de CO2 e evitar as algas e o excesso de plantas de crescimento rápido. As cyanobacterias são mau sinal, mudanças de água valentes geralmente evitam-nas. Umas folhas de amendoeira da india também podem dar uma ajuda. Miguel
  15. Acredito que suporte o inverno, dado que estes peixes vivem na Turquia, mesmo no sul, as temperaturas não devem ser assim dão distintas das portuguesas. Miguel
  16. Elodea e C. demersum são ótimas. A elodea, ainda por cima, combate quimicamente as algas. Com mesmo muitas elodeas há muito poucas algas que se atrevam a aparecer. Eu diria que a elodea é uma das plantas mais uteis num lago. Claro que, ao fim de algum tempo, tornam-se demasiadas e temos que retirar os excedentes. Além disso, por vezes as elodeas têm tendencia a subir à superfice e fazem um rendilhado interminável... quanto as elodea começam a aparecer à superficie é sinal que estão a mais, enquanto se deixam estar lá bem no fundo são excelentes. Lembro-me de ver extensões intermináveis de elodeas encalhadas na margem, na Lagoa Azul, em S.Miguel, provavelmente todo o fundo da lagoa estará coberto dessa planta. Se calhar por isso é que a água desta lagoa é AZUL, ao contrário da lagoa vizinha, que é VERDE Plantas também excelentes para lagos de jardim são as Vallisnerias e as Sagitarias. Um fundo completamente coberto com Vallisnerias torna-se num filtro excepcional. Miguel
  17. Viva, Vallisneria gigantea, certamente. Miguel
  18. David, isso é quase como teres um manatim no lago. Em lagos até 20000 litros de capacidade eu não colocaria peixes superiores a 20 cm, se pretenderes uma manutenção natural, sem aparelhos electricos. As kois ficam realmente GRANDES com os anos, podem ultrapassar um metro. Ou seja, precisam de mesmo muito espaço, na minha opinião não são compatíveis com as dimensões da maior parte dos lagos de jardim. Claro que podes comprar na loja um koi minúsculo e colocá-lo num lago pequeno. E depois? É o mesmo que plantares um imbondeiro num vaso de manjericos... O imbondeiro ainda é capaz de se tornar num bonsai mas koi ficará simplesmente atrofiado, é mau para ele e é mau para o equilibrio do lago em que vive. Tens um milhão de outras opções de fauna para lagos mas se quiseres mesmo manter kois em espaços que não sejam realmente grandes, a presença de tanta biomassa animal obriga a uma filtragem artificial correspondente, à semelhança de um aquário. Poderás continuar a apostar nas plantas como ajuda biológica mas precisarás de as proteger fortemente desses monstros, com redes. Boas opções serão também plantas marginais bastante rijas, parcialmente submersas, como os juncos. Miguel
  19. É uma questão de opção. Num lago de manutenção natural não vais usar bombas mas, se quiseres ter elementos altamente decorativos como cascatas, então és obrigado a recorrer a elas, prescindindo de parte da sustentabilidade. Mas a não ser por exigencias decorativas, não precisas de oxigenar artificialmente a água. A superficie e, durante o dia, as plantas oxigenadoras, executam bem dessa tarefa. Deves ver a superficie do lago como o seu pulmão: se deixares as plantas flutuantes (incluindo nenufares) ocupar esse espaço então o lago deixará de "respirar", com más consequencias para os peixes. Além disso, se tiver um pulmão pequeno (ou seja, uma superficie pequena) então não irá respirar tão bem. Finalmente, deves ter atenção ao tipo de fauna que escolhes. Se optares por um grupo de carpas de meio metro em poucos milhares de litros dificilmente um lago de manutenção natural será suficiente, aí precisas mesmo de pensares no lago como um aquário ao ar livre: com oxigenação, com filtragem artificial, com alimentação para os peixes e talvez até com mudanças de água. Miguel
  20. Olá Marcio, Bom, pode-se dizer o mesmo das empresas que fabricam produtos para subir ou descer o Ph, dos "cycle starters", dos areões coloridos, dos navios afundados, dos produtos para matar caracois, das plantas artificiais e... de mais um milhão e meio de coisas que são usadas no hobby. Um lago não é um aquário, o lago é tendencialmente um biótipo natural. É até um biotipo relativamente frequente: por exemplo, a maioria das ribeiras ficam anualmente reduzidas a pequenos charcos, ao longo dos leitos, muitos deles mais pequenos que um lago de jardim. Ao recorrermos a equipamento eléctrico deixamos de ter um lago e passamos a ter um aquário ao ar livre... com mais trabalho, mais esforço de manutenção, mais custos. Sim, não faria sentido ter um lago se não conseguissemos ver os peixes. Num lago de manutenção natural consegue-se ver muito bem os peixes Esses estoiros de algas evitam-se forrando o fundo com vallisnerias, envolvendo as margens com plantas marginais e, em menor grau, recorrendo a peixes que comem algas. O aspecto da água do meu lago, numa filmagem que fiz de killies, o fim de semana passado: E debaixo de água, como podes ver, tem uma visibilidade muito razoável: Este é o aspecto da água quando está mais turva, no pico do verão: Não está cristalina mas os peixes e as plantas estão saudáveis, há bastantes criações e os alevins crescem três vezes mais depressa que em aquário. Num lago de manutenção natural peixes e plantas... sentem-se em casa. Miguel
  21. Bom, o conselho seria.... keine Filter Afinal ficas logo com o projeto quase feito, para aí uns 90% do teu esquema são filtros e bombas... Dá uma vista de olhos a http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=163101 Miguel
  22. O lago está fish mas a zona envolvente está um espetáculo. Miguel
  23. Viva, Isso é óptimo (ou "ótimo", como agora se diz, modernices), vai, por exemplo para os Aphanius - são killies euro-asiáticos, têm comportamento interessante, são bonitos e relativamente fáceis de reproduzir. Mas aconselho-te a manteres bastantes plantas. O aquário fica mais bonito, mais fácil de manter e os peixes apreciam. Os Aphanius mento machos ficam com este aspeto: Também podes manter alguns viviparos, como Phalocerus, eiseni, amecas e outros em aquários de água fria. Miguel
  24. Gervas: Há vários livros: diversos compêndios detalhados da flora ibérica incluem a Vallisneria spiralis e é também reportada no "Plantas de Aquário" de Paudo de Oliveira. Não colhemos vallisnerias no Cávado - não encontrámos a planta! Encontramos sim diversas plantas parecidas mas que não eram vallisnerias. Não sei que planta era essa - mas ainda se manteve alguns meses no meu aquário, depois desapareceu, talvez por falta de CO2, eu mantenho aquas low-tech. Formava zonas em "taça" muito bonitas. Estas "taças" chegavam a ter mais de um metro de altura. Miguel
  25. Viva, Há diversas plantas da flora portuguesa que são óptimas para aquário - assim como existem outras que, para minha desilusão, não se aguentam. Entre as plantas que se dão bem em aquário temos: Ceratophyllum demersum que se encontra um pouco por todo o país, embora não seja das mais comuns. É frequente, por exemplo, no Rio Ardila. Conheço duas variedades portuguesas desta especie - uma é um pouco mais rija que o habitual (será a C. submersum?) e é verde escuro, outra é alaranjada. Myriophyllum sp . - Existem varias espécies em Portugal, em geral, dão-se bem em aquário. Potamogeton crispus - Uma interesante planta castanha e ondulada. Só a encontrei uma vez em Portugal. Cresce bem em aquário mas não gosta de ser transportada, as suas belas folhas crispadas estragam-se facilmente. Potamogeton gayi - Planta bonita e densa, excelente para esconder crias de alevins. Algumas variedades não se dão bem, porém, encontrei uma estirpe num rio alentejano que mantive durante mais de 5 anos em aquário, retirando regularmente montes de plantas em excesso. Por outro lado, existem dezenas de espécies aquáticas que não se dão bem em aquário, entre elas há várias estirpes de Fontanalis antipyretica, incluindo a "gigantea" que encontrei em Montalegre. Finalmente, nos compêndios de plantas aquáticas portuguesas está reportada a existencia de Vallisnerias: é a Vallisneria spiralis var. "Portugalensis", porém, ando à mais de 10 anos à procura da planta, sem sucesso! Esta foi uma das minhas expedições, no Alto Cávado: http://galerias.escritacomluz.com/dbcm/monta2008 Encontrámos uma enorme quantidade de plantas aquáticas, incluíndo espantosas pradarias submersas: Este tipo sou eu, a olhar para um Potamogeton sp.: Resumindo, só aquilo que me interessava mesmo, ou seja, a Vallisneria, é que não encontrámos Miguel