JoseCarlosMarques

Membro
  • #Conteúdo

    4906
  • Registado Em

  • Última Visita

  • Days Won

    202
  • Country

    Portugal

Tudo publicado por JoseCarlosMarques

  1. Melhor conselho é impossível.
  2. Acredito mesmo que sim! Tudo depende agora das tuas pretenções e do que estás disposto a gastar...
  3. Continuo a dizer que é incrível aquilo que consegues fazer num tanque tão pequeno. Às vezes achamos que maior é que é melhor mas afinal quem tem mãozinhas, consegue fazer coisas muito bonitas em qualquer tipo de tanque. É preciso é ter imaginação, e tu tens que chegue e sobre. Fico muito curioso para ver o que um dia mais tarde, se assim te propuseres a isso, poderás fazer com tanto talento e equipamento mais "sofisticado".
  4. Alguns de vocês vão estranhar o tempo que demorei a concluir este projeto, mas há uma boa razão para isso e eu vou tentar explica-la. As coisas começaram a ser planeadas entre Abril e Maio passados... nessa altura o meu aquário começou a dar mostras de um substrato esgotado, e como já andava com ideias de substituir o meu antigo móvel (também ele construído por mim, e já sem grandes hipóteses de ser melhorado), aproveitei a oportunidade e planeei as coisas da seguinte forma: primeiro construía o móvel, depois esvaziava o aquário, a seguir trocava de substrato e pelo caminho ainda arranjava maneira de reformular o hardscape. Perfeito! O meu conhecimento em Carpintaria é básico e as ferramentas que tenho por casa não são tantas quanto isso, mas na minha cabeça o importante era planear bem as coisas e tinha a certeza que, procurando bem, iria encontrar na Internet um modelo que servisse as minhas necessidades e que eu pudesse recriar com relativa facilidade. Enquanto isso a fauna esperava dentro do aquário, que foi praticamente colocado em “stand by”, com limpezas de filtro básicas, reposição de água evaporada, baixa luz, alimentação diária e pouco mais. Continua assim até aos dias de hoje. Não demorou muito até a escolha recair num design estilo ADA por fora, mas com algumas alterações por dentro – fruto da habituação que vinha do meu móvel anterior. Decidi também optar por fazer uma coisa mais permanente e mais resistente, e como era meu intuito vir um dia a trocar o 80x30x40 por um 90x40x40, foram estas últimas medidas que usei para arrancar com o projeto numa visita à Maxmat, onde as madeiras foram todas cortadas à medida. Por esta altura lembro-me de andar com uma dor muscular nas costas, e de ter pedido à minha namorada para me ajudar com o transporte, mas a coisa não parecia grave e quando cheguei a casa meti mãos à obra e consegui num instante chegar à estrutura básica. Não era bem isto que tinha... apenas as traves de dentro, sem o revestimento e sem os "L's" nos cantos (que lhe dão muito mais estabilidade), mas julgo que dá para perceber. A este ponto demorei depois uns 2 meses a chegar, e vou então explicar-vos porquê. A tal dor nas costas foi-se intensificando, alastrou-se a braços e pernas e chegou o dia em que não consegui sequer sair da cama sem ajuda. Tinha ido a um primeiro médico de Clínica Geral, que me deu umas pomadas e me mandou fazer umas análises (tudo estava bem, segundo ele), e nessa altura já tinha passado para outro médico que me receitou exames mais específicos e me pré-diagnosticou uma doença auto-imune: DERMATOMIOSITE. Um palavrão de todo o tamanho que basicamente representa uma doença auto-inflamatória que ataca todos os músculos do corpo como bem lhe apetece. Hoje acordo com dores nas pernas, amanhã nos braços, depois na lombar... sempre sem avisar onde vai atacar a seguir e com que intensidade. Claro que a construção do móvel ficou para segundo plano, como ficou o aquário (que entretanto pensei desmontar), o emprego, os amigos, as saídas de casa... a minha vida passou a fazer-se quase entre a cama, o sofá e os hospitais privados onde deixei uma bela pipa de massa (valeu-me o seguro de saúde que tinha... só posso imaginar aquilo por que passam os pobres coitados que precisam e não têm dinheiro para procurar médicos fora do SNS). O próximo passo passava por ser admitido num hospital central, porque a partir desse pré-diagnóstico teria que fazer exames mais complicados para confirmar a doença e começar a ser medicado correctamente com coisas estranhas que só existem nos hospitais públicos. E enquanto esperava por isso olhei para o móvel e fiz dele uma espécie de objectivo que tinha a todo o custo que superar. Podia até nem acabá-lo (na altura não sabia mesmo o que me ia acontecer), mas tinha que tentar, por mim e pelas pessoas que se mantiveram ao meu lado desde que tudo isto começou. Houveram dias em que consegui apertar 2 parafusos... outros em que consegui apertar 20... dias em que consegui revestir mais um lado do móvel... dias em que não consegui fazer mesmo nada. Mas a coisa ia andando, como eu, e lá para finais de Agosto, com uma mudança na medicação, as dores acalmaram bastante e eu consegui voltar a fazer coisas que já não fazia há bastante tempo. Nessa altura, também a construção do móvel avançou bastante. Passou pela fase que mostrava a primeira imagem, depois incluí a barra de cima, montei-lhe umas prateleiras, fiz os buracos para passar os tubos e cabos elétricos, ainda lhe adicionei uma prateleira meia escondida (para guardar aquelas coisas que uso menos) e pus massa em todos os parafusos. Fui finalmente chamado para ser internado no Hospital de São João, onde passei duas semanas a fazer exames que não desejo ao meu pior inimigo, e deixei o móvel a "secar" num pátio exterior coberto. Voltei para casa com a confirmação da Dermatomiosite e de Lúpus. A Lúpus é muito semelhante à Dermatomiosite, mas ataca as articulações. As duas juntas fazem portanto um belo par. Claro que podem existir outras complicações, mas prefiro não menciona-las... as doenças estavam diagnosticadas e era tempo de me restabelecer. Voltando novamente ao móvel, não foi muito agradável aquilo que encontrei. Um dos cantos apanhou alguma humidade e o revestimento inchou, mas como por dentro a coisa ainda me parecia bem, arranjei maneira de o lixar até a medida anterior, e não pensei mais nisso. Estava a recuperar de duas semanas terríveis e não ia deixar que aquilo me abrandasse o andamento. Cortei portas à medida, lixei toda a massa em excesso e dei-lhe a primeira mão de primário. A maneira como montei o móvel não me permitia usar aquelas dobradiças mais recentes, mas fiz uma pesquisa rápida na Internet e, para que as dobradiças tradicionais não ficassem inteiramente visíveis, encontrei esta solução. Elas ficam embutidas na porta (como nas imagens do meio), e o resultado é muito subtil (como nesta imagem final). Verdade seja dita que entre tapar os buracos com massa e esta última fotografia, muitas vezes tive que lixar este móvel. E se por fora a coisa até se faz de forma relativamente fácil, por dentro, com prateleiras já montadas e todos aqueles cantos e recantos já não posso dizer o mesmo. Foram semanas a lixar, dar primário, lixar, dar a segunda mão de primário, lixar, pôr massa no que não ficou direito, lixar, dar mais uma camada de primário, lixar com água para alisar... eu sei lá quantas vezes lixei cada canto deste móvel. Só sei que cheguei a um ponto em que já estava farto de encher a casa de pó, e então chegou a altura de começar finalmente a pintar. Pensei em optar pela cor branca, mas o preto fosco esconde muito melhor as imperfeições. Eheh. Depois foi só encaixar pormenores. A colocação das portas com as dobradiças que mostrei atrás, já também pintadas. Fechaduras magnéticas. Aqueles Passa-Fios que se usam nas secretárias, e que encaixaram perfeitamente nos buracos que tinha feito nas laterais do móvel (ajudam a que o roçar das mangueiras não danifiquem a madeira). A tal prateleira escondida, que tinha tirado para lixar o móvel e resolvi coloca-la novamente apenas depois de a pintar. E o início da colocação dos apetrechos... ganchos nas portas, extensão elétrica presa numa das traves do móvel, panos de limpeza de vidros (um deles vai ser trocado por uma toalha... foi só para a fotografia), e tapetes para não estragar a pintura. Sim... depois de tanto trabalho, não vou riscar a pintura! Portas fechadas e projeto concluído - sete longos meses depois. Devem ter reparado que pelo meio de todo este relato parei de falar tanto das minhas limitações, certo? Eu também senti o mesmo enquanto caminhava para a conclusão do móvel. É estranho... por um lado as dores continuam presentes (até porque a medicação ainda não está acertada), mas consegui quase voltar à minha vida normal e já não me queixo tanto de nada. Não quero com isto dizer que foi a construção do móvel que me ajudou na recuperação física, mas a verdade é que a mesma me ajudou a distrair-me da doença, porque significou um objectivo a que me propus (entre outros) e que fui vendo evoluir pela persistência que lhe apliquei. No fundo acabou por ser uma personificação dos meus últimos meses... as duvidas entre sair ou ficar na cama; entre avançar ou não perante as dificuldades; entre tomar ou não decisões mais difíceis; entre baixar os braços ou continuar a fazer o que gosto. Porque a capacidade de fazer as coisas continua cá... só as faço mais devagar. Acabei por falar mais da experiência por que estou a passar do que propriamente da construção do móvel. Peço desculpa por isso. Concluí uma jornada, e quis mesmo partilha-la convosco... a Aquariofilia pode ser muito técnica, sim, mas também pode fazer parte destas histórias paralelas e ajudar-nos a avançar. Prometo que responderei a todas as dúvidas que tenham sobre cada fase e cada escolha que fiz durante a construção do móvel. Em relação à doença julgo não ter mais nada a dizer. E por agora não vos chateio mais 🙂 .
  5. Exactamente o que eu uso. Arranjei uns de borracha que funcionam na perfeição. E quando preciso equilibrar alguma coisa, em vez de um uso dois sobrepostos. No início é mais chato regular o móvel, mas uma vez no sitio, não se correm riscos desnecessários. A única coisa que te pode acontecer é a borracha ceder um bocadinho e precisares de 3 em vez de 2, em alguns sítios.
  6. A brincar, a brincar... isso é uma coisa que me preocupa, cá em casa. O pé direito é bastante alto, e as divisões são espaçosas, mas algumas paredes são de madeira e estuque, e não sei até que ponto ter um aquário aberto pode ou não afectar a integridade das mesmas. De qualquer maneira, também é coisa que não quero muito discutir. Esta casa sempre teve humidade, portanto não será um aquário a mudar muita coisa!
  7. Pois... és capaz de ter razão nesse ponto. Mas no resto mantenho o que disse 🙂 .
  8. Pois... a minha escolha passa pelo tamanho que eles têm. Um cardume de 30 ou 40 a passear pelo aquário deve ficar muito interessante.
  9. Seria conveniente, para podermos estudar alguma situação em que o dinheiro gasto no desumidificador pudesse ter sido aplicado na compra de mais um aquário. Eheh. Não foi por isso que perguntei... pensei que tivesse alguma cosia haver com os tanques e o facto de terem ou não terem tampa.
  10. É preciso ter um segundo aquário para fazer quarentena... principalmente nesta altura do ano, em que não chega ter um recipiente qualquer. Mas percebo o que dizes, até porque a perca foi grande. Por acaso nunca me aconteceu, mas costumo comprar os meus animais sempre nos mesmos dois sítios. Espero que seja por isso e não por sorte. E olha... melhor sorte para ti na próxima vez.
  11. Não sei... podes ir por aí, claro, mas isso seria uma coisa a ter sido pensada no inicio. Primeiro a estrutura, depois a cobertura. Eu acho que a tua estrutura aguenta o peso. A minha única duvida é a oscilação do móvel.
  12. Vamos lá falar a sério, então... o MDF de 16mm é resistente... muito mais do que aparenta. Com aquela divisória ao meio, o móvel terá resistência suficiente para suportar o peso do aquário, que é de 160 litros, e não 300. As medidas apresentadas são para o armário, não para o tanque. De qualquer forma, e se a ideia é ter uma coisa que dure mais algum tempo, eu optava por colocar alguns "L's" em todos os cantos que conseguisse. Não para dar resistência ao móvel, mas para evitar que ele pudesse oscilar. Essas oscilações com o aquário em cima é que podem provocar algum ponto de quebra. Se o móvel se mantiver quieto e o peso for distribuído na vertical, não há problema algum. Outra coisa... o Luís fala em pintar o móvel depois do primário. A tinta deve ser muito bem escolhida, e devem ser dadas no mínimo umas 3 camadas a "fechar" todos os cantos e todas as frinchas, de forma a selar muito bem o MDF. Basta haver uma entrada de humidade no MDF para dar cabo de toda a integridade da estrutura. Por último... os pés reguláveis são muito jeitosos, mas na prática estão a tirar estabilidade ao móvel. De uma base de 100x40 cm, vais passar para 4, 6 ou 8 pés, dependendo do que optes por utilizar. Não será melhor usar na mesma a base maior e colocar umas cunhas? Não é tão fácil de fazer, nem fica tão bonito, mas é mais estável. Só para teres um termo de comparação, é a mesma coisa que teres uma cadeira ou um paralelepípedo assente no chão. Qual tem mais estabilidade? Já para não falar que os pés têm que ser também eles selados, e que podem corroer a madeira... s\ao só dores de cabeça que podes ultrapassar com umas borrachas daquelas de nivelamento compradas na Loja China. 75 cêntimos!
  13. Ah... ok. Aqui já se vê mais qualquer coisa. Mania de dividir os aquários por posts e misturar imagens de uns e outros nas fotografias... Diz-me cá uma coisa... esses Tetras Ambar... como se comportam? Estou a preparar um aquário novo... espero ter novidades em breve... mas já ando a escolher os peixes e estava inclinado para essa espécie.
  14. Então e ficamos assim? Não mostras as algas? E porquê o desumidificador? Foste muito vago... vamos lá fazer um post de jeito! Com fotografias!!!!!
  15. Estava a brincar contigo rapaz 😉 . Já não te "via" há muito tempo!
  16. Mais uma vez a exagerar, João! 300 litros de capacidade... tens que descontar as rochas, os troncos, o substrato... ou somar... porra... acho que nem o meu soalho aguentava tanto peso. Mas o design do Luís está perfeito! Não tem nada com que se preocupar. Mete o aquário lá em cima e depois diz aqui ao pessoal como correu, Luís!
  17. Que trabalheira, João! Eu abro o saco logo que ele chega a casa e despejo tudo para dentro do tanque.
  18. Não sei. Não tenho presente as recomendações da marca. Mas lembro-me que no meu aquário usava 7 doses por semana, sendo que também tirava meia quantidade de água todos os sábados. O meu aquário tinha 100 litros... fazendo as contas, acho que podes estar a usar fertilizante de mais, sim. Mas pior julgo ter sido esse aumento drástico de 1 para 3 doses, assim de um momento para o outro.
  19. Isso realmente demorou a ficar meio pronto... irra... e eu que pensava que o meu móvel tinha demorado muito tempo a fazer. Eheh.
  20. Devagarinho, e com muita calma! Mudanças subtis e espera de resultados. Outra coisa que acho que devias fazer era reduzir a dosagem do fertilizante... mas uma coisa de cada vez.
  21. Mudanças de água regulares, João. São o melhor amigo contra as algas. Depois há alguns truques, como não fazer tantas mudanças e tão drásticas, que é o que tens feito… principalmente sem lhes dar tempo para ver como reage o teu sistema. Já agora… 3 ou 4 Otos ou Amanos não são o suficiente para que eles se sintam suficientemente à vontade para fazer o trabalho deles… no mínimo 6 de cada. Ah… e há uma “poção mágica” que te recomendo… Seachem Excel. Há quem lhe chame CO2 líquido, mas aquilo de CO2 não tem grande coisa. Não te sei falar ao pormenor sobre o produto, mas não abdico de meia tampa diária no meu tanque. Obra disso ou não, nunca tive mais que umas algas verdes nas rochas…
  22. É a aproximação do Natal.
  23. 20€ para iluminar um aquário de 200 litros!?!?!? pffff
  24. Não é escuro... é contra-luz. Com uma boa fotografia resolve-se.
  25. Eu pensei que o tronco e as pedras que mostraste fossem só o inicio. Com um tronquinho e umas rochas desse tamanho, isso não vai longe. Ou estás a boicotar o projecto desde o início para não te arrependeres de não teres comprado um aquário novo?