Olá
Quanto ao "limpa vidros", já está tudo esclarecido .
Podes ler este artigo que saquei na Era dos Aquários, generalista e com alguns aspectos discutiveis, mas que dá uma ideia bastante boa de todas as primeiras duvidas. Enjoy
Introdução
Cascudos ou Acaris,são peixes que possuem boca em forma de ventosa,placas ósseas ao invés de escamas,capacidade de dilitar a pupila do globo ocular e cabeça achatada.
Vale lembrar que muitas vezes, Coridoras, Tamboatás e Dianemas ,podem serem encontradas nas lojas à venda com o nome de Cascudos,porem estes pertencem a Família Callichthyidae (Calictídeos),são parentes próximos dos Loricarídeos,porem as diferenças estão no formato da boca e na forma da distribuição das placas ósseas.
Pertencem à Família Loricariidae (Loricarídeos) e estão dividos nos seguintes Gêneros: Ancistrus,Hipostomus,Bariancistrus,Acanthicus,Hypancistrus,Leporacanthicus,Panaque,Pseudacanthicus,Peckoltia.
Ordem:Siluriformes e Classe Actinopterygii.
Atualmente há em torno de 450 espécies já reconhecidas e são a maior Família de peixes de fundo.
Possuem a origem no Continente Americano,porém são encontrados em maior abundância na América do Sul.
Infelizmente pela ação humana,hoje são encontrados em diversos países.
Seu Habitat
Habitam diversas regiões dos rios,mas geralmente são encontrados mais próximos onde as águas dos rios são mais correntes,o que proporciona maior nível de Oxigênio diluído,o qual os Cascudos necessitam bastante.
Se alimentam de folhas mortas,troncos, pequnenos vermes e etc.
Em Aquários
A principio, os Cascudos eram recomendados porque eles se alimentavam das algas que aparecem em aquários o que é errado mantê-los alimentados somente com algas e vamos abordar este assunto adiante.
Mas com a descobertas de novas especies e exoticas, esta' atraindo muitos admiradores desta espécie.
O importante para manter os Cascudos sadios é:
Um aquário com dimensões compatível à espécie que o aquarista pretende criar.
Vale lembrar que conforme a espécie,ficam enormes, podem passar dos 30 cm.
A decoração (layout),o aquarista deve fazer o maior número de tocas possível, utilizando troncos e pedras porque a maioria dos Cascudos são de hábitos noturnos e territoriais além de que também faz com que o peixe se sinta mais seguro.
Plantas,são muito bem-vindas,pois estas criam áreas com sombra assim fazendo com que os Cascudos dêem pequenos passeios à procura de alimento mesmo com as luzes acesas,porém, conforme a espécie de Cascudo pode acabar arrancado ou quebrando suas folhas devido ao tamanho e de seu modo de nadar. Boas opções são as Valisnerias,Higrophilas,Salvinia e etc.
Um exemplo de toca utilizando troncos:
A iluminação, recomendo abaixo de 1 W/L,porque possuindo uma forte iluminação, o Cascudo ficará a maior parte do tempo na toca e o que muitas vezes pode chegar a estressa-lo causando problemas futuramente.
Possuir o melhor sistema de filtragem possível.
Manter os parâmetros de água adequados à espécie.
E uma boa alimentação!
Alimentação
Muitos pensam que todos os Cascudos são algueiros, mas há espécies que apreciam dietas carnívoras, ou seja, vermes, insetos aquáticos e até pequenos peixes. Um exemplo: Hypancistrus zebra ou Cascudo Zebra Imperial.
O aquarista pode alimentá-los com rações industrializadas à base de vegetais ou spirulina (devem-se escolher rações que afundem rápido).
O aquarista pode e deve, também, fornecer alimentos que fazem parte da nossa alimentação, tais como: pepino, abóbora, batata, abobrinha, repolho e alface, pois são ricos em fibras, as quais eles necessitam bastante! Estes alimentos devem ser dados crus (o uso de espetinhos de churrasco ajuda bastante para a fixação dos alimentos citados no substrato do aquário). É importante retirar os restos no dia seguinte para que não danifiquem a água.
E recomendado a dar o alimento pouco antes de desligar as luzes do aquário.
Metodo de uso do espetinho de churrasco.
Material: 1 espetinho de churrasco de preferencia de metal ou que tenha um pouco de peso,pois assim evita que a(s) rodelas do alimento flutue.
1 barbante,recomendo o uso em caso de substrato de granulacao fina,pois assim evita que o cascudo ou outros peixes derrubem o espetinho.
1 clips, este servira' para sustentar o barbante.
No aquário fica assim:
A Compra
Quase todos os peixes, até chegar às mãos do aquarista, recebem maus tratos. Portanto, procure os exemplares que estejam fisicamente intactos, que tenham nado perfeito e, de preferência estejam um pouco barrigudinhos.
Sua introdução no aquário deve ser efetuada com cuidado (isso vale para todas as espécies de peixe), pois um choque térmico e mudanças bruscas nos parâmetros da água podem enfraquecê-los a ponto de chegar à morte.
Para evitar os choques, deve-se fazer a adaptação de temperatura: basta deixar o saquinho plástico boiando na água do aquário em torno de 30 minutos ou mais. Após as temperaturas se igualarem, a adaptação do animal ao novo parâmetro de água precisa ser feita com cuidado e devagar.
O procedimento: aos poucos, jogue água do aquário na água do saquinho. E às vezes, jogue um pouco da água do saquinho fora. Assim que tiver entrado um grande volume de água do aquário, no saquinho, retire o peixe com uma redinha e solte-o no aquário tomando cuidado para não jogar a água do saquinho no aquário.
A Questão do L-número
Geralmente, os Cascudos que ainda não tem um nome científico definido, usam a letra L=Loricariidae (Loricarídeos). Isto ocorre pois uma revista alemã sobre aquarismo (DATZ) resolveu catalogar os Cascudos da Amazônia, porém o uso desses nomes serve somente para codificar as espécies, tipo: local de origem, tamanho e manchas do corpo das espécies catalogadas.
Os Cascudos que usam LDA-número foram catalogados por outra revista alemã (Das Aquarium).
Resumindo: Os Cascudos que usam L e LDA, não foram descobertos por biólogos e sim pelas duas revistas citadas acima. As razões são: diferenciação e catalogação de espécies.
Reprodução
Dimorfismo: na maioria das espécies de cascudos, o dimorfismo sexual é muito difícil de se observar e é somente possível em exemplares adultos. Exemplo: Baryancistrus sp. L-018 ou Cascudo Pepita de Ouro, Tamanho Adulto: 30 cm, a fêmea é mais roliça e um pouco menor que o macho.
Após um casal estar bem adaptado no aquário, o macho vai levar a fêmea para a sua toca, onde ela irá depositar os ovos.
Apos a desova, o macho vai proteger a prole até a eclosão (recomenda-se a retirada da fêmea). A eclosão dos ovos ocorre depois de 5 a 7 dias, mas varia conforme a espécie e temperatura.
A alimentação dos alevinos deve ter inicio após o desaparecimento do saco vitelino e deve ser igual à dos pais, porém em proporções bem menores. Devem ser retirados os restos de alimentos para que não prejudique os parâmetros da água, pois os alevinos são muito mais frágeis em comparação aos adultos.
Texto: John Nakachima e Liza Kamei