Arquimedes

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  1. Já agora, em relação à ideia do UV da JBL reduzir mais o fluxo, penso que pode ter a ver com o facto de a água andar literalmente aos zigue-zagues lá dentro pra aumentar o tempo de exposição. Mas se a razão for só essa, o outro UV que mencionaste também faz a água andar aos zigue-zagues.

     

    A vantagem da powerhead é que em principio podes escolher o fluxo que te interessa de acordo com os teus objectivos: para matar parasitas o fluxo tem que ser muito mais lento que os teus 700 L/H, para a potência do UV que falaste.

     

    Dá uma olhada aqui e nas indicações do fabricante também.

     

    http://www.drsfostersmith.com/pic/article....tid=423&aid=440

     

    http://www.aquaristikshop.com/download/pdf...f/JBL_UV_GB.pdf

  2. Por peixes feios entende-se femeas? :wink: Eu acho as femeas dos Haps bonitas :lol:. Mas pronto, são gostos :lol:

     

    Eu entendo que em princípio deve-se aplicar a "regra" de só um peixe por género como um método de prevenção útil e que ainda que sem garantias de não haver hibridação, conforme pude comprovar recentemente com grande espanto.

     

    E também conheço ainda outras como evitar peixes com formatos e cores demasiados parecidos uma vez que também diminui a agressividade entre machos.

     

    Agora eu observo o comportamento dos peixes que tenho aqui (e cada peixe é um peixe, independentemente do género ou espécie) e tiro conclusões para o meu caso em particular.

     

    1 - Neste tempo, nunca vi interesse entre Red Empress e Steveni Eastern, nem por femeas nem por machos. Calculo que o que se passou entre o Red Empress e a Otopharynx me tenha escapado por ela ser muito jovem. Por outro ele é um macho que nem persegue a própria femea a não ser na hora H daí que não seja fácil saber-lhe as preferências com antecedência.

     

    2 - O Taiwan reef, reputado "boa boca" no que respeita a femeas, é uma paz de alma e nem por sombras o deixavam sequer ter pensamentos mais impuros. Tenho aqui 2 mais pequenos e se por acaso algum deles for femea, o mais certo é ter que sair.

     

    3 - Quem está a desestabilizar esta história é um Marginatus que se mete com as Steveni Eastern: vai sair.

     

    4- E ainda me resta o problema inesperado da femea Otopharynx ter engraçado com o Red Empress, e para este problema tenho esperança de resolução, quando os respectivos machos Otopharynx crescerem um pouco.

     

    5- Eu já tenho uma odisseia com estes peixes que me liga bastante a eles e a ideia de por alguns a mexer custa um bocado.

     

    Agora deixando o meu caso particular e partindo para o geral, Nelson, fiquei sem certeza de ter explicado bem a minha teoria: uma comunidade de 3 ou 4 protomelas machos de espécies diferentes com um líder destacado e com poucas hipótesesde ser destronado, por hipótese um Red Empress e outros protomelas menores. Então nesse caso só deveria haver fêmeas Red Empress uma vez que ninguém teria hipótese de acasalar sem ser esse macho. O que é que falha aqui? Quais as hipóteses de haver uma fêmea pronta para desovar e o macho dominante deixar outro qualquer acasalar com ela?

  3. Eu pra já mantenho o plano anterior e ainda lhes vou dar mais um tempo e fazer as alterações com calma. Primeiro, trocar o marginatus. Pra ganhar tempo enquanto não o troco, enchi-lhe o ninho que ele construiu com plantas. Já acalmou um bocado.

     

    Depois vou observando os resultados e tentando resolver cada situação à medida que for necessário.

     

    Mas se fosse a montar de novo uma comunidade ainda arriscava várias espécies de Protomelas, colocando femeas apenas para o macho dominante.

     

    Agora de certeza que não me lembrava que os Otopharynx se podiam misturar com um Red Empress 10 vezes mais pesado.

  4. Se for montagem, posso vos dizer que dá mais trabalho do que treinar os peixes. Se for montagem pra mim ainda é mais espantoso porque foi feito pelo melhor animador do mundo. Eu sei o que digo, porque nos últimos 9 meses só tenho animado peixes.

     

    Mas não me parece que seja. Há alturas em que se consegue ver a cauda dos da frente bater na cara dos detrás as refracções e as reflexóes no vidro ou acrílico estão muito boas, o camera tracking perfeito. Há minusculos movimentos que estão lá... e a Pixar precisou de 3 ou 4 anos com 300 a 400 pessoas pra fazer o Nemo.

  5. Já vi os fabricantes de UV's com outra teoria: que os UV's ajudam a criar resistência a doenças.

     

    Isto porque os UV's não esterilizam a água a 100%, ou seja, os peixes continuam a manter contacto com doses "homeopáticas" de bactérias, virus e parasitas que lhes permitem manter o sistema imunitário em funcionamento de uma forma mais segura.

     

    Mas não sei nada acerca de experiências controladas.

     

    No Brasil parece-me tar a haver um grande interesse por este tipo de equipamentos, talvez devido a eles terem começado a fabricá-los por lá a baixo custo.

  6. Falando em Copadichromis, tá-me a parecer que a próxima festa vai ser entre o casal Red Kadango. O azureus é mais pequeno que o Kadango e não tem hipóteses, acho.

     

    Quanto aos Protomelas, acho que vou por partes. A minha prioridade vai ser conseguir trocar o marginatus. Antes da próxima passagem por Lisboa vou colocar um post pra ver se o troco.

     

    Mas os steveni eastern e os red empress parece que não se misturam mesmo.

     

    Quanto aos otopharynx, talvez quando os 2 machos crescerem a femea esqueça o red empress.

  7. Obrigado pelas sugestões, são excelentes, todas elas. Talvez se tentar entrar numas trocas.

     

    No que respeita às Protomelas, o mais urgente seria retirar o marginatus. É o peixe mais agressivo que praqui anda (tem actualmente mais de metade do aquário pra ele) e rouba as femeas ao trio de steveni easten. Não tem havido demonstrações de interesse entre estas últimas, os red empress ou o taiwan reef. Tem havido entre os machos red empress e taiwan reef mas isso é outra história...

     

    O cop. azureus também não causa problemas.

     

    Os taiwan reef é melhor esperar pra ver... são peixes muito calmos e só se os 2 juvenis forem femeas e se interessarem por outros machos é que poderá haver problemas, o macho quer é paz e sopas e nah se mete com ninguém.

     

    O que eu não tava à espera foi do que aconteceu entre red empress e otopharynx. Parece-me que as femeas ligam mais ao tamanho do macho do que à espécie.

  8. Aqui vai a lista de peixes:

     

    - 2 Copadichromis borley red kadango (casal)

    - 1 Copadichromis azureus (macho)

    - 2 Protomelas taeneolatus red empress – (casal)

    - 3 Protomelas tawian ref. (1 Macho e 2 juvenis)

    - 1 Protomelas marginatus (macho)

    - 3 Protomelas steveni eastern (???) – (1 macho e 2 femeas)

    - 1 Protomelas sabe deus o quê (macho)

    - 3 Otopharynx lithobates (2 machos e 1 femea)

    - 2 Aulonocara baenchi benga (2 juvenis)

     

    Tá bem que tenho um problema aqui nos Protomelas... mas vale a pena mexer? Eles até se meteram com os Otopharynx.

     

    Até que ponto isto não é uma batalha perdida à partida? No que respeita a ciclídeos africanos aqui pelo Funchal o que aparece é sempre simplesmente “ciclídeos africanos”. E apesar destes peixes terem sido quase todos importados, pra falar a verdade eu nem tenho a certeza das espécies que tenho, devido a um acidente grave em que morreram alguns peixes. Já passei horas sem fim a tentar identificar alguns dos peixes que aqui tenho. Os nomes dos ciclídeos estão constantemente a ser revistos, muitas femeas são quase identicas... posso estar a ser derrotista mas parece-me que nah há grande volta a dar ao assunto.

     

    Eu parti de um pressuposto errado na composição da comunidade: se um peixe tiver alguém da sua espécie pra se reproduzir, nah se vai meter com outros. Vai, vai, porque aparentemente o que mais importa é o tamanho.

     

    Se houvesse pilulas pra peixes eu até usava, mas pra ter um aquário comunitário de um biótopo começo a achar complicado evitar estes cruzamentos. Em princípio Otopharynxs nah teriam muito a ver com Protomelas. Eu até já só tenho 1 espécie de Aulonocaras por causa destas histórias, mas tou a ver que nah é garantia nenhuma.

     

    Isto pra mim é um hobby e começa a ter um nível de exigência que do meu ponto de vista começa a se tornar complicado em diversos aspectos. Todo o processo de reprodução é extremamente interessante mas nesta altura do campeonato até prescindia dele por diversas razões: não gosto de me desfazer dos animais, não gosto de a ideia de os ver a comer a descendência e obviamente preferia que não houvesse híbridos. Pra amenizar a situação teria que investir mais tempo, espaço e dinheiro... e só a amenizava. Aquários só de machos? Eu até acho piada às femeas e parece-me que reduzem o nível de frustração global do aquário causado pelas hierarquias

     

    Porque mesmo na hipótese de arranjar um aquário de reprodução pra colocar casais ou trios e outro pra criação dos alevins (tou a evitar ter que fazer isso), isso não vai impedir que a hibridação continue. Eu coloquei há pouco tempo uma femea Copadichromis borley Red Kadango e foi ver 3 peixes de espécies bastante distintas atrás dela e o Copadichromis azureus não estava entre eles. Estes peixes hibridam com uma facilidade fora do comum.

     

    Já agora Nuno, fiquei interessado nessa história de repopulação dos ambientes originais a partir dos animais em cativeiro. Há alguns casos documentados na net? Onde foram buscar os animais? Eu sei que as coisas no Lago Vitoria estão mal paradas mas não me parece boa ideia passar a responsabilidade da preservação das espécies pró lado dos aquariofilistas, parece-me tarefa inglória, porque na prática não me parece simplesmente possível manter a pureza da espécie de uma forma tão pouco controlável. Parece-me mais viável que essa tarefa passe por programas governamentais, de ONG’s ou de entidades ligadas à protecção da natureza.

     

    Agora, se eu conseguir tratá-los decentemente, estes animais vão crescer... e João, o que faço com eles? Tanto quanto sei aqui na ilha estes peixes não são muito populares e os híbridos seriam uma má forma de os introduzir. Por outro lado nah saem de cá da ilha facilmente. Bom, tou a ver que vou ter que apelar prás contigências pra resolver a situação: em vez de fazer o que se deve, faz-se o que se pode.

     

    Voltando aos híbridos a atrevendo-me a mandar mais uma acha pra fogueira: alguém já leu um livro chamado “O gene egoísta”? Basicamente aquilo dá uma volta à teoria de Darwin, tornando do meu ponto de vista o conceito de espécie menos definido. Resumindo, a selecção natural faz-se ao nível mais baixo através dos genes e não das espécies. Os genes é que tentam se propagar e a luta acontece nesse nível, entre os genes. Segundo esse ponto de vista, a hibridação ao nível dos genes não existe, quanto muito pode copiar-se e sofrer mutações (corrijam-me se estiver errado). Deste ponto de vista o mais importante seria a preservação dos genes e não das espécies.

     

    Em relação aos F0, eu também sou avesso a eles pelas mesmas razões que tu, Nelson, mas na altura nem sabia que ia ter F0. Eu tenho alguns peixes que tiveram que reaprender a comer. E pra concluir também concordo que se os peixes nah fossem híbridos, nah tinha metade dos problemas que falei aqui.

  9. Bom, de qualquer forma isto fez-me ler um bocado mais acerca do problema da hibridação... e mexer nisto é como mexer num ninho de vespas.

     

    Quanto mais leio mais inclinado fico a pensar que estes peixes ou os seus descendentes dificilmente voltarão a entrar no Lago Malawi e por isso o maior problema que se poderia por... não se põe.

     

    Ainda mais estou numa ilha e só se algum destes hibridos sair com faculdades especiais de adaptação a água salgada é que haverá problemas.

     

    O mais certo será daqui a algum tempo passá-los a quem cuidar bem deles.

     

    Quanto à possibilidade de alguém os comprar ou aos seus descendentes pensando que são puros... prefiro essa ideia à ideia de eles não viverem. Da minha parte vão com informação de quem é o pai e a mãe.

     

    Este caso pra mim é uma batalha entre valores de direito à vida dos hibridos e entre a preservação das espécies para os aquariofilistas, não no Lago.

  10. Costuma-se dizer que os viajantes estão mais propensos a ter comportamentos promiscuos e a serem sexualmente mais aventureiros e o mesmo se deve passar com estes peixes quando viajam pra fora do lago deles.

     

    Alguém me diz como é possível não haver hibridação num aquário de haps???

     

    Uma meia leca de gente, 5 tostões de espinhas, duma otopharynx lithobates, minúscula, chegou aqui há 3 meses com centimetro e meio, levou uma vida desgraçada entre um museu, um aquário rebentado, caixas de esferovite e um lago e agora foi-se meter com o nº 2 do aquário, um Protomelas Taeneolatus Red Empress F0 (foto acima)??? Ela tem 2 machos da espécie dela!!!

     

    Eu não vi o acasalamento, mas bastou-me olhar pra cara do Red Empress pra saber o que ele tinha andado a fazer.

     

    Eu até tenho alguma vergonha de contar o que mais se passa neste aquário, mas posso adiantar que a partir de agora quando postar fotos dele, vai o nome Sodoma e Gomorra agarrado.

  11. Nuno: Já agora...

     

    Tu falaste num pico de Nitratos... isso não tem tendência a despoletar um boom de algas? Pergunto isso porque o meu aquário foi montado há menos de 2 meses e de repente: boom - água completamente verde.

     

    No entanto foi demasiado fácil ver-me livre das algas através de uma pequena alteração na iluminação (concentrei sobre um monte de vallisnerias e apaguei no resto do aquário) e 2 TPA's. Daí que faça a pergunta: um boom de algas pode fazer parte do ciclo?

  12. Bom, resumindo uma história longa, só tenho 1 alevim red empress que ficou algum tempo dentro da boca de uma mãe adoptiva (steveni eastern acho) e agora está numa maternidade tipo garrafão de 18 litros com 43 "irmãos de criação" que ainda por cima são híbridos. Tá meio abananado o rapaz e anda sempre longe dos outros e nah me parece muito bem de saúde.

     

    Ainda tenho esperança que hajam alguns red empress no aquário... e que com sorte possam sobreviver... nunca se sabe o que aconteceu antes de eu ver a mãe a cuspir 1.

  13. Isto também acaba sendo uma questão de gosto, porque os peixes são compatíveis.

     

    Eu actualmente teria preferido ter um aquário com menos Protomelas. Não teria os problemas de hibridação que tou tendo.

     

    Teria talvez um trio de Copadichromis borley Red Kadando, um trio de Protomelas Red Empress, um trio de ottopharynx e uma espécie de Aulonocaras.

     

    12 peixes enchem bem um aquário do meu ponto de vista, porque estão sempre visíveis e bem distribuídos. Vendo bem isto dá 132 tipos de interacções entre peixes :lol:

  14. De certeza? :lol:

     

    Eu tenho ideia de que desde que haja comida envolvida, os peixes adoram aquilo :lol:

     

    Agora, não sei até onde aquilo pode ir. No outro dia tava a ver cães a participar num campeonato em que tinham que passar por tuneis, saltar por cima de obstáculos, ziguezaguear por uma série de varas... e tinham que fazer aquilo no menor tempo possível e sem faltas.

     

    Os bichos adoravam aquilo! A alegria deles era inquestionável e a vontade de participar naquilo enorme :lol: Mas dava a ideia que faziam aquilo pra agradar aos donos também.

     

    Eu não sei até onde um peixe pode ir nesse aspecto. Não sei se realmente um peixe for habituado a truques mais competitivos, como o futebol em que luta contra adversários, ele conseguirá a certa altura esquecer o objectivo primário da recompensa em comida e passar a "gostar" de futebol subaquático.

  15. Oi Heimer!

     

    Fico contente por ter mais alguém pra trocar ideias acerca de haps :?:

     

    Um dos problemas que vejo em ter peixes de águas abertas de maiores dimensões é que fico com a sensação que o aquário não tem tamanho suficiente. Em 2 ou 3 segundos vão de uma ponta à outra. Quando se tem peixes mais pequenos fica-se mais com a ideia de que estão à vontade e menos enclausurados.

     

    Mas também não vejo problema em ter um aquário principalmente de peacocks de pequenas dimensões e ter um ou dois peixes maiores.

     

    Boa sorte :D