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Tudo publicado por Ricardo Gil
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Boas Quando olho para o aquario, sinto que falta cor. Na Moita, na parte posterior, podias mudar de Rotalas e puxar pelos laranjas ou mesmo vermelhos. Ficavas com um resultado muito interessante... O tapete com o verde vivo, o castanho do tronco e laranjas atrás, salpicado com os verdes e outros vermelhos... Na parte da frente, nesse buraco tens varias opções, dependendo tambem da cor que queiras... Outra sugestão que dava era na altura das moitas: Quem vê de frente, o lado esquerdo da moita podia baixar e o lado direito subir mais, mesmo quase até ao topo da coluna de água... Com o lado esquerdo tão alto, vê-se muito os caules e raizes e faz com que perca a suavidade do declive da moita... Gosto muito do aquário!!
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Boas Galante Tirava as Buces e as Anubias. Metia montecarlo com sp mini misturada e deixava-a crescer à solta até à areia... só cortava pra se verem as pedras! Buces e Anubias têm a folha grande podem chatear se não estiverem mesmo no plano frontal! Gosto da LaPlata. De longe a minha areia preferida...
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Grande iniciativa esta!!!!!! O Tozé um dia disse-me que andavam a pensar em fazer um evento deste género: "Olha lá, não era fixe arranjarmos uns aquários, depois meter uma malta a montá-los e levá-los para a PetFestival para as pessoas verem?" Depois de me certificar que ele não estava etilizado, como é óbvio, desmoralizei-o como um bom céptico consegue! Disse-lhe todas as coisas que são necessárias para demover um carnivoro a comer um bom bife mal passado! Duvido que eu tenha sido o único! Para espanto meu, lá íamos conversando e ele teimava em levar esta coisa para a frente! Acredito que toda a equipa teve um papel essencial em manter esta ideia de pé, e o que é certo, é que isto corria mesmo a hipótese de acontecer! Faltavam umas semanas, e lá me convenceu a participar, pensei que seríamos 2, ou no máximo 3! Confesso que sou um homem de pouca fé! De um momento para o outro, estávamos 11 e acredito que se fosse necessário, passaríamos a 14 ou a 15! O Ismael lá se safou 😂 e a verdade é que deu um gozo incrível! É por isso mesmo, que por gajos como eu, que isto nunca andará para a frente, e resta-me agradecer a TODA A EQUIPA do forum, e muito em especial ao Tozé, por meterem uma coisa destas para a frente! Faz falta quem arrisque, quem aposte, quem trabalhe, quem chateie quem está acomodado, quem procure, quem arranje soluções, quem perde tempo, quem acredita!!!! Hoje fica apenas a tristeza de mais gente não ir, de não aproveitar a oportunidade de passar um tempo especial em torno de um hobby que tanto gostamos! Para o ano, não serão apenas 2 ou 3 a arranjar malta para participar, mas sim 12 "gajos" com a responsabilidade de perpétuar este movimento. Parabens a todos Quanto ao aquário, que é o que menos interessa neste percurso, lá vai andando... O layout foi feito na manhã, e à noite, enquanto via o rescaldo do jogo na tv, metia água. Preferia não passar a noite em drystart. Assim, assunto resolvido. Tpas de 2 em 2 dias, no minimo de 50%. Fertilização apenas com K e com Micros. Nunca trabalhei com este substrato, e por isso não fazia ideia como é que ele se portava. Arranquei de casa em direção à Casa dos Discos para falar com o Nuno, e ele logo me explicou como fazer. Assim, se correr bem o mérito é nosso, se correr mal, a culpa é dele!!!!!! 😉 Ao fim de uns dias, lá começo a olhar com calma para o aquário e percebo a infeliz escolha da Bolbitis e o local onde a coloquei. Nova encomenda de plantas e assunto resolvido. Na próxima semana está corrigido. Entretanto a válvula solenoide deu o berro! Passei à porta da Zanclus do Fortunato e lá ele confirmou. Nem vou dizer quanto custou, mas a conta está por pagar em nome do Tozé! Ele é que me arrastou para isto, ele que a pague que tem bom corpinho! No domingo passado, água toda fora, mudei a areia para um tom mais escuro, acho que funcionou 😄 Venham de lá as criticas, que para dizer bem está cá a minha mulher. Um dos meus filhos também gostou... da Patrulha Pata, e o outro também gosta... de comer! Nome do aquário: O Zezinando não tinha onde ir, e por isso lá se fez à estrada e foi ás Amoras (Zezinando foi ás Amoras) Data de montagem: 07 Outubro 2018 Dimensões do aquário: 45x30x30 cm, 5mm Extra Claro da Ila Volume: 40 L Equipamentos: Filtro: Hailea bio filter cascata SL-306 Iluminação/Fotoperíodo: Twinstar light 300 C, 10 horas Sistema de CO2: Pressurizado, difusor NEO L (?) Substrato & Hardscape: Substrato: Aquaria Neo Soil, Areia fina castanha Hardscape: Ryuoh stone Aqua Gravel ADA Red moor wood Fertilização: Equo, FLorido K, Florido Trace Flora: 1x Micranthenum micranthemoides 2x Microsorum pteropus 'Petit' 2x Rotala species 'Vietnam' 2x Rotala rotundifolia 2x Michanthemum sp. 'Montecarlo' 1x Bolbitis heudelotii 1x Rotala Wallichi Já em andamento: 1x Rotala Rotundifolia 2x Anubia petit? nana? (Não me lembro) Fauna: 0
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Vi pela primeira vez este aquário agora... Que maravilha... gosto mesmo dele. Acho que faltaram coisas do lado esquerdo e tambem alguma coisa la de cor. Com isso resolvido subias mais uns 100 pelo menos. Adoro coisas simples, e este é maravilhosamente simples!!!!
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Eu também uso Equo. Uso o K7 e o Trace, mas há muita coisa no mercado disponível. São várias as marcas que disponibilizam em separado.
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Um aquário tão bonito com o drop todo sujo... lava isso pá! É impressão minha ou essas rotalas aí atrás já cresceram uns bons cms???? Se essa UG não meltar, guarda um bocado para mim que eu nunca consegui que ela vingasse 😞
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Boas Pedro "Nada mau para quem está a começar" AHAHAHAHAHAHAHAHA A malta só pode estar a gozar, não lhes ligues... 😋 Duvido que alguém que tenha estado contigo naquela sala no domingo, tenha feito uma coisa destas numa primeira aventura a serio no Aquascaping... Aceitar um desafio destes, ter material disponibilizado por outros, plantas escolhidas por outros e apresentar este resultado, meu amigo, estás mais do que parabens!!! Só posso deixar uma palavra de louvor e de parabéns! Foste dos poucos que preferiu arriscar e não ficar em casa a criticar que pouco se faz neste país. Acordaste cedo num dia em que a esmagadora maioria acorda para ir à casa de banho e volta para a cama. Não sei se conhecias muita gente que por lá andava, mas o facto de arriscares, também por isso, já te torna um "vencedor". Quando comecei no aquascaping não tive esta oportunidade que tiveste, nem tive as ajudas in loco como te proporcionaram. Por isso, segue também o meu louvor para o forum! Quanto ao aquário tens coisas que me agradam e outras nem tanto. Mas neste momento, é o que menos importa, porque daqui a 2 meses ele estará diferente daquilo que eu, tu ou qualquer outra pessoa imagina. Isso vai depender muito da capacidade que terás para ires cortando e plantando e de regular todas as variaveis (iluminação, fertilização, etc...). Não interessa muito quem te ajudou e se foi muito ou pouco. Desculpa a franqueza, mas isso foi o mais facil daquilo que te espera. A partir do momento que metes agua e ligas a luz é que começa o desafio a sério. Serão mais os erros que cometerás do que acertos, e é bom que erres muito! Estamos cá para irmos minimizando esse impacto negativo, mas no final, aquilo que aprendeste valerá muito mais do que a soma de todos os erros. Na PetFestival, olharás para o aquario e sentirás orgulho. Tu e nós! Quanto ás questões mais praticas que colocaste em cima, aquilo que posso dizer-te é coo eu estou a fazer: 1) Fertilização só com K e micros! Tudo o resto o substrato está a disponibilizar neste momento. Não é por meteres mais fertilizantes que as coisas vão correr mais depressa. Não percebi em cima se estás a utilizar CO2, e caso não estejas, tem atenção à luz. Eu tenho 3 bps e noto a diferença já em algumas plantas. Isto significa que a luz é forte o suficiente para arrancares bem, o que significa que se não tens CO2, ou diminuis o foto periodo ou levantas a calha ou fazes TPAs maiores... 2) Na primeira semana estou a fazer TPAs de 50% a cada 2 dias. Não quero arriscar! Nunca trabalhei com este substrato mas quem o conhece bem aconselhou-me isso. Concordo, mas detesto a cor... Mais clara e o impacto era outro 😉 Na minha opinião, tão depressa não fertilizava. Só K e Micros... ainda mais, nem tem CO2 (acho eu). O problema não vai ser falta de Macros, mas sim, que as plantas consumam o que há de disponivel antes das algas. São poucas as coisas que nos ensinam tanto como as algas. Elas vão aparecer, vamos ajudar-te a dar a volta, e vai correr bem. Não penses já em comprar seja o que for para elas. Só em ultimo caso se colocam quimicos na agua para lhes dar a volta! Não cries expectativas, cria porcos! Se as coisas não correrem bem, sempre temos presunto no fim! Uma vez mais, muitos PARABENS!!!
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Filtragem - Algumas Informações
Ricardo Gil respondeu a Ricardo Gil num tópico de FILTRAGEM E CIRCULAÇÃO
Nop, Esse filtro funciona de baixo para cima, mas não de forma exclusiva. Parece confuso? Vou tentar ver se consigo explicar o meu ponto de vista: Tenho um Eheim Classic 600 (2217), com a entrada de agua no filtro na parte de baixo, e a saida da agua no cimo do filtro. Como a bomba é em cima, não tem de enganar... a água entra por baixo, segue de forma ascendente e retorna ao aquario pela parte de cima. Tenho outro filtro, um Eheim 1200XLT, que funciona de forma parecida. A bomba é na parte de cima assim como a mangueira que leva a agua do filtro para o aquario. No entanto, a entrada de agua no filtro tambem é por cima. Continuamos a referir que o sentido da agua no filtro é ascendente! No entanto, como a entrada e saida estão na parte de cima do filtro, a agua dentro do filtro, desloca-se na fase inicial do cimo para o fundo e depois faz o sentido inverso por outro caminho. No filtro apresentado, essa descida da agua, é aproveitada para fazer a filtragem mecanica. Ou seja, a agua entra no filtro por cima, desce e passa na esponja azul, e cai para o fundo do filtro. Quando ascende, passa pelos cestos, fazendo o processo normal. Este tipo de configuração permite por exemplo, aceder à filtragem mecânica sem tocar no resto. Acho que até chamam a isto um pré filtro... Se repararem no desenho, dá para perceber isso: O filtro está dividido no desenho em 8 partes, certo? de cima para baixo é: 1- cabeça do filtro onde estão a entrada e saída de agua, o motor, etc... 2- Esponja azul (filtragem mecânica, ou pré filtro(?) 3- Cesto da esponja azul 4 -separador que suporta o cesto 5- Materia filtrante preta (filtragem quimica, parece-me) 6- lã branca 7- cesto de materias filtrantes (no caso, biológica) 8- Copo O separador 4 tem uma abertura no centro, certo? Assim, a agua desce por fora do separador 4 e por fora do cesto 7, e regressa por dentro do cesto 7 (e das materias filtrantes que este tenha) e passa por dentro do separador 4 até ao rotor na cabeça do filtro. O percurso da água assim é: 1, 2, 3, 4, 7, 6, 5, 1 O separador 4 está em contacto com a cabeça do motor... (espero que não tenha sido confuso) -
Filtragem - Algumas Informações
Ricardo Gil respondeu a Ricardo Gil num tópico de FILTRAGEM E CIRCULAÇÃO
Boas, duas coisas diferentes que vou tentar esclarecer: "Relativamente à área de contacto penso que se refere a capacidade de alojar as bactérias será isso?" Área ou superfície de contacto da matéria filtrante é a área que contacta com a agua. Numa esfera compacta e lisa, a superfície de contacto é a parte externa da superfície da esfera, certo? Se a esfera for porosa, a agua entra dentro desses poros, assim aumenta a superfície de contacto. Se a porosidade aumentar, aumenta a superfície, certo? Logo, quanto mais porosa a matéria, maior a superfície de contacto, logo aumenta a fixação de bactérias. "A parte que faz a fixação das bactérias não é a última?" A pergunta certa é, 'se a parte inferior é a mais adequada para a fixação de bacterias'. Tudo que metemos dentro do filtro tem capacidade de fixação de bactérias, uns de uma forma mais eficiente que outras. As bolas que estão no cesto na parte inferior, são as que estão dedicadas à filtragem biológica, ou seja, as que melhor se adequam à fixação das bactérias. -
Filtragem - Algumas Informações
Ricardo Gil respondeu a Ricardo Gil num tópico de FILTRAGEM E CIRCULAÇÃO
Depende do filtro. A maior parte (acho todos os que me lembro) têm um fluxo de baixo para cima. Assim, quando o filtro está vazio, mete-se primeiro (em baixo) as materias filtrantes para limpeza (filtragem mecânica) e por cima a filtragem especifica para as bacterias (Filtragem biológica) -
Filtragem - Algumas Informações
Ricardo Gil respondeu a Ricardo Gil num tópico de FILTRAGEM E CIRCULAÇÃO
Bem lembrado, esqueci-me de referir essa questão. A informação que a marca disponibiliza é normalmente com o filtro vazio. Com o mesmo carregado de matérias filtrantes o débito/hora diminui, e com uma fraca manutenção, pode até diminuir com bastante relevo. Olá Neo_2 Existem diferentes matérias filtrantes porque há varias formas de conseguir o mesmo objectivo. O que importa reter é a seguinte informação: Cada um de nós quer ter o máximo de bactérias vivas no menor espaço possível. Eu explico... Em primeiro lugar, queremos ter uma grande quantidade de bactérias no nosso filtro. Mas alem de disso, temos também de assegurar que as mesmas têm condições para viver e fazer o seu trabalho. Por exemplo: termos um filtro cheio de bactérias mas as matérias filtrantes estarem muito sujas, significa que as bactérias vão deixar de absorver o oxigénio necessário para viverem e podem eventualmente morrer... e vamos ter problemas sérios. Pensando desta forma, percebemos que queremos que tudo o que metemos dentro do filtro possa ter condições para fixar as bactérias e permitir o seu desenvolvimento. Desta forma, existem matérias filtrantes especificas para alojar as bactérias, e outras mais direccionadas para reter as partículas que andam na agua em suspensão (lixo, dejectos, folhas, etc...). Como nem todos os filtros têm o mesmo tamanho, também existem matérias filtrantes de vários tamanhos. Assim, se chega a uma quantidade imensa de matérias filtrantes disponibilizadas pelas varias marcas (fora outras que são alternativas). O ideal é ter uma fase dentro do filtro que "limpa" a agua (filtragem mecânica), e outra que exclusivamente se preocupa com as bacterias (filtragem biológica). Cada marca arranja soluções e materiais diferentes para as suas matérias filtrantes, e isso faz com que existam muitas opções no mercado. Sei que existe aqui um post algures onde colocaram um comparativo entre algumas matérias filtrantes, principalmente a sua porosidade (quanto mais porosas, maior a superfície de contacto com a agua e, logicamente, mais bactérias). Não sei quais as melhores que existem no mercado, até porque não uso todas, mas poso dizer-te como tenho organizado o meu cesto dos meus filtros (tenho filtros grandes). A ordem é a do fluxo de agua... 1) Boa filtragem mecânica que lavo de 2 em 2 meses ( retiro, passo por agua corrente e esfrego bem), constituída por esponja azul e cilindros de varias marcas (vou reutilizando de vez em quando) 2) Lã branca (meto aqui a lã para não irem impurezas para as matérias filtrantes biológicas, e mudo todos os meses) 3) matérias biológicas (é raro mexer... pode demorar muito tempo até as lavar, e quando as lavo é em agua do aquário. Faço da seguinte maneira: meto agua da tpa em dois baldes diferentes, retiro as matérias filtrantes do cesto (estão dentro de um saco), passo as mesmas dentro do primeiro balde varias vezes e agito, e depois passo dentro do segundo e vejo se a agua ficou quase limpa.) 4) novamente lã branca (com a função de não permitir que fragmentos das matérias filtrantes entrem na cabeça do filtro. Acho que tenho uns 6 tipos de matérias filtrantes espalhados pelos meus aquários. quando começo um aquário novo, retiro parte de matérias filtrantes de outros (já estão ciclados) e reponho com matérias novas. A validade das matérias também é importante. Chega uma altura em que as matérias têm já resíduos entranhados que as torna ineficientes. Nunca lavo a lã branca. Mando fora e meto nova... Neo_2 Não deves mexer no filtro 2 vezes por semana. Quanto muito, 1 vez e mesmo assim pode ser demais. Os filtros não gostam que lhes mexam! Eu quando abro o meu para lavar as matérias mecânicas, não lavo a biológica (como referi em cima, a forma como as arrumo permite que nem precise de lavar tanto as biológicas). O substrato podes limpar todas as semanas com a TPA... Todas as matérias filtrantes perdem a capacidade para a qual foram concebidas. Como tudo na vida, tem um prazo de validade. Matérias filtrantes mais cuidadas, duram mais, mas eternos, só os diamantes 😉 Uma das razões é mesmo o entupimento da porosidade, mas isso acontece em todas... A maior parte das vezes, os valores não alteram porque temos, por norma, uma quantidade de bactérias suficientes nas outras matérias filtrantes que fazem o trabalho. Mais ou menos... Como disse em cima, há matérias especificas para cada trabalho dentro do filtro... Olá Manuel Em cima disse como organizo as minhas e não me tenho saido mal. O principio é que a agua passe primeiro numa parte que retire a sujidade, e depois que passe na filtragem biológica. Há muita coisa que pode servir para fazer de matérias filtrantes. No absurdo, qualquer coisa que se meta no filtro, tem capacidade de fixar bactérias. Se meteres lá uma pedra da calçada, ela alojará bactérias, mas de certeza que a quantidade de bactéria que alojará versus o prejuízo que a pedra te trás, não compensa. Há quem use rocha vulcânica, argila expandida, etc... Não sei se funciona ou não porque não uso e sou MUITO cético. É mais barato? É!! Compensa no fim? Duvido!! Tenho muitas duvidas que o volume ocupado por argila expandida (ou outra coisa alternativa) tenha a mesma área de contacto com a agua, que o mesmo volume de uma matérias filtrante específica de uma qualquer marca... As matérias filtrantes são caras por algum motivo e não é por falta de concorrência... -
Resultados Portugueses nos Concursos de Aquascaping
Ricardo Gil adicionou um tópico em TÉCNICAS E DISCUSSÃO
O Fórum Aquariofilia.net disponibiliza aqui, um pouco da parte do percurso dos Portugueses ao longo da ultima década, nos principais concursos de Aquascaping que acontecem um pouco por todo o mundo. Esta compilação serve no essencial para “sentirmos o pulso” da evolução nacional ao longo dos últimos anos, e acompanharmos de perto quem tem concorrido e em que Categorias. As nossas participações enchem-nos de orgulho e em cada uma delas, independentemente do resultado, está um pouco de nós! Dos lugares cimeiros a todos os outros, há por detrás do aquário uma dedicação e empenho, uma paixão e vivência, que sentimos necessidade de apoiar e incentivar! Existem hoje em dia muitos concursos de Aquascaping e a nossa atenção prendeu-se apenas nos maiores concursos: IAPLC – Internacional Aquatic Plants Layout Contest EAPLC – European Aquatic Plants Layout Contest IIAC – ISTA International Aquascaping Contest AGA – Aquatic Gardeners Association’s, Internacional Aquascape Contest CIAC – CIPS International Aquascaping Contest Podíamos também colocar outros concursos mais pequenos, mas a falta de critério para selecionar alguns entre eles, obrigou-nos a que apenas nestes 5 se focasse a nossa atenção. Mais tarde poderemos fazer um upgrade para outros concursos também. Em todos os concursos, fomos até ao que as paginas oficiais e oficiosas nos permitiram ir. Sabemos que existem resultados fantásticos de Portugueses antes dos períodos que apresentamos. No entanto, se existem anos (e existem) que tiveram resultados muito bons e não estão aqui, foi porque não conseguimos recolher a totalidade dos mesmos! Fica o pedido para toda a comunidade, que caso alguém consiga recolher os dados inteiros dos anos em falta, que nos forneçam, a fim de editarmos e completarmos a informação. Assim, e porque queremos o todo e não apenas uma parte, apenas estão referidos os anos seguintes a 2008 do concurso IAPLC. Contamos com a ajuda de toda a comunidade a fim de irmos actualizando todos os dados que completem a nossa história. Não foram excluídas as desclassificações nacionais no IAPLC do ano de 2018, uma vez que as desclassificações foram conhecidas após a classificação final e esta deveu-se não a 'batota', mas sim por multi participação! Como não houve nova classificação, mantem-se a existente. Existem concursos que dividem as participações por categorias, e aqui também dividimos as nossas participações pelas mesmas. Dividimos também as participações por ano. Mostramos no fim também a evolução Portuguesa ao longo dos concursos nas varias categorias, e as melhores classificações em cada concurso. Todo o tópico terá as imagens de alguns dos aquários melhor classificados ao longo dos anos. A fim de irmos actualizando com informação que não está referida (imagens e classificações anteriores a 2008), solicitamos que nos comentários disponibilizem essa informação a fim de mantermos este post vivo! Este post é parte da nossa história, e por trás destes resultados estão muitas vitorias e muitas derrotas de cada autor! Muitos deles partilharam essas historias ao longo dos anos aqui no fórum, e por isso mesmo, muito para alem de um resultado, ficam todos os ensinamentos que nos deixaram com cada aquário! A todos eles, a TODOS, fica o nosso obrigado por cada uma das suas participações!!!! TOP 127 IAPLC (2009-2020) 10º Filipe Oliveira (2007) 32º Nuno Matos (2018)* 36º Luís Cardoso (2020) 76º Samuel Ferreira (2020) 79º Filipe Oliveira (2009) 82º Pedro Moreira (2009) 83º Luís Cardoso (2019) 84º Luís Cardoso (2017) 87º Francisco Matos (2016) 92º Filipe Oliveira (2010) 92º Luís Cardoso (2018) 99º Margarida Almeida (2013) 109º Ana Rodrigues (2018)* 111º Pedro Rosa (2014) 116º Nuno Matos (2015) 119º Vera Santos (2020) 121º Francisco Matos (2015) * Desclassificado por utilizar a mesma imagem em concursos não autorizados pelo IAPLC TOP 100 EAPLC (2015-2020) Standard 8º Luís Cardoso (2017) 15º Nuno Matos (2017) 28º Pedro Rosa (2015) 31º Francisco Matos (2015) 40º Luís Cardoso (2016) 52º Tiago Miravent (2015) 54º Sónia Santos (2015) 59º Rui Alves (2015) 74º Ricardo Costa (2014) 81º Tiago Miravent (2017) 81º Ana Rodrigues (2015) 85º David Gomes (2017) 89º Ricardo Jorge (2017) 90º Luís Cardoso (2015) 92º Pedro Rosa (2016) 97º Ismael Figueira (2017) Nano 24º Luís Cardoso (2020) 26º Miguel Reis (2015) 32º Filipe Serrenho (2018) 34º Ismael Figueira (2020) 35º Luís Cardoso (2018) 38º Bruno Carvalho (2020) 41º Ricardo Costa (2015) 57º Pedro Mendanha Dias 68º Jorge Carvalho (2016) 72º Luís Mendes (2018) 73º Pedro Moreira (2017) 77º Luís Lopes (2016) 80º Bruno Carvalho (2018) Medium 3º Nuno Matos (2018) 8º Luís Cardoso (2020) 32º Bruno Carvalho (2020) 45º Francisco Gomes (2018) 76º Ivo Soares (2018) Large 2º Luís Cardoso (2020) 11º Samuel Ferreira (2020) 23º Luís Cardoso (2018) 28º Ismael Figueira 43º Tozé Nunes (2018) 45º Vera Santos (2020) WabiKusa 5º Pedro Rosa (2017) 5º Pedro Rosa (2015) 12º Pedro Mendanha Dias (2020) 16º Francisco Gomes (2017) 16º Susana Rosa (2016) 16º Margarida Matos (2015) TOP 100 IIAC (2015-2019) 15º Ana Rodrigues (2018) 18º Luís Cardoso (2018) 22º Filipe Oliveira (2020) 24º Tiago Miravent (2018) 28º Nuno Matos (2018) 29º Luís Cardoso (2015) 39º Luís Cardoso (2016) 51º Silvino Viegas (2018) 55º Luís Cardoso (2020) 65º Luís Cardoso (2017) 71º Vera Santos (2020) 78º Nuno Matos (2017) TOP AGA (2004-2020) 28~55L Top10 Luís Cardoso (2020) 55~80L Top10 Rodolfo Provenzano (2020) <70L 1º Filipe Oliveira (2009) 1º Filipe Oliveira (2007) 2º Filipe Oliveira (2006) 3º Filipe Oliveira (2010) Menção Honrosa André Nóbrega (2004) 60L/120L 2º Francisco Matos (2015) Top10 Luís Cardoso (2018) Top10 Luís Cardoso (2019) 80~160L 2º Luís Cardoso (2020) 120L/200L Menção Honrosa Francisco Matos (2015) 200L/400L 1º Filipe Oliveira (2006) Biótipo Top10 Nuno Matos (2014) Top10 Claire Moreira (2013) TOP 100 CIAC (2017-2019) Standard 7º Tiago Miravent (2018) 12º Luís Cardoso (2017) 15º Luís Cardoso (2018) 25º Nuno Matos (2017) 49º Tiago Miravent (2017) 64º Gonçalo Silva (2018) 75º Ana Rodrigues (2017) 89º António Nunes (2018) Medium to Large 7º Luís Cardoso (2019) 57º José Pinto (2019) 67º Luís Alves (2019) Nano 3º Luís Cardoso (2019) 6º Ana Rodrigues (2018) 8º Nuno Matos (2018) EVOLUÇÃO PORTUGUESA NO IAPLC Entradas Nacionais - Numero de Participações Portuguesas Melhor Português - Melhor Classificação Portuguesa Top 127 - Numero de Classificações Portuguesas no Top 127 Top 500 - Numero de Classificações Portuguesas no Top 500 Verde - Melhores Resultados Vermelho - Piores Resultados Numero de Participações Portuguesas no IAPLC por Ano Numero de Participações Mundiais no IAPLC por ANO Nota da Moderação: Devido á necessidade de actualização anual e para permitir uma melhor visualização foi decidido editar este excelente tópico criado pelo @Ricardo Gil separando a participação portuguesa em anos consecutivos e bloquear os comentários para mais fácil leitura. Os comentários até agora feitos pelos membros em relação a este tópico foram colocados neste tópico, no qual podem participar. -
Desafio de Aquascaping aquariofilia.net
Ricardo Gil respondeu a Tozé Nunes num tópico de EVENTOS E CONCURSOS
Conta comigo 😉 Ps: pagas as minis que me deves? 😛 -
Boas Vasco, Sinceramente acho que estamos numa altura que o Scaping, mais do que a viver de uma altura extrema com o uso dos fertilizantes (meto o CO2 nesta categoria), vive de uma altura de extrema técnica dentro do aquario. O nivel está tão alto, tem crescido tanto nos ultimos anos, que claramente a fauna ficou esquecida. Aliás, a Fauna nunca foi minimamente prioritaria. Se pensarmos que é um concurso de Hardscape e Plantado, a Fauna entra apenas como um pequeno critério de avaliação em alguns concursos. É algo que pode valorizar o aquário, mas não acredito que a Fauna seja sequer decisiva em grandes classificações. Ou melhor, é, na escolha do tamanho e da cor, mas não por comportamentos ou outros factores. Hoje, os melhores aquarios, levam doses massivas de TPAs, levam ás vezes choques grandes de fertilizações ou de outros produtos por causa das algas, etc... não é claramente o habitat perfeito para os peixes. Normalmente, quem tem essa prioridade (Fauna) tem concursos de Biotipos. Há, ao contrario do que muita gente pensa, excelentes aquarios de BlackWater, ou mesmo de Ciclideos. O scaping está em todo o lado que nós queiramos. Nos plantados, é de facto um factor menos importante. No entanto, ainda me lembro de há uns anos, se dizer que por exemplo os camaroes não se davam neste tipo de aquarios. A verdade é que se dão, e mesmo os peixes (algumas especies) se reproduzem. Tem de haver sempre o cuidado de perceber o que é compativel com o que temos dentro dos vidros. O Scaping tambem tem de ser uma actividade responsavel! Abraço
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Confesso que foi para mim um prazer escrever isto, até porque é a área que menos domino na Aquariofilia. Assim, este processo todo obrigou-me a ir procurar informação, selecionar e aprender, e no fim de tudo, apesar do trabalho que tive, quem ganhou fui eu! É um exercício que recomendo vivamente a todos: quando querem saber alguma coisa, pesquisem o máximo que conseguirem, reúnam o material (há muita coisa até contraditória na internet e por isso há a necessidade de confirmar), e depois verão que aprenderam muito mais do que pensavam! Aconselho a gravarem e lerem com calma aos poucos ou quando tiverem tempo. Deu trabalho fazer o resumo, mas tentei que fosse o mais acessível possível para todos perceberem. Digamos que é a minha “Sebenta da Química da Água”. pH O pH significa potencial Hidrogeniónico, e expressa-se numa escala logarítmica que varia entre 0 e 14. Esta denominação nasceu em 1909 com o Bioquímico Soren Sorensen, para o ajudar nos controlos de qualidade da… Cerveja (não serve de nada para nós, mas eu achei piada). A escala de pH, vai de 0 (máxima acidez) a 14 (máxima alcalinidade), passando por 7 (valor igual a ph neutro). Por ser uma escala logarítmica, os valores quando sobem ou descem uma unidade, significa que multiplicamos ou dividimos por dez a grandeza consecutivamente. Ou seja, quando temos uma agua com 7,5 pH e passamos para 6,5 pH, significa que a agua ficou 10 vezes mais acida. Se passarmos de 7,5 pH para 5,5pH significa que passou a ser 100 vezes mais acida. Imaginem o que acontece a uma espécie selvagem que vive com agua a 5,5 pH e no nosso aquário tem 7,5 pH... pois, até pode sobreviver, mas... Imaginem ter Tetras (que alguns vivem com 5,5 pH) com ciclídeos (alguns com 9 pH) no mesmo aquário. Ou sofrem os Tetras, ou sofrem os ciclídeos ou sofrem ambos! Para mais tarde compreendermos a interação do pH com outros parâmetros, é importante perceber que aquilo que faz andarmos mais para cima ou para baixo na escala de pH é a quantidade de iões de Hidrogénio presentes na água. Quanto mais iões de Hidrogénio tivermos, mais acida fica a agua. Ou seja, se adicionarmos algumas coisas à agua (químicos, pedras, troncos, etc...) que possam libertar iões de Hidrogénio o pH descerá. Os valores de pH têm muita importância para nós, por vários motivos: 1. A sobrevivência e qualidade de vida da fauna do nosso aquário. Dependendo da zona do globo de onde são originários, podemos ter peixes que vivem em habitats abaixo dos 6 pH (como nos BlackWaters carregadas de taninos, da bacia do Amazonas) até 9 pH (por exemplo nos peixes originários do Vale do Grande Rift). Como é obvio, não os podemos ter em conjunto. Apesar da maioria das espécies tolerarem uma amplitude de algum pH, não se pode de todo colocá-las em aquários com pH muito destintos! No que diz respeito aos peixes, é sempre preferível ter um habitat com o pH estabilizado do que andar a subi-lo ou descê-lo à procura de umas décimas que por vezes são inócuas. Por exemplo, um peixe que goste de 6,5 pH e no aquário tenha 7,5 pH, vive melhor com esse pH do que andarmos sempre a descer esse valor. É mais stressante a variação do pH do que eles viverem com um pH LIGEIRAMENTE diferente do ideal. 2. Os valores do pH podem influenciar também a forma como as bactérias do filtro trabalham. Um valor mais baixo fará com que as bactérias trabalhem menos eficientemente. 3. Para quem tem plantados, acaba por ser importante também a monotorização do pH uma vez que as plantas são por norma originarias de ambientes com agua mais acida. Não é por acaso que alguns substratos baixam o pH de propósito. 4. Com a diminuição do pH, existe também a possibilidade de aparecimento e proliferação de algas. Importa relembrar uma vez mais, que é muito importante um aquário ter o valor de pH estabilizado. Mais tarde veremos como alterá-lo em algumas situações que possam ser necessárias. DUREZA DA ÁGUA A Dureza da Água está dividida em Dureza Total (GH) e a Dureza Carbonatada (KH). O GH é a soma de todos os metais alcalino-terrosos na água (ex: iões cálcio e de magnésio), e o KH é a soma dos carbonatos e hidrogenocarbonatos. Simplificando: O GH é uma medida que expressa um determinado teor de minerais na água. É útil saber este valor, porque tem influência nos peixes e também na capacidade das plantas absorverem nutrientes. A unidade de medida do DH é dH, ou seja, por exemplo 5 dH. dH significa 'graus de dureza' (degree hardness), enquanto isso, a outra unidade de medida usada, a ppm, significa, parte por milhão (parts per million) que equivale a mg\L (miligramas por Litro). Simplificando, a água com 1dH equivale a 17.8ppm de CaCO3 (Carbonato de Cálcio). Veremos depois a importância do CaCO3 no artigo que falaremos acerca da interação dos parâmetros na agua e na forma como os podemos alterar... Referimo-nos à agua como sendo dura ou mole, quando falamos do GH. Por exemplo: 0 - 4 dH (0 - 70ppm) - muito mole 4 - 8 dH (70 - 140ppm) – mole 8 - 12 dH (140 - 210ppm) - media dura 12 - 18 dH (210 - 320ppm) – dura 18 - 30 dH (320 - 530ppm) - muito dura O KH indica a estabilidade do pH na agua. Para a maioria dos aquariofilistas o KH é o parâmetro mais importante porque o seu valor pode estabilizar o valor do pH. Isso acontece porque o KH mede a quantidade de carbonato e estes têm a capacidade de buffering, ou seja, manter o pH quieto! A unidade de medida é o dKH. Se a Dureza for inferior a 4 dKH, o valor do pH vai oscilar bruscamente e pode subir como descer e por vezes repentinamente. Quanto maior for o KH, digamos que maior é a capacidade do aquário manter o pH estável. FOSFATOS Vamos abordar o Fosfato que está presente no nosso aquário sob a forma de PO4. Muitos conhecem este símbolo pelas fertilizações para a flora do aquário (é um Macro Nutriente). No entanto existem algumas coisas acerca do Fosfato que devemos saber. Em primeiro lugar é um químico que DIRETAMENTE não faz mal aos peixes. Apesar disso não o queremos dentro do aquário em valores elevados. Os fosfatos são umas das principais causas do aparecimento de algas. Em aquários bem plantados e com um consumo energético (da flora) elevado, os fosfatos têm de ser adicionados. Em aquários com muitos peixes (muito mais fauna do que flora) os valores de fosfatos tendem a aumentar sozinhos. Praticamente todos os alimentos para a fauna têm fosfatos, e têm-no em diferentes medidas. Por exemplo, a comida barata, tem bastante fosfatos, porque é feita com farinha de peixe barata. Já algumas marcas apostam no processamento de proteína de alta qualidade a partir de filetes de peixe. Os alimentos congelados, têm também uma quantidade de fosfatos muito alta. Por isso referimos que o aparecimento de algas pode estar com a quantidade de comida que se dá. Quando a flora e a fauna do aquário morre, (plantas ou peixes) devem ser imediatamente retirados do aquário, porque o fosfato é um dos químicos que é libertado em primeiro lugar (alem de outros bastante nocivos). Os valores recomendados do PO4 na água são abaixo dos 0.05 ppm, Quando sobem até aos 1.0 ppm (1.0mg/L) o aparecimento de algas é provável. Acima desse valor (2 ou 3 ppm) podemos ter muitos problemas, nomeadamente com o esverdeamento da agua o que pode consumir o O2 (Oxigénio). Essa baixa de O2, causará a inevitáveis consequências com os peixes, mas também com o filtro, uma vez que as bactérias presentes dentro do filtro são aeróbias (dependem de oxigénio), obrigando ao restart de todo o ecossistema (aquário e filtro) POTÁSSIO O Potássio (K), é um químico que não é gerado no nosso aquário. É importante para quem tem plantas pois o Potássio é fundamental para que elas cresçam de forma saudável (é um Macro Nutriente). É um nutriente que as plantas absorvem rapido e armazenam-no durante algum tempo. Se o Potássio desaparecer da agua, a esmagadora maioria das plantas não se desenvolverá de forma saudável. Isso deve-se à Lei de Liebig (as plantas só se alimentarão até que o primeiro nutriente vital se esgotar. Quando assim for, nenhum outro será consumido). O Potássio, no meio ambiente, existe em concentrações muito baixas, e só elevamos esses valores no nosso aquário por causa das plantas. Os valores recomendados para o Potássio em aquários de agua doce variam entre 10-30 mg/L. No entanto, existem poucos testes para avaliar a sua concentração. Avaliamos normalmente a concentração do Potássio indiretamente por eliminação de fatores (quando há problemas na fertilização, e se todos estão bem, faltará Potássio). COMPOSTOS DE AZOTO (Amónia, Amónio, Nitritos e Nitratos) Em primeiro lugar vamos esclarecer uma questão de nomenclatura: AZOTO É A MESMA COISA QUE NITROGÉNIO! Assim, Nitratos e Nitritos, que têm como origem a palavra Nitrogénio, são compostos de Azoto. Quando falamos de Ciclo de Azoto, é a mesma coisa que ciclo de Nitrogénio. Feito o esclarecimento… Dentro do aquário aparecem compostos de Azoto. Principalmente 4: Amónio (NH4), Amónia ou Amoníaco (NH3), Nitritos (NO2) e Nitratos (NO3). Uns são tóxicos, outros toleráveis e um até quase inócuo. Por isso mesmo, para quem começa este hobby, deverá aprender rapidamente os conceitos e a controlá-los! Já todos ouvimos falar do ciclo de Azoto/Nitrogénio. Este ciclo, ou processo, não é mais do que a degradação de compostos que são mais complexos e que são nocivas aos peixes e transformá-los em compostos mais simples e tolerados pelos mesmos. Isto ocorre dentro do aquário e dentro do filtro. 1. AMÓNIO O Amónio (NH4) é excretado pelas guelras dos peixes e também proveniente da degradação das proteínas existentes na comida (por ex). Com pH superior a 6.0 transforma-se em Amónia e não em amónio. Não sendo tóxico, se as concentrações forem elevadas na agua do aquário, o peixe não o consegue excretar, levando a complicações sérias, muito sérias. Quando o pH é mais elevado do que 6.0, parte deste Amónio converte-se em Amónia, que é muito tóxica (valores acima de 0,01 mg/L são LETAIS)! 2. AMÓNIA A Amónia (NH3) tem origem nos compostos orgânicos, tais como, restos de comida, excrementos dos peixes, matéria fecal, folhas mortas, etc… Com um filtro saudável, O Amónio e a Amónia, rapidamente são convertidos em Nitritos. 3. NITRITOS Os Nitritos (NO2) são originários da degradação do Amónio e da Amónia. A responsabilidade deste processo químico (nitrificação) está a cargo das bactérias nitrificantes (nitrossomas spp). Estas bactérias são Aeróbias (necessitam de Oxigénio sob a forma de O2) e proliferam enquanto houver alimento (NH3 ou NH4). O Nitrito, apesar de ser menos tóxico que a Amónia, continua a ser muito tóxico, e com valores acima de 0,2 mg/L pode-se tornar LETAL! O Nitrito bloqueia o transporte do oxigénio no sangue dos peixes (e humanos até) provocando asfixia. Há algas que gostam muito de nitritos e é normal as diatomáceas aparecerem quando se faz o Ciclo do Azoto ao fim de uns dias. A existência de nitritos na agua, em filtros ciclados é sinal de que existe um distúrbio na atividade bacteriana (por exemplo uma limpeza desadequada do filtro) ou um excesso de matéria poluente dentro do filtro. Os filtros quando são novos, ou quando mudamos as matérias filtrantes, estas não trazem estas bactérias, e por isso é necessário que se administre na agua um ativador biológico. No entanto não é suficiente apenas para o arranque. É necessário que elas se alimentem e como vimos em cima, é necessário Amónio ou Amónia. Assim podemos introduzir comida ou mesmo um vivo resistente dentro de agua. ATENÇÃO AO VIVO QUE SE INTRODUZ E QUANDO! 4. NITRATOS Os Nitratos (NO3) são originados pela degradação do Nitrito(NO2) em condições Aeróbias. Quem processa esta reação química também são bactérias, e estas especificas tem os nomes de Nitrobacter ssp. e Nitrospira. O Nitrato não é tão tóxico como os outros compostos, podendo os peixes tolerarem valores entre 50 a 200 mg/L, dependendo da espécie. Algumas espécies apenas toleram concentrações abaixo desses valores. Nos peixes, por vezes inibe o seu crescimento, principalmente em crias, o que faz com que os criadores/reprodutores de peixes não queiram nitratos na agua. Valores altos de Nitratos podem levar também ao aparecimento de algas, e por isso não se recomendam valores acima de 50 mg/L. O Nitrato pode ser eliminado através de bactérias Anaeróbias (vivem em condições sem Oxigénio), chamadas de nitrobacterias, existente no substrato (com mais de 20/25cm de altura), convertendo em gás nitrogénio (N2), dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). Este processo chama-se desnitrificação. Como o Nitrato é também um Macro Nutriente das plantas, utiliza-se as mesmas para o seu consumo, chegando mesmo a necessária introdução de Nitratos para o seu crescimento em aquários plantados. Em aquários plantados, e quando se quer uma coloração mais vermelha de algumas espécies de plantas, provoca-se um ‘stress de nitratos’, ou seja, reduz-se a sua concentração dentro de agua. A forma mais eficaz de reduzir as concentrações dos compostos de Nitrogénio (Amónio, Amónia, Nitratos e Nitritos) é com TPA. DIOXIDO DE CARBONO (CO2) O CO2 é um Macro Nutriente que administramos na agua a fim de um melhor crescimento das plantas. Para algumas delas, é inclusive fundamental a sua administração. No entanto, o CO2 é altamente tóxico para a fauna, e por isso a sua administração deverá ser cuidadosamente observada. Não se deve dar mais CO2 ás plantas do que elas podem consumir, uma vez que o CO2 compete diretamente com o O2 na agua. Quanto mais CO2, menos O2, tornando o ecossistema inabitável. O CO2 também pode alterar os parâmetros da agua, como o pH.
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Por muito assustador que possa parecer de inicio, a manutenção de um aquário saudável é algo muito simples, dependendo do quanto dominamos conceitos básicos! Imaginem o aquário como um corpo humano! O coração e os rins estão para o corpo como o filtro está para o aquário! Quando estão bem, tudo corre bem, quando começam a ficar doentes, temos problemas graves, quando param nós morremos! No aquário, se o filtro é funcional, adequado e mantido em condições, só com muitos disparates teremos problemas no aquário. Ao contrário, com filtros deficientes, desadequados e/ou com má manutenção, vamos ter problemas! Não é uma probabilidade, é uma inevitabilidade!!! Ora bem, porque um filtro é assim tão importante? Em primeiro lugar, o filtro NÃO serve para limpar um aquário por nós! Temos de ter presentes, que independentemente do filtro, NÓS temos de fazer o NOSSO trabalho. Isso significa que devemos periodicamente (na esmagadora maioria dos casos semanalmente) limpar o fundo do aquário. Ou seja, durante as Trocas Parciais de Agua (TPA), quando mudamos parte da agua do aquário, aproveitamos para aspirar as porcarias que existem no fundo, assim como recolher restos orgânicos que possam haver, como folhas velhas/mortas ou outros. Depois desta manutenção do nosso aquário, o filtro fica responsável por fazer o mais importante: manter o aquário habitável! Lembremo-nos que a esmagadora maioria dos peixes vivem em habitats abertos, ou seja, através da corrente de um rio, ou da amplitude de um lago/mar, os peixes têm sempre agua renovada permanentemente. Nos aquários não! A agua circula num sistema ‘fechado’. É como se vivessem durante algum tempo na mesma (literalmente) agua! Assim, este sistema ‘fechado’, rapidamente pode-se tornar tóxico para os peixes, uma vez que os resíduos dos peixes, comida em excesso e outros libertam substancias nocivas para eles! Podemos sempre trocar mais vezes a agua, mas alem de ser pouco pratico, não elimina o que é nocivo! Assim, uma das funções do filtro é tornar o que é nocivo (a Amónia) em algo que é tolerável (dependendo dos valores e dos peixes) à vida no sistema… Resumindo esta parte, uma das funções do filtro é transformar a Amónia em Nitratos. A primeira é toxica e a segunda é tolerável. A esta função, chamamos FILTRAGEM BIOLÓGICA. Alem desta filtragem, o filtro faz também um outro tipo de filtragem: recolhe partículas que estejam em suspensão na agua e no fundo, que dificilmente conseguimos retirar. Seja matéria fecal, seja flora morta, seja comida em excesso, etc… Este processo faz com que a agua fique mais clara, menos ‘suja’ e o aquário com um aspeto mais limpo! A este processo dá-se o nome de FILTRAGEM MECÂNICA! Portanto, o filtro faz uma filtragem mecânica e filtragem biológica! (faz também um outro tipo de filtragem, filtragem química, mas não vamos abordar aqui por se aplicar normalmente, apenas em casos específicos). Agora que já sabemos O QUE FAZ, vamos tentar perceber COMO O FAZ. Todo o tipo de filtragem acontece dentro do filtro. E o que há dentro de um filtro? Dentro de um filtro existem MATÉRIAS FILTRANTES! Estas podem ser de vários tipos. Cada matéria filtrante tem uma função! Quando compramos filtros, a maioria vem com esponjas lá dentro. Normalmente de 3 cores diferentes: azul, branca e preta. A branca (que parece uma lã), serve para retirar as impurezas mais finas que andam em suspensão na agua. A azul (uma esponja mais grossa) tem a função de retirar as impurezas maiores. Ambas (azul e branca, fazem filtragem mecânica e biológica, mas com efetividade diferente). O preto normalmente refere-se à filtragem química e deve ser retirada (salvo raras exceções). No entanto, alguns filtros trazem umas ‘pedrinhas’ ou cilindros. Digamos que têm a mesma função mas são muito mais eficazes! Os cilindros (tal como as esponjas azuis) são concebidos para uma filtragem mecânica. As pedrinhas, são mais indicados para uma filtragem biológica. No entanto, tudo faz filtragem biológica, e porquê? Porque a filtragem biológica é realizada por bactérias que se fixam nas matérias filtrantes! Assim, podemos chegar à primeira conclusão: quanto mais matérias filtrantes tivermos, mais bactérias temos, mais filtragem biológica haverá! O aumento do numero de bactérias no filtro não depende apenas da quantidade de matérias filtrantes, mas também do tipo dessas matérias. Como as bactérias fixam-se lá, quanto maior a porosidade e superfície de contacto dessas matérias com a agua que passa no filtro, mais bactérias teremos também! Por isso, muitos de nós tiramos as esponjas azuis e compramos os tais cilindros e pedrinhas! São mais eficazes. Deixamos apenas a lã branca (mais tarde veremos como colocar tudo dentro do filtro). Existem no mercado, matérias filtrantes especificas para cada tipo de filtragem (biológica, mecânica ou ambas). Agora que já sabemos para que serve e como faz, falta também perceber se os filtros são todos iguais. Pois, não são! Há vários tipos de filtros, e, para escolhermos melhor um filtro, falta entender outros 2 conceitos: volume do filtro e capacidade da bomba! O volume do filtro diz respeito à quantidade (em litros) de matérias filtrantes que cabe no nosso filtro. Já sabemos que quanto mais e melhores matérias, melhor a saúde do aquário! A capacidade da bomba diz-nos o débito (volume/hora) do filtro. Ou seja, numa hora, quantos litros de agua passam dentro do filtro. Este valor pode ser importante, porque é por norma o critério de escolha de um filtro! Reparem, interessa que a maior quantidade possível de agua por hora passe no filtro. Quanto mais vezes passar melhor a qualidade da agua, no entanto, se a bomba for muito forte, cria-se demasiada corrente dentro do aquário. A não ser que seja esse o objetivo a atingir, isso deve ser evitado. Importa referir que essa corrente ou circulação, deverá ser suficiente para cumprir outras funções dentro do aquário, tal como uma equilibrada circulação de agua por todo o aquário (para garantir que não existam espaços sem circulação que podem ficar sem nutrientes importantes para as plantas, ou detritos acumulados no fundo do aquário) e uma suficiente agitação da superfície da agua, para permitir uma melhor troca gasosa entre a coluna de agua e o ambiente exterior. Normalmente um caudal 5 a 7 vezes a capacidade do aquário pode chegar. Ou seja, para um aquário de 100L, um filtro com 500 a 700 L/h chega. No entanto, para outros objetivos mais avançados temos caudais até 10 ou 12 vezes o volume do aquário. Atenção que o débito que vem na caixa é calculado com o filtro vazio. com matérias lá dentro o caudal diminui sempre. Percebendo estes conceitos, e consoante o volume do nosso aquário podemos escolher o TIPO DE FILTRO. Existem vários tipos de filtros, mas falaremos aqui dos 3 mais comumente usados: Filtro Externo (Canister) – a agua é sugada por uma tubagem, entrando num filtro, que depois de filtrar a agua a expulsa para o aquário. É talvez a tipologia de filtro mais usada em aquário a cima de 40/60L. Filtro Interno – Fica dentro do aquário, puxando a agua pela base do filtro, expulsando-a de volta por um bocal. Filtro de Mochila (Hang On) – Filtro externo que fica pendurado no vidro, na parte exterior. A agua é sugada por um tubo e expulsa normalmente por uma rampa. Este tipo de filtro é usado normalmente em aquários mais pequenos. Assim, quando perguntamos qual o melhor filtro a alguém, ninguém em consciência pode responder se não souber para que serve o aquário ou as suas dimensões! Lembrem-se sempre que o filtro é que vai marcar o desenvolvimento ou maturação do aquário. Quando compramos um filtro, devemos sim, ter a preocupação de não comprar um filtro ‘curto’ (com pouco débito). Devemos comprar o maior filtro possível desde que não aumente exageradamente a corrente dentro de agua. Alguns filtros trazem a possibilidade de controlo do caudal. Agora que sabemos quase tudo acerca do filtro, falta também saber como o manter. Lembram-se que a maior importância do filtro está na filtragem biológica? E que esta é feita pelas bactérias? Pois, elas não gostam muito que se ande a mexer muito no filtro. No entanto, a manutenção adequada do filtro é importantíssima para a sua função e durabilidade. Quando o filtro fica muito sujo por dentro, perde a capacidade para que foi feito. O débito diminui porque a agua encontra muita resistência dentro do filtro, e a sujidade acaba por não permitir que as bactérias vivam. Elas, dependem de oxigénio também e as impurezas podem obstruir a chegada deste ás mesmas! Assim, periodicamente (vamos observando o caudal ou registando a data da última manutenção) abrimos o filtro e limpamos por dentro. Como? Retiramos as matérias filtrantes para dentro de um recipiente e lavamos com a agua do aquário que depois mandamos fora. Lavamos o filtro sem as matérias filtrantes com agua apenas!!! Voltamos a introduzir tudo lá para dentro. E qual a ordem? Simples: Primeiro a filtragem mecânica, depois a filtragem biológica e depois a lã branca. A lã branca pode ser lavada com agua corrente, no entanto é usual substituir a lã branca aquando cada manutenção. Assim, a agua primeiro passa pela filtragem que retira as partículas maiores, depois passa pela filtragem biológica e por fim retira tudo o que está em suspensão e que passou nas outras filtragens, e é mais pequeno. Por último fica uma das partes que todos cometem mais erros. Quando compramos um filtro ele vem pronto para meter dentro de agua e fica ótimo para receber peixes? NÃO! Lembram-se da filtragem biológica, aquela que é mais importante? Pois, ela só existe em filtro ciclados. E o que é que isso significa? Significa que o filtro completou o ciclo de azoto. Ou seja, depois de estar a trabalhar 3/5 semanas, já tem as bactérias especificas para que desempenhem a função adequada. Antes disso não! Há formas de acelerar esse processo, mas demora sempre algumas semanas. Normalmente quando compramos um filtro, este vem com um líquido (quando não vem o vendedor indica) que não é mais do que um liquido que permite a criação e colonização das bactérias no filtro. Pode-se por plantas, mas peixes não! Caso queiramos mudar as matérias filtrantes do nosso filtro com o aquário em funcionamento, não as devemos mudar todas de uma vez mas sim uma quantidade pequena, a fim da colonia de bactérias ir sendo colonizada nas matérias novas, vindas das velhas Bom, o texto vai longo (se vai) e acho que está aqui muita coisa. De qualquer maneira, se têm duvidas, PERGUNTEM! O filtro é demasiadamente precioso e importante para ser negligenciado. A esmagadora maioria dos problemas do aquário nascem aqui!
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Desde que ando por esta vida dos aquários, e mais em particular pelo Aquascaping, as discussões acerca do que é o Scaping, se é compatível ou não com outras áreas como os Biótipos, ou mesmo onde começa ou acaba. Muitos gostam do resultado, da foto, do fim! Pessoalmente gosto do processo, da criação e da forma como se consegue chegar a uma altura em que decidimos que é o fim, O PONTO! A verdade é que é das áreas mais complexas e mais técnicas, e um desafio extremo quando se tenta chegar a um patamar de excelência, pois aquilo que temos de dominar, vai muito para alem dos conceitos de Aquariofilia. Ficam aqui algumas coisas para discutirmos, para percebermos, ou mesmo colocarmos em causa. Existem muitos mitos, tabus e duvidas acerca do aquascaping. A primeira de todas é que o aquascaping é por vezes visto apenas como uma atividade com pouco respeito pela fauna e apenas se preocupa com a flora. Outra “certeza” é que está apenas ao alcance de alguém com muita possibilidade de investimento, porque tem de ser “high tech”. Existe também a convicção que os aquascapers são uma tribo especial porque se acham dominadores de uma” prova rainha”. PURO ENGANO!!! Afinal de contas, o que é o aquascaping? Through building and maintaining beautiful nature aquarium people re-learn the intricate connections between forms of life, plants, fish, microorganism and humans. Riches and beauty come from harmony, from balance. Aquarium are great teachers of this truth — Takashi Amano Aquascaping é um termo que usamos para descrever a construção e a decoração de um layout de uma forma que satisfaça a nossa própria perceção do que é esteticamente agradável! Sim, a perceção do que é esteticamente agradável! O que é agradável a uns, é o para todos? Muitas das vezes! Existe forma de manipular essa perceção? Há! Mas já la vamos! Muito do debate acerca do aquascaping feita por gente “de fora”, é que 'o que é para mim aquascaping para ti não o é'! O que é errado. A partir do momento que colocamos hardscape num aquário (independentemente do uso que lhe vamos dar, ao aquário), temos sempre uma tendência (mesmo que menor) de colocarmos isso agradável aos nossos olhos. Afinal de contas, ninguém quer um aquário feio, nem que seja para criação!!!! Essa tendência de agradarmos aos nossos “olhos”, e o facto de colocarmos um tronco ou uma pedra, ou mesmo um substrato num aquário, de forma mais ou menos cuidada, e mesmo que feita de forma inconsciente, é um trabalho de aquascaping! Sim, todos temos dentro de nós um aquascaper em potência! Como referi em cima, existem sim formas de “enganarmos” ou “manipularmos” a perceção do que é bonito. Os olhos captam uma informação que o cérebro pode entender de formas diferentes. Imaginem um aquário vazio. Imaginem agora uma pedra dentro desse aquário. A mesma pedra dentro do mesmo aquário, dependendo da forma como está colocada ou a sua posição dentro do mesmo, faz mudar a nossa perceção estética sobre a mesma composição. Isto é estranho (é a mesma pedra e o mesmo aquário) mas não é por acaso! Isto acontece porque os “nossos olhos” são sensíveis a várias regras (as regras que os aquascapers tentam seguir): (a partir de agora vamos chamar à disposição do que está dentro do aquário de layout ou composição. Chamaremos também as pedras e troncos que pomos lá dentro de hardscape) 1. Regra dos Terços, Regra da Espiral Dourada e dos Triângulos Dourados A Regra do Terços consiste em dividir o aquário em 9 partes iguais através de duas linhas horizontais e duas verticais equidistantes. A intersecção entre si cria 4 “pontos de força”, e é nesses locais imaginários que devemos colocar o foco da nossa atenção (ponto focal). As linhas devem também ser referência para as proporções estéticas (falaremos mais à frente). Ou seja, é nesses pontos, que devemos colocar no nosso layout aquilo que mais queremos dar força ou salientar. Fig 1 Em fotografia, esta regra é importantíssima. Muitos nunca repararam, mas as grandes fotografias de retrato, normalmente colocam os olhos ao nível da linha dos terços superiores. Já se é uma foto com a linha do horizonte, esta linha é colocada no terço superior ou inferior, caso queiramos dar destaque ao solo ou ao céu, nunca a meio da fotografia. A Regra da Espiral Dourada é a base inspiratória para a regra dos terços (dito de uma forma mais ligeira). Vai uma lição de matemática? (o meu professor de matemática disse que eu ia aturar matemática até ao tumulo, desconfio que tem razão) Sequência de Fibonacci, estão familiarizados com ela? Provavelmente quem estuda arquitetura, fotografia ou outras artes, sabe do que falo. Para os restantes passo a explicar: A sequência de Fibonacci é 0 1 1 2 3 5 8 13 21 etc… ou seja, o numero seguinte é a soma dos dois anteriores. Ou, explicando de outra maneira, dividir um numero pelo seu antecessor na sequência, dá resultado é igual ao “numero de ouro” 1,6180339887. A esta média entre os números que compõem a sequência dá-se o nome de média dourada (curiosidade). Até aqui, esta explicação nada ajuda, certo? Mas e se eu disser que uma das expressões visuais da média dourada é uma espiral? Fig 2 Se disser que toda esta complexidade matemática se expressa em algo tão simples como serem as proporções que nos agradam porque são as que existem na natureza? Onde? Nas conchas da maioria dos gastrópodes, na disposição das sementes nas flores, etc… Curioso? Não! Fig 3 O nosso cérebro está “formatado” para gostar da maioria das criações da natureza (não, isto não tem significado religioso nenhum. Apenas científico). Assim, o aquascaper, deverá colocar o ponto focal, o centro da nossa atenção, precisamente no centro da espiral! A espiral não é mais do que a representação visual das “Medidas Perfeitas”. A Regra dos Triângulos Dourados, propõe que o layout seja dividido numa série de triângulos, cujas proporções obedecem escrupulosamente às descritas nas regras anteriores. Esta regra pode ser expressa se traçarem uma recta imaginaria diagonal que una dois cantos de um rectangulo dourado. Depois basta traçar linhas perpendiculares que unam essa diagonal aos dois restantes cantos do aquario. Formam-se assim, 4 triangulos dourados Fig 4 Estas regras, não são usadas apenas por nós. Aliás, não fazemos mais do que também reproduzir estas regras usadas na Arquitectura, Fotografia, Design, etc… Ficam alguns exemplos: Fig 4 Fig 5 Fig 7 Fig 8 Fig 9 Fig 10 Fig 11 Fig 12 Fig 13 2. A Proporção A proporção fala-nos dos tamanhos e da perceção que temos acerca do que vemos. Uma pedra de 20 cms pode PARECER grande ou pequena, consoante o que está ao seu lado. O mesmo acontece com plantas, peixes, pormenores, etc.. não é por acaso, que os aquascapers procuram, a fim de uma maior noção de escala, colocar plantas de folha grande à frente e de folhas pequenas atrás. Outra dica é colocar pedras grandes e com detalhes pronunciados à frente e pequenas e sem relevos atrás. Estas simples regras fazem parecer que o aquário tem maior profundidade (distancia entre o vidro da frente e o de trás) do que realmente tem. Outra dica é colocar o que está na traseira do aquário mais alto do que está na frente. Isso tem a ver com a noção de perspetiva. Quando olhamos para certos aquários, parece que têm vários metros desde o vidro da frente ao vidro de trás. Essa perceção errada (a de que o aquário tem vários metros de profundidade) é dada pela profundidade que a escala, a proporção e a perspetiva nos dão! (entendem como conseguimos “enganar” o cérebro através dos olhos?) 3. Ponto Focal O que é o ponto focal? Afastem-se do vosso aquário. Uns bons 4 a 5 metros para trás. Abram e fechem os olhos repetidamente e devagar. Reparam que há sempre algo a que os vossos olhos se prendem de forma inconsciente? Pois bem, esse é o ponto focal. Bons aquários têm um ponto focal definido. Os aquários que não o têm são “cansativos” à vista pois o cérebro procura algo que prenda a sua atenção. Isso também faz com que o cérebro decida “se gosta ou não” do aquário (ou do que vê)! Quanto mais o ponto focal se aproximar do centro da espiral ou dos terços (falados anteriormente), melhor será a apreciação do nosso cérebro! (continuam a achar que aquilo que gostamos numa imagem, seja numa foto ou aquário, é controlado por nós?) Como criamos pontos focais? Bom, não é difícil. Depende de vários factores, como: Posicionamento, Profundidade de Campo, Luminosidade, Cor, Tamanho, Forma & Textura. O posicionamento refere-se à proximidade com a regras dos terços. Quanto mais perto de lá estiver, mais perto será o nosso ponto focal. A Profundidade de Campo refere-se à tendência que temos para olhar o que está mais perto com prejuízo ao que está mais longe, mesmo que imediatamente atrás. A Luminosidade, refere-se obviamente ao facto de olharmos para o que está mais iluminado. A cor idem. Temos tendência para dirigirmos a atenção para a cor mais berrante, diferenciada e mais forte. O mesmo facto para o Tamanho. Quanto maior, mais apelativo. No que diz respeito às Texturas e Formas, o que nos prende a atenção é a dissonância (a forma como se destaca do ambiente em redor, como os veios das pedras ou saliências dos troncos). Quando combinados estes parâmetros podemos criar um grande ponto focal, ou mesmo vários pontos focais (desde que não igualmente atrativos). Uma das grandes riquezas e dificuldades do aquascaper é criar uma ligação óptica entre pontos focais, de modo que os olhos percorram uma direção no aquario ditada por esses pontos focais. O olhar iniciará no ponto focal principal, percorrendo de seguida para o segundo, terceiro e assim sucessivamente! Fig 14 Normalmente olhamos para as coisas de cima para baixo e da esquerda para a direita. No aquário, pode ou não ser assim! O facto de o cérebro seguir estas diretrizes também faz com que estabeleça a sua sentença: Gosto/Não Gosto! (ainda acham que o gosto por um aquário não tem nada de científico?) Percebendo estes 3 pontos principais, a Regra dos Terços, Proporção e Ponto Focal, percebemos o verdadeiro desafio que o aquascaper tem para montar um aquário. Muitos demoram a fazer o layout vários dias ou até semanas. Com o aquário vazio (sem agua e sem plantas), mete-se apenas o substrato e o hardscape. Monta-se, fotografa-se e vê-se! Muitas vezes o hardscape é mudado varias vezes até ao resultado final. A maior parte das vezes é um processo solitário onde o scaper monta o layout, e a fim de não viciar os olhos, faz períodos (horas ou dias) em que não olha para o layout. Para muitos, é também um processo criativo conjunto. Pedem-se informações a amigos (se queremos críticas é a eles que perguntamos. A para dizer bem perguntamos à nossa mãe), a fim de outros olhos verem o que não vemos. Confesso que a maior riqueza para mim é nesta fase, a da criação, do crescimento e maturação do layout (as duas ultimas já depois de estar com agua). Por fim, percebe-se que a o facto de gostarmos por vezes de um layout não depende do famoso “gosto pessoal”. Se colocarmos um barco de plástico dentro de um aquário, podemos dizer se gostamos ou não dele, pois isso é subjetivo. Mas a forma como o colocamos, o enquadramento, o lugar, etc, vai fazer com que gostemos mais ou não, e isso não é subjetivo, é objetivo! Parte da informação retirada de, FOTOGRAFIA Luz, Exposição, Composição, Equipamento, Joel Santos, 2011 Fig 1 - Filipe Oliveira Fig 4 - The Green Machine Restantes Figs - Retiradas da web
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Concurso de hardscape Petfestival 2018
Ricardo Gil respondeu a Tozé Nunes num tópico de EVENTOS E CONCURSOS
Parabens ao Forum -
Concurso de hardscape Petfestival 2018
Ricardo Gil respondeu a Tozé Nunes num tópico de EVENTOS E CONCURSOS
In Sábado -
Boas Não faço ideia como tenho o pH com esses valores. Não sei se é por causa da madeira, se por causa dos taninos, ou por causa da amazonia que está lá atrás dentro de 2 fundos de garrafão. Não faço ideia... Sim, riscos :( não engana!
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Boa tarde a todos Ao fim de mais uma ausência sem partilhar nada, lá veio o Tó Zé desafiar-me a partilhar mais qualquer coisa. Esta montagem é completamente diferente do que tudo o que fui fazendo. Primeiro, O Objectivo. Era dedicado a uma especie de peixes: Apistogramma Boreli. Enquanto todos os outros aquarios que fui montando por aqui eram exclusivamente pensados para o aquascaping, escolhendo as especies de peixes depois, desta vez foi o contrário. Não sendo um entendido em apistogrammas escolhi uma especie bem facil, sugerida pela Ana Lopes da Blackwater (recomendo vivamente). Segundo, A Exigencia. Queria um aquario FACIL! De preferência que não me obrigasse a meter as mãos dentro de agua. Ao fim de tanto tempo, precisava de uns meses em que só observasse pelo prazer e não pelo desenvolvimento do que estava dentro dos vidro. queria ferias da tesoura e da pinça!!!! Assim, escolhi plantas de crescimento lento, e de preferência que pudesse utilizar as que vinham da ultima montagem - Resistebat Terceiro. A Duração. Quando montava os ultimos aquarios, sabia que depois das fotos, era contagem decrescente para desmontar. Neste não. É para ficar até me cansar dele ou ter vontade de fazer outro. Seja quando for. Ando a juntar material para a aquisição de um aquario maior (120.45.45), e enquanto vou comprando tudo (vai demorar o tempo que for necessario), este aquario vai ficando por aqui. Alem disso, como é de especies de plantas de crescimento lento, o tempo jogará sempre a favor dele e não o contrário. Nesta montagem tinha tambem um desafio: A dificuldade em arranjar uma data para que pudesse fazer isto com calma, assim, aquilo que vou descrever foi o processo de desmontagem da ultimo layout e a montagem deste, numa operação de um fim de semana. O texto (com poucas edições), foi retirado do post que fiz na página do Facebook, Aquariofilia. (data do post, 5 de maio de 2017) "Montar e desmontar aquários Este fim de semana desmanchei o layout que tinha e fiz outro, numa operação de 29 horas, que tentarei descrever a fim de ajudar quem se ‘mete’ nestes desafios. Tinha como objetivos a remodelação completa, assim como não utilizar nenhum outro aquário ‘de suporte’, não ter mortes nos peixes e gastar o menos dinheiro possível. Como é óbvio segue testamento, mas quem seguiu os outros (https://www.facebook.com/groups/Aquariofilialusa/permalink/1856989401189601/ e https://www.facebook.com/groups/Aquariofilialusa/permalink/1875338789354662/) já sabe o que espera… :) Comecei sexta feira ás 17.00. Fui buscar uma caixa do IKEA e coloquei lá água diretamente do aquário. Nessa caixa coloquei a água, um termo, uma bomba de ar, e um filtro interno com algumas cerâmicas que retirei do filtro que servia o aquário que ia desmontar. Apanhei os vivos (peixes e camarões) possíveis, uma vez que como estava severamente plantado não foi possível apanhar tudo, e coloquei na caixa. No aquário comecei a operação por podar todas as plantas de caule que tinha. Retirava o produto cortado com cuidado para não trazer vivos agarrados. Não usei a rede, apenas as mãos e deixava escorrer a água pelos dedos. Tudo junto deu um saco do pingo doce cheio… É extremamente importante não arrancar nada!!! Como podemos ter ainda alguns vivos na coluna de agua, não queremos remexer o substrato para não alterar os parâmetros da agua. Corta-se rente ao substrato com uma tesoura qualquer, porque como vamos acertar no substrato (ao de leve) varias vezes, uma tesoura de aquariofilia pode empenar ou perder qualidade na lamina. Com as plantas de caule fora, retirei anubias e musgos. As anubias estavam presas a troncos e a pedras e essas foram fáceis de retirar. As que já desenvolviam raízes para o substrato, foram cortadas essas mesmas raízes a fim de não levantar nada. Por ultimo retiram-se as criptos. Talvez as plantas mais difíceis de retirar. As criptos podem ter raízes que atingem os 30 cm ou mais de comprimento. Se puxarmos mexemos o substrato TODO. A solução passa por levantar ligeiramente com um garfo (que entra ligeiramente perpendicular à planta, dentro do substrato, e corta-se por baixo do garfo sem o retirar do substrato. Uma vez mais, utiliza-se uma tesoura qualquer). Depois de toda a massa vegetal ter saído, retira-se o hardscape (troncos e pedras) que não estão enterrados no substrato. Por fim retira-se todos os vivos restantes. Acreditem que nesta altura em que retirei os últimos camarões, a agua ainda estava muito transparente, mesmo depois de ter retirado tanta coisa. Com os vivos todos dentro da caixa, posso mexer à vontade. Escorro a agua TODA do aquário. Faço-o com o substrato dentro do aquário, e da seguinte forma: Chego o substrato todo para um lado e do outro lado enfio uma mangueira no fundo do aqua e retiro a agua (lama) que sai. O substrato retiro à pazada para dentro de caixas. Esse substrato é depois estendido em cima de tampas dessas caixas (do IKEA por exemplo) para secarem durante a noite. O aquário é lavado com agua e raspado com uma razor. Não aconselho o uso de detergentes quando se monta o aquário logo no dia a seguir como era o caso. O silicone pode absorver esses produtos durante a limpeza e não ter tempo para os libertar em poucas horas. Com isto tudo eram 02.30. Deitei-me… No dia seguinte, sábado, começo por tratar do substrato logo pela manhã, 10.00. Não ia precisar de todo, mas de alguns quilos apenas. Assim, não precisava de tratar de tudo o que ganhava tempo. Como faço para reutilizar? Simples… Uso maioritariamente nas minhas montagens a Amazónia. Nesta ultima tinha uma mistela de substratos. Tinha Amazónia antiga (já vinha de 2 montagens anteriores), 3 kg de Amazónia nova, power sand (uma embalagem pequena), mais o terra nera da Equo (2 montagens), e uma embalagem de Vigor Plus da Equo (2 montagens). Ou seja, substratos ricos, mas já reutilizados algumas vezes. Parte do substrato já vai para o terceiro ano! Utilizo estes porque alem de serem bons, mantêm a sua integridade ao fim de muito tempo. Ou seja, não se desfazem com facilidade. São caros? Uma saco de Amazónia custa aquilo que fumo durante 8-10 dias! Visto desta forma é caro ou barato? Caro é fumar… Assim, e como se mantêm a sua integridade, uso uma peneira para os separar. Utilizo uma grossa primeiro para separar o power sand e o vigor plus do resto. Ambos têm um grão de muito maior diâmetro, e assim ficam logo de fora. Vou utilizar outra vez, porque são substratos férteis e não acredito que estejam já ‘fora de validade’. A seguir, peneiro novamente com uma malha mais fina, separando o pó ou areia que possa existir do substrato do terra nera e da amazónia. Se vos mostrasse ao vivo este substrato que veio do aquário com um novo, dificilmente viriam as diferenças. O pó e areia restante vai para lixo ou floreiras… De manhã lavo também os troncos que vou utilizar (com agua apenas e escovo-os com uma escova de dentes ‘virgem’) e as pedras. Com tempo ainda até ao almoço, trato das plantas que vou reutilizar para a nova montagem. Tinha decidido que nesta montagem ia apenas colocar plantas de crescimento lento e nada de caule. Foram muitos meses de volta do aquário com a tesoura na mão e por isso preciso de descanso. Opto por utilizar apenas anubias, criptos, trident, buces e uma ou outra coisa que possa dar jeito. Comprei 3 potes de plantas que faltavam para completar a minha ideia e estava feito. As restantes plantas estavam a caminho do lixo. Pensava que as ia vender, mas depois de as ver com cuidado abortei essa hipótese uma vez que não estavam impecáveis. Liguei para quem já me tinha comprometido e pus ao corrente da situação: a HM tinha filamentosas. Logo, para mim, se não gosto de comprar plantas com algas, também não as vendo! Nem ofereço! Nem essas, nem qualquer outra que esteja no aquário como é obvio. Se precisasse do dinheiro para esta montagem provavelmente recuperava o aquário e depois fazia dinheiro, mas como tinha decidido que ia ter custo mínimo com ele, e os próximos fins de semana iam ser caóticos, optei por mandar para as floreiras… As plantas que ia usar, recupero o possível. Banho de lixivia a 1/10 durante uns minutos, sacrifica-se tudo o que esteja em pior estado. Corto as raízes em excesso, e retiro todas as folhas que não estejam bem. Mesmo assim fiquei com muito. Dos 4 potes de anubias que tinha colocado inicialmente, tinha neste momento, sem exageros, mais de 15! Todo o tridente que usei para esta, estava num único tufo na montagem anterior… separei agora em 4 porções bem generosas. Com isto já é hora de almoço, 13.00… Recomeço com aquilo que mais gosto, brincar com o layout. Não tinha muitas preocupações estéticas e o tempo era pouco, assim, numa hora coloco os troncos e as pedras. Utilizo apenas no chão do aquário, areia de sílica. Não a branca mas uma ligeiramente mais escura. A opção é estética mas também por causa fauna que penso colocar. O efeito fica impecável, uma vez que o móvel é lacado a branco e o aquário tem as colagens transparentes, hoje ao ver o aquário ao fundo da sala parece que o layout está em cima do móvel e não dentro de um aquário. Como vou colocar criptos e uma echino, tenho de colocar o substrato que preparei. Como não quero misturas a solução passou por arranjar uns garrafões. Corto na altura desejada, retiro o fundo e furo com orifícios pequenos em toda a volta. Lá dentro meto o substrato fértil primeiro e depois a amazónia. Como fica atrás dos troncos não se vê. O espaço entre eles é preenchido com pedras de tamanho pequeno. Passo à fase de plantar. Primeiro a parte posterior (echino e criptos), passo para a bolbitis e tridente e acabo a colocar as buces e anubias nas zonas de sombra. Acabo o layout com a colocação do areão que ajuda na perceção de continuidade da areia com os troncos. Encho com agua diretamente da mangueira do jardim e coloco de imediato um termo a funcionar com o skimer a funcionar para dar circulação na agua e apanhar uma ou outra folha que se tenha soltado. A agua estava ligeiramente baça (muito pouco mesmo) por causa da areia. O filtro (2217), que entretanto esteve sempre na caixa do IKEA com o caudal reduzido, foi colocado logo no aquário. Uma vez que nunca parou (aliás, parou apenas no processo de mudança aquário-caixa-aquário) nunca deixou de estar ciclado. Ou seja, mesmo sendo uma montagem nova, o processo bacteriológico não foi interrompido dentro do filtro. A ajudar esse processo, tudo (com exceção da areia) estava ‘ciclado’ (troncos, pedras, substratos, etc…). Na caixa ficou apenas o outro filtro interno que aguentava perfeitamente algum tempo (pouco), uma vez, que tal como referi, tinha matérias filtrantes cicladas. Com isto finalizado, Janta-se. Depois de jantar, e deixando a agua do aquário chegar aos 25 graus, a mesma da caixa, começo o processo de passagem dos vivos para o aquário. Retiro agua da caixa (25% de cada vez) para o cano, e volto a encher com agua do aquário recém montado. Ao fim de o ter feito umas 4 ou 5 vezes, começo a apanhar os vivos com uma rede e a colocar no aquário. No fim de tudo são 22.00 de sábado, ou seja, 29 horas depois. Hoje conto apenas um morto, um camarão que levou com um calhau na caixa. Tudo a comer bem, e feliz da vida. O melhor disto? Foi a primeira montagem que o puto (4 anos) ajudou… PS: Dinheiro gasto, +/- 20€ (em 3 potes) … PS2: O que fiz aos restantes troncos, pedras e substrato? O que faço sempre, guardo tudo, porque não quero gastar muito dinheiro na próxima vez ;)" O aquário ficou assim nesse dia, Desde esse fim de semana já sofreu algumas alterações, - alguns troncos mudaram de posição -4 cocos foram colocados para os apistos -foram retiradas algumas plantas que estavam atrás e não gostava da forma como ocupavam o aquario - foi retirado o gravel que estava de inicio -foram retirados os dois ancistrus sp. que aparecem nas fotos em baixo. O setup final do aquario, está no fim das fotos. As fotos seguintes retratam como o aquario está neste momento. Espero que gostem. Primeiro a FAUNA A REMODELAÇÃO ACTUALMENTE SETUP Fauna: Casal de Apistogramma boreli; 2 x Farlowella acus; 10 x Corydora habrosus; 15 x Paracheirodon axelrodi; 1 x Swellia leoonelata; 1 x Yunnanilus sp. rosy Flora: Anubias barteri var. nana; Bolbitis heudelotii; Bucephalandra sp. 'Red'; Bucephalandra 'Wavy Green'; Echinodorus palaefolius; Lagenandra meeboldii 'Red'; Microsorum pteropus 'Trident'; Taxiphyllum 'Spiky'; Hardscape: Hornwood; Seiryu Stone; Areia de Silica; Amazonia reciclado Filtro 2217 (5kg de Stilla); Calha MasWas 30w; CO2 pressurizado (1 bps); TPA: Semanal 25% Fertilização Equo: 1ml P, 2ml K, 3 Trace (3 x semana) Valores Agua: Nitratos 5; Ph 6; kH 4; gH 4; 26ºC Aquario 70x50x45
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Concurso de Hardscape na petfestival 2017
Ricardo Gil respondeu a Tozé Nunes num tópico de EVENTOS E CONCURSOS
Presente, sábado -
Já não consegues tirar o tronco? Sempre que olho para as fotos, olho sempre para esse tronco, salta muito à vista... e o resto dos troncos perdem a força e a beleza que têm... se o colocasse mais para o lado direito ficavas com uma composição triangular e com o ponto focal mais no terço à direita. Assim olhamos para o meio, e a riqueza dos lados perde-se. Ajuda tambem para puxar por esse lado meteres aí um pouco mais de plantas para fechar mais rapido essa moita. Um gradiente de cores diferente e fica EXTRAORDINARIO!!! A montagem está muito boa, gosto muito desses pormenores, e acho bem conseguido a transição entre os substrato/pedras/gravel/areia! Arenção a esse buraco que está aí nas pedras. Parece que falta aí uma pedra que foi retirada e te esqueces de pôr experimenta colocar qualquer coisa ali (a seguir à 3ª pedra a contar da esquerda)... Tens aí muito espaço para meteres uns pormenores que te poderão enriquecer o layout, aaí nessas pedras da frence alguns apontamentos de eleocharis sp. mini, por exemplo... Outra coisa que pode fazer é na areia junto ao vidro tirares um pouco de altura. Estraga um pouco a escala. Com muito cuidado arrasta-a para trás... Este aquario será uma grande montagem aqui nesta casa. É o meu palpite
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Boas Gonçalo AHAHAHAHA lembro-me bem dessa situação (de o Juan cortar o wood tight com a tesoura e me ter arrepiado e ter cruzado conversa com alguém ao meu lado. Já não me lembro é de quem era. Para a próxima vez que nos cruzarmos, por favor, diz-me). Estes workshops têm essa motivação extra. Fazem-nos olhar para o nosso aquário e para o dos outros com um sentido crítico diferente. E isso significa que aprendemos sempre mais qualquer coisa. É um pouco como dizes, mais facilmente 'criticamos' outros aquários que os nossos, mas isso deve-se ao facto de os nossos olhos se viciarem por tantas horas de observação! Ficamos à espera das fotos