João Cotter

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  1. Isso promete... O que me parece é que nessas fotos ainda não estão todos os corais do Marco, certo? Ver isso ao vivo é que era...
  2. Da mesma forma que níveis elevados de cálcio e carbonatos resultantes do uso de um reactor de cálcio. É evidente que sim. O que está em causa é o consumo de CaCO3. Quanto mais organismos consumidores maior é a necessidade de um sistema mais eficaz que apenas a kalkwasser. Mas ao que me parece é acrescentado aditivo de 2 partes de vez em quando. Lembro-me que pelo menos numa fase desse aquário havia essa prática. Olá João, permite-me que responda também a esta questão. O meu também está permanentemente ligado, o pH do fluxo que sai do reactor vem a cerca de 6,35. A adição de kalkwasser também é permanente e corresponde a cerca de 50% da reposição de água evaporada (do osmorregulador bifurca e vai um tubo para o reactor de kalk e outro directamente para a sump). O pH do aquário ronda 8,10, a alcalinidade a 11ºdKH e o Ca a 480 ppm. Abraços,
  3. Só para complementar a resposta do Marco, a adição de cálcio e carbonatos por um reactor de cálcio é de tal ordem superior à adicionada pela kalkwasser que praticamente se pode dizer que a kalkwasser não está lá a fazer nada a não ser a elevar o pH. Espero ter-me feito compreender. Por isso é que se vêm muitos aquários com reactor de cálcio e sem adição de kalkwasser. Valores bons de cálcio e de KH são facilmente atingidos e, se o pH for bom, para quê a kalkwasser? Agora se houver um pH consistentemente baixo, a kalkwasser dá aqui uma ajudinha.
  4. Exacto, é o calculador que costumo utilizar
  5. Quando media com o densímetro também me dava esse valor. Agora já está no lixo! :D (Marco, peço também desculpa por abusarmos assim do teu tópico :D )
  6. Luís, o teu densímetro deve estar próximo do correcto. Das últimas vezes que medi a água do Cabo Raso com refractómetro andava por volta desse valor.
  7. Desde que comecei a usar refractómetro, acabou-se qualquer tipo de confiança em densímetros. Pensava que tinha o meu aquário a 1.026 e já passava de 1.030. Corrige isso, Marco. É um exagero. Entretanto, se não há fotos, quando é que se pode fazer uma visitinha? :D ehehe
  8. Sinceramente ainda não me dediquei a conhecer e distinguir estes bichos. :D Mas ainda hoje vi um em cima da Tridacna. Não gostei :D e apanhei-o e foi para a sump!
  9. Ups! :D Não me fiz entender! O que queria dizer é que desde que não laves com água da torneira não há problema em aspirares bem o areão porque as bactérias benéficas não morrem assim! Limpa bem o areão mas mantem-no vivo. Atenção à água apanhada no Cabo Raso. Certifica-te que não choveu muito recentemente, que o mar não está muito agitado e que a água no local está mesmo transparente. Já por várias vezes que lá vou que desisto de apanhar água. Mais vale não arriscar e trazer água cheia de nutrientes e blooms de fitoplâncton (potencialmente nocivos). Será uma grande ajuda, sem dúvida. Se ainda assim não resultar, arranjam-se outras soluções...
  10. Zonas mortas no aquário são locais ideais para o desenvolvimento da fase enquistada dos parasitas. Uma boa oxigenação favorece o metabolismo dos peixes (acelera a digestão do bolo alimentar e permite que sobrem reservas energéticas ao peixe para o crescimento e maiores defesas imunitárias). O oxigénio é extremamente importante para os peixes já que a sua concentração em água salgada é baixíssima. 1/3 do oxigénio respirado pelos peixes é imediatamente consumido apenas para o esforço de respiração (músculos da boca e operculares). Os outros 2/3 para a movimentação, digestão e satisfação de necessidades básicas. O crescimento é o último da lista (e muitas vezes não acontece). Aconselho também a colocar alho líquido (alicina) na comida só por causa dos parasitas. Um achiles também me parece um bocado abusivo para esse aquário. O Chelmon eu desistiria. É um peixe que dá mais frustrações que alegrias. São com certeza poucos os casos aqui no fórum de sucesso com este peixe. Acredito que os casos de insucesso, na sua maioria, não vêm a público e são muitos de certeza. Eu digo já que é um peixe com o qual nunca tive sorte e já desisti. No máximo aguentou-me uns 4 ou 5 meses e o motivo fundamental é a alimentação. Esses bichos são terríveis. Se está assim grande, cuidado!!! :D A cor não me parece o maior problema, mas sim a proximidade taxonómica. Atenção à introdução de cromídeos, palhaços, pseudochromis, etc. De qualquer maneira não é de fiar. Se houvesse maneira de isolar o bicho ao introduzir novos era o ideal. 100% de acordo! Quando é que cá vens? Vais ver umas boas diferenças (para melhor :D )! Abraços,
  11. Ois, Tal como o Marco, eu diria que para um aquário grandito que tenha duros, o reactor de cálcio é fundamental. Quanto a manter a kalkwasser, tudo depende do pH. Se o pH andar baixo, então mantem-se a adição de kalk. Se andar sempre acima dos 8,0 então não creio que vale a pena. No fundo, para quem tem reactor de cálcio, a kalkwasser poderá ser simplesmente uma ajuda para manter o pH no intervalo 8,0 - 8,3 (desde que não se exceda também estes valores). Abraços
  12. Olá Diogo, Nem nos apercebemos do dinheiro que gastamos nisto. Eu prefiro não fazer contas nem pensar muito nisso. Espero que mantenhas a intenção de manter o aquário como de recife. Recentemente optei por alargar o período de iluminação dentro da fase nocturna da tarifa bi-horária e reduzir as horas de iluminação durante o dia. Aquilo que pago de electricidade tem sido também assustador. Um abraço,
  13. O perigo encontra-se à espreita... O Camarão Mantis O perigo espreita nas zonas mais obscuras do seu aquário. Ouve estalidos durante a noite? Ocorrem mortes misteriosas? Prepare-se pois ele pode andar à solta no seu recife... O mantis shrimp, ou camarão mantis ou, como dizem os brasileiros, a tamarutaca é um crustáceo predador que pertence à ordem Stomatopoda e que vive a pouca profundidade em águas tropicais e temperadas. Utilizam garras específicas para capturar e dominar as suas presas, trespassando-as ou despedaçando-as. A força e rapidez que um espécime adulto exerce com as suas garras são equivalentes a um disparo de uma arma de calibre 22. Por diversas vezes, já aconteceu estes camarões conseguirem quebrar vidro duplo. O ataque de um mantis é considerado um dos movimentos mais rápidos no reino animal, com velocidades na ordem dos 10 metros por segundo, sendo que até os peixes mais rápidos são facilmente agarrados, perfurados e imobilizados pelas suas garras. Na realidade, apesar do seu nome vulgar, estes estomatópodes têm muito pouco em comum com os vulgares camarões ou com outros crustáceos decápodes e variam em tamanho de apenas 1 a 2 cm até mais de 30 cm em espécies do género Lysiosquilla, podendo considerar-se uma criatura bastante agressiva. Os seres de maiores dimensões conseguem «vencer» animais de dimensões bastante superiores, seja em situação de defesa, seja em caso de ataque, por exemplo, por uma questão de alimento. Muitas das espécies vivem em corais e rochas e utilizam as suas duras garras como um bastão para reduzirem as suas presas a pequenos pedaços. Estas armas são de tal modo eficientes que são capazes de destruir rapidamente pernas, garras e carapaças de caranguejos, camarões, caracóis e outros seres de constituição rígida. Estes estomatópodes liquidam frequentemente caranguejos de dimensões muito superiores, partindo-os com as suas garras e transportando os pedaços para a sua caverna a fim de os consumirem. Outros animais, como bivalves e caracóis, são simplesmente transportados para «casa» e esmagados contra uma parede. Outro dado notável deste ser é o facto de possuir a visão mais sofisticada do mundo. Um olho de um estomatópode contém 16 tipos diferentes de foto-receptores (12 para análise de cores, em comparação com os nossos 3 cones foto-receptores), filtros de cor e muitos receptores de polarização, tornando a retina destes seres a mais complexa do mundo. Um mantis consegue ver luz polarizada e quatro cores de luz UV. Conseguem também distinguir até 100.000 cores (enquanto que a visão humana consegue apenas ver até 10.000). Outra característica fascinante destes seres é a sua capacidade de comunicação. As comunicações entre estomatópodes apresentam uma das mais rápidas taxas de transmissão de informação do reino animal. Durante interacções agressivas entre estes seres, as taxas de transmissão podem atingir os 8,6 bits por segundo. São de assinalar, como ponto de comparação, as seguintes taxas médias de transmissão: Caranguejos eremitas : 1,5 bits/segundo Rastos de feromonas das formigas de fogo: 1,4 bits/segundo Dança das abelhas: 2 bits/segundo Diálogo humano: 6 a 12 bits/segundo Outra curiosidade interessante é o facto de ser dos poucos seres invertebrados que vivem de forma monogâmica, podendo algumas espécies viver em casal até 15 anos (como é o caso da espécie Lysiosquillina macullata). O mantis no aquário Alguns aquariofilistas consideram o mantis um ser muito interessante e curioso para se ter em cativeiro. Outros consideram-no um problema a eliminar. Geralmente, o mantis surge nos nossos aquários como um hóspede não convidado através dos pequenos orifícios existentes na rocha viva que adquirimos. Os estomatópodes estão presentes em águas marinhas tropicais de todo o mundo, mas é de salientar que a rocha viva de origem indonésia é particularmente rica neste tipo de seres. Os três espécimes que já apanhei nos meus aquários (um dos quais Haptosquilla trispinosa) encontravam-se em rochas provenientes dessa região. Se desejar manter um mantis, deverá ter em conta que se trata de um carnívoro e que comerá tudo o que lhe ofereça (e ainda o que não lhe oferecer). São extremamente inteligentes e peritos em «caçar» os outros habitantes do seu aquário. Portanto, é preferível colocá-lo num aquário sem outros seres que lhe possam servir de presa, senão terá algumas surpresas desagradáveis. Estará um mantis no seu aquário? Alguns indícios: • Desaparecimentos misteriosos Quando peixes, crustáceos e invertebrados começam a desaparecer misteriosamente do seu aquário sem deixar vestígios, muitos aquariofilistas assumem imediatamente que se trata de um mantis. Apesar de este ser um sinal de existência de um estomatópode, tal suposição poderá ser algo prematura, pois outros motivos poderão estar por detrás desses desaparecimentos. • Barulhos estranhos no aquário Outro sinal que pode revelar a existência de um mantis num aquário é a ocorrência esporádica de sons semelhantes a estalidos, principalmente à noite, quando as luzes do aquário estão apagadas. O som provocado por um mantis é muito semelhante ao de um termóstato a bater no vidro do aquário e, como tal, poderá passar despercebido. O Pistol Shrimp, outro camarão que produz também estalidos semelhantes, poderá ser confundido com o mantis. Contudo, o pistol não tem a agressividade nem apresenta os perigos de um mantis, principalmente para os peixes. Há autores que revelam com alguma exactidão as diferenças de sons emitidos por estes dois crustáceos. Capturar o mantis Se descobriu que tem um mantis, é possível que este pequeno ser já lhe tenha provocado alguns danos, como a morte de outros habitantes do seu aquário. Contudo, há que ter em conta que a culpa de ele ali estar e de ter sido capturado numa rocha não é do pobre animal. Ele não pediu para ser colocado no seu aquário. É por estes e outros motivos que deve fazer os possíveis para evitar o sofrimento do estomatópode. Portanto, pense antecipadamente no que lhe vai fazer depois de apanhado. Poderão existir várias hipóteses: • Mantê-lo num aquário só para ele ou numa sump; • Verificar se existe algum aquariofilista interessado em ficar com ele (por exemplo, em fóruns dedicados a aquariofilia); • Verificar se existe algum lojista ou aquário público interessado no mantis. Após decidir o que fazer com o mantis sem o matar, é altura de o retirar do aquário. A maior dificuldade da captura tem a ver com a identificação da localização do mantis. Se sabe que o mantis está lá mas nunca o viu, quando estiver a alimentar os seus peixes observe muito bem as rochas do aquário, principalmente onde existam cavidades. Experimente fazê-lo deixando as luzes o mais fracas possível, mas de modo a que consiga observar bem o aquário. O mantis aprecia locais mais escuros e, muitas vezes, aventura-se um pouco na altura das refeições. Se descobriu a sua «casa», observe atentamente e tenha a certeza que ele se encontra nessa rocha específica. Se assim for, é o momento de agir... Tenha sempre cuidado e proteja as suas mãos com luvas grossas ou utilize qualquer tipo de instrumento de modo a não aproximar as suas mãos do animal. Convém notar que vários mergulhadores já sofreram amputações de dedos por causa de estomatópodes e os aquariofilistas por vezes ficam com golpes desagradáveis. Remova a rocha com cuidado e coloque-a num balde ou outro tipo de recipiente. De seguida, partindo do princípio que não se pretende danificar a rocha nem o mantis, injecte lentamente água doce no orifício em que ele se encontra escondido. Após alguma insistência o mantis saltará para fora da rocha. Se este método não funcionar, experimente injectar água carbónica (água com bicarbonato de sódio ou, simplesmente, água gaseificada). Ambas as soluções anteriores resultaram comigo. O mantis fica apenas ligeiramente atordoado no recipiente e depois é só colocá-lo imediatamente noutro recipiente com água do aquário (e repor a rocha no aquário). Nesta batalha é necessária muita paciência. Alguns aquariofilistas utilizam armadilhas específicas para capturar mantis, mas os resultados ficam, muitas vezes, aquém do esperado, acabando por serem capturados outros habitantes do aquário. Poderão ainda ser utilizados predadores naturais, tais como os peixes da família Balistidae. Porém, terão de ter um tamanho consideravelmente superior ao mantis pois, caso contrário, acabarão por se tornar vítimas do estomatópode. Infelizmente, este tipo de peixes não é compatível com a maioria dos nossos aquários. Se for caso disso, boa sorte na captura do seu «bichinho». Texto: João Cotter
  14. Alimentação de Peixes e Invertebrados Talvez o mais dispendioso e importante aspecto da manutenção de seres aquáticos em cativeiro seja a administração de uma dieta devidamente adequada. A melhor alimentação é, sem dúvida, a replicação da existente no meio selvagem para cada uma das espécies de peixes e invertebrados, já que estes seres, tal como os humanos, demonstram preferência por determinados tipos de alimentos em detrimento de outros. Grande parte dos carnívoros identifica o alimento ao observar uma silhueta específica ou um conjunto de silhuetas. Também os herbívoros e omnívoros têm «pratos» preferidos, que representam os alimentos primários da sua dieta. Durante períodos de escassez, ou períodos em que os alimentos primários não se encontram disponíveis, muitas espécies recorrem a hábitos alimentares residuais, ou seja, alimentam-se de itens que não são a sua primeira nem a sua segunda escolha. Alimentos residuais são aqueles que normalmente seriam ignorados quando os alimentos primários estão disponíveis. O polvo, por exemplo, pode alimentar-se de pepinos-do-mar e, por vezes, de estrelas-do-mar, quando crustáceos e peixes não estão disponíveis. Existem, no entanto, muitas espécies que colocamos nos nossos aquários, nomeadamente espécies marinhas tropicais, que não recorrem a alimentos residuais quando os primários não estão presentes. Algumas espécies tornaram-se tão especializadas no ambiente do recife de coral que chegam a depender exclusivamente de um determinado alimento, ao ponto de morrerem à fome por escassez do mesmo. No seu habitat natural, os animais alimentam-se geralmente de um conjunto de organismos que garantem uma combinação apropriada de aminoácidos, proteínas, vitaminas, minerais e outros componentes nutricionais necessários a um normal metabolismo, crescimento e reprodução. Foram já efectuados numerosos estudos científicos que têm vindo a demonstrar que a saúde e bem-estar gerais de animais aquáticos em cativeiro são directamente proporcionais à oferta de alimento que lhes é disponibilizado. Na natureza, os invertebrados e peixes alimentam-se, através de uma busca intensiva, de uma grande variedade de invertebrados, copépodes, cladóceros, insectos adultos e suas larvas, animais terrestres e até aves marinhas. Apesar de alguns destes organismos serem inapropriados para servirem de alimento em aquários, a compreensão do seu papel é essencial se se pretender formular boas dietas artificiais, que venham a ser aceites pelos nossos seres aquáticos. Em grande parte dos casos, a dieta selvagem da maioria dos animais em cativeiro é total ou parcialmente desconhecida. Uma vez que a nossa intenção é, de uma forma geral, manter seres em cativeiro vivos e com aspecto saudável por períodos prolongados de tempo, devemos esforçar-nos por replicar a dieta natural da forma mais fiel possível. Isto é, evidentemente, mais fácil de dizer do que fazer. Por vezes temos sorte e uma dieta artificial funciona, o que significa que os nossos seres comem o que lhes apresentamos e continuam vivos, gozando de boa saúde. Porém, com maior frequência do que gostaríamos, peixes em cativeiro negam-se inicialmente a comer o que lhes fornecemos. Se esta recusa persistir por muito tempo, estes seres são afectados pelo stress, deixam de ingerir qualquer alimento e acabam por morrer. Quando alimentamos seres recentemente introduzidos no aquário e de reputação difícil, além de nos certificarmos que estamos a providenciar os alimentos adequados para esses seres específicos, existem ainda outros aspectos que devemos ter em conta. Mesmo que forneçamos uma dieta que eles aceitam normalmente, existem factores que determinam o quê, quanto e ainda se esses alimentos serão ingeridos: • Em condições de baixa concentração de oxigénio, os hábitos alimentares dos peixes e invertebrados serão reduzidos ou, pelo menos, alterados. • Após alterações intensas ou moderadas de temperatura, a alimentação pode ser interrompida. • Se a densidade populacional do aquário tiver sido excedida (sobrepopulação), então os peixes maiores e mais agressivos consumirão uma quantidade desproporcionalmente superior de alimento, deixando pouco ou nada para os habitantes mais pequenos, mais fracos, menos agressivos e nocturnos. • Os peixes e crustáceos mais reservados deverão ser alimentados utilizando uma vara ou instrumento que permita levar-lhes a comida mais perto, após os outros seres terem sido alimentados. • Verifique se o tamanho dos pedaços de comida é adequado para todos os habitantes do seu aquário. Se tiver uma extensa variedade de tamanhos de peixes, tal deverá ser reflectido na dimensão dos alimentos que fornece. • Esteja atento à zona do aquário em que cada ser se alimenta. Por exemplo, gouramis e a maior parte dos vivíparos alimentam-se sobretudo à superfície, enquanto os peixes-gato, cobitídeos, etc., alimentam-se no fundo. É evidente que estes exemplos são óbvios, mas há outros casos que não são assim tão óbvios. O local onde os peixes se alimentam poderá ser de muita importância na manutenção dos mesmos a longo prazo. • Quando preparar comidas caseiras, evite a utilização de ingredientes que contenham óleos e gorduras, pois estes poderão reduzir significativamente a capacidade de filtragem do seu sistema. • Apesar de insectos e invertebrados vivos, tais como as minhocas, constituírem um bom alimento, evite comprar peixes vivos com o intuito de os fornecer como alimento, uma vez que é frequente estes transmitirem parasitas internos. • Ao preparar alimentos de origem não aquática, adicione suplementos de algas sempre que possível. • Depois de cada refeição remova do aquário todos os pedaços não ingeridos. Comida abandonada no aquário e crescimento excessivo de algas contribuem para uma rarefacção do oxigénio e elevação dos níveis de amónia e dióxido de carbono. • Alguns aquariofilistas mantêm as luzes do aquário acesas por períodos excessivamente longos. Estudos em trutas demonstraram que peixes em cativeiro expostos a luz contínua durante um longo período de tempo apresentam níveis de crescimento reduzidos. • Tenha em conta que os peixes estão sujeitos a alterações sazonais nas suas actividades metabólicas e fisiológicas que se manifestam frequentemente por alterações no comportamento alimentar. Apesar de estas alterações sazonais ocorrerem em espécimes selvagens, também ocorrem ocasionalmente em peixes em cativeiro que têm estado sujeitos a condições estáveis de luminosidade e temperatura. • O facto de habitantes do aquário recusarem a sua refeição não é por si só um sinal definitivamente negativo. Esteja sempre alerta para esta situação e examine-a devidamente. Se persistir (dois ou mais dias), procure as possíveis causas. • Tenha também em atenção que se fizer grandes alterações no tipo de comida que introduz, tal poderá levar a que os peixes e invertebrados parem de comer. Para evitar este problema, comece a introduzir um novo alimento antes de acabar aquele que estiver actualmente a utilizar. Assim permitirá que os seres em cativeiro disponham de tempo para se adaptarem à aparência, consistência e sabor da nova refeição. Apesar de muitas destas sugestões parecerem do senso comum, o que é facto é que muitos aquariofilistas as ignoram e buscam em vão outros tipos de causas que justifiquem a aparente insatisfação dos seres aquáticos que mantêm em cativeiro. Texto: João Cotter
  15. Kalkwasser nada tem a ver com o Turbo Calcium. Kalkwasser é hidróxido de cálcio e serve para aumentar o cálcio em simultâneo com a alcalinidade e tem ainda como consequências um aumento do pH (por isso deve ser doseado com precaução e lentamente). O Turbo Calcium é fundamentalmente cloreto de cálcio, o que significa que só aumenta o cálcio e serve só para corrigir desequilíbrios quando o cálcio encontra-se baixo relativamente à alcalinidade. O uso desmesurado deste produto fará elevar o cálcio e provocará um desequilíbrio químico no aquário.
  16. Eu aspiraria esse areão para remover tudo o qué é detritos. Se não lavares com água da torneira as bactérias que lá estão não morrem. Esse valor de fosfatos é altíssimo e não é nada bom para corais. Cuidado com o Rowaphos porque doses excessivas e repentinas provocam choques nos corais e na química do aquário. O ideal é ir subindo a quantidade (ou fluxo de água no filtro) de Rowaphos progressivamente ao longo de vários dias.
  17. Não cultivo fitoplâncton mas compro vivo para alimentar os corais. Para já, parece-me que está a dar bons resultados. Adiciono de manhã, quando a luz está ainda apagada e os pólipos dos corais têm máxima extensão.
  18. Bem, eu tenho muitos moluscos com formato de búzio que se foram reproduzindo. Têm o mesmo formato dessas fotos, embora nunca os tenha visto a andar nos corais ou a alimentar-se deles. O que noto é que comem muito bem algas dos vidros e das rochas. No entanto, se visse um deles num coral retiraria imediatamente.
  19. O Chelmon rostratus é dos poucos peixes que já fiz várias tentativas e não consigo ter por muito tempo. Petisca nas rochas e é capaz de comer um pouco de cyclopeeze mas é difícil conseguir mais do que isto. Eu já desisti. Neste caso a história é outra. Um espécime saudável come bastante e pode ser mantido saudável durante muitos anos desde que se tenha óptimas condições e um bom regime alimentar. Tenho 6 acanturídeos e basta olhar para eles para ver que estão gordos e respiram saúde. Abraço,
  20. Concordo com o Marco Madeira em relação à conflitualidade entre espécies do mesmo género. Já agora acrescento que o que tenho observado é que o género Ctenochaetus com Zebrasoma também é problemático, portanto encarem como se fosse o mesmo género. De entre os menos conflituosos há o género Naso. Os Paracanthurus também me parecem pouco conflituosos. Os maiores problemas de conflito surgem normalmente com a entrada de um espécime novo e podem durar entre 2 dias a quase 2 semanas, sendo que a partir daí (se o peixe novo sobreviver ) existem apenas alguns conflitos momentâneos e geralmente sem consequências. Nuno Reis, a opinião do Marco parece-me correcta. Desde que sejam dois peixes pequenos, o flavescens e o hepatus não costumam dar quaisquer problemas. Atenção à carga orgância exercida por tanto peixe nesse aquário. Nuno Prazeres, o mesmo se aplica aqui. Começa com espécimes médio/pequeno e uns anos mais tarde fazes um upgrade para um aquário maior Ricardo, já usei os 2 e o ozonizador parece-me mais eficaz e tem outros benefícios. Eu só o uso quando introduzo peixes novos e quando vejo qualquer ponto branco nos acanturídeos. Mas se nesse aquário já houve esse incidente dessa forma, não é um ozonizador que vai resolver a situação. É muito importante haver muita circulação de água sem pontos mortos, excelente qualidade de água e estabilidade de parâmetros. O ozonizador é só um backup para travar pequenos desenvolvimentos do parasita e não infestações desse género.
  21. Oi Marco, O meu é um AP902 e também está a ser alimentado directamente da tubagem que vem de um durso na coluna seca. Um dos dursos é para o escumador e os outros 2 directamente para a sump, embora estes estejam estrangulados para obrigar a maior parte da água seguir para o escumador. Vou tentar depois pôr aqui uma foto.
  22. Não sei de preços mas na minha opinião a Eheim é bastante superior. Eu tenho algumas Aqua-Bee e o problema é que se acumulam ar no seu interior podem não arrancar quando se liga à corrente. Por outro lado, têm tendência a fazer mais barulho com o passar do tempo. Quanto à Eheim, 100% fiável. É claro que isto é só baseado na experiência das bombas que tenho.
  23. João Cotter

    Comentários

    Olá Ricardo, Eu não estava a pensar num produto que fizesse subir o Ca+KH em simultâneo. Haver até há, não são é muito seguros na minha opinião. Estava a referir-me a elevação dos 2 ou através de produtos de 2 partes ou de um reactor de cálcio. Mas é um facto que um cálcio e um KH mais altos ajudam no combate às algas. A questão é que para elevá-los tem de se ir com calma e não despejar químicos à maluca. Abraços,
  24. Este é uma das áreas mais infelizes do nosso hobby. O preço da electricidade no nosso país não ajuda nada. Oxalá a liberalização do mercado introduza algumas melhorias neste aspecto. Pelos meus cálculos, o meu consumo de electricidade (só para o aquário e seus equipamentos) estimo que ronde não menos que 60 euros/mês. Sim, é um exagero. (o meu setup está nas fichas pessoais de aquários - estamos a falar de cerca de 1100 litros de água no total)
  25. João Cotter

    Comentários

    Boas, Eu não peso as dosagens. Utilizo o seguinte calculador para saber as quantidades: http://home.comcast.net/~jdieck1/chem_calc3.html Caro Fersand, eu não aumentaria o KH sem aumentar o cálcio também. Como tens a alcalinidade equilibrada com o cálcio, se aumentares só a alcalinidade (recorrendo a bicarbonato de sódio, por exemplo) vais provocar um desequilíbrio iónico (Ca baixo e KH alto). O ideal será pensares noutra alternativa mas que permita elevar Ca+KH. Abraços,