Bexiga natatória...
Artigo retirado de um site e Cito:
"Porque o seu peixe tende a boiar na superfície e tem imensa dificuldade de ir ao fundo do aquário?
Porque ele sofre da bexiga-natatória.
Essa doença pode ser causada por diversos factores. Ela normalmente afecta os kinguios ornamentais que possuem um corpo em forma de globo, como os orandas, ryukins e caldas de véu. O peixe passa a estar o tempo todo na superfície boiando (maioria das vezes de barriga para cima), ou ao contrário, fica no fundo subindo a superfície com grande dificuldade. Um peixe que tenha problemas de flutuação mas que fique de lado (bóie lateralmente), normalmente não sofre da bexiga e sim de alguma outra doença.
A bexiga-natatória é uma bolsa epitelial no abdómen anterior que é responsável pela flutuação do peixe. Ela possui uma forte associação com os vasos sanguíneos de forma que os gases podem difundirem-se para dentro e para fora do saco, de acordo com a necessidade de flutuação do peixe. Os kinguios e algumas outras espécies de peixe têm uma adição especial a este sistema, designado de canal pneumático, que conecta a bexiga-natatória ao esófago, permitindo ajustes adicionais da flutuação através da saída e entrada de ar pelo trato digestivo.
Já muito debate foi realizado sobre a doença da bexiga-natatória. Algumas causas já foram estabelecidas como as mais potenciais:
1. Um vírus. O vírus ataca o epitélio do saco e ocorre uma inflamação que torna o epitélio fino demais para que os gases se difundam devidamente. Esta causa está normalmente associada a peixes que não são da espécie kinguio 2. Uma bactéria. Existe pouca evidência que suporte isto, mas é bem conhecido que as infecções bacterianas podem causar o mesmo tipo de afinamento no epitélio do saco. 3. Anatomia. Peixes com formas de globo como os ornamentais estão mais predispostos a esse tipo de problema, pois o seu estômago está comprimido no seu abdómen. Esta característica predispõe a criação de impactos nos alimentos, que por sua vez, entopem o canal pneumático. 4. Dieta alimentar. Alimentar sempre com alimentos secos que tendem a absorver água como uma esponja e expandir cria predisposição a gerar impactos no interior do estômago.
O que posso fazer para evitar a doença da bexiga-natatória?
1. Como sempre, a regra de ouro é ter uma boa qualidade na água do aquário. Se a doença da bexiga-natatória tiver origem infecciosa, o kinguio será capaz de suportar melhor se a qualidade da água for boa. Trocas parciais regulares e testes são um “must”. 2. Molhe previamente os alimentos secos, como os flocos. Isto permitirá que eles expandam antes do peixe come-los, e reduzirá a possibilidade de criar impactos no estômago. 3. Ainda melhor, utilize outras fontes alimentares, como os congelados e vivos, além das papas, é claro. Deve ser variado o tipo de alimento que se oferece.
Digamos que você não leu a tempo estas dicas. O que posso fazer para tratar?(Nota: Alguns destes pontos são exagerados, mas efectivos…)
1. Alimente o seu peixe com ervilhas. Isso mesmo, ervilhas. Compre ervilhas congeladas (grãos) cruas e descongele-as (apenas duas por vez, é claro!). Tire a casca e corte em pedaços bem pequeninos. Segundo um Professor da Escola de Medicina Veterinária do N. C. State College, há possibilidade de que as ervilhas encorajem a destruição do impacto no abdómen do peixe. Não existem ainda provas científicas, mas vale a pena tentar.
2. Não alimente o seu peixe por alguns dias. Não dê nada por dois ou três dias, e algumas vezes, isto bastará para quebrar o impacto no abdómen e voltar tudo ao normal. A maior parte dos peixes pode ficar até 10 dias sem comer.
3. Aspiração periódica da bexiga-natatória também funciona bem. Basicamente, isto consiste em espetar uma seringa na bexiga-natatória e suga algum ar. Não é algo de se fazer de ânimo leve, mas funciona bem. Não é uma cura, mas um tratamento eficaz. De preferência procure ajuda de um veterinário para faze-lo.
4. Estectomia parcial pneumática. Isto é um outro nome para remoção cirúrgica de uma parte da bexiga-natatória. Este procedimento só pode ser feito por um médico veterinário e com especialidade em peixes. Nos E. U. A. já é praticado por muitos. "