Boa tarde.
Estive a ler o artigo que exponho em baixo, cuja a fonte é de um outro forum. Coloco-vos as minhas questões.
De acordo com os gráficos, o que eu não entendo é, se existem plantas com necessidades e exigências diferentes e muitas não precisam de injecção de CO2, gostaria de saber, de que forma podem entao ser compensados através dos outros elementos (iluminação e nitratos), essas mesmas exigências. Isto é, num aquario com plantas pouco exigentes e de crescimento, como é que justifico a presença de folhas amarelas, ou crescimento lento, partindo do principio que a iluminação é suficiente? Se a fertilização são para aquarios densamente plantados, a iluminação e o equilibrio natural do aquario são o necssário para a manutenção das plantas?
Desculpem se não me expliquei com clareza.
Agradeço as vossas respostas.
Como é notório, hidrogénio, oxigénio e carbono são essenciais às plantas na medida que correspondem só por si a cerca de 80% do peso seco. O hidrogénio é em geral obtido pela fotólise da água, o oxigénio é obtido a partir do que se encontra dissolvido na água e que em geral é muito abundante, e o carbono é obtido do dióxido de carbono que existe dissolvido na água, mas que em geral existe em pouca quantidade. Logo aqui podemos verificar o primeiro lugar onde podemos actuar para ajudar as plantas a crescerem mais rapidamente e mais saudáveis: injecção de dióxido de carbono na coluna de água.
Outros elementos que devemos sempre disponibilizar para as plantas são o potássio, azoto e fosforo, usados no aquário pelas plantas sobre a forma de potássio iónico (K+), nitratos (NO3) e fosfatos (PO4). Além destes também é importante ter em conta os níveis de ferro, magnésio e cálcio (sendo que o enxofre é geralmente fornecido em quantidade suficiente pela alimentação que damos aos peixes) que devem ser fornecidos regularmente assim como uma pequena dose de micronutrientes.
Um ponto importante a ter em atenção no que toca a fertilização é a noção de factor limitante. Imaginando um aquário em que temos iluminação ideal e com injecção de dióxido de carbono e fertilização com macro e micronutrientes proporcional,teríamos em teoria um crescimento excepcional das plantas (figura 2).
Figura 2 - Situação ideal de fertilização.
Imaginemos agora uma situação diferente em que temos iluminação e injecção de dióxido de carbono ideais, mas escassa fertilização com micro e macronutrientes (figura 3). Aqui verificaríamos provavelmente um crescimento menor da parte das plantas, apesar de termos condições ideias de iluminação e CO2 noaquário. Neste caso o factor limitante de crescimento é a quantidade de macro e micronutrientes disponível na coluna de água para as plantas usarem no seu crescimento.
Figura 3 - Carência em macro e micronutrientes.
Uma ultima situação ainda, para exemplificar como os factores limitantes podem ser determinantes no sucesso de um aquário plantado. Imagine-se um aquário com todos os factores no seu nível ideal mas com uma deficiente fertilização de nitratos. Resultado? O crescimento das plantas fica atrofiado e ocorre em proporção com a quantidade de nitratos disponível no aquário apesar da total disponibilidade dos outros elementos (figura 4)!
Figura 4 - Situação de carência em nitratos.
O objectivo do dono de um aquário plantado é então conseguir obter um equilíbrio perfeito entre estes elementos (iluminação, CO2 e cada um dos nutrientes) de modo a ter um bom crescimento das plantas sem se verificarem carências nutricionais.
A pergunta mais frequente nesta altura será: então quanto devo eu fertilizar?
Entre diferentes fontes há diferentes valores, mas parece ser do consenso geral que valores de Potássio entre 20 e 30 ppm, Nitratos entre 5 e 10 ppm, Fosfatos entre 0.5 e 1 ppm, Ferro entre 0.25 e 0.7 ppm e Magnésio entre 45 e 50 ppm serão adequados para um aquário sem limitações na iluminação e injecção de CO2