A solução de manteres o CO2 durante o dia é a mais lógica, se não tiveres nenhum sistema automatizado. Eu uso um sistema da JBL com medidor automático de pH ( foi caro, caro) que tem a vantagem adicional de permitir ter a leitura contínua do pH. O que se passa é que as plantas usam o CO2 a partir do momento em que há luz para a fotosíntese, e a partir desse momento o pH tem tendência a subir, até ao momento em que se apagam as luzes, a fotosíntese acaba e todos os seres vivos do aquário contribuem com CO2 para a "atmosfera geral". O CO2 e o O2 são independentes, isto é, para um aquário normal a subida de um não implica a descida de outro. O CO2 é 20x mais difusível na água que o O2 o que significa que se dissolve mais depressa mas também sai mais depressa. Se tiveres um aquário densamente plantado, sem CO2, chega um momento em que as plantas extrairam todo o CO2. O aquário é um sistema em equilíbrio, e o pH é equilibrado pelo conteúdo em CO2 e a sua alma gémea, o BICARBONATO. Se o CO2 desaparecer, o sistema tende a ficar instável, todo o bicarbonato é usado para manter o pH, transformado em CO2, e a água torna-se demasiado "macia": GH e KH muito baixos. Esta água é "água destilada" e é muito susceptível a variações bruscas de pH, passando de pH ácido a alcalino muito facilmente. O resultado é a morte dos peixes, não por pH baixos ou altos, mas pelas variações bruscas do pH. Num aquário mediamente plantado isso não se verifica, o CO2 funciona não para manter a estabilidade mas como "dopping" para as plantas. Num aquário como o que descreves, a solução de injectar o CO2 durante o período da iluminação e parar durante a noite é a mais indicada, segura e barata.