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Chamo a atenção a este tópico. E a ESTE também.
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Oi A Febre dos aquários. O Video está mesmo engraçado e adoro a música. Parabéns Zeca. Aquela sagitaria cresce como maluca. Põe aí umas fotos para se ver melhor os pormenores. Marc06
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Nome cientifico: Otocinclus spp. Nome comum: Oto, Otocinclus Família: Loricariidae A ordem dos Siluriformes (Peixes-Gato) é composta por 33 famílias, 401 géneros e 2297 espécies descritas (em www.fishbase.org). Loricariidae é a maior família e ao mesmo tempo aquela que é mais conhecida pelos adeptos da aquariofilia. “Loricar” significa “com armadura” e é esta a principal característica que distingue esta família de Peixes-Gato. São peixes de barriga chata e boca em ventosa. De realçar são os olhos cujo tamanho de íris se adapta às condições de luz existentes (a maioria dos peixes possuem írises de tamanho fixo). 5 sub-famílias compõem esta família dos Loricarídeos: Ancistrinae, Hypoptominae, Loricariinae, Neoplecostominaee Hypoptomatinae. Ancistrinae e Hypoptominae são aqueles aos quais chamamos “Plecos”, peixes que qualquer iniciante na aquariofilia deve conhecer devido ao Hypostomus plecostomus (o verdadeiro Pleco). Plecostomus foi o nome dado ao género de peixe-gato com ventosa, mas este nome já não é válido hoje em dia. Loricariinae são os chamados “Cauda de chicote” como Farlowella e Sturisoma. Neoplecostominae é a sub-família menos conhecida pois não é importada. Hypoptomatinae são os anões da família e é nesta sub-família que encontramos os Otocinclus que se distinguem por não possuir barbatana adiposa. Um Oto com barbatana adiposa pertence a uma de catorze espécies o género paraotocinclus. Neste momento (2006) existem 33 espécies de Otocinclus descritas: Otocinclus arnoldi (Regan, 1909) Otocinclus bororo (Schaefer, 1997) Otocinclus caxarari (Schaefer, 1997) Otocinclus cephalacanthus (Miranda-Ribeiro, 1911) Otocinclus depressicauda (Miranda-Ribeiro, 1918) Otocinclus fimbriatus (Cope, 1894) Otocinclus flexilis (Cope, 1894) Otocinclus francirochai (Ihering, 1928) Otocinclus gibbosus (Miranda Ribeiro, 1908) Otocinclus hasemani (Steindachner, 1915) Otocinclus hoppei (Miranda-Ribeiro, 1939) Otocinclus huaorani (Schaefer, 1997) Otocinclus joberti (Vaillant, 1880) Otocinclus laevior (Cope, 1894) Otocinclus leucofrenatus (Miranda-Ribeiro, 1908) Otocinclus lophophanes (Eigenmann & Eigenmann, 1889) Otocinclus macrospilus (Eigenmann & Allen, 1942) Otocinclus maculicauda (Steindachner, 1877) Otocinclus maculipinnis (Regan, 1912) Otocinclus mariae (Fowler, 1940) Otocinclus mimulus (Axenrot & Kullander, 2003) Otocinclus mura (Schaefer, 1997) Otocinclus nigricauda (Boulenger, 1891) Otocinclus notatus (Eigenmann & Eigenmann, 1889) Otocinclus obtusus (Miranda-Ribeiro, 1911) Otocinclus paulinus (Regan, 1908) Otocinclus spectabilis (Eigenmann, 1914) Otocinclus tapirape (Britto & Moreira, 2002) Otocinclus tietensis (Ihering, 1907) Otocinclus vestitus (Cope, 1872) Otocinclus vittatus (Regan, 1904) Otocinclus xakriaba (Schaefer, 1997) Mais recentemente encontrei informação sobre um O. cocama ou Otocinclus Zebra que é coberto por um padrão realmente original. Mas não tenho confirmação da sua descrição oficial. Para mais informação sobre a família dos Loricarídeos aconselho esta página: Jon Armbruster's Loricariid Home Page. Descrição: Um dos meus Otos Como todos os peixes da família dos Loricarídeos, os otocinclus possuem uma parte inferior do corpo chata. O corpo é mais alto na zona da barbatana dorsal e vai estreitando até à cauda. A boca tem o formato de ventosa com barbos. Em termos de cores, a maioria dos Otos tem a barriga branca e as costas mais escuras. Uma linha lateral preta acompanha o corpo e termina numa mancha no começo da barbatana caudal. Noto que nem todos os Otocinclus são assim. Ventosa bocal do Otocinclus Odontodes sob o microscópio O Nariz está coberta de odontodes, um tipo de dentes que podem servir para raspar algas de superfícies lisas, mas não estou certo. As vezes prendem-se nas redes. As guelras, que ficam da parte de baixo do corpo são cor-de-rosa em peixes saudáveis devido ao sangue que passa nos vasos finos onde é absorvido o oxigénio da água. A identificação correcta de Otocinclus depende de técnicas profissionais como a contagem de escamas ao longo da linha lateral, detalhes na dentição e da armadura corporal e de comparações de medidas corporais. Dificilmente um amador consegue uma identificação garantidamente correcta. Podemos basear-nos nas cores e nos padrões, como a mancha caudal, mas este método está longe de ser exacto. Devido a esta dificuldade os lotes de Otos importados geralmente vêm com misturas de espécies, por isso me vou referir aos peixes que tenho no meu aquário como Otocinclus sp.. Muitas vezes os peixes são mal identificados nas lojas porque já vêm mal identificados do importador. Espécies muito vistas por estas bandas são Otocinclus affinis, Otocinclus arnoldi, Otocinclus hoppei, Otocinclus flexilis e mais raramente Otocinclus macrospilus e Otocinclus vittatus. É a estes Otocinclus mais comuns nos nossos aquários que me vou referir neste texto. Os hábitos deles não devem variar consideravelmente e se pelo meu conhecimento o fazem, terei o cuidado de o referir. O. arnoldi por exemplo tem manchas mais escuras de diversos tamanhos nas costas e uma linha lateral interrompida, enquanto o O. affinis tem as costas de um castanho muito claro e uma linha negra no lado do corpo que é contínua e fina e que acaba antes da cauda e sobretudo não têm uma mancha preta no início da barbatana caudal. Mesmo na pesquisa pela Internet é muito difícil encontrar informação coerente sobre a pigmentação das várias espécies de Otos. No site alemão www.aquatime.de estão umas fotografias correctas de O. affinis que foram tiradas da revista “Aquaristik Aktuell”. O. affinis é o Oto mais conhecido e distribuído. O nome comum dele é Otocinclus Dourado baseado na descrição deste peixe por Baensch. O. vittatus é ligeiramente maior que as restantes espécies. As costas são manchadas de castanho escuro e a faixa lateral é larga e termina numa nódoa no início da cauda. Há uma faixa branca por cima da linha negra lateral. E finalmente o O. flexilis, chamado Otocinclus pimenta, não tem as linhas laterais marcadas de escuro, mas está todo ele nas costas e nos lados coberto por manchas. Em geral Otocinclus não passam de 5cm de comprimento (as fêmeas são ligeiramente maiores e mais redondas) e segundo relatos fidedignos podem viver mais para cima de nove anos. Origem: A bacia hidrográfica do rio Orinoco Otocinclos podem ser encontrados na América do Sul, na Colômbia no Equador, no Peru e no Brasil. Muitas espécies podem ser encontradas na bacia hidrográfica do rio Orinoco que é um afluente do Amazonas. Há relatos de espécies de Otocinclos encontrados tão a sul como a área de Rio de Janeiro. Habitat natural: Otocinclos vivem em rios lentos, relativamente fundos e ricos em vegetação. Nesses rios é comum encontrar-se partes da vegetação que se soltaram das margens, no meio do rio. Lá, nestas ilhas móveis entre ramos e plantas, encontramos estes peixes. Companheiros naturais dos Otos são Corydoras, alguns Tetras, Discus e Apistogrammas. O pH varia entre 6 e 8, mas tende mais para ser ligeiramente ácido. A temperatura é relativamente baixa entre 20 e 26ºC e a água é tendencialmente mole mas chega aos 15ºdH. Otocinclus entre Corys O comportamento que observamos nos Otos no aquário pode ser justificado no seu habitat natural. Quando estes peixes comem eles descrevem um circuito irregular e imprevisível, e quando sob stress nadam freneticamente por todo o sítio, igualmente em padrões irregulares um pouco como o voo de uma borboleta. Desta forma eles iludir predadores. De repente os Otocinclus param quietos e não se mexem durante muito tempo. No seu habitat natural eles param em lugares da cor das suas costas de modo a ficarem camuflados contra o solo ou o tronco. Quando são atacados por predadores podem permanecer imóveis até o perigo passar, fingindo ser um pedaço de madeira. Este peixe usa as barbatanas anais para se agarrar literalmente a troncos e folhas. Sendo predominantemente herbívoro, o Oto alimanta-se de algas que crescem em rochas ou em plantas. Como o valor nutricional destas algas é relativamente baixo, o peixe passa a maior parte das suas horas acordadas a trabalhar em busca de mais comida. É um peixe de cardume e nas suas buscas por comida desloca-se em grupo. Um único peixe sente-se inseguro e fica muito quieto. No Aquário: Otocinclus apoiado sobre as barbatanas anais A introdução de Otocinclus num aquário é um assunto complicado e muito discutido. É um facto que eles têm uma tendência a morrer às vezes até um mês depois da introdução num aquário, independentemente dos cuidados que se teve com o acondicionamento. Uma vez acondicionados e adaptados parecem ser uns peixes bastante resistentes e longevos. Eles são um bocado sensíveis perante níveis altos de nitratos e preferem água limpa, mas nada parece explicar esta fragilidade inicial. Pois há uma teoria, que eu subscrevo, para explicar o fenómeno da mortalidade elevada de Otos recém introduzidos. Nenhum vertebrado herbívoro é capaz de digerir celulose. Mas nenhum. Acontece que estes herbívoros têm no seu aparelho digestivo uma grande colónia de bactérias anaeróbias e protozoários específicos para a espécie que os ajuda nessa digestão. Se o peixe durante o transporte e também na loja passa fome, o que é comum, essa colónia fica drasticamente reduzida. No nosso aquário ela precisa de se recompor, mas se ela não se compõe a horas, o peixe, apesar de comer, morre de falta de alimentos. Ajuda introduzi-los num tanque muito plantado (se for possível contar os Otos, não há plantas suficientes) em que consigam encontrar muita comida em forma de algas. Podemos suplementar essa dieta com pepino, alface, zucchinis ou pastilhas para peixes herbívoros se os introduzimos num tanque recém montado. Estes peixes são bastante tolerantes em termos de parâmetros da água. O pH pode variar entre 5.5 e 8, a dureza pode variar entre 5 e 15 graus e os nitratos não devem ultrapassar os 10ppm. A temperatura não deve ser muito elevada. Pode variar entre 21 e 27 graus, mas há gente que os prefere manter em água à temperatura ambiente. Li que crias nascidas em temperaturas mais baixas são mais resistentes, mas acho difícil comprovar isso. Otocinclus são peixes de cardume e devem ser introduzidos em grupo num novo ambiente. Um Oto sozinho tende a ficar muito tempo estático como medida de defesa por se sentir inseguro. São considerados muito pacíficos e pela minha experiência não se metem com os outros peixes nem os outros peixes se metem com eles. Ocasionalmente podem confundir um SAE por um deles e acompanham-nos numa volta pelo aquário. Há relatos de otos agressivos, que atacam discos e outros peixes maiores, mas eu julgo que eles ganharam o gosto pela camada mucosa que estes peixes desenvolvem no corpo para protecção e para alimentar os seus alvins. Esta mucosa é composta por diatomas e bactérias e é uma boa dieta. Otos também foram vistos a nadar ao contrário debaixo da superfície da água para comer a camada oleosa que por vezes aparece no aquário. Esta é constituída por diversos microorganismos que ocupam este espaço privilegiado no aquário em termos de trocas gasosas. (Mais tarde irei aprofundar mais este assunto). Otocinclus são predominantemente herbívoros e muito conhecidos e estimados como comedores de algas. São comprovadamente uma boa arma contra infestações de algas, mas conheço situações em que Otos comem comida de origem animal ou mesmo comida viva como microvermes. Tal como as Coridoras, os Otos ocasionalmente nadam até a superfície do aquário para apanhar uma boca cheia de ar atmosférico. Este é engolido e absorvido pelo sangue a partir do intestino. Reprodução: A reprodução de Otocinclus é tão rara que é considerada um evento especial. Não é comercialmente viável e por isso, os peixes que temos são provavelmente apanhados na Natureza. A Reprodução não é, no entanto particularmente difícil geralmente nota-se mais Otocinclus no aquário do que deveriam lá estar. Eles escondem muito bem os seus ovos e são, em geral, muito discretos na reprodução. Ajuda se não houver outros peixes no aquário, embora não seja fundamental. Podemos incentivá-los a reproduzir se baixarmos o nível de água e aumentarmos a temperatura ligeiramente. Depois juntamos água em regadores de modo a restabelecer a temperatura anterior. Devem haver bastantes algas no aquário e há quem defenda uma alimentação com tubifex. A fêmea pronta para depositar ovos nada rapidamente de um lado para o outro no aquário e é perseguida pelos machos. Ela procura uma folha que seja do seu agrado debaixo da qual possa depositar um ovo (fémeas têm ovodepositores). O macho mais rápido encosta-se muito a ela e por fim enrola o seu corpo em volta do nariz da fêmea. Assim ela coloca os ovos na parte de baixo da folha. Pode pôr à volta de 50 ovos amarelados e esverdeados que são posteriormente fertilizados pelos machos. Segundo outros relatos há Otos que depositam ovos em rochas ou mesmo no vidro. Os alvins nascem entre 2 a 4 dias depois e no Atlas de Peixes de Baensch e Riehl descrevem uma dieta de artémia recém eclodida ou espinafres para os peixes-bebés. Depois de duas ou três semanas os alvins começam a parecer-se com os pais. Links com descrição de reproduções com sucesso podem ser encontrados aqui: http://www.otocinclus.com/breeding.html. Eu próprio nunca tive sorte com a reprodução dos Otocinclus, mas não perdi a esperança. Faço a reposição das TPA’s com regador e espero que os Otos e as Corys pensem que é a época de chuva. Links: http://www.otocinclus.com http://www.skepticalaquarist.com/docs/fish...catfishes.shtml http://www.planetcatfish.com/catelog/loricari/G_49.PHP http://calilasseia.0catch.com/biopetspic4.html http://www.plecos.com/art_robert_fenner.php http://users.compaqnet.be/cn007675/Otocinclus.htm http://www.wetwebmedia.com/FWSubWebIndex/o...ocinclusart.htm - "The ideal algae-eater? the littlest South American suckermouth catfishes, genus Otocinclus" by Bob Fenner http://www.planetcatfish.com/shanesworld/178.PHP - ''Little Monkeys in the planted aquarium” by D & R Lalkaka http://www.fishbase.org http://www.auburn.edu/academic/science_mat...rhome/main.html http://www.usm.maine.edu/bio/courses/bio20..._(odontode).jpg http://www.zierfischverzeichnis.de/klassen...macrospilus.htm Nota: Esta foi a primeira das fichas de animais do meu aquário, espero que sirva para conhecer melhor este maravilhoso peixe. Agradeço especialmente ao Rui Pedro por vir aqui para tirar as fotografias com a sua máquina digital. Com a minha nunca me teria safado tão bem. Pesquisei extensivamente a net e resumi e traduzi a informação que me parecia mais consistente (Existem muitos relatos contraditórios). Se alguém pode corrigir alguma coisa que eu disse aqui, eu ficaria muito grato. Deste modo o tópico ficaria mais rico e exacto. Agradeço já. Popov: Ainda vou apresentar a continuação da evolução do aquário. Peço só mais um pouco de paciência. Ontem tirei mais uma fotos, mas tenho de as selecionar primeiro. Miguel: Mais uma véz obrigado pela intervenção tão própria e certa. nfdc: Viva. Trata-me por tu, afinal já falamos algumas vezes. A medida que vou postando aqui, junto tudo num ficheiro Word para eventualmente fazer um PDF. Mas ainda não sei como vou expor as respostas às intervenções. Logo se arranja alguma coisa. Mas neste tópico ainda falta muita coisa. Além da constante evolução do aquário e do acompanhamento de explicações sobre a quimica da água ainda quero apresentar uma ficha detalhada sobre cada animal e cada planta que tenho no aquário. Isso ainda vai dar muito trabalho. E Parabéns pela tua aplicação à Pai. Obrigado a todos.
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Takashi Amano descreve que fez isso mesmo: Despejava Água com gás para dentro do aquário. O Artigo está lindo.
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Viva. 5 Horas de labuto deram num aquário que promete. Gosto particularmente do conjunto de ramos. Fica realmente magnífico. Uma das tuas plantas favoritas, o Juncus repens, não conheço de todo, mas pela sua posição no aquário presumo que faça a passágem entre o lado direito que vai ficar densamente plantado com plantas de caule de crescimento rápido e o lado esquerdo em que usas predominantemente gramínias e que deve ficar amplo. Presumo que este aquário terá peixes que tiram proveito deste lado mais amplo. Vi como colocaste as pedras de modo a criar obstáculos naturais entre os vários tipos de plantas. Como marcos, de certa forma. Acho que é importante salientar isso. Estas pedras dificultam a tendência normal das plantas de se misturar além de servir um propósito estético. Teria plantado as plantas de caule (ludvigia e rotalas) já com alguns 10cm de água no aquário. Assim, com elas erectas na água, teria sido mais fácil ordená-las. Por outro lado era necessário algum cuidado para não levantar muita porcaria. A Blyxa vai tapar as partes de baixo (E menos atractivas) das palntas de caule. Estou a tentar o mesmo no meu aquário. Não fiquei com noção exacta, mas não estará a blyxa muito afrente? Ela ficaria muito bem entre os ramos e não afrente dos mesmos. e a ludvigia ficaria por tráz do conjunto todo. Esta observação está sujeite a uma impressão eventualmente distorcida que tive das fotografias. Não tenho noção quanto espaço ficou entre o tronco e a frante e a traseira do aquário. O Musgo de java eu dispensáva. Ganhei uma adversão pessoal àquela peste aquática e não posso impedir ninguém que a use. A longo prazo, com consecutivas podas da dita planta haverá pequenos restinhos perdidos pelo aquário todo. Estes acabarão por crescer e por estrangular as outras plantas. O Musgo de Java cresce relativamente devagar, mas é resistente como tudo. aconselho outros musgos. Quanto ao Rio... Espero que as plantas lhé confiram algum enquadramento natural. Depois vé-se É tudo que posso dizer. Vou ficar atento a evolução deste aquário. Meus parabéns ao dono do aquário por umas escolhas sensatas. Marc06
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Grande Luís, Tá a bombar o aquário. Estou a gosta do aspecto da sagitaria (Espero que seja sagitaria) E a rotala esta com bom aspecto. A Glosso pareçe estar a esticar-se um bocado, mas está saudável. Então e que tal vão os peixes? Abraço, Marc
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Viva. A Tua evolução é notória entre o teu aquário anterior e este. Há aquela coisa de teres poucas plantas para um início de aquário com substrato fértil. Por o acaso escrevi algo sobre isso no meu tópico este fim de semana, pois também tive este problema. Básicamente aconselho-te TPA's com muita ferquência até teres plantas suficientes. (Estou a falar de 50% de dois em dois dias no mínimo) Como só vais usar a glosso e o musgo de java neste aquário, não tenho muito para dizer acerca da montágem. Fico a espera. A Fauna por enquanto é uma manta de retalhos, mas também não parece ser permanente, por isso não me importo. Tens tido baixas? Abraço, Marc06
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Vou então ficar atento a este tópico.
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Obrigado pela informação Tiago. É muito interessante esse princípio.
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Segue uma conversa que tive por mp com o Miguel Claro e creio que ele não se deve importar por eu juntar esta conversa aqui ao tópico. Acho-a importante e de certo módo abriu-me os olhos para algumas coisas. Fica uma menságem do Miguel: Na realidade discordo da tua opinião sobre a utilização de apenas uma ligeira quantidade de Power Sand! E porquê? Exactamente pelas mesmas razões que tu apontas para não se utilizar uma camada muito espessa! Passo a explicar. Antes de montar o aquário, com os substratos da ADA, procurei toda a informação disponível e conclui o seguinte sobre o conceito que suporta o sistema de substrato da ADA. Segundo o Amano, a base do Substrato, o Power Sand é para ser efectivamente muito rico em nutrientes, servindo de reserva fértil por muito tempo. O Takashi Amano tem aquário plantados a funcionar, com mais de cinco anos! A ideia é manter os nutrientes, especialmente os macros, disponíveis no substrato, acessíveis ao sistema radicular das plantas. Mantendo a coluna de água relativamente pobre nesses macros, evitando-se assim os surtos de algas. Para isso é necessário muito cuidado nas tpa’s, ao encher o aquário e na introdução de novas plantas ou no manuseamento das existentes, para não revolver o fundo; na fase inicial (1.ª semana) devem-se fazer umas 4 ou 5 tpas, de pelo menos 80%, antes de introduzir animais, vertebrados ou invertebrados, exactamente para que o excesso de nutrientes que eventualmente se tenha espalhado pela coluna de água, se dilua. É também arriscado remexer muito o fundo. Desta forma, com as quantidades recomendadas (por exemplo 6 L de Power Sand para um áqua de 90X45X60), a ADA estima uma capacidade de cerca 2 anos de reserva de nutrientes num aquário fortemente plantado, com luz e Co2 à farta e plantas de crescimento rápido. Após o que aconselham a reforçar o sistema com pastilhas de adubo. No meu aquário foi assim que fiz, na 1.ª semana fiz 5 tpa’s à séria, antes de por os peixes e os camarões e não me morreu animal nenhum. Quanto às pedras brancas e porosas, o seu propósito, é segundo o Amano, de servirem de rocha viva, ao serem colonizadas por bactérias nitrificantes, assumindo assim um papel preponderante no ciclo do azoto. Como esse material é muito poroso, tem muita área o que permite colónias de grande quantidade de indivíduos e consequentemente uma excelente capacidade de reduzir as amónias e os nitritos, especialmente utilizando os materiais (detritos), que após se infiltrarem pelo aquasoil acabam por se acumular no fundo do aquário. Também por isso, a estrutura arredondada do aquasoil e a sua granulometria, pois facilita a penetração das raízes e a infiltração dos detritos para junto do Power Sand. Essas pedras porosas e brancas são efectivamente pouco estéticas e cada vez que tiras (arrancas) uma planta, vêm umas poucas de pedras brancas agarradas às raízes. Também não gosto de ver, mas com uma pinça volto a enterrá-las e pronto já não se vêm! No meu caso o sistema ADA está a funcionar relativamente bem. E digo relativamente, porque uma das Echinodorus, a uruguaiensys acusou sinais de carência de cálcio, com folhas muito deformadas. Resolvi o problema com a introdução de uma meia de vidro, com carbonato de cálcio, no filtro, fazendo de reactor de cálcio, como nos salgados. Duas ou três semanas depois de introduzir o cálcio e podar as folhas defeituosas a planta recuperou e emitiu novas folhas saudáveis. Ok! aqui tens a minha opinião! Aquele abraço Miguel Caro Miguel, Informação desta não pode ser mantida do público, mesmo quando não concordas comigo. Aliás: Principalmente quando não concordas. Este tópico é não só para ajudar aos iniciantes nos aquários plantados, como é para me ajudar a mim a melhorar. Esta é a quantidade de Powersand que usei neste aquário. Depois de ler a tua mensagem, confesso, sinto pena por não ter posto mais. Se tivesses lá ao meu lado na altura, ter-me-ias convencido a usar mais. Culpo dois factores. a) No meu primeiro aquário (Em que usei muito powersand) Não fiz as TPA's necessárias no início da montagem. E como resultado fiquei sem alguns animais. Lembro-me nitidamente que foi um dia mau. Não fui ao Cinema com uns amigos desculpando-me com: "Os camarões estão a morrer - preciso fazer algo" (Isso ainda hoje me persegue). Assim iniciei-me no Hobbie com mortes desnecessárias e fiquei amargurado, desculpando o Powersand. b) Neste aquário tive poucas e más plantas para começar a montagem e eu sabia que iria ter grandes problemas com algas. Por isso achei que não deveria usar mais Powersand. Vou voltar a isto num próximo tópico que já ando a preparar. Conclusão: Vou ser muito claro e directo. Meus amigos, se querem montar um aquário plantado usando Aquasoil e Powersand como base, usem a quantidade recomendada de Powersand, mas usem também muitas plantas de crescimento rápido e façam muitas TPA’s. Depois do aquário estabilizar, podem retirar as plantas. Agradeço-te Miguel. (Ah, e gosto da tua solução do cálcio. Se precisar de cálcio, hei de recorrer ao teu conselho) Um aquário estável Não nos devemos esquecer que um aquário é um micro-sistema ecológico em que se desenvolvem todos os processos biológicos que encontramos também na natureza. Deve formar-se um equilíbrio natural ao qual juntamos apenas energia (em forma de luz e alimento) e ao qual retiramos matéria orgânica (podas, tpa’s e limpezas do filtro). A complexidade daquilo que acontece no nosso aquário é estonteante (Mind Numbing – é uma expressão inglesa cujo equivalente português eu queria usar, mas não acho.) Uma pequena parte deste equilíbrio natural e composto pela luta por nutrientes entre plantas e algas. Basicamente Plantas (Macrófitas) têm exactamente as mesmas necessidades que as Algas (Microfitas) e reciprocamente. Ambas lutam pelos mesmos nutrientes que existem no seu meio. Num aquário acabado de montar dá-se, nos primeiros tempos, uma luta pelo aproveitamento de um nicho ecológico que é definido pelo aproveitamento de nutrientes resultantes da decomposição de matéria orgânica. O Aquário oferece nutrientes para quem quiser e as plantas e as algas lutam pelo lugar. Só pode haver um. 1-0 para as plantas: Nós introduzimos no aquário plantas já crescidas e fortes enquanto as algas (que existem em todo o lado) têm de se estabelecer. 1-1 golo das Algas: O raio das algas são rapidíssimas a instalar-se e a reproduzir. Não dão tréguas. 2-1 vantágem para as Plantas: As plantas absorvem nutrientes através das raízes. (Conforme o tipo de planta, pode também absorver nutrientes da coluna de água – mas isto é outra história) Enquanto as algas estão dependentes de nutrientes na coluna de água. Essa é a vantagem que nos permite favorecer as plantas. Como? Eliminando o máximo de nutrientes da coluna de água através de Trocas Parciais de Água, vulgo TPA’s. 3-1 vencem as Plantas: Num dado momento notamos que a quantidade de plantas no aquário é suficiente para absorver a quantidade de Nutrientes existente na coluna de água de modo a não deixar vaga para as algas. Ganhamos. Agora em Bonecos: A Situação Ideal Introduzimos muitas plantas no aquário. Depois da introdução das plantas há uma queda que é devida ao período de adaptação das plantas as novas condições de água e luz. Durante esta queda as algas ganham pé, mas com TPA’s frequentes reduzimos os nutrientes disponíveis na coluna de água e assim damos vantagem às plantas que se estabelecem, não oferecendo o nicho para algas. Uma ajuda neste período de luta é a introdução de uma equipa de limpeza no aquário. Como já disse, algas existem em todo o lado e nunca as iremos eliminar por completo do nosso aquário, por isso é vantajosa a manutenção de uma equipa de limpeza entre a fauna. O Meu Caso Creio que o meu principal problema neste aquário foi a falta de plantas no início da montagem. Graças a esta falta, as algas ganharam soberania e tive algas filamentosas en-gros (Francês para “em quantidade”). Foi apenas com muitas TPA’s e a introdução de 3 Crossocheilus siamensis que consegui voltar a privilegiar as plantas. Algas Filamentosas Uma praga que dificilmente é apreciada pela sua extraordinária capacidade de adaptação. Plantas indiscriminadamente colocadas para aproveitar mais a luz Espalhei plantas pelo aquário sem pensar no sentido estético, mas para aproveitar mais luz para crescer mais. Podem acreditar ou não mas senti o momento em que as plantas ganharam a luta. As algas estão a diminuir em quantidade e as plantas vingam que nem malucas. Ganhei. Agora posso preocupar-me em arranjar as plantas como eu as quero. (Mas disso falo de uma outra vez) O Pior Caso: 1-3 ganham as algas. É isto que acontece quando se começa um aquário com substrato fértil com poucas plantas e pouca paciência para TPA’s. Atenção! Ficam prevenidos.
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Viva Pedro, Já passou algum tempo, não? Então e que é desse aquário de água salgada? Venham fotos actualizadas. Abraço, Marc06
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Se calhar este tópico deveria dar mais nas vistas. O Título não ajuda. Afinal trata-se de algo que pode interessar a qualquer um. Marc06
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Tiago: O que é um aquário tipo Kreisel? Gonçalo: São urticantes e podem matar peixes pequenos, mas não tem "espinhos" fortes o suficiente para penetrar a pela Humana. Continuo fascinado com estes bichos. A razão por eles aparecerem irregularmente em alguns anos e em outros não, deve ser para não se desenvolver um perdador especializado.
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Martita: Erro meu, não fazia ideia que medusa e anemona eram duas fases de crescimento distintas. Crescer e Aprender. Obrigado. Já corrigi. Zack_d_la_rocha: Sim é confusão minha. Tirei as Fotos porque já não estão no mesmo servidor. Mas podem seguir o Link. Então ninguém viu medusas assim em agua doce?
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Eriocaulon cinereum - 1 Eleocharis retroflexa - 1 Lobelia cardinalis (small) - 1 para mim.
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Alguem aqui do Fórum Já teve ou Tem uma destas criaturas no seu tanque? São medusas de água doce. Encontrei fotos no site do Oliver Knott. (http://www.pbase.com/plantella/jellyfish)Parece que são animais muito comuns. Quero saber mais sobre medusas de água doce. Se alguem já teve contacto com esses bichos que fale aqui! Marc06
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Ta fixe a explicação sobre fotografia. Isso ajuda a muita gente. Eu inclusive. obrigado. Estava eu a podar umas plantas quando senti algo na minha mão. Apanhei um cagasso valente. (Podia ser um crocodilo). Mas era só uma caridina. E os SAE também vinham à mão. É Giro. E é uma boa maneira de lavar as mãos. Um pouco demorada talvêz... Abraço, Marc06
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... E assim acaba a conversa.
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Meu nome fica na lista dos interessados. É possível que algumas lojas estejam inetressados nisso, não? assim seria mais fácil distribuir 50vasos. Se calhar fica muito complicado. Sugiro que este tópico seja transferido para algo que chame mais a atenção.
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Parece que é desta. Boa, André.
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Usei o Florite e não gostei. As pedras têm arestas muito afiadas. tb prefiro ADA e o preço é semelhante.
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Respostas Bytter: Estou a ver que temos gostos semelhantes. Entendemo-nos bem. Não conheço alguns dos livros que mencionas, mas se dizes que vale a pena irei andar a procura deles. Eu próprio estou numa de Douglas Adams neste momento e só posso aconselhar a ficção dele. Aconselho-te o uso do máximo da água do teu aquário antigo, sem dúvida. Se for possível usa também o mesmo filtro. Assim já tens meio caminho andado no sentido de estabelecer um sistema saudável. (Presumo que o teu aquário actual não traga nenhuma doença na água – não queremos passar os vícios de um aquário para o outro). Quanto aos peixes, montei um pequeno tanque com a água do aquário antigo, um filtro e um termóstato para os aguentar enquanto montava o aquário. Nesse aquário (sem substrato) os peixes ficaram bem durante uns dias. É preciso pensar em fazer TPA’s (Trocas Parciais de Água) porque o tanque é, em princípio, mais pequeno que o aquário de onde os peixes vieram. (Há mais peixe em menos água). Para mim é importante ter os peixes guardados numa situação estável, porque não quero ser obrigado a apressar a montagem do novo aquário. Entre a montagem do “Hardscape” e a introdução das plantas deve-se dormir uma noite para, na manhã seguinte, olhar para a montagem com outros olhos. Ajuda bastante. Faço isso quando desenho. Se usas 50% da água ciclada do teu aquário anterior, já tens a aclimatização resolvida. Será como uma grande TPA para os peixes. Depois introduz os peixes lentamente um a um, começando com os mais resistentes. Observa-os bem. Não faz mal que este passo dure mais um dia. Por fim é fulcral que faças muitíssimas TPA’s nas primeiras semanas de existência do novo aquário. Se tiveres o teste de amónia, vai testando. Assim saberás quando o aquário estiver ciclado. (Isto é quando o ciclo do azoto estiver completo). Até agora ainda não me morreu nada. Estou muito feliz por isso. Boa sorte aí, Hugo. nos: Depois de ler esta pergunta fiz a experiência. Apanhei uma Neritina e coloquei-a num lugar que tinha dessas algas filamentosas. A deslocação deixou-a atrapalhada e ela ficou parada durante bastante tempo. Depois mexeu-se para fora do lugar das algas, deu meia volta e voltou a entrar lá muito devagarinho. Observei-a até me ir deitar. Todo o tempo ela ficou no lugar infestado pelas ignominiosas algas. No dia seguinte ela deambulava pelo tanque enquanto o lugar continuava com algas. Fico com a impressão que a Neritina comeu algumas algas filamentosas, mas com a vontade e com a velocidade com que uma criança à vossa escolha come favas com grelos. Miguel Claro: Viva. Obrigado pela resposta. O Powersand é excelente. Deixo isso como ponto assente. No entanto é ele que nos primeiros tempos da montagem do aquário larga a maioria dos nutrientes. O Aquasoil contém nutrientes também. Se olharmos bem para ele reparamos que alguns dos grãos de “terra” se desfazem com mais facilidade e são brancos por dentro, mas estes vão-se libertando aos poucos. Ora o Powersand é uma bomba de nutrientes que liberta, entre outros, muito nitrato. Na minha primeira montagem usei potes de Powersand e a quantidade industrial de nutrientes deu-me cabo dos camarões e de duas Neritinas. (Estes animais são sensíveis a elevados níveis de nitratos). Medi na altura 120ppm. Desde então sou mais cuidadoso com Powersand. Não quero que o aquário me exploda na cara. Há mais uma razão. A estrutura do Powersand é composta por pedras muito porosas para nelas se instalar a colónia de bactérias que vai decompor os restos orgânicos nos seus componentes essenciais para serem assimilados pelas plantas. Essas pedras são brancas e são maiores do que os grãos do Aquasoil. Ao longo do tempo estas pedras brancas virão à superfície do substrato por acção mecânica. Se abanarmos um saco de batatas, as maiores eventualmente virão ao cimo. Eu sei que é um pormenor sem importância, mas eu não gosto de ver as pedras brancas no meio do meu substrato. E se tenho muito Powersand, nunca mais me despacho a tirá-las. As Neocaridina denticulata médias e maiores, estão à vontade dentro do meu aquário. Entre os xistos há lugares em que elas se podem refugiar. Estes esconderijos são importantes para o bem-estar dos animais, mesmo que não haja ameaças directas no aquário. Mas os camarões recém-nascidos são implacavelmente caçados pelo Microgeophagus ramirezi. Tenho a certeza absoluta porque já o vi. Um camarão acabou de dar à luz nos primeiros dias da montagem. O número de camarões foi diminuindo e numa ocasião vi o RAM pairar atento a uns 3 cm do substrato à caça de um pequeno camarão. Ele aproxima-se devagar e pára. Olha para o camarão e de repente dispara e, chupando a água em redor, suga também o camarão que não consegue escapar. Entretanto o RAM perdeu o interesse na comida que lhe deito e vigia o substrato à procura de pequenos camarões que lhe cabem na boca. Numa ocasião vi-o aflito a respirar muito depressa. Quando me aproximo preocupado, noto que tinha na boca um camarão bem maior do que eu imaginava que ele poderia engolir, o alarve. Só pude julgar o tamanho do camarão pelas compridas antenas que saíam da boca do ciclídeo. Fiquei ralado que ele poderia morrer engasgado e eu não sei aplicar a manobra de Heimlich em peixes. Mas pensando melhor achei que o pequeno monstro merecia morrer por dizimar a minha cultura de Red Cherrys. Não morreu e hoje estou grato. Tenho bastantes camarões e de certa forma o Ramirezi controla a população e garante que só os melhores camarões sobrevivem. Ele tem comida viva e livrou-se assim de um problema de parasitas intestinais que ele teve e eu guardo o “Flagyl” que comprei para tratar do assunto. Extreme: Bem-vindo aqui ao fórum. 5.5 não é um valor demasiado mau para muitas espécies de plantas e peixes. Mas compreendo a tua aflição. Prefiro poder controlar o pH com mais facilidade. Aconselho-te a medir a dureza da água. Uma dureza maior estabiliza o pH. Testa o pH da tua torneira. Se tiveres muita matéria orgânica em decomposição no aquário tira-a (folhas mortas ou troncos). Mede o CO2. Excesso de CO2 baixa o pH. Analiza, por fim, todas as partes do teu problema e vais chegar a uma conclusão. Não acho normal um pH de 5.5 se manter durante 2 meses. Mede o pH antes da luz ligar, durante e depois da luz apagar. Isso pode ajudar a chegar a uma conclusão. Por fim, se tiveres mesmo desesperado, podes aumentar o pH com pequenas doses de calcário. Os camarões e os caracóis vão agradecer. Mas não sei mais nada sobre isso. Fiz uma nova tabela com a variação do pH. Nota que o pH da minha torneira está pouco acima dos 7. O pH nos primeiros 15 dias Aqui nota-se bem que a variação do pH é menor desde que aumentei o kH da água com bicarbonato de sódio. Convém mencionar nesta altura que uma colher rasa de chá com bicarbonato aumenta aproximadamente 1 grau de dureza no meu aquário de 120 litros. É preciso doseá-lo com cuidado para evitar stress desnecessário aos peixes. Na TPA de hoje devo aumentar mais um grau. Noto também que o pH não desce tanto desde que tirei a turfa do filtro, mas essa alteração é mais subtil e pode ser casual. Para acompanhar um aquário plantado como este, sugiro um registo dos valores medidos ao longo dos tempos. Assim torna-se mais fácil contrapor um sintoma de anomalia a uma possível causa. Eu próprio criei uma tabela semanal que vou preenchendo. No final é muito mais fácil perceber alterações fundamentais e tendências na água do aquário. Assim consigo combater problemas antes que estes surjam. Os valores medidos na segunda semana Como exemplo está aqui a tabela da segunda semana da existência do aquário. Nestas tabelas anoto não só o pH e os outros valores que meço, mas também o que vou usando de fertilização (ainda não uso qualquer fertilização neste momento aparte do CO2). Nesta tabela aponto a contagem dos peixes e quando compro novos peixes. Noto quando morrem e faço outros comentários gerais. Esse método de controlo e prevenção ajuda-me muito, e como tenho essas folhas num “clipboard” pareço muito sério e credível o que é uma piada muito boa para quem me conhece bem. Se querem porventura experimentar acompanhar desta forma a evolução posso deixar aqui um ficheiro pdf com uma versão mais recente dessa tabela. http://www.qualalbatroz.pt/aquariofilia/filtro01.jpg' alt='filtro01.jpg'> Setup Básico de Filtros para Aquários Plantados Gosto desse esquema, que eu traduzi para português (espero que ninguém se importe), porque mostra o que eu quero. A filtragem biológica junto da saída do filtro e não junto da entrada. Isso no jornal oficial da ADA. Mais adiante no jornal, dizem que se deve usar filtragem química com carvão activado apenas nas primeiras semanas de um aquário novo. Por isso desculpo eles terem posto carvão na gaveta do meio. Devo dizer que fiquei intrigado com essa informação. E como provém de fonte fidedigna, decidi que vou alterar o meu filtro. Vou colocar filtragem mecânica na primeira gaveta e vou usar as bolas cerâmicas para filtragem biológica na segunda e terceira gavetas, ou seja mais perto da saída da água do filtro. Logo noto as alterações que isso provoca. Uma piada Sobre Peixes de Fundo P.S. Ontem terminou o prazo de inscrição do concurso da ADA de 2006. Desejo boa sorte a todos os participantes tugas. Eu próprio tenho pena por não ter o aquário pronto.
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Uma Dúzia de Dias Doze dias, faz o meu aquário hoje; quase duas semanas. Tirei-lhe umas fotos ontem depois de TPA (Troca Parcial de Água). Pensei. O Meu Caixote Em termos de manutenção o aquário tem dado muito trabalho. A minha principal preocupação é a prevenção e o combate às algas. O substrato larga demasiados nutrientes durante as primeiras semanas e tudo aquilo que não é aproveitado pelas plantas é usado pelas algas. Problemas a) Tenho poucas plantas e aquelas que tenho vieram atrofiadas da minha montagem anterior. Elas estão a recuperar lindamente, mas não absorvem todos os nutrientes disponíveis. b) Não tenho ainda Crossocheilus siamensis – O Comedor de algas Siamês é um dos poucos peixes que toca em algas filamentosas. Tenho algas filamentosas no meu aquário. São poucas e vou tirando as folhas afectadas, mas não deixa de ser uma preocupação grande. c) No décimo dia ainda tenho amónio na água. O ciclo do azoto ainda não está completo e a água está um pouco turva. Pontos de Vista Soluções? Na última TPA cortei as partes de cima das plantas de caule (Bacopa australis e Rotala sp. “green”) e plantei-as espalhadas pelo aquário. Assim aproveito melhor a luz e a massa vegetal cresce mais depressa. Um para mim, zero para as algas. A razão pela qual o aquário tem dado tanto trabalho nestes primeiros dias é a seguinte: Tenho feito TPA’s no mínimo de dois em dois dias. Deste modo vou diminuindo a quantidade de nutrientes disponíveis na coluna de água. Dois para mim, zero para as algas. Com TPA’s frequentes os níveis de amónio ficam também dentro de limites aceitáveis. Não tenho a certeza, mas penso que as trocas persistentes de água do aquário por água da torneira tornem mais difícil a criação de uma sã colónia de bactérias. Isso explicaria porque no décimo dia, um dia após uma TPA, medi 3ppm de amónio. O SAE ou Comedor de algas Siamês é um peixe muito vinhaço e um excelente combatente contra algas. É também um peixe esperto. Sempre tive desses peixes e posso dizer que eles saltam para fora do aquário. Não é demasiado frequente, mas é um facto que este peixe pode muito bem saltar de aquários abertos. Outra coisa importante é o facto de ele ser omnívoro. Ele come tudo. E quando um SAE se habitua a comer a comida de flocos que deitamos para os outros peixes, acabou-se o combate às algas. Flocos são muito mais fáceis de apanhar do que algas. A partir daí o Siamês só come e como está de barriga cheia, não se mexe muito. Fica enorme num instante. Quando compro um SAE, gosto de o comprar muito novo e pequeno. Estes demoram mais tempo a perceber que podem comer flocos tanto como algas e não conseguem saltar tão alto como os adultos. Como são peixes muito resistentes, vivem muito tempo. Ainda pensei em não os meter neste aquário, mas estou a ver que preciso deles para acabar com as algas. Não os queria meter no aquário porque só quero peixes pequenos. (menor que 5cm) e um SAE adulto pode chegar aos 14cm. Isso pode eventualmente estorvar uniformidade que imaginei para os tamanhos dos peixes. Dia 12 Vou-me habituando ao “Hardscape” deste aquário. Com tão pouca planta não posso senão pensar no tronco e nas rochas. Além de ter conseguido criar uma boa barreira entre os dois tipos de substrato, porque até agora ainda não se misturaram, consegui criar diversas situações engraçadas que fazem sentido fora do contexto do resto do aquário. Não sei se me estou a conseguir explicar. Como já expliquei durante o planeamento do aquário, a posição de cada rocha e de cada tronco deve ser ponderada, não só do ponto de vista prático, como do ponto de vista estético. No arranjo aparentemente aleatório de elementos naturais, um padrão é subconscientemente detectado pelo observador e as atenções são dirigidas aonde nos convêm. (Ou pelo menos gostaria que fosse assim não fácil). Um “Layout” Triangular Optei por um arranjo triangular porque me convinha, dado a posição do aquário em relação às paredes. As plantas devem reforçar esta ideia, mas isso só poderei mostrar com tempo e muitas podas. O posicionamento do tronco já foi discutido durante a montagem do aquário. Acho que é uma bela peça de Hardscape. O que se nota melhor neste esquema e o alinhamento das rochas com o tronco, reforçando a ideia do arranjo triangular. A pedra que forma o pequeno triangulo vermelho existe para destoar essa ordem geométrica. Um subtil toque de entropia, ou o sal na sopa. Um contrabalançar. Isso é o grande esquema. Mas aquilo que me satisfaz é o facto de eu conseguir olhar para o aquário de outros ângulos e ver situações que fazem sentido mesmo sem considerar esse grande esquema. Percebem agora? Quando olham para a foto da frente do aquário conseguem imaginar o triangulo? ”Red Cherry” Boa Notícia: Ainda está tudo vivo. Fui capaz de ontem contar as corydoras todas isto faz: 5 Otocinclus sp. 4 Neritina natalensis Não sei quantas Neocaridina denticulata 10 Corydoras pygmaeus 3 Iriatherina werneri E um Ramirezi.
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Podem certamente contar comigo! Embora ainda não explorei as plantas disponíveis no mercado português, sinto que há nichos que podem ser preenchidos. Quem dá a cabeça?
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<span style='font-size:23pt;line-height:100%'>Respostas</span> A todos – Agradeço novamente a atenção a todos que leram este tópico e espero que possam ter aprendido alguma coisa. Agradeço especialmente aos que me responderam aqui no tópico, ao meu pai e à minha mãe por me terem feito, ao meu professor de filosofia do nono ano, seja lá quem for, ao meu agente e à minha namorada. Em seguida respondo aos que me fizeram perguntas directas ou aqueles que fizeram comentários demasiado provocantes: vitlated: Obrigado pela ajuda. As plantas que usei neste aquário são as mesmas que já tive antes. Limpei todas com muitíssimo cuidado, mas algas existem em todo o lado. Podes montar um aquário em condições estéreis em água destilada, mas se houver condições favoráveis, garanto que vão aparecer algas. Em relação à luz estou à vontade pois o aquário está num corredor que não recebe luz directa de lado nenhum, nem com todas as portas e janelas abertas. Antes de montar este aquário já tive 3 Layouts diferentes montados no mesmo sítio e nas mesmas condições de luz. O terceiro é aquele que eu mostro no início deste tópico, os dois anteriores são estes: Meu Primeiro Aquário – Foi para experimentar os mais diversos tipos de plantas. Durou 4 meses. Meu Segundo Aquário – Esse já foi mais a sério, mas acabei por me cansar. Durou 7 meses. Não tive problema nenhum com algas. Por isso creio que o problema no Plantado v3.0 foi mesmo o uso incorrecto de fertilizantes líquidos. Neste aquário tenho de ter muito cuidado com algas porque tenho poucas plantas para absorver nutrientes. Uma boa jogada é a seguinte: espetar com plantas flutuantes no aquário. São fáceis de tirar depois e crescem bem. Mas não podem tapar a luz para as outras plantas. A melhor planta para isso deve ser a Ceratophyllum demersum porque pode crescer a um ritmo estúpido e há quem diga que a planta segrega um líquido que combate algas. (Se alguém sabe mais sobre isso, peço explicações). Rui Pedro – Grande homem. Hei-de te ligar quando ficar sem gás, para ver o que se passa com a válvula. Mas com este sistema o CO2 tem durado e durado. Abraço. Bytter Acho que compreendo o que queres dizer. Se não o fizeste já, aconselho-te vivamente leres livros de Carl Sagan, pela maneira como aborda Deus. É inspirador. No livro “Cosmos” há uma parte que no filme não aparece sobre uma mensagem escondida dentro de “pi”. O Conceito é sublime. O que tu sentes em relação à informática sinto eu em relação a geometria descritiva. Acho que clarifica curiosamente as ideias. Mas, por outro lado, acho importante e até admiro quem se dedica a Deus com sua alma. A capacidade de ter fé, de acreditar sem provas, a verdadeira disposição para o bem, são coisas que admiro profundamente. Não conheço muita gente assim, mas suficientes para saber que é possível. Não falo dos ditos católicos que foram baptizados bem antes de desenvolver uma consciência coerente do mundo e que desde então têm evitado pensar muito no assunto, porque sempre tiveram coisas mais urgentes em que pensar. Muitos dos meus melhores amigos encontraram Deus nas suas vidas e quase os invejo por isso. Eu tenho o meu próprio Deus. (Aquele das pequenas coisas.) O que é subentendido e o que nos distingue. O que faz com que tudo bata certo. A Razão. kromoAqua Também eu acho que essa foto saiu bem. Tentei criar em todo o aquário pequenos pormenores que fazem sentido no todo, mas que, como no caso da fotografia, também funcionam separados do resto do aquário. Paulo Fernandes E a correria que foi ajustar o temporizador na máquina fotográfica, correr até o aquário e pôr-me na posição para a foto… Não tive ajuda. Tiveste no Algarve. ivanpantz Isso do balde não me assustou nada. Tenho um Livro “Meisterwerke der Architectur” Que é enorme e que forrei todo em plástico para usar debaixo do balde. Mas dessa vez com as correrias da máquina fotográfica nem me lembrei. O vidro do aquário é de 8mm. Mas prometo que não o volto a fazer (a não ser que esqueça novamente do livro.) Quanto às incorrecções no CO2. Isso chateia-me porque não quero incorrecções! Tu tens paciência para corrigir o texto e depois falamos com um moderador para substituir lá no sítio. É que eu já não posso editar a mensagem. E não suporto saber que está mal. Muito obrigado pela ajuda. Moderadores? É possível? sergioveterano Tu deves conhecer aquela sensação de impotência perante uma ideia. Sei o que quero e na minha cabeça faz sentido, mas as minhas mãos são atrofiadas e quando a ponta do lápis toca no papel a ideia perde claridade e não sou de todo capaz de exprimir o que me vai na cabeça. Muitas vezes estou longe de conseguir recriar no papel o que imagino. Fico parvo. Por favor diz-me que isso é normal. Sou, sim, mais apto que muitos para transpor ideias para o papel. Isso é porque trabalho muito e gosto do que faço. Mas acho que há gente com o dom de desenhar exactamente o que querem. No caso do desenho olhe o Dave McKean ou o Bilal ou o Frezzato ou o Civiello etc… Durante o curso tive um colega chamado Agostinho que tem o dom. Mas eu não o tenho. Não me considero dotado. E aquilo que sei fazer tive de lutar para o aprender. Aos meus olhos, no entanto não é nada de especial porque estou amaldiçoado com a capacidade de reconhecer o que é sublime. E é isso que eu quero se capaz de fazer. No caso dos aquários é exactamente a mesma coisa. Há gente que parece ser “um” com o aquário e que o faz dançar ao seu ritmo. Ora eu não. Eu tenho de estudar e calcular e medir para o conseguir. É essa a diferença e eu tenho de a reconhecer. O que eu disse faz algum sentido? Pedro Nuno – Na sequência do que eu acabo de escrever: “Isso queria eu.” Mas obrigado. manu33 – Não sou génio não, nem tenho “o dom”. É isso que estou a tentar explicar. Será que ninguém entende que aquilo que aqui está é só trabalho e números e contas e mais trabalho. Alguém compreende o que estou a tentar dizer? (Aqui estou a sorrir enquanto escrevo. Não estou de modo algum chateado. Digo isso para evitar maus entendidos – ‘Tou na boa) Não faz mal nenhum se não compreendem. Esta conversa já está comprida e é muito chata de ler. Até usei palavras como “conceitualizar” Isso é o cúmulo. Estou a tornar-me o meu professor de filosofia do nono ano. Oh não! Vamos lá todos esquecer essa coisa de Arte. Cada um tem a sua opinião e na minha eu tenho ainda muito a fazer até conseguir o que quero. E isso eu acho bem. É o caminho que conta. Obrigado a todos que acham que eu sou alguma espécie de génio, mas podem tirar o cavalinho da chuva. Cheiro mal dos pés e atrapalho-me todo quando falo com miúdas: sou um gajo perfeitamente normal. nfdc – Nada. Dentro do reactor só há a água que vem do filtro. Como o caminho da água fica mais largo de repente, ela anda lá aos turbilhões e basta isso para manter o gás lá até se dissolver. Bytter Oi novamente. Eu aqui preciso de fazer um reparo muito importante: Por esta altura ainda não tinha tocado no filtro. Desde que montei este aquário até ao quinto dia, não toquei no filtro que usei no layout anterior. Não toquei porque precisei da colónia de bactérias nitrificantes em ordem. No quinto dia finalmente abri o filtro e nisso lembrei-me de algo que foi asneira. Como no aquário anterior eu usei substrato inerte eu tive de usar turfa para baixar o pH. E onde é que eu usei a turfa? No filtro. Pois é! É verdade que o substrato da ADA baixa o pH. Cria um buffer. E é verdade que nas primeiras semanas o substrato baixa mais o pH até ele estabilizar. Mas não é verdade que o pH cai até aos 5. Isso foi porque eu ainda tinha a turfa no filtro. A turfa também baixa o pH. Só com o aquasoil suponho que o pH possa cair até aos 6. Mas com um bom acondicionamento não terás dificuldade em adaptar os teus peixes. Estou a preparar um tópico sobre isso mesmo. Se esperares vais saber mais. Controlar o pH Vista Lateral Num aquário plantado, mais do que num outro aquário de água doce é importante manter o valor de pH controlado pelo bem-estar da fauna e também da flora. Mas afinal o que é pH? (Segundo a Wikipedia) O pH ou potencial de hidrogénio iónico, é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer. O conceito foi introduzido por S. P. L. Sørensen em 1909. O "p" vem do alemão “potenz”, que significa poder de concentração, e o "H" é para o iãos de hidrogénio (H+). Às vezes é referido do latim pondus hydrogenii. O "p" equivale ao simétrico do logaritmo de base 10 da actividade dos iões a que se refere, ou seja, pH=-log10[H+] em que [H+] representa a actividade de H+ em mol/dm3. Alguns exemplos: Ácido de bateria <1.0 Suco gástrico 2.0 Sumo de limão 2.4 Cola (refrigerante) 2.5 Vinagre 2.9 Sumo de laranja ou maçã 3.5 Vinho 3.5 Cerveja 4.5 Café 5.0 Chá 5.5 Chuva ácida < 5.6 Saliva pacientes com cancro 4.5-5.7 Leite 6.5 Água pura 7.0 Saliva humana 6.5-7.4 Sangue 7.34 - 7.45 Água do mar 8.0 Sabonete de mão 9.0 - 10.0 Amónia caseira 11.5 Revelador fotográfico 12 Cloro 12.5 Hidróxido de sódio caseiro 13.5 Então o que é que isso interessa nos Aquários? Cada ser vivo dentro do nosso aquário está adaptado a viver dentro de um certo intervalo de pH. Peixes e plantas vivem no seu habitat natural em águas com um certo pH que nós, como bons aquariófilos devemos reproduzir para fornecer aos nossos animais as melhores condições possíveis. É importante conhecer estas preferências por pH de cada uma das nossas espécies de peixes e de plantas antes de os juntar na mesma água. Plantas em geral têm uma maior tolerância em relação ao pH, mas ainda assim aconselho estudar muito bem aquilo que pretendemos juntar no nosso aquário. Evitamos assim embaraços graves mais tarde. O problema é que pH não é algo visível. Não é como se a água mudasse de cor conforme o pH que tenha. Nós precisamos de testes para saber o pH da nossa água. Testes Quimicos Por adição de um indicador químico, a solução muda de cor. Podemos saber o pH quando comparamos a cor com uma escala que vem junto com o teste. Existem dois tipos destes testes químicos: umas fitas que se mergulham simplesmente na água (esses têm fama de serem menos rigorosos); ou um teste liquido em que juntamos algumas gotas do indicador à nossa água para a fazer mudar de cor. Estes são de longe os mais usados. Indicadores comuns são a fenolftaleína, o laranja de metilo e o azul de bromofenol. Mas existe outra maneira de saber o grau de acidez da água do nosso aquário: Eléctrodo Eu próprio comprei um medidor electrónico de pH. Porque é mais rigoroso e posso monitorizar a variação do pH de modo constante sem grande esforço. É verdade que este aparelho custou 114 €uros na altura e é verdade que lixei o meu subsídio de natal de há dois anos por causa disso, mas acho que vale a pena. Por meio de uma sonda que fica no aquário posso saber qual o pH num dado momento no aquário. A sonda é bastante discreta e fica no aquário junto do termóstato, do termómetro, do teste permanente de CO2 e da saída de água para o filtro. O que influencia o pH num aquário? CO2 - Como já expliquei antes, na parte do CO2, este gás influencia o pH. Quanto mais CO2 houver dissolvido na água mais baixo é o pH ou seja, mais ácida fica a água. Num aquário plantado torna-se necessário juntar CO2 artificialmente porque as plantas consomem CO2 durante a fotossíntese e podem subir muito o pH da água por causa da falta de CO2 dissolvido. Matéria Orgânica – O pH desce por influência de matéria orgânica em estado de decomposição no aquário. Material vegetal morto, restos de comida e fezes de peixes podem influenciar o pH quando em excesso. Da mesma maneira, a lenta decomposição de madeira torna a água ácida. Turfa e certos substratos são igualmente usados para acidificar a água. Muitos dos peixes e das plantas que vêm de rios de florestas tropicais estão acostumados a água ácida devido a grande quantidade de matéria orgânica que nestes rios se decompõe. Rochas calcárias – Rochas calcárias e areão feito a partir delas e conchas alteram o pH. Tornam-no mais básico. Aqui precisamos te der muito cuidado. A maior parte de peixes de água doce que eu conheço prefere água ácida. Isso é porque eu sou adepto dos plantados. Quando existem plantas num curso de água, existe matéria vegetal em decomposição na água, logo a água em que existam muitas plantas é virada para o ácido. Lá pelos 6,3 é um bom valor em aquários plantados. Mas existem lugares cuja água é básica devido à quantidade de rocha calcária existente. Um bom exemplo para isso, são os grandes lagos africanos. Aí não abundam plantas e o pH ronda os 8. Não podemos cometer o erro de misturar peixes deste habitat com peixes da bacia do Amazonas. Seria cruel. Concluindo: em aquários plantados não devemos usar rocha calcária. Dureza da água – O valor de kH está ligado ao pH como está ligado ao pH. Aqui precisamos saber que o pH varia mais dificilmente numa água dura, mas que a maioria de peixes que podemos ter num aquário plantado prefere água mole. A água que em Lisboa sai da torneira é muito mole e chega ao 0kH. Usamos bicarbonato de sódio para subir o kH até aos 4 (mais ou menos) para estabilizar mais o pH e não deixar a água muito dura para os peixes. Mais uma vez insisto que estudem as preferências dos vossos peixes antes de os comprar. Há outros factores que alteram o pH como a temperatura ou a concentração de amónio na água, mas são influências mínimas que tenho o gosto de desprezar. Meu pH e eu. Vamos dar uma olhadela ao pH no meu aquário durante a primeira semana de existência do mesmo. O pH durante a primeira semana Durante esta primeira semana fiz TPA’s (Trocas Parciais de Água) de dois em dois dias para não dar hipótese ao aparecimento de algas. Tenho poucas plantas no aquário e isso é mau. Nutrientes em excesso são aproveitadas pelas algas. Se não tenho muito cuidado as algas ganham. Como prevenção prefiro nas primeiras semanas fazer TPA’s grandes e regulares. Meu kH durante estas medições ronda os 2. A água da minha torneira tem um pH de 7 e durante cada TPA o pH dentro do aquário sobe muito. Isso é muito difícil de evitar. Como os outros parâmetros da água permanecem iguais os peixes não parecem sofrer um choque demasiado grande. Na realidade tenho orgulho em dizer que durante esta primeira semana não houve nenhuma baixa entre os meus peixes. Apenas uns camarões recém-nascidos serviram de comida ao Ramirezi, mas isso não sei evitar. É a lei do mais apto, suponho. Mesmo assim nota-se claramente que a média do pH vai subindo. Liguei o CO2 só no 3º dia. Meu Filtro Durante os primeiros 5 dias da existência deste aquário eu não me atrevi a tocar no filtro porque não quis arriscar destabilizar o filtro biológico que estava a funcionar ainda do aquário anterior. Num aquário novo é muitíssimo importante criar uma boa colónia de bactérias para rapidamente completarem o ciclo do azoto. (Creio já ter falado disso.) O problema é o seguinte: não me lembrei que dentro do filtro tive uma das três gavetas cheia de turfa. Tinha feito isso porque precisava de baixar o pH na montagem anterior em que o substrato era inerte. Nesta montagem o substrato baixa o pH e isso torna a turfa dispensável. Nos primeiros dias, portanto tive o pH mais baixo do que precisava. As gavetas no meu filtro - Antes Até ao 5º dia, portanto era este o interior do meu filtro. As gavetas no meu filtro - Depois Aproveitei então para o limpar e para substituir a turfa por mais filtro mecânico. Dentro do filtro encontrei também 8 Camarões “Red cherry” muito pequenos. Não me importo nada. Lá eles vivem bem e crescem e fogem ao RAM. O pH durante um dia Depois de retirar a turfa do filtro decidi monitorar a variação do pH com mais atenção e notei claramente que o pH depois da TPA tende a estabilizar pelos 5,8. O meu objectivo é deixar o pH razoavelmente estável nos 6,3. Espero não me ter esquecido de nada. Se houver algum erro no que escrevi agradeço que me corrijam. E espero que isto vos sirva para compreender mais algo sobre aquários plantados.