Marc

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  1. Marc

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    Daphnia spp. Classe: Branchiopoda Ordem: Cladocera Família: Daphniidae Género: Daphnia Nome comum: Pulga de água ou Dáfnia. Anatomia da Daphnia (Fêmea) – Fotografia retirada de www.caudata.org Descrição: A espécie mais comum de pulga de água é a Daphnia pulex. O nome comum deriva do facto destes animais se parecerem com as pulgas terrestres tanto em aspecto físico como nos movimentos repentinos com que se deslocam. Dáfnias são, na realidade, crustáceos aquáticos cujo tamanho varia entre 0,2mm e 3,0mm. O seu corpo não é distintamente segmentado, mas consiste numa carapaça em forma de concha dobrada ao meio e aberta no ventre. Sendo esta carapaça transparente, torna-se fácil estudar a anatomia destes animais, inclusivamente o coração (1). Como é usual com crustáceos, para crescerem descartam a carapaça velha pois esta não acompanha o crescimento. Na cabeça destes animais encontramos uma mancha escura que é um olho composto (2) e diversas antenas das quais duas são usadas para a locomoção (3). Muitas Dáfnias, incluindo D. pulex e D. magna têm um órgão sensível à luz parecido com um olho, chamado “ocellus” (4). Na parte posterior da cabeça existem mandíbulas muito difíceis de ver, que se encontram em movimento contínuo a esmagar e moer a comida. Num animal vivo conseguimos seguir o circuito da comida pelo abdómen até ao ânus situado no posterior do abdómen. Para limpar a carapaça existem duas garras cuticulares em gancho na parte posterior do abdómen (5) os finos pelos que existem nestes apêndices são muitas vezes usadas para fazer a distinção de espécies. Situadas no tórax encontramos 4 a 6 pares de pernas que, tal como nos camarões são usadas para propulsão (6). Os machos são geralmente mais pequenos e têm antenas mais compridas. O abdómen das fêmeas tem um formato diferente devido a uma bolsa onde elas guardam os ovos (7). Dáfnia e Cyclops – Cyclops (Cyclops scutifer) são muitas vezes confundidas com Dáfnias a olho nu, tratam-se, no entanto de animais completamente diferentes. Habitat: Dáfnias existem em quase todos os corpos de água ricos em nutrientes, são, regra geral, organismos de água doce, embora existam algumas espécies marinhas. No habitat natural alimentam-se essencialmente de plâncton, mas podem também comer alguns organismos pequenos como protistas e bactérias. As pulgas de água são um alimento natural para muitos dos peixes que conhecemos do nosso passatempo. Como se tratam de animais pequenos e fracos, sujeitam-se à corrente que existe no seu habitat, mas em geral podemos encontrá-las perto da superfície onde há maior concentração de micro algas. Em certas alturas as dáfnias fazem um enorme esforço para nadar até ao fundo da água para se refugiar de predadores. Para não ficarem fragilizados durante a troca de carapaça, a nova carapaça cresce já por baixo da antiga e na altura de perder a armadura velha, as dáfnias enchem a nova e maior com água dando a impressão de um crescimento instantâneo que em jovens pode ser muito notável pois podem aumentar para o dobro do tamanho. Mais tarde essa água é substituída por novo tecido. Ciclomorfose chama-se à capacidade de organismos poderem mudar a sua forma física. Em várias espécies de dáfnias foi detectada ciclomorfose induzida por variações de temperatura e pela presença de predadores. Desta forma podem tornar-se inviáveis para alimento. O tamanho de dáfnias está muitas vezes relacionado com os predadores existentes no mesmo habitat. São mais pequenas ou maiores para diminuir as hipóteses de serem comidas - quando os peixes no habitat são adultos as dáfnias tendem a ser mais pequenas para serem menos visíveis aos peixes e na época de reprodução, quando há muitos alvins as dáfnias são maiores para não serem comidas pelos pequenos alvins. Estas alterações ciclomórficas impedem, no entanto a reprodução das dáfnias. A captura de dáfnias para a aquariofilía é capaz de prejudicar algumas espécies limitadas a certos locais, mas regra geral a imensa variedade deste animal não é ameaçada. Ocasionalmente um boom populacional destes crustáceos pode acarretar um elevado consumo de oxigénio que irá eventualmente prejudicar a fauna local. Daphnia ssp. estão na base de muitas cadeias alimentares e são por isso animais ecologicamente muito valiosos. No Aquário: Dáfnias em si são úteis para controlar “lixo” microscópico e a proliferação de algumas bactérias no aquário, no entanto não devem sobreviver tempo suficiente para o fazer porque são consideradas uma excelente comida viva para a maior parte dos peixes que temos nos nossos aquários. Uma boa escolha para quem faz criação de peixe é deixar as Dáfnias no aquário de criação dos alvins, porque de um modo geral elas purificam a água aumentando assim a taxa de sobrevivência da criação de peixes. Eventualmente servirão de alimento aos peixinhos que entretanto crescem. É a ironia da vida. Cabeça de uma Daphnia – Fotografia retirada de http://www.stetson.edu Reprodução: O tópico de reprodução destes animais é sem dúvida o mais fascinante, na minha opinião. As dáfnias reproduzem-se de duas formas distintas, uma sexuada e outra assexuada. Ao processo de reprodução assexuada, isto é sem a intervenção de gâmetas (células sexuais) machos chamamos partenogénese. Esta ocorre normalmente no verão quando as condições são ideais. Depois de uma mudança de carapaça aparecem entre 2 e 20 ovos na bolsa que as fêmeas têm no abdómen e na próxima mudança de carapaça estes ovos já desenvolvidos para pequenos clones da mãe são largados. Estes novos animais nascem já muito desenvolvidos e poucos dias depois já serão capazes de ter uma ninhada própria. A partenogénese aumenta exponencialmente o tamanho da colónia, durante este período há poucos machos. Em épocas frias com pouco alimento a reprodução sexuada produz ovos que são largados no fundo onde podem sobreviver em desenvolvimento suspenso durante até 20 anos em gelo e seca até as condições estarem mais favoráveis. Normalmente é na próxima primavera que estes ovos eclodem. O Garrafão para criação – água do aquário e ainda lá deitei algumas plantinhas Criação: Basta tirar o topo de um garrafão de 5 litros e enchê-lo de água do aquário (sem cloro). Juntando algum fertilizante para plantas e colocando o conjunto ao sol aparecem esporos de algas aerotransportados que tornam a água verde. Esta água é o melhor meio para criar estes animais com sucesso. Em alternativa podemos alimentá-los com leite em pó, levedura desactivada ou com a porcaria que aspiramos do aquário. Dáfnias não procuram comida activamente mas filtram continuamente a água usando o movimento das suas patas e direccionam assim partículas de comida retidas para a boca. Dáfnias não comem, no entanto qualquer tipo de algas. Algas azuis são muito rijas para serem comidas e algas filamentosas são prejudiciais à saúde das dáfnias. Em suma, Daphnia sp. é principalmente detritívora e herbívora, porém existem algumas espécies que comem outras pulgas de água. São muito resistentes e não precisam de nenhum cuidado especial. Podemos mesmo esquecer o garrafão depois de lhe juntarmos alguns animais e pouco tempo depois teremos uma colónia. Para garantir a qualidade genética da nossa colónia aconselho a juntar novos animais de vez em quando. Desta colónia podemos tirar alguns animais com uma rede fina para os passar para o aquário. Pulgas de água conseguem apanhar-se com alguma facilidade na natureza bastando para isto arrastar uma rede fina (rede para plâncton) por um corpo de água natural. Algumas lojas também vendem dáfnias como alimento vivo.</span> Links e Bibliografia www.visualsunlimited http://www.caudata.org/daphnia http://www.stetson.edu Ciclomorfose texto 1 Ciclomorfose texto 2 Texto de Carrie Miller ,Southwestern University
  2. Marc

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    Ainda ando vivo Lá ando ocupado com uns bonecos que cravo em papel quando dou pela recente explosão de respostas no meu tópico que não posso deixar sem pelo menos agradecer. Rodman, jvidia, ednandes, Heimer, paulamadeira, NetSpace e emerson: Obrigado pela motivação. Tento manter o tópico não só sobre a montagem de um aquário, mas igualmente sobre a sua manutenção e espero que a minha experiência possa servir outros para fazerem melhor. É só uma questão de dedicação e trabalho. Ucramos, quanto ao ruído, montei já há algum tempo o motor numa tábua de roofmate (É esferovite de alta densidade usada na construção para isolamento térmico e sonoro.) Ajuda bastante a reduzir a vibração. Obrigado também pela tua visita, gostei de te ver aqui. Arquimedes, eu creio que já te respondi por mp, mas para que toda a gente saiba: Usei o 3DStudio Max 6 para fazer os gráficos 3D que aqui vêm. Para conseguir os contornos é preciso fazer o render em “Mindray”. Os reflexos são configurados com os materiais usando raytracing. Não é complicado quando se percebe um pouco de 3DStudio. Os objectos em si desenhei no AutoCAD. GOLF_inho, obrigado pela tua visita, foi uma conversa muito agradável. Obrigado também pelas sugestões para a Banda desenhada, pois parece que me valeram uma menção honrosa. Sugiro uma visita a BDAmadora este ano. Dunkleosteus e FAAO: Tenho andado afastado destas bandas e nem tempo tive para ir a PetFIL. Vou postar algumas fotos actualizadas agora e com mais tempo irei falar dos problemas que tenho tido, do que gastei no aquário, das alterações que considero fazer e penso postar mais algumas fichas de flora e fauna. Aquatropic: Bem-vindo ao fórum, obrigado por gastares a tua primeira mensagem comigo. Aqui neste fórum poderás aprender muito, com gente muito boa, aproveita! Boa sorte na tua montagem. A Efémera Pérola de ar e sonhos O Dia 167 Estamos no fim da vigésima quarta semana de existência do aquário. Já não fertilizo com tanta frequência porque as plantas estão óptimas. Uma vez por semana deito 5ml de potássio e fico-me por aí. Votei a ligar o aquecedor de substrato que desliguei durante o Verão, mas continuo a não usar o aquecedor na água. A Temperatura da água ronda os 24 ºC o que me parece aceitável. Nunca mais medi o kH nem o pH. A Manhã do dia 167 - E mais uma TPA (Troca Parcial de água) Tenho feito TPA’s com irregularidade. Mas não deixo passar mais de duas semanas entre trocas de água. Mantenho as mesmas plantas. A Cuba que me faz de rasteira está linda e frondosa – tenho quase o tapete completo podei-a pela primeira vez. Quando ela cresce muito alto, o que está por baixo tende a apodrecer, por isso não a podemos deixar ganhar demasiadas camadas. A Rotala macrandra "green" que misturei com a Rotala rotundifolia captou o meu coração. Estou a gostar muito dessa planta e lentamente vou tiranto “rotundifolia” para usar mais “macranda”. As folhas são mais largas e a tonalidade rosa é muito agradável e ténue no meio do verde. O Estado das Coisas - Todas estas totografias foram tiradas no Sábado dia 30 de Setembro, o dia 167 na vida deste aquário. A Blyxa japónica não cresce mais em altura do que isto, ela alarga-se, no entanto, para os lados com rebentos laterais que são fáceis de cortar. Se não tenho cuidado ela acaba por sufocar a rotala do canto direito. Ontem tirei mais dois rebentos. A vantagem é que nem se nota nada de quando e onde a corto. Acho que é uma planta muito boa para este tamanho de aquário. Mas cuidado: O facto de ela nesta aquário não crescer muito em altura deve-se principalmente ao tipo de Luz que eu tenho (HCI de 150W/NDL Neutral White De Luxe). O mesmo aquário (mesma flora e mesma fauna) com iluminações diferentes tem um desenvolvimento diferente. Não estou sequer a falar de variar a quantidade de luz. Basta variar a cor (ou temperatura) da luz. Infelizmente não tenho experiência suficiente para especificar, mas creio que isto é absolutamente verdade. Eu ando contente com a minha Luz – Mas gostaria de ver como o meu aquário se comporta com luz fluorescente, só por curiosidade. Conclusão: O Aquário vai bem muito obrigado. Tenho estado com dois problemas. Um resolveu-se e o outro estou em vias de resolver, mas falarei desse assunto quando tiver mais tempo.
  3. Marc

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    Voltei das Férias Pela Europa levaram-me os fieis rugires do motor do carro do Zé. Parávamos aqui e além em espírito de vadiagem. Meu aquário vegetava sereno no seu nicho no meu corredor enquanto lentamente a Vanessa se decompunha para voltar àquilo que ela já foi. Uma outra Iriatherina se juntou a ela cansada e, pouco antes de se escutar o meu firme passo no solar da minha porta, ainda outra morreu. Imagino que elas entregaram os seus frágeis corpos ao calor que se têm feito sentir por este país fora. Voltei Para Este Aquário Duas semanas passaram as suas mãos ásperas pelo viver deste aquário sem deixar mazela maior do que as já mencionadas vítimas do calor. A Areia Porca é testemunha da falta de limpeza profunda durante a minha ausência, mas comida não faltou nunca e uma troca de água também foi peritamente efectuada. Dormi cansado sobre sonhos suaves aconchegado mais uma vez pelo doce titilar da água do meu tanque. No dia seguinte, enquanto o aquário faria 119 dias de existência dei-lhe a limpeza merecida e esperada. Juntei-lhe Mesmo Alguma Areia Nova O sentimento tranquilo que me toma quando me recosto junto do aquário faz-me imaginar que talvez tenha sido a falta desse mesmo recostar que hoje me amplia a tranquilidade para níveis inesperados. Estou satisfeito com o meu pequeno aquário. Ficou Agradável Há naturalmente preocupações, pois sem elas a satisfação pelo meu pequeno ecossistema pareceria insonsa. Algas filamentosas pretas aumentaram em número na minha ausência. Deve ser um desequilíbrio na fertilização, mas ainda não descobri o que é. A morte das Iriatherinas causa-me mágoa. Durante tento tempo não perdi um único peixe e agora em 20 Dias tenho de perder 3? E se não for do calor? Já desliguei qualquer fonte de calor no aquário. Só posso continuar a observar. Imagino que nos dias mais quentes a temperatura possa ter chegado aos 30 graus, mas não estive cá para ver. Agora tenho 27 graus na pior altura do dia. As cianobactérias que me têm chateado diminuíram em ameaça e em quantidade. Facilmente tirei-as do aquário com uma pinça. Aumentou exponencialmente o número de lapas. Tornaram-se incómodas. Frondosas Plantas hotrodder, as plantas que tirei na poda eu dei a um amigo. Não sei o que é delas, mas ele tem um aquário recheado de peixões agressivos e se nascer algo vai prontamente alimentar um escalar, um ram ou um bótia. Luís Fortunato, Estou a ver que o novo cargo te obrigou a rescindir da tua alcunha. É o preço do sucesso, tenho pena. Ao menos ainda tens o teu avatar pelo qual te reconheço. Obrigado pela explicação do Cloro. Eu próprio não sabia tanto.
  4. Marc

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    100 Dias Meu Aquário Chegou aos 100 Dias de Existência Algumas respostas: Aquaben e Lírio, André Rodrigues, pedrojoel e Krushandkill Pois é. Não sei o que vos dizer. Querem imprimir este tópico e querem um livro e já estão a pintar o quadro todo. Pois ainda não acabei este tópico porque o aquário ainda existe. Este tópico vai acompanhar a evolução do aquário e já que eu cheguei ao dia 100 acho que posso chegar ao dia 200. Também ainda tenho muita coisa por dizer. Vou guardando em word o que escrevo, mas não tenho tempo para rever. Partes deste tópico encontraram o seu caminho para blogs e outros tópicos. Estou a conseguir o que quis: ajudar quem quer a saber mais sobre aquários plantados. E fico satisfeito com isso. Não procuro compensações, mas aceito subsídios. Se querem podem pedir o NIB por mp. Mas se querem um livro, ando a trabalhar em alguns e posso avisar quando estiverem à venda. Obrigado pelo vosso entusiasmo contagiante. ivanpantz Parabéns pelo “Moderador”. Sempre foste um gajo moderado e isso fez-te uma escolha óbvia. Fico a espera das tuas correcções. Por vezes vi-me aflito com as traduções. A maioria da informação nesta área está em inglês. Abraço. Andre Silvestre Grande André. Pois é, lá tive pachorra de falar de fertilização. Quanto ao Ferro, agradeço a tua explicação. Hei-de ver o que posso fazer com a nova informação que me deste. Muitos sites consideram Ferro um macro-nutriente. Foste o primeiro a chamá-lo micro-nutriente e pela tua explicação até faz sentido. Mas quando tiver algum tempo hei-de verificar tudo. Fico muito grato pela tua resposta objectiva e agradeço também em nome dos leitores deste tópico. Krystal Cloro a mais prejudica a fauna, por isso é sempre aconselhável usar um anti-cloro. (Embora haja quem não use sem consequências) Eu tento tornar a água o mais confortável para os peixes. De resto já te respondi por mp. “Sou uma pessoa de grandes valores” apenas no sentido de já ter gasto um balúrdio em dinheiro com este aquário. Antes da Poda Algo que o Aquaben disse fez com que eu deixasse crescer as plantas. Era para estimular as Iriatherinas a pôr ovos. E acho que resultou mas também acredito que ele tinha razão quando sugeriu que as Corydoras fossem comer os ovos. Mas noto que as Corys estão mais vivaças e já dei por cortejo entre elas. Depois da Poda Mas vou 15dias de férias e vou por isso deixar o aquário em modo de manutenção fácil. Podei portanto a Rotala pela linha mais baixa (Sim, ela continua lá e está viva). Tenho estado a fazer TPA’s (Trocas Parciais de Água) de 10 em 10 dias e acredito que até aguenta os 15 dias na boa. Com a adição de Potássio o aquário tem sido muito limpo e o crescimento das plantas saudável. Meu Aquário com 100 Dias Tenho, no entanto uma triste notícia. Morreu hoje uma Iriatherina. Já a topei há uns 3 dias e sabia que acabaria por morrer. Ela não comia e ficou pálida e magra. Subjugada pelas outras mais fortes acabou por morrer pouco depois do stress da poda. Os peixes visivelmente gostaram mais do aquário como era antes da poda e eu tentei explicar-lhes que tinha de ser, mas eles fingiram que não entendiam inglês. A mim não me enganam que eu sei que são da Austrália e têm que falar inglês. A não ser que tivessem vindo do lado da Papua, aí não sei o que falariam. Se calhar é isso. Em Memória da Iriatherina Ela chamava-se Vanessa e gostava de cantar. Prova disso eram pequenas bolhinhas que lhe saíam da boca e que ao rebentar na superfície largavam ténues notas de uma melodia doce e melancólica. Cantava da saudade que tinha do marido que ficou a trabalhar num rio perto de Merauke a enrolar charutos de algas halucinogénicas para vender aos Bettas. Deixei-a no aquário. Ela agoa faz parte do consciente colectivo que é o meu aquário. (Ao pó voltarás) Já estou a abardinar. Meu avião parte dentro de 5 horas e vou estar fora uns 15 dias por isso não contem comigo. Abraço, Marc Parchow Figueiredo.
  5. http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...6515&highlight=
  6. Podem mover isto para a secção dos Peixes? Se calhar tenho mais sorte lá. Obrigado.
  7. O que sabem da (P e r c a - s o l) [b][color=&quot;#FF0000&quot;] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url=&quot;http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6&quot;]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] (Lepomis gibbosus). Sei que é um peixe introduzido lá pelos anos 30. Veio importado para a aquariofilia das Americas. (America Central Acho eu) Como é que ele se reproduz? Como trata dos Filhotes? Ele é uma ameaça para espécies endémicas? É um dos poucos peixes coloridos dos rios portugueses e eu gostaria muito saber mais. Obrigado.
  8. Marc

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    Dia 90 Faz 3 meses que o aquário existe é está de saúde. Dia 90 Antes de uma poda tirei uma foto. Removi a Nymphaea lotus do meio porque agora o tapete está finalmente a começar a ficar mais denso. Ele demorou um bocado a crescer porque passou um mau bocado por falta de Potássio. Mas isso é outro Post. Vou de férias daqui há duas semanas e deixo o aquário parado por duas semanas. O que vai ser dele? Irei arranjar alguem a tempo para me alimentar os peixes? Todos parecem tirar férias na mesma altura. Vamos ver... Ainda não atinei com podas. A Rotala está uma desgraça. Acho que vou podar mais em baixo, mesmo antes de ir de férias. Abraço, Marc06 Sobre Fertilização Plantas saudáveis = Aquário saudável Não entendo muito de fertilização, mas chegou a altura em que ter um solo fértil no aquário não basta. Alguns fertilizantes consomem-se mais depressa e outros oxidam e deixam de ser úteis para as plantas. Assim, quando notei os primeiros sinais de deficiências no crescimento das plantas eu sabia que tinha chegado a altura de fertilizar. Pesquisei um bocado e desenhei outro tanto. Para ser honesto eu não faço ideia se isto está tudo certo porque é um tema do qual não entendo muito. Eu estaria francamente mais à vontade ao falar sobre Geometria Descritiva. Por isso peço-vos que aceitem este texto apenas como incentivo para fazerem as vossas próprias pesquisas. Não se deve acreditar em nada que seja dito na Internet por um gajo que não tem formação específica no assunto e que o admite. Se, no entanto, alguém puder corrigir alguma coisa que esteja brutalmente errado, peço o favor que me diga. Vou dividir o texto assim: 1) Que nutrientes? – Alguns conceitos básicos sobre o que são Nutrientes e Fertilizantes e em que proporções aparecem estes elementos em plantas aquáticas. 2) Equilíbrio de nutrientes num aquário saudável – Luz CO2 e nutrientes constituem um equilíbrio que quer ser perfeitamente balançado para termos um crescimento óptimo das plantas e se queremos evitar algas. 3) Os Macros ou Macro-nutrientes – Apresento os principais nutrientes para plantas aquáticas 4) Os Elementos-traço ou Micro-nutrientes – Outros nutrientes essenciais 5) Conclusão e Links – O agradecimento habitual por lerem tudo e uns links úteis para começar seriamente a compreender nutrição. Que Nutrientes? Tudo começou com um problema. Indícios: as minhas plantas da família Hemianthus mostraram um crescimento reduzido: folhas novas nasceram muito pequenas e algas greenspot proliferaram pelas folhas mais velhas. As outras plantas não pareciam ainda afectadas, mas sabia que tinha de agir. Obviamente é importante olhar regularmente o aquário com atenção para notar com antecedência qualquer pequena tendência para alterações. Hemianthus “Cuba” em mau estado Porque é que esta carência atacou primeiro algumas plantas e não todas ao mesmo tempo? A resposta é relativamente simples se nos lembrarmos que as plantas vieram originalmente de tipos de águas diferentes. O metabolismo e o método de absorção e processamento de nutrientes é adaptado à água em que cada tipo de planta evoluiu, logo, se juntarmos plantas de ecossistemas diferentes no nosso aquário temos de fazer os possíveis para satisfazer todas as necessidades das diversas plantas. Acho que isso não é tão difícil como parece. Mas o que são fertilizantes? Fertilizantes são simplesmente produtos que juntamos às plantas para lhes fornecer os nutrientes que elas necessitam. Existem combinações variadas de nutrientes em fertilizantes. Aconselho seriamente que não usem fertilizantes para plantas terrestres em plantas aquáticas. As necessidades de plantas terrestres são diferentes. Então o que são nutrientes? Plantas são seres vivos (por vezes é fácil esquecermo-nos disso). Mas como seres vivos, precisam de se alimentar para crescer e para se reproduzir. Uma planta aquática saudável consome uma série de elementos químicos, alguns em maior quantidade que outros - estes elementos são os nutrientes. Necessita também de energia para processar esses químicos, ou seja Luz. Nutrientes São 16 os elementos básicos que as plantas aquáticas necessitam para os seus processos vitais. Como já sugeri, a proporção em que as plantas precisam dos nutrientes depende do tipo de metabolismo de cada planta específica. Mas em traços gerais há alguns elementos que todas as plantas precisam em maiores concentrações. Estes são os macro-nutrientes. Macro-Nutrientes: Hidrogénio (H); Oxigénio (O); Carbono ©; Nitrogénio ou Azoto (N); Fósforo (P); Potássio (K); Cálcio (Ca); Magnésio (Mg); Enxofre (S) e Ferro (Fe). Os restantes nutrientes são igualmente importantes para as plantas mas são absorvidos em quantidades tão pequenas que se podem encontrar mesmo na água da torneira ou nos detritos dos peixes. A estes Chamamos micro-nutrientes ou elementos-traço. Micro-Nutrientes: Cloro (Cl); Manganês (Mn); Zinco (Zn); Cobre (Cu); Boro (B) e Molibdénio (Mo). Há quem diga que algumas plantas utilizam também Sódio como decimo sétimo nutriente, mas não encontrei mais informação sobre isso. Proporção Aproximada entre Nutrientes – Esquerda: Todos os Nutrientes; Direita: Os Micro-nutrientes. Para explicar melhor em que proporção as plantas necessitam dos diversos nutrientes fiz este gráfico baseado nos valores médios em que estas substâncias foram encontradas em plantas aquáticas. Não é exacto porque cada planta é um caso, mas dá para ter uma ideia geral sobre as proporções de que falamos. Do lado esquerdo encontramos todos os elementos que compõem uma planta aquática. Salta à vista que grande parte (90%) da planta é composta por Carbono, Hidrogénio e Oxigénio. Não separei estes elementos porque não encontrei as proporções certas. Em relação aos restantes macro-nutrientes o que achei foi isto: N – 1-3% P – 0,05-1% K – 0,3-6% Ca – 0,1-3,5% Mg – 0,05-1,5% S – 0,05-1,5% Fe – 0,01-1,5% (Achei esta informação num site que me pareceu bastante credível Aqui. Um site com informação complementar é Este) No mesmo site há também referência aos micro-nutrientes em ppm (parte por milhão). Fiz umas contas e descobri que a soma de todos os micro-nutrientes equivale a aproximadamente 0,005892% do peso seco da planta. No desenho juntei uma ampliação apenas dos micro-nutrientes (do lado direito) para poder ter uma noção da proporção entre as quantidades destes. Não vou entrar em muito mais números, mas o Cloro como micro-nutriente usado em maior quantidade representa aproximadamente 0,00505% do peso seco da planta enquanto o menos eminente dos elementos-traço, o Molibdénio, se encontra apenas em 0,000003% do peso seco da planta. Olhando para o gráfico, acho que ficamos com uma noção das relações entre as quantidades dos diversos nutrientes que as nossas plantas usam no seu crescimento. Antes de prosseguir quero salvaguardar-me de alguns erros que eu possa ter cometido por não ser perito no assunto. 1) Plantas absorvem outros elementos para além daqueles que eu menciono. Isso pode ser verificado neste site onde é apresentada a composição de diversas plantas aquáticas. Facilmente notamos que foram encontradas em plantas aquáticas traços de Chumbo, Sódio e Alumínio entre outros. Encontrei também, embora não me lembre onde, um estudo segundo o qual a poluição de um curso de água é medida através da absorção de certos elementos pelas plantas aquáticas. Visto que plantas absorvem outros elementos além daqueles que elas precisam como nutrientes, não garanto que as proporções que eu calculei não variem um pouco. 2) As medidas são dadas como peso seco. Julgo que esta percentagem seja relativa ao peso inicial da planta e não relativa aos restos carbonizados da mesma. Penso que se queime a planta para encontrar mais facilmente os elementos constituintes nas suas cinzas, mas não o posso garantir. Este facto pode introduzir um outro erro nos meus cálculos. Espero que tenham isto em consideração. E se alguém estiver capaz de me corrigir em algum destes aspectos espero que o faça. Equilíbrio de Nutrientes num Aquário Saudável Hemianthus “Cuba” Uma vez assente a ideia de que as plantas precisam de diversos nutrientes em quantidades distintas, e que estas necessidades variam de espécie para espécie e de família para família, torna-se claro que há uma proporção ideal entre os vários nutrientes no nosso aquário plantado que depende dos tipos de plantas que temos e da sua quantidade de massa vegetal. Outro elemento que devemos ter em consideração aqui são as planta micrófitas, ou seja, as algas. Tratam-se na mesma de plantas, mas são indesejáveis na maior parte das vezes. Algas utilizam os mesmos nutrientes do que as plantas, mas em quantidades diferentes. As algas estão especializadas para usufruir de nichos deixados pelas plantas no nosso aquário. Certas algas aparecem quando há um excesso de Nitratos na água, outras, quando há demasiado Fósforo. Em princípio o tipo de algas que temos pode ser um indício para o que está mal com o nosso aquário. Mas não consigo achar nada sobre isto e agradeço a opinião de qualquer um que tenha experiência com vários tipos de algas. (Atenção: o aparecimento de um certo tipo de algas não depende apenas dos excessos de nutrientes disponíveis. Pode depender da disponibilidade de esporos no sistema, da temperatura ou mesmo do tipo de luz) Para usufruirmos de um aquário saudável necessitamos de o conhecer intimamente ao ponto de poder responder às suas exactas necessidades. Desta forma idealizamos o crescimento das nossas plantas e não deixamos nicho para pragas. Para ilustrar esta ideia preparei uma série de imagens. Nestas considero seis factores essenciais para o crescimento de plantas no aquário. Primeiro a luz. É a fonte de energia e a sua importância é inquestionável. O Dióxido de Carbono como fonte de Carbono é uma consideração fundamental para o crescimento de plantas saudáveis. Depois distingo os três macro-nutrientes mais importantes em aquários plantados. Nitrogénio, Fósforo e Potássio, e por fim junto todos os outros fertilizantes num último grupo. Poderia ter especificado mais, mas não o achei necessário. Note-se que estas situações são exemplificativas do princípio e não situações exactas. A Situação Ideal Idealmente é isto que procuramos. Um equilíbrio perfeito entre os diversos factores que promovem o crescimento saudável das nossas plantas. Apenas um aquariófilo muito experiente consegue tirar o máximo proveito do seu pequeno mundo submerso, Falta de Luz e CO2 Uma situação que frequentemente se nota em entusiastas iniciados é a falta de luz num aquário plantado. Quando notam pouco crescimento nas plantas culpam a falta de fertilização e passam a fertilizar. Excesso de Luz e CO2 Outra situação é o excesso de luz e injecção artificial de CO2, mas esta tendência não é acompanhada pela fertilização adequada: poucos peixes; substrato inerte. A luz é desperdiçada porque as plantas precisam de mais alguma coisa. Falta um Pequeno Pormenor A falta de um nutriente qualquer pode impedir o crescimento saudável de todas as plantas. Não é muito frequente, mas já ouvi falar de aquários que sofrem de falta de fósforo. Mais adiante falarei um pouco de indícios de carências de diversos nutrientes. Falta de Potássio Frequentemente o problema em aquários plantados com bastantes peixes é a falta de potássio. Nitratos, fósforo e alguns outros elementos são fornecidos em quantidades aceitáveis pelo alimento dos peixes. Outros elementos existem naturalmente na água da torneira. Aquilo que muitas vezes faz falta é o potássio. Esta foi a minha experiência e posso dizer que resultou. Agora que penso nisso acho que reconheço os sintomas no meu aquário anterior. Talvez o tivesse conseguido salvar apenas com potássio. Como Imagino um Caso Real Imagino que o meu aquário estivesse algo como uma confusão assim na altura em que dei pela falta de nutrientes. Comecei então a dosear Potássio. 1ml de dois em dois dias durante uma semana depois aumentando quando não notei diferença. Estou agora nos 5ml de 3 em 3 dias, mas acho que é demasiado. Noto que estão a aparecer algas filamentosas pretas. Espero conseguir controlá-las apenas reduzindo a dose de Potássio. O crescimento das plantas está melhor, mas não perfeito. O aquário ainda está um pouco desequilibrado, não porque não tenha consciência do problema, mas por eu não saber ler os sinais. Não basta conhecer os sinais de carência de nutrientes em plantas aquáticas, é preciso saber reconhecer o excesso e é preciso conhecer as algas e as cianobactérias. (Menciono estas porque é disto que sofro neste momento.) (Não eu, o meu aquário) A falta de alguns fertilizantes torna-se evidente não por um cessar abrupto do crescimento, como pode ser entendido pelos gráficos, mas sim por um crescimento deficiente das plantas. Vou agora falar um pouco de cada um dos nutrientes. Os Macros ou Macro-nutrientes. Se olharmos para a lista de macro-nutrientes, facilmente reconhecemos alguns deles. O Hidrogénio, o Oxigénio e o Carbono são os blocos básicos principais sobre os quais se baseia a vida e no aquário não temos dificuldade em encontrar estes nutrientes. A água (H2O) é composta por Hidrogénio e Oxigénio e o Carbono é naturalmente dissolvido na água vindo ou da atmosfera ou da respiração dos seres vivos no aquário. É claro que devido ao metabolismo artificialmente acelerado com muita luz e devido à grande quantidade de plantas num aquário plantado, o Carbono é rapidamente gasto durante a fotossíntese e temos necessidade em juntar Carbono na forma de Dióxido de Carbono (CO2). Já tive ocasião de falar deste processo mais cedo. Macros NPK: Nitrogénio, Fósforo e Potássio são os macro-nutrientes mais discutidos na aquariofilia porque são muito importantes para as plantas, são necessários em quantidades bastante grandes e podem não existir em quantidades suficientes no aquário. Quando se fala em fertilização com macros, geralmente estamos a falar destes. Fertilizantes comerciais costumam dizer NPK no rótulo e indicam a relação proporcional entre estes nutrientes. Seguem os macros: Nitrogénio ou Azoto (N) Nitrogénio é utilizado pelas plantas sob a forma de NO3 ou NH4+. O Azoto é encontrado em todas as três grandes classes de proteínas: as proteínas que ocorrem naturalmente (albumina, globulina, albuminóides, protaminas etc.), as proteínas conjugadas, ou seja, combinações de proteínas com outras substâncias (nucleoproteínas, glicoproteínas, fosfoproteínas, cromoproteínas ou lipoproteínas); e ainda as proteínas derivadas, formadas a partir da hidrólise de uma molécula proteica (metaproteínas, peptona, proteínas coaguladas etc.). Algumas enzimas também contêm azoto. "Fixação do nitrogénio" é o nome dado a qualquer processo em que o azoto livre se combina com outros elementos, dando origem a compostos de azoto. Esta "fixação" pode ser feita quimicamente ou através de certas bactérias, como por exemplo Azotobacter chroococcum e Clostridium pasteurianum. Na natureza surgem processos de "fixação do azoto", por acção cooperativa entre bactérias e certas plantas. Nas plantas aquáticas o Azoto é absorvido quimicamente através dos tecidos preferencialmente sob a forma de Amónio, mas plantas também conseguem utilizar Nitritos ou Nitratos. A eficácia e preferência na absorção destas substâncias depende do género de planta. Plantas com folhas de um verde muito escuro indicam a abundância de azoto. O excesso deste elemento no sistema é prejudicial para alguma fauna, mas não para as plantas. É certo, porém, que excessos de Nitratos causem um boom de algas. Num aquário com muita fauna é pouco provável que haja falta deste nutriente. Sinais de Deficiência: A planta inteira fica amarelada. Em geral as folhas velhas ficam mais amarelas do que as novas. Folhas mais antigas não chegam a morrer a não ser que a deficiência seja extrema, o que é muito raro em aquários. A planta pode também ficar avermelhada caso haja muito pigmento vermelho (anthocyanin). Fósforo (P) Fósforo é absorvido como H2PO4. O fósforo é um elemento de vital importância no crescimento e saúde de plantas. Como trifosfato de adenosina (ATP), ou outros fosfatos orgânicos, o elemento tem um papel indispensável em processos bioquímicos. Todos os mecanismos biológicos que utilizam fósforo, utilizam-no na forma de ortofosfato ou, alternativamente, como polifosfato, que, por hidrólise, se transforma em ortofosfato. Exemplos destes processos são a fotossíntese, a fermentação, o metabolismo, etc. Em águas muito ácidas pode tornar-se mais difícil a fixação do fósforo pois este torna-se insolúvel. O excesso deste nutriente pode causar dificuldade na fixação de ferro e zinco por parte da planta. Sinais de Deficiência: As plantas param de crescer. Continuam verdes ou ficam de um verde mais escuro. Algumas plantas podem ficar roxas por acumulação de pigmento vermelho (antocianina) que protege as plantas da luz UV. As plantas que não produzem antocianina permanecem pequenas e verdes. As folhas caem prematuramente e folhas novas nascem atrofiadas. Potássio (K) O Potássio é usado por plantas como K+. Sendo um constituinte indispensável ao correcto desenvolvimento das plantas, o potássio encontra-se em quase todo o tipo de solos, sob diversas formas e com diferentes graus de solubilidade. O ião potássio é absorvido pelo solo através dos compostos do húmus, ou por intermédio de argilas ou zeolites naturais. É por isso que plantas estão melhor adaptadas para absorver potássio pelas raízes. É um transportador de iões e um catalizador de reacções químicas. Se houver um excesso muito grande de potássio na água, as plantas têm dificuldade em absorver magnésio e cálcio. Carência de Potássio Sinais de Deficiência: Nas folhas mais antigas aparecem pequenos pontos de tecido morto. As folhas permanecem verdes ou podem ficar amarelas. Neste caso não continuam verdes ao longo do veio central (como é o caso da deficiência de Magnésio). Os pontos afectados pela necrose crescem até a folha toda estar morta. Novas folhas nascem reduzidas em tamanho e com um aspecto queimado. Cálcio (Ca) Plantas absorvem Ca+. O cálcio é um elemento essencial nos organismos vivos. Nas plantas tem um importante papel no metabolismo do azoto e na formação dos cloroplastos, presentes em todas as plantas fotossintéticas. Regra geral existe Cálcio suficiente na água da torneira; não é por isso necessário fertilizar com este elemento. No entanto é possível que se notem sinais de falta deste nutriente em águas tratadas por osmose ou quando a água da torneira é muito mole. Excesso de cálcio pode causar má assimilação de magnésio e potássio. Sinais de Deficiência: Ligeira: as folhas novas são mais pequenas e parecem torcidas. O tecido da folha é diminuído, persistindo o veio central. As folhas são côncavas em vez de serem planas. Moderada: as folhas são muito menores e de repente ficam dobradas ou torcidas. Novas folhas apresentam bordas ou riscos brancas ou amareladas. As raízes ficam curtas e torcidas e as pontas podem apodrecer. Nas valisnérias por exemplo as folhas crescem muito torcidas como se ao crescer tivessem encontrado obstáculos. Grave: folhas novas nascem quase completamente brancas e são pequenos cotos torcidos. Os ápices de crescimento do caule e das raízes morrem. Magnésio (Mg) As plantas aquáticas absorvem o Magnésio como Mg2+. O magnésio é um elemento essencial para a vida animal e vegetal. A actividade fotossintética da maior parte das plantas é baseada na absorção da energia da luz solar, para transformar água e dióxido de carbono em hidratos de carbono e oxigénio. Esta reacção só é possível devido à presença de clorofila, cujos pigmentos contêm um composto rico em magnésio. Este elemento existe na normal água da torneira, mas é possível que seja necessário suplementá-lo em algumas zonas do país com água mole. Tal como o cálcio, o magnésio é absorvido pelas raízes das plantas com mais eficácia. Sinais de Deficiência: Em dicotiledóneas: As folhas amarelecem das bordas para dentro. O veio central permanece verde enquanto as margens das folhas ficam amareladas ou esbranquiçadas e morrem. Em monocotiledóneas: Não há certeza, mas devem aparecer manchas amarelas ou brancas nas folhas. (Tipo valisneria) Enxofre (S) As plantas fabricam os seus próprios aminoácidos contendo enxofre (cistina e metionina) por redução de sulfatos dissolvidos. Sinais de Deficiência: Semelhante à deficiência de nitrogénio. Afecta folhas novas, que ficam amarelas. Ferro (Fe) O Ferro é utilizado por plantas como Fe2+ ou Fe3+. Está presente em algumas enzimas que catalisam mecanismos de oxidação celular. Apesar de existirem traços de Ferro na água da torneira, muitas vezes estes são insuficientes. O Ferro oxida muito depressa e deixa de ser absorvível pelas plantas. Caso se note amarelecimento geral nas plantas é muito provável que a causa seja falta de ferro. Sinais de Deficiência: Novas folhas nascem com pouca clorofila. As folhas e o caule ficam aproximadamente da mesma cor. Os veios das folhas permanecem esverdeados enquanto a folha empalidece. Os ápices de crescimento em Ceratophillum ficam rosados e depois brancos. Egeria densa torna-se de um verde-amarelado depois amarela com folhas pequenas e muito juntas ao caule. Em plantas monocotiledóneas (sword plants) as folhas novas são mais pequenas ao longo das quais aparecem manchas ou estrias de tecido mais pálido do que o resto da folha (no caso de deficiência ligeira). No caso de deficiência grave a clorofila falta totalmente a novas folhas morrem depressa. A falta de ferro nota-se primeiro em plantas de crescimento rápido. <span style='font-size:23pt;line-height:100%'>Os Elementos-Traço ou Micro-nutrientes.</span> Como o nome indica estes elementos existem apenas em quantias mínimas num sistema saudável. Alguns destes elementos podem tornar-se venenosos ou tóxicos em quantidades maiores. Eles são, no entanto, essenciais. Como já mencionei anteriormente, plantas podem absorver outros elementos aqui não mencionados, e existem plantas específicas que absorvem elementos diferentes para um fim especial como por exemplo a produção de algum veneno ou cheiro. Regra geral os elementos-traço são considerados estes: <span style='font-size:21pt;line-height:100%'>Cloro (Cl) </span> O Cloro é absorvido pelas plantas como Cl- A quantidade de Cloro na água de torneira varia entre 5 e 25mg/l nos Estados Unidos. Em Portugal presumo que seja uma concentração semelhante. O Cloro é usado principalmente na purificação e potabilização da nossa água da torneira em forma de ácido hipocloroso. Cloro foi também usado como arma química na primeira guerra mundial por ser tóxico como gás e grandes concentrações no aquário pode seriamente prejudicar a saúde da fauna. Não encontrei nenhum relato sobre efeitos prejudiciais que o excesso de cloro pode ter em plantas. Visto o cloro existir na torneira não vejo necessidade em dosear cloro a não ser que se use água de osmose no aquário. Neste caso é possível obter as quantidades necessárias a partir de simples Cloreto de Sódio (sal). As plantas utilizam Cloro para a osmose e o equilíbrio iónico. Sinais de Deficiência Não encontrei referências à falta de Cloro <span style='font-size:21pt;line-height:100%'>Manganês (Mn)</span> Este elemento é absorvido como Mn2+ É um elemento essencial à vida animal e vegetal, que entra na constituição de certas enzimas, e provavelmente condiciona a utilização de certas vitaminas (B1). Por estas razões é frequentemente adicionado a fertilizantes e a preparados vitamínicos farmacêuticos (glicerofosfato e hipofosfito manganosos). Sinais de Deficiência: Tecido morto amarelado entre as nervuras das folhas. Afecta folhas novas pois é um elemento “imóvel” (Segundo David Whittacker – culturas hidropónicas) <span style='font-size:21pt;line-height:100%'>Zinco (Zn) </span> O Zinco é absorvido como Zn2+ pelas plantas. É usado como suplemento nutritivo para promover o crescimento das plantas pois é um activador de enzimas. Sinais de Deficiência: Áreas amarelas entre as folhas, começando na ponta da folha e nas arestas. <span style='font-size:21pt;line-height:100%'>Cobre (Cu) </span> Cu2+ é a forma como o Cobre é absorvido por plantas aquáticas. A actividade do cobre no metabolismo vegetal manifesta-se de duas formas: na síntese da clorofila e na actividade de alguns enzimas. Embora não exista na clorofila, o cobre é indispensável à sua produção. A sua falta provoca deficiências fotossintéticas e incapacidade de produção de sementes. O cobre é também constituinte de muitas enzimas responsáveis pela catálise de reacções de oxidação-redução. Sinais de Deficiência Necrose nas pontas das folhas e arestas apodrecidas. <span style='font-size:21pt;line-height:100%'>Boro (B) </span> O Boro é utilizado por plantas como BO3- ou B4O72-. Parecem ser indispensáveis pequenas quantidades de boro para o crescimento das plantas, mas em grandes quantidades é tóxico. Boro ajuda as plantas na utilização de cálcio. É também usado na síntese de ácidos nucleicos e na integridade de membranas. Sinais de Deficiência: Novos rebentos são atrofiados e torcidos. Os ápices de crescimento em folhas e raízes morrem. Os sinais são semelhantes a deficiência de cálcio. Numa deficiência ligeira as raízes de Cryptocorynes são curtas e torcidas e as folhas são côncavas. <span style='font-size:21pt;line-height:100%'>Molibdénio (Mo)</span> O Molibdénio é absorvido sob forma de MoO42-. Diversos estudos sobre a toxicidade aguda do molibdénio revelaram que este elemento pode ser considerado biologicamente inofensivo. É utilizado no metabolismo de Nitrogénio. Sinais de Deficiência: Primeiro aparecem manchas amarelas entre as nervuras das folhas e em seguida surgem áreas castanhas ao longo das arestas das folhas. A floração é inibida. Concluo assim o meu vago passeio pelos elementos que constituem a nutrição das plantas aquáticas. Espero ter explicado a importância daqueles frascos de líquidos dos quais dispensamos cuidadosamente 1 ou 2 ml diariamente com uma paciência religiosa correndo o risco sério de parecer cromo. Conclusão e Links: Neocaridina denticulata adulta Não posso deixar de agradecer a todas as pessoas em cujo trabalho me baseei. E espero que este resumo sobre nutrição seja uma pequena ajuda para muita gente. Não serve para aprender, mas acho que este texto alerta o pessoal a algumas questões importantes e que seja um bom ponto de partida para fazerem as vossas próprias investigações. Já agora acho que prometi que iria agradecer ao pessoal que teve a paciência de ler tudo até aqui: obrigado, é para vocês que me dou ao trabalho. Não é fácil encontrar boas fotografias sobre carências em plantas aquáticas. Se alguém estiver disposto ajudar com uma ou outra foto que mostre carências de nutrientes, agradeço que ma enviem para parapouparpapel@netcabo.pt. E como sempre: Eu aceito subsídios. Seguem umas boas referências para quem quer saber mais: http://www.chemicalland21.com/industrialch...organic/NPK.htm Jacobsen, Niels. AQUARIUM PLANTS (1979). Blandford Press Ltd. Paul Krombholz, in soggy central Mississippi www.thekrib.com http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/index-pt.html http://pt.wikipedia.org/ http://www.wetwebmedia.com/plantedtkssubwe...nutritients.htm http://www.wetwebmedia.com/plantedtkssubwe...icrnutrplts.htm http://fins.actwin.com/aquatic-plants/mont...7/msg00064.html http://www.cerc.usgs.gov/pubs/center/pdfDocs/91237.pdf http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...pic.php?t=36035 por André Silvestre http://www.aqualis.blogspot.com/ por Francisco Mendes http://www.fao.org/DOCREP/003/X6862E/X6862E04.htm http://nospam.aslo.org/lo/toc/vol_37/issue_4/0882.pdf http://home.infinet.net/teban/substrat.htm http://www.agmin.com.au/deficiencies.htm "Ecology of the Planted Aquarium" por Diana L. Walstad (Echinodorus Publishing (Jun 2003) )
  9. Viva. Tenho pena que isto esteja a correr tão mal. Mas não desistas. O Verde na água são algas em suspenção. Estas existem porque há excesso de nutrientes na água. Ao Cortar a Luz, não resolves o verdadeiro problema, mas as TPA's ajudam. Mas é possível que a água da tua torneira contenha algo que promove as algas. Pode ter Nitratos Algos ou algo assim. Para ser honesto, Eu não sei. Mas pareçe-me grave. Pois eis o que te sugiro: Arranja Ceratophyllum demersum é uma planta de crescimento rápido que é flutuante. (Não precisas de mexer no substrato) É conciderada uma praga por ser muito prolifera. Mete esta planta no aquário para ela te ajudar a absorver os nutrientes em excesso. Faz TPA's de 40% todos os dias durante uma Semana. (Eu sei que doi - fica-te pelos 30% se preferes) e quando notas uma melhoria faz 40% cada segundo dia. Há quem diga que Ceratophyllum demersum segrega um algicida natural, mas nunca pude comprovar isso. Mas há logas que mantêem esta planta nas baterias para controlar as algas. Se notas crescimento deficiente nas folhas novas das tuas plantas, é sinal que há desequilíbrio entre os nutrientes. Nesse caso é provável que precises de compensar com potassio. Disso não sei muito e prefiro que haja outros que to confirmem. Não desistas. Comecaste com poucas plantas no aquário e as algas encheram o nicho que sobrou. Boa Sorte.
  10. Finalmente algo para substituir a Aquario Magazine. Meus sinceros parabéns pelo esforço e pelo bom resultado.
  11. Marc

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    70 dias depois O Aquário com 70 Dias - Andei a experimentar a nova máquina fotográfica que eu comprei. Estou deveras contente. Já pude devolver a máquina que esteve emprestada ca em casa, agradecendo ao Rodrigo -Obrigado. Alguém deu-me Rotala macrandra "Narrow Leaf Green". Digo alguém, porque na confusão acabei por não me aperceber de quem veio mesmo, mas eu fico agradecido. Plantei os pés do lado esquerdo no fundo para crescerem o suficiente para as poder misturar no molho de Rotala "green" que está do lado direito. Agradeço também a todos os comentários de incentivo que tenho ouvido. Folgo em saber que este tópico ajuda. Devaneios Matinais A Guerra das Borboletas Fatigado do meu dia de trabalho passado descanso então num banco de madeira em frente ao aquário com um livro na mão e à luz do foco de 150W leio um pouco. Meu companheiro é apenas o gentil turbilhar da água que volta do filtro e a consciência do frenético mexer das Iriatherinas enquanto se exibem umas às outras. Viro mais uma página enquanto o meu olhar cai sobre aquele pedacinho modesto da natureza que cresce no meu corredor. Fico a olhar mais um pouco. As plantas cresceram visivelmente. Uma Iriatherina tenta cativar uma fêmea batendo as barbatanas muito depressa. A fêmea fica interessada e aproxima-se. Nisto o macho entra mais na privacidade do matagal formado pelas plantas. Ela perde o interesse e volta atrás. Eu volto ao meu Livro. Tranquilo e Sereno. Excepto… Excepto o vibrar do motor do Filtro. Sabemos que por vezes os Peixes não se reproduzem num aquário mesmo que hajam lá todas as condições para o sucesso. Culpamos a qualidade da luz, comida ou alguma outra coisa. Mas não compreendemos. Outros peixes já aceitaram as mesmas condições. Porque? Será que os meus peixes estão felizes? Alguma vez encostaram o ouvido ao vidro do aquário? No meu caso o filtro está dentro do móvel que suporta o aquário, assenta sobre uma placa de roofmate tal como o próprio aquário. Mas ainda assim, quando encosto o ouvido ao aquário, oiço claramente o vibrar do motor. A água amplifica som. Um zumbido constante e persistente banha os peixes. Mas será que eles notam? Não sei de que forma peixes percebem som. Sei que um zumbido industrial não existe no seu habitat natural. E sei também que peixes têm ouvidos. Pelo menos alguns peixes usam alguma espécie de sonar para encontrar animais escondidos na areia. Ciclídeos têm uma linha lateral no corpo que é composta por buracos que servem para “sentir” vibrações ou correntes na água. Sabemos que alguns ciclídeos comunicam por estalos. Notei que os meus peixes se assustam quando uma porta bate. Terá o som influência no comportamento e no bem-estar dos meus Peixes? Facto é que não sei. Mas estou a fazer o possível para isolar melhor o meu aquário a nível de Som. “Escuta o teu Aquário”
  12. Marc

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    65 Dias depois O Aquário com 65 Dias As Hemianthus estiveram um bocado mal por isso comecei (finalmente) a fertilizar. Hei de falar disso mais tarde ao pormenor. Um Pormenor do Aquário que eu gosto bastante - A Vista lateral A Blyxa entre os Ramos Coimbra - A Blyxa anteriormente não cresceu muito porque a tinha mudado de sítio. Agora já pegou e está a crescer bem. As Plantas que eu tenho e que absorvem a maior parte do alimento pelas raízes estão a dar-se lindamente. O Problemas são as Hemianthus que têm sofrido com algumas algas e um crescimento atrofiado e lento. Por isso comecei lentamente a dosear K (Potássio) e P (Fósforo). Entretanto já notei melhorias no crescimento de ambas as plantas. Mais um Pormenor - Uma Neritina a procura de lugar para pôr ovos. (Estes ovos nunca parecem eclodem ou então as larvas são comidas) Falando da Fauna: Continua tudo vivo até a hora não tive uma única baixa. Dei o Ramirezi e os SAE, no entanto, porque estou a limitar o número de espécies de Peixes aos menos agressivos. O Objectivo próximo será tentar reproduzir as Iriatherina werneri. Iriatherina werneri - Entretanto chegaram Mais. Tenho agora 13 delas Peixes muito difíceis de fotografar pois não param quietos Neocaridina denticulata - Vulgo camarão Red Cherry. Esta foto é mais antiga. Ainda tinha glosso no aquário. Este camarão trás ovos. A Fauna neste momento está assim: 4 Neritinas natalensis 5 Otocinclus sp. 13 Iriatherina werneri 10 Corydora pygmaeus ?? Neocaridina denticulata (em numero indeterminado) Tenho algumas Acrolocus fluviatilis - Lapas de água doce. São inofensivas e reproduzem-se muito devagar. por isso não é praga. Como são invulgares, e eu não faço ideia de onde vieram, não me vou ralar. Sou também capaz de ter umas Daphnias sp. adultas a nadar pelo aquário porque as bocas das werneri são tão pequenas que não conseguem comer daphnias grandes. Apenas pequenas. Gostava de estabelecer uma colónia de daphnias no aquário como fonte de comida permanente e mais uma forma de combater algas. Seria mais um passo para a sustentabilidade ecológica. Os SAE e o RAM já teriam acabado com elas. Chegaram também algumas Pseudomugil gertrudae. Elas destinam-se a um outro aquário, mas 7 ainda estão de quarentena neste aquário e gosto delas. São muito novos e ainda não têm cor, mas tém um comportamento muito engraçado. Se calhar fico com eles neste aquário. Ainda não decidi. Tenho tido bastante trabalho, mas vou preparando um tópico sobre Daphnias e um sobre fertilização e outro sobre os custos disto tudo. Tenham paciência. Até a próxima. Marc
  13. Como é que está o aquário agora? A Fertilização resultou? Marc06
  14. Viva! Ela é plantada em Terra. Depois pode desenvolver-se sosinha e trepar algumas pedras à procura de mais sítios onde se pode agarrar. pela minha experiência esta plante consegue retirar alimentos da coluna de água, mas as raizes (Pelo que eu já vi) não têm estrutura para se agarrar às pedras. Convém enterrar bem a planta pois, nos primeiros tempos, solta-se com muita facilidade. Abraço, Marc06
  15. Marc

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    Invasão Demorou mais de um mês até eu ter habituado um Amphiprion percula à água doce para poder tirar esta foto.(*) (*) - Isto é a gozar; pelo amor de Deus não ponham peixes de água salgada num aquário de água doce. O metabolismo destes peixes funciona de maneira completamente diferente. Para saber mais procurem por Osmoregulação (Capacidade pela qual os peixes regulam e mantêm a sua água interna e a concentração de sais que é diferente do meio.) 40 dias depois O Aquário com aproximadamente 40 Dias Ele Vive e Cresce
  16. Marc

    Nutrientes - Case Study

    Noto que já passou mais de um ano. Estou curioso por saber o que será deste aquário. A Fertilização a longo prazo deu resultado? Reli o tópico agora e já o compreendo melhor do que há um ano quando o li da última vez. Acho que devo ter evoluido. Lembro-me de fazer experiências com a calculadora do Chuck e com pós e liquidos, mas nunca atinei com os valores que me davam. Não gosto dos Testes. Não faço ideia como pode dar 0,5ppm de P porque a escala que vem no meu teste de PO4 é constituida de tonalidades de azul e o resultado do teste dá sempre algo amarelado. EM relação aos Nitratos é práticamente a mesma coisa as cores não correspondem. Ou em comparo o tom do teste e o resultado é 2ppm ou comparo o contraste e o resultado é 4ppm ou tiro a média e o resultado é 3ppm. Serei o único a ter essas dúvidas com testes de cores? Neste momento Suponho que N está nos 0ppm e P esta nos 0ppm, porque o teste de N dá água transparente e o teste de P dá amarelo. Mas as plantas estão a crescer lindamente no meu aquário. Li no Krib que só se deve fertilizar com Macros se as plantas apresentam falta de nutrientes. É isso que vou fazer. Abraço, Marc06
  17. Marc

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    Crescimento Os dias passam... Uma semana sem TPA O nível da água baixa lentamente e o sujo vai aumentando. As plantas crescem exponencialmente. No fim da semana uma TPA. Tirei as restantes Bacopas australis. Os dias passam... Deixo-vos mais um pequeno gesto Os dias passam...
  18. Marc

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    A Camada de Gordura A camada gordurosa superficial que temos no nosso aquário tem sido alvo de especulações diversas mas inconclusivas. Alguns aquários formam esta “camada gordurosa” enquanto outros não, e ninguém sabe qual é a sua origem nem como nos podemos livrar dela. Geralmente associamos este fenómeno ao tipo de comida que usamos, a tanques plantados com injecção de CO2 e superfície da água muito parada. Eu próprio tenho uma camada destas no meu aquário e este facto levou-me a querer saber mais. Uma pesquisa na Internet reforçou a minha opinião de que esta camada na aquariofilia não é suficientemente compreendida e encontrei muita informação inútil ou dúbia. Aquilo que aprendi é o que se segue. Camada Gordurosa no Aquário – Vista de cima Na realidade, devido à tensão superficial, a superfície do nosso aquário é, quando não é muito movimentada, um nicho ecológico particularmente privilegiado em termos de trocas gasosas - oxigénio atmosférico e dióxido de carbono. Bactérias, algas, fungos e protozoários constituem neste ambiente um habitat até cem vezes mais rico em organismos vivos do que o resto da coluna de água, formando assim o neuston. Alguns autores reconhecem a existência de um verdadeiro ecossistema neustónico e uma neustonosfera. Muitos organismos existentes nesta camada neustónica passam aí todo o seu ciclo de vida. Algumas bactérias e algas até desenvolvem capacidade fotossintética (cianobactérias por exemplo – embora sejam invisíveis a olho nu). Outros organismos assumem uma coloração intensa (vulgarmente azulada ou esverdeada) para os proteger em relação às radiações ultravioletas letais. Por isso notamos aquela coloração oleosa na superfície do aquário. Em espaços abertos podemos verificar que até alguns insectos como alfaiates fazem parte deste nicho ecológico que se alimenta de matéria orgânica superficial. Sendo o neuston uma zona bastante rica em nutrientes não é estranho ver um Otocinclus ou mesmo um Crossocheilus siamensis de barriga para o ar, alimentando-se desta camada. Há outros peixes que encontram neste meio a sua alimentação equilibrada, como por exemplos as Mollys e os Guppys. Estes peixes são recomendados a quem quer manter esta camada sob controlo. Não sabemos ao certo porque esta camada aparece em alguns aquários e em outros não. Não conhecemos nenhuma relação entre o aparecimento desta camada e o substrato, o tipo ou a quantidade de plantas ou animais, a fertilização, a temperatura, o pH ou o kH (embora não queira excluir que exista alguma). Mas posso dizer que se trata de um fenómeno natural – apesar da coloração oleosa suspeita. Matéria orgânica, proteínas de alimento de peixe e fertilizantes não absorvidos pelas plantas constituem a base nutricional para a criação desta camada viva de organismos microscópicos. Se é natural, qual é o problema? Não causa dano nenhum, o máximo que pode fazer é cortar um pouco a luz que chega as plantas. Mas eu não gosto! Não gosto porque não me deram opção. Então como é que me livro desta camada superficial? a) Não livras. Aprende a viver com isso. Por mais que façamos essa camada volta sempre. Mais vale montar um novo aquário. De preferência com Ciclídeos Africanos. b) Nas TPAs (Trocas Parciais de Água) tirar primeiro a camada de cima com um copo ou uma garrafa cortada. Eu faço isso quando estou com pachorra, mas 2 dias mais tarde está tudo na mesma. Já me aconselharam passar um guardanapo ou uma folha de jornal pela superfície do aquário, mas não acho que resulte muito bem. c) Criar uma movimentação constante na superfície da água. Deste modo evitamos que a superfície apareça, mas ficamos com outros problemas. O CO2 escapa para a atmosfera com muito mais facilidade do que com a superfície parada e deste modo acabamos por gastar mais CO2. Algumas pessoas também se podem irritar com o barulho constante do cair da água. Como tenho a luz do aquário apagada quando estou no trabalho, levanto a entrada da água no aquário de modo a criar a tal turbulência à tona da água. Deste modo também crio oxigenação nas horas sem luz o que é bom, mas por outro lado tenho de me lembrar disso todos os dias. d) Há quem compre um escumador de superfície. Esta é a solução de cromo. É mais custosa, mas resolve o problema de certeza. Acho que a EHEIM comercializa uma peça que se adapta à saída para o filtro que suga água da superfície do aquário, mas não tenho a certeza. Um amigo construiu um mini filtro de superfície com uma bomba, um tubo e lã de vidro. Essa bomba espalha ao mesmo tempo o CO2, mas está sempre a entupir e não é a solução ideal. e) Geralmente aconselha-se Black Mollys porque de todos os peixes são os mais eficazes a comer a camada de neuston. Bastam dois peixes num aquário de 120 litros para nunca mais haver problemas com esta camada superficial. Mas nem toda a gente quer meter uns vivíparos no seu aquário. Camada Gordurosa no Aquário – Vista de Baixo Em conclusão quero alertar que esta camada não é apenas influenciada pelo ecossistema interno do aquário com filtro, mas também pela atmosfera da própria casa em que temos o aquário. Certos ambientadores contêm terpenes (hidrocarbonetos) que reagem com o ozono e ajudam a criar essa camada no aquário. Óleo e fumo de aquecimentos e da cozinha também podem ser uma causa possível da formação desta camada no nosso aquário. E o tabaco! Não tenho experiência própria mas aposto que não é bom fumar-se ao pé de um aquário aberto. Links: http://www.astrosurf.com/re/aula08_em_ecol...zooplancton.pdf http://www.lmvp.org/Waterline/winter2002/neuston.htm http://www.thekrib.com/Plants/Algae/surface-scum.html
  19. Já tinha desistido de pensar em arranjar um par para o meu ramirezi. Mas este tópico é entusiasmante. Devo reconsiderar. A risca preta na barbatana dorsal já é visível em alguns peixes. Espero que saiam ao pai que foi um dos Rams mais bonitos que eu já vi. Abraço, Marc06
  20. Marc

    Plantado V4.0 [fim]

    Nome cientifico: Iriatherina werneri Meinken, 1974 Nome comum: (Inglês: Threadfin Rainbowfish; Featherfin Rainbowfish) Família: Melanotaeniidae Iriatherina werneri Descrição: A primeira barbatana dorsal de machos adultos tem forma de leque enquanto a segunda tem filamentos excepcionalmente longos. A barbatana anal é semelhante à segunda barbatana dorsal, conferindo ao peixe o seu aspecto particular. O corpo é estreito e alongado e geralmente de um prateado metálico com marcações verticais mais escuras pouco visíveis. As duas barbatanas dorsais e a barbatana anal são de um tom muito escuro, acastanhado ou mesmo preto. A barbatana caudal é transparente avermelhada tendo geralmente filamentos mais compridos nas duas pontas. As fêmeas são mais pálidas em comparação com os machos e têm barbatanas mais curtas. As espécies encontradas na Nova Guiné são mais escuras que aquelas que são encontradas na Austrália. Recentemente foi encontrada uma variante com barbatanas amareladas no nordeste da Austrália (Queensland). Este peixe consegue atingir um tamanho máximo de 5cm, mas geralmente não passa de 3cm. Origem: São encontrados em rios costeiros entre o Rio “Merauke” e o rio “Fly” na Nova Guiné, em tributários do rio “Jardine” e do rio “Edward” em “Queensland” no nordeste da Austrália. Estes peixes também são encontrados no norte da Austrália nos pântanos de “Arafura” e existem provavelmente na bacia hidrográfica do golfo de “Carpentaria”. Foram encontrados pela primeira vez num arrozal perto da cidade de “Merauke” em Irian Jaya (na indonésia) pelo aquariófilo alemão A.Werner, Jr e E. French em 1973. Foram dados ao Dr. Herman Meinken que os descreveu como Iriatherina werneri. Pela mesma altura estes peixes foram identificados num levantamento feito do lado da Papua Nova-Guiné. Habitat natural: Iriatherina werneri vive em águas claras e lentas, pauis e lagoas. Encontramos temperaturas entre 22º e 30º Celsius e valores de pH entre 5.5 e 7.5 nos seus habitats naturais. Alimentam-se de grandes quantidades de algas unicelulares suspensas na água e diatomas, mas não comem ou comem poucos crustáceos aquáticos. Ao Exibir as Barbatanas – É muito difícil conseguir tirar uma foto a estes animais, pois estão em constante movimento. Agradeço ao Rui Pedro a paciência para ficar aqui em casa até conseguir estas fotografias. No Aquário: Em aquários, este peixe alimenta-se bem de artémia, nauplias, daphnias, cyclops e pequenas minhocas. Não costumam tocar em comida viva maior como por exemplo larvas de mosquitos. Comem granulados e flocos, mas esta comida deve ser bem esmigalhada. Não comem comida que tenha caído para o fundo. Pela forma como estes peixes nadam no meu aquário presumo que estejam todo o dia a comer partículas invisíveis de algas em suspensão na água. Os machos ocasionalmente exibem as suas barbatanas naquilo que julgo serem confrontos territoriais, no entanto nunca se tocam para além do ocasional empurrãozinho. São peixes muito dóceis e não representam perigo para outros peixes mais pequenos. Tenho alimentado os meus peixes com Daphnia sp. e noto que as Iriatherinas não tocam sequer nos animais maiores (3mm). Comem apenas as Daphnias mais pequenas. Iriatherina werneri difícil de fotografar Reprodução: Durante o acasalamento, entre Outubro e Dezembro no seu habitat natural, o macho corteja a fêmea esticando as barbatanas todas e batendo-as em seguida rapidamente. Se a fêmea aceitar o macho ela procura um lugar apropriado para pôr os ovos. Põe poucos ovos durante diversos dias, os quais ficam agarrados a folhas finas ou escondidos entre as raízes de plantas flutuantes. Os ovos eclodem dentro de 5 a 7 dias dependendo da temperatura da água. Não tenho por enquanto nenhuma experiência de reprodução destes peixes, mas espero lá chegar quando encontrar fêmeas a venda. Bibliografia e Links: Australian Freshwater Fishes J R Merrick & G E Schmida Rainbowfishes of Australia and New Guinea G R Allen & N J Cross. Rainbowfishes - In Nature and in the Aquarium G R Allen. Freshwater Fishes of New Guinea G R Allen. http://members.optusnet.com.au/chelmon/Werneri.htm
  21. Marc

    Plantado V4.0 [fim]

    O Aconchegar das Plantas …E os dias passam Os dias passam. À medida que o tempo se desenrola em volta da água, as plantas lutam obstinadamente contra o contínuo pesar da gravidade no seu caminho em direcção à eterna luz. Transformam moléculas. Crescem. Os dias passam. Chegou a altura das primeiras pequenas alterações. O Clássico Antes e Depois Como certamente já tive ocasião de fazer notar, este meu aquário é o produto de um longo progresso de intervenções. Uma vez que a luta contra as algas acabou em favor das plantas, decidi que poderia fazer umas pequenas alterações na flora em perfeita segurança. Então o que fiz? As Remoções Tirei do aquário parte da Bacopa australis, e com tempo vou eliminar esta planta na sua totalidade. Não quero alterar demasiado a quantidade de plantas no aquário, por isso vou fazendo as alterações aos poucos. Não gostei muito da Bacopa. As folhas são muito finas e são de um verde muito claro. Aquelas que ficam da parte de baixo do caule e que não apanham muita luz ficam ligeiramente amareladas. A planta também fica mais alta do que eu queria. Eliminei a Glossostigma elatinoides. É uma planta de crescimento muito rápido e a longo prazo torna-se um bocado difícil de controlar num aquário com uma divisão de substratos. Ela iria invariavelmente sufocar a minha Hemianthus callitrichoides “cuba”. Tenho tempo e já tive um belo tapete de glossostigma. Vou tentar algo diferente agora. As Alterações Usei Rotala sp. “green” para ocupar o espaço por trás do tronco, antes ocupado pela Bacopa. Agrada-me o formato estreito e simples das folhas desta planta que, se bem podada, acaba por formar um tufo muito bonito. No entanto as folhas inferiores ficam velhas com o tempo e feias por não apanhar muita luz. É preciso usar alguma planta mesmo em frente dos caules da Rotala para esconder essa parte menos atractiva. Para isso movi uma Blyxa japonica para o meio do tronco. Ainda está muito pequena, mas imagino que vai ficar muito bonita uma vez grande. Pretendo que os ramos do tronco surjam de entre as compridas folhas da Blyxa. Para esconder os caules da Rotala do lado direito e do lado esquerdo introduzi no aquário uma nova planta. A Hemianthus micranthemoides parece-me muito agradável em termos de formato. É a transição ideal entre a Hemianthus callitrichoides “cuba” e a Rotala sp. “green”, em termos de modo de crescimento e formato das folhas. Glosso vs. Hemianthus Cuba Toda a Glossostigma que tirei substituí simplesmente por Hemianthus callitrichoides “cuba”. Preparei uma imagem com a Glosso que tirei do meu aquário. Tem umas quatro semanas de vida. Indicado por um círculo vermelho notamos que as folhas mais velhas da planta sucumbiram na luta pelos nutrientes. Apodreceram atacadas por algas. Outra coisa que notamos facilmente é o ritmo de crescimento entre uma planta que fica menos exposta à luz e uma planta com mais exposição. A diferença é brutal. Glosso vs. Hemianthus Cuba O vaso de Hemianthus Cuba que comprei já estava em más condições, infelizmente. Preparei a planta para ser plantada. Isto requer bastante paciência porque convém separar os diversos pés. Se plantamos grandes tufos a planta não só cresce mais devagar (porque o que está no meio não tem para onde crescer), como há partes que se soltam com mais facilidade. Ao plantar a Cuba convém mesmo enterrar muito bem a planta pois ela só de si solta-se facilmente. Ainda estou a planear outras alterações, mas vamos com calma…
  22. Marc

    Nymphaea lotus zenkeri

    Bom, na realidade guardei os bolbos numa gaveta e deixei-os secar para ver se daqui há algum tempo voltam a pegar no aquário. Mas de momento não quero mais Nymphea no aquário.
  23. Ovos de caracois podem vir com plantas. Pareçe uma massa gelatinosa. Estes Caracois geralmente são bons porque limpam o aquário. Mas se houver alimento suficiente, rápidamente se tornam uma praga.
  24. Marc

    Nymphaea lotus zenkeri

    Pergunta no Subforum de Procura. Há pouco deitei fora dois bolbos. Esta Planta é positivamente linda, mas não se pode ter demasiadas no aquário. Marc06
  25. Estou a usar este sistema e quero fazer notar que é preciso muito cuidado ao mexer nisto e é preciso respeitar os pontos aos quais o Luís chama à atenção. Já por duas vezes, com a mistura a meio. (O Liquido nas duas garrafas esta pelo mesmo nível) A reacção accelera tanto que a ligação mais fraca do cunjunto todo salta com a pressão das garrafas. (Pfffffffffffffft) é ca um susto! Todas as ligações têm que estar muito bem feitas e seguras. Acho que esta é uma forma barata e relativamente estável de produzir CO2 para o aquário. Mas é absolutamente necessário ser-se rigoroso com a manutenção e com o controlo. Gosto do sistema. Luís, diz-me lá honestamente (Para que eu não me sinta muito mal) no teu sistema já se soltou algum cabo de repente e tu ouviste um PFFFFFFFFFFFt que te pregou um grande cagasso? Atenção: (Repito isto, porque sei que muita gente não lé tudo) Nunca se deve abrir primeiro a garrafa da reacção. ou seja a garrafa em que está o Bicarbonato de sódio. DEVE ABRIR-SE SEMPRE PRIMEIRO A GARRAFA DO ÁCIDO.