Cyprinodon

Membro
  • #Conteúdo

    354
  • Registado Em

  • Última Visita

  • Days Won

    1
  • Country

    Portugal

Tudo publicado por Cyprinodon

  1. Olá Bentes, Muito obrigado pela contribuição. Nesta Primavera vou ter que dar umas voltas pelo país a investigar melhor o assunto. Quanto ao estudo trata-se de uma contribuição voluntária para um trabalho científico da autoria de um cientista de renome que é um dos maiores especialistas em (G a m b u s i a s) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] desta nova geração. Apenas fiquei de enviar alguns exemplares machos preservados. Os capturados na natureza servirão o propósito de contribuir para o estudo ( e determinar as origens ) das espécies introduzidas pelo mundo fora. Os exemplares de aquário não fazem parte do estudo mas servirão para determinar com rigor a origem dos seus antepassados na natureza ou reconstituir o processo de disseminação dessa população na Europa e no mundo através da aquáriofilia. Quanto aos Espadas gostaria realmente de ver essas fotos e de saber mais detalhes ( comprimentos, características das águas, etc ). Manda-mas para o meu endereço particular ou coloca aqui um tópico. Quando estive nas ilhas Maurícias também lá vi Xiphohorus helleri em 4 localidades diferentes nos lagos dos jardins públicos. Todas as populações tinham a coloração “ selvagem “ pois ao que parece na natureza ( ou perto disso ) opera-se uma “ regressão “ em poucas gerações... é a natureza a trabalhar ( que o digam os peixes vermelhos – Carassius auratus nos ecossistemas nacionais ).
  2. Olá João, Bem vindo ao fórum !!! Alguns dados importantes sobre a reprodução das Molinésias mais comuns já aqui foram abordados nomeadamente por mim noutros tópicos. Aconselho-te a usares a ferramenta de pesquisa mais vezes. Em relação a este tópico, não querendo ser mal interpretado, começo por te fazer umas perguntas : a) Achas que as duas espécies são compatíveis num aquário dessa dimensão ? b) O que é que leste sobre elas ? c) Será que as condições físico-químicas de uma são idênticas às da outra ? [ aqui não te deves limitar ao pH, temperatura e dureza(s) da água mas também ao ciclo diário de luz e sua intensidade entre muitos outros como a corrente da água ]. À primeira não me saberás responder pois tu próprio a colocas. Eu também não porque nunca tive as duas espécies no mesmo aquário. Não te queria impor nenhuma prática e tu lá saberás que tipo de aquáriofilia queres praticar... mas eu prefiro estudar o assunto antes de colocar peixes de Continentes diferentes no mesmo aquário. Tenho por convicção que o aquário comunitário é mais fácil de manter com peixes do mesmo habitat. Agora vamos à reprodução das Molinésias... Como não nos divulgas a espécie em particular, vais ter que ler um pouco mais do que eu tinha disponibilidade para escrever. Na minha experiência com quatro espécies de Poecilia vulgarmente denominadas como Molinésias no nome comum, tive oportunidade de constatar que tendencialmente algumas podem tornar-se agressivas para com membros da sua própria espécie se o aquário for pequeno ( para as necessidades destes animais ). As Molinésias maiores são peixes exigentes quanto ao espaço ( e não só ). A agressividade depende do grau de stress e da linhagem genética. Tendo necessidade de experimentar a resistência às baixas temperaturas consegui reunir exemplares de pelo menos 6 origens territoriais diferentes comprovadas pelo meu fornecedor que as trazia consigo dos Estados Unidos. O grau de agressividade era sem dúvida bastante distinto e se os animais tivessem sido colhidos na natureza então é que nem um aquário de 2 metros chegava, ( especialmente se fossem poucos exemplares ). Testemunhei casos de ataques mortais de fêmeas e de machos, sendo mais vulgares os segundos e sem consequências tão dramáticas. Para quem tenha uma experiência destas, o meu conselho é aumentar se possível os locais de abrigo ( plantas ), introduzir mais alguns exemplares no aquário e se tudo estiver no seu lugar ( salinidade, PH, dureza, temperatura e níveis de pureza da água ) o problema será ultrapassado em breve. Se os sintomas persistirem, só há um remédio... trata as tuas Molinésias agressivas como Ciclídeos do Lago Malawi ( Niassa ). Para quem tenha um pouco de terreno, em meados de Abril ponham as vossas Molinésias fora de casa ( basta um lago bem plantado com 10 m3 ). Em Setembro, se tiverem alimentado bem os vossos veraneantes verão a quantidade de peixes com que a natureza te presenteará e o tamanho das barbatanas dorsais dos novos machos nascidos ao ar livre !!! Prepara-te para veres exemplares de certas variedades atingirem os 15 cm ( às vezes um pouco mais ), isto se não houver grande consanguinidade entre elas. As espécies Molinésias menores e seus híbridos não apresentam vulgarmente comportamentos agressivos. Se tudo estiver no seu lugar ( salinidade, PH, dureza, temperatura e níveis de pureza da água ) estes peixes quando são bem alimentados e possuem o espaço mínimo dão à luz as suas crias todos os meses durante a época de reprodução. Se alguma coisa falhar... podes ter que ficar à espera muito tempo por um parto. Não conheço nenhuma espécie de Molinésia que tente comer os recém nascidos e as crias, a não ser os exemplares mantidos em condições desfavoráveis. Para que muitas das espécies vivam “ felizes “, ajuda aumentar a salinidade e corrigir os restantes factores antes do parto. Não devemos esquecer que as Molinésias são animais de estuário, embora algumas populações sejam avistadas e colectadas em alto mar a várias centenas de quilómetros do rio mais próximo e outras em lagos e rios de água doce apenas. Se a água salgada não resultar ( introduzida com muito cuidado ao longo de vários dias e até cerca de 10% da salinidade do mar ), talvez uma muito ligeira subida de temperatura possa ajudar desde que não se ultrapassem nesta delicada fase os 27ºC. O que não convém nada a estes peixes é serem mantidos todo o ano à mesma temperatura, nomeadamente se a mesma ficar constantemente acima dos 20ºC. De qualquer forma, desculpa-me a insistência de novo... Nunca uses " maternidades " com estes peixes por favor... Estas caixas de tortura apenas funcionam com algumas espécies como o Guppy e têm a desvantagem de causar partos prematuros ou muito prolongados, “ stress “ às fêmeas com consequências graves na imunidade, poluição da água através dos alimentos não consumidos ( alimentos não vivos ) e aumentam o canibalismo e a agressividade. Algumas Molinésias podem prolongar a gestação por mais e 9 meses em maternidades, e o que daí resulta não são boas notícias para as crias mais frágeis. O ideal é um aquário muito bem plantado com escapatórias suficientes para se salvar uma boa parte da ninhada. Não interessa salvar TODOS os recém nascidos porque em breve teremos um aquário superlotado com peixes demasiado aparentados para os deixarmos reproduzirem-se entre si. ( A consanguinidade deteriora rapidamente uma população pequena ). Desta forma evitam-se os males da ditas " maternidades " acima apontados, criamos uma atmosfera harmoniosa e natural para os nossos amados peixes e em certas espécies podemos mesmo acabar com os actos desesperados de canibalismo em pouco tempo se os adultos conviverem com crias no mesmo espaço ( mesmo que eventualmente consigam comer algum recém nascido ). As presas vivas ajudam a que muitas espécies se desinteressem pelas crias mesmo se o aquário for pouco plantado. Só para finalizar... estes peixes quase todos gostam de Sol e de uma dieta onde não falte alimento de origem vegetal. Havia muito mais para escrever mas além de não ter mais tempo não quero escrever um testamento. Boa sorte !
  3. Olá a todos, Uma vez que ainda ninguém deu a respectiva contribuição cá vai mais uma ajuda. A espécie mais vulgar , senão mesmo a única nos nossos ecossistemas é a (G a m bú s i a)[b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] affinis hobrooki da qual vos selecciono estas imagens : Presumivelmente poderá ainda existir em Portugal a G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] affinis affinis já que alguns colegas assim o dizem mas não conheço nenhuma autor científico que o comprove. Mais informo que esta espécie existe foi introduzida noutros países da Europa e dadas as semelhanças aparentes cá vai uma imagem : Outras espécies bastante atractivas podem no entanto existir em aquários no país. Aqui ficam mais dois exemplos... G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] oligosticta G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] aurata
  4. Olá José Bentes e restantes colegas, Aguardava com ansiedade uma contribuição como esta. Obrigado por teres partilhado connosco informações tão importantes. Mais aproveito para vos comunicar que em conversa que se proporcionou hoje com o Paulo Alves a propósito deste tópico me foi transmitido que há algumas espécies descritas pela ciência posteriormente à Poecilia sphenops que acabaram por ser classificadas mais tarde como espécies independentes mas que são extremamente aparentadas com esta. É também facto que o nome “ Liberty “ foi igualmente usado em relação a Molinésias de outras espécies e mesmo a híbridos obtidos em cativeiro, o que até gerou até uma interessante troca de pontos de vista na nossa conversa de hoje. De qualquer forma não se alarmem se vos aparecerem fotos identificadas como Molly Liberty ou mesmo Poecilia sphenops divergentes com os peixes que conhecem pois a variabilidade desta espécie ( nomeadamente no colorido ) é considerável. Mais ainda felicito o nosso estimado José Bentes pela sua frase « por muito que me esforce não consigo perceber porque se fazer apuramentos para estragar o que a natureza apurou em milhares de anos », ainda que eu não seja um fundamentalista contra a existência de apreciadores de variedades cultivadas.
  5. Prezado Marcelo Senna Em primeiro lugar seja bem-vindo ao fórum. Que eu tenha tido conhecimento, só tivemos a sorte de ver à venda exemplares de Poecilia sphenops de coloração “ selvagem “ uma ou duas vezes no final dos anos 1980 aqui em Portugal. Espero que estas linhas possam ser lidas nomeadamente pelos patrocinadores deste fórum que são estabelecimentos comerciais pois de facto há um completo alheamento em relação aos ovovivíparos de coloração selvagem por tradição no nosso mercado. Conheço vários aficcionados que hoje se dedicam a outras espécies e já nem têm interesse em peixes da sub-família Poeciliinae devido à frustração acumulada por não se reverem nas variedades cultivadas das poucas espécies habituais, geralmente provenientes de produtores asiáticos. Reconheço também que o comum dos consumidores não tem informação sobre as potencialidades de algumas das quase 300 espécies existentes, nem tão pouco está educado para o privilégio de participar por si ou integrado num programa específico para a manutenção de espécies em perigo ou mesmo extintas na natureza, as quais ocorrem nomeadamente na família Goodeidae. O mais vulgar é o desprezo por peixes que não tenham cores excepcionalmente chamativas. Muitos de nós tentamos contrariar a natureza, quer misturando animais e plantas de origens muito distintas ( com exigências ambientais às vezes até diametralmente opostas ), só para tentar uma forma barata de recriar em água doce a “ beleza “ dos recifes de coral. O aquário de água doce não tem obrigatoriamente que ter espécies de colorido exuberante, nem os gostos e sentido de estética dos seres humanos. Reconheço que todas as tentativas a que tenho assistido, nomeadamente nos últimos 2 anos, em resultado de importações muito raras de espécies desconhecidas do nosso mercado se revelaram um fracasso comercial. Não sei até que ponto a referida “ Molly Liberty “ teria realmente procura hoje, mesmo em importantes centros urbanos como Lisboa e cidades satélites. Tenho sido um dos poucos clientes a incentivar um determinado estabelecimento comercial da cidade a importar Poecilíneos invulgares para o nosso mercado, mas sou o primeiro a compreender porque é que são tão raras essas diligências. De facto os peixes ficam muito tempo em exposição e já acabei por vir a ficar com o lote todo, apesar dos preços nada convidativos baseados na valoração dos mercados de origem ( onde o poder de compra é superior ao nosso e a adesão a estas espécies é um sucesso ). Aos poucos e poucos vamos começando a encontrar alguns persistentes admiradores destas espécies pelo que estou prestes a editar um sítio na Internet dedicado aos Ciprinodontiformes ovovivíparos, já que dessa forma procurarei informar os meus leitores sobre o valor destas criaturas excepcionais e a pouco e pouco levar as pessoas a compreenderem a riqueza de espécies que embora não possuam o colorido mais atractivo são animais muito valiosos. Tomara eu viver no seu país onde a sub-família Poeciliinae se encontra bem representada na natureza. Espero que hajam mais contribuições neste tópico no sentido de nos darem um pouco mais de alento e confirmarem outras presenças no nosso mercado da Molinésia Liberty. A propósito, alterei na minha intervenção anterior o nome comum da Poecilia sphenops de Molinésia Mexicana para Molinésia Liberty, já que existe muita confusão com a espécie Poecilia mexicana e com tal nome comum vulgarmente usado sobretudo na América Central, só iria criar aqui mais dilemas.
  6. Olá Fernando Quanto à referida « pinta negra » pouco posso ajudar com a descrição actual dado que pode ser muita coisa diferente. Importas-te de colocar aqui uma foto por favor ?
  7. Olá Paulo, Infelizmente o mercado da aquariofilia está repleto de gente sem moral em toda a cadeia, desde a “ produção “ até ao ponto de venda. O que não ajuda mesmo nada os pobres peixes e a biodiversidade são os nossos péssimos hábitos de consumo. Em Portugal não se dá nenhum valor aos exemplares de aspecto “ natural “ ( como os selvagens ) e compram-se variedades manipuladas por selecção artificial ou híbridos para tornarmos os nossos aquários de água doce em algo o mais parecido possível com os aquários de recife de coral. Desculpa-me o desabafo sentido mas não te estou a criticar pessoalmente nem aos inúmeros leitores deste tópico que por paixão ou desconhecimento de facto têm no seu aquário híbridos. Desfruta os teus peixinhos e não leves muito “ a peito “ o meu puritanismo. Cá vão as imagens das espécies mais vulgares no comércio : Molinésia de Vela ( Poecilia velifera ) – coloração original ( selvagem ) Molinésia do Norte ( Poecilia latipinna ) – coloração original ( selvagem ) Molinésia Liberty ( Poecilia sphenops ) – coloração original ( selvagem ) Molinésia Liberty ( Poecilia sphenops ) – coloração melânica ( apurada em cativeiro ) Para além das inúmeras outras formas de coloração, as caudas em lira e barbatanas desenvolvidas são fruto de selecção artificial. Todos os exemplares que sejam morfologicamente intermédios são difíceis de classificar ou são por certo híbridos como este exemplo : Híbrido ou Poecilia latipinna ( variedade cultivada ) ?
  8. Olá a todos, Com o devido respeito... pelas vossas dúvidas penso que nenhum de vós tem a mínima noção dos efeitos da consanguinidade na resistência dos peixes ( entre outros sintomas mais horríveis ). Desculpem-me a inocência, mas não acham curioso que morram tantas fêmeas no vosso aquário quando na natureza as fêmeas dos Poecilídeos são geralmente mais resistentes do que os machos segundo vários artigos científicos ? Pensem nisto. O que é vulgar nos habitates de origem dos vossos peixes é uma mortalidade tão obviamente mais elevada entre os machos que muitas vezes há fracas ou nenhumas possibilidades de acasalamentos entre irmãos ao fim de poucos meses. No caso da “ nossa “ famosa (G a m bú s i a)[b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] ( G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] affinis holbrooki ) é normal as fêmeas sobreviverem ao Inverno nos nossos ecossistemas e os machos da sua geração apresentarem altas taxas de insucesso em chegarem com vida à Primavera. Então porque é que no aquário morrem mais fêmeas do que machos ? Porque é que num mesmo aquário peixes da mesma espécie mas de dois estoques diferentes resistem de forma diferente a um surto de agentes patogénicos... alguém já pensou nisso ? O último surto de infecção múltipla que se declarou num dos meus aquários matou apenas peixes de uma determinada espécie ( Limia nigrofasciata ) e curiosamente foram os exemplares do estoque de reserva criados em aquário e não os criados no lago que morreram em maior número. Possível solução para o mistério : 1) todas as outras espécies tinham uma baixa taxa de consanguinidade pois os exemplares mantidos nesse aquário eram originários de criação ao ar livre com centenas de efectivos. 2) o estoque de aquário de Limia nigrofasciata era composto por peixes muito aparentados devido ao seu pequeno número ( estoque de reserva para o caso de algo corre mal com os do exterior ), enquanto que os do lago descendiam de umas largas dezenas de casais, contudo mesmo assim genéticamente não deveriam ser suficientemente ricos em diversidade para ultrapassarem a crise provocada pela agressão desencadeada pelos agentes patogénicos. Em conclusão : muitas vezes o melhor profilático é a resistência natural dos animais, a qual só é viável quando há uma maior riqueza de genes. Não sei se pode ser a resposta ao vosso caso mas reflictam sobre isto e leiam mais sobre este assunto.
  9. Olá Fernando, Num fórum não há perguntas ridículas. Calculo que não tenhas utilizado a ferramenta de pesquisa pelo que me vais obrigar a escrever um pouco mais e a repetir algumas anteriores intervenções. Os Caudas-de-Espada ( Xiphophorum helleri ) e as Molinésias ( Poecilia spp ) pertencem ambos à Sub-família Poeciliinae, a qual se caracteriza por uma forma de reprodução comum a todas as espécies... a ovoviviparidade. Para além disso há fenómenos interessantíssimos como a superfetação e espécies constituídas só por fêmeas que produzem cópias fieis de si mesmas quando acasalam com machos de espécies aparentadas num processo de fertilização que não vem agora ao caso. Nestes ovovivíparos a fertilização é interna e a gestação é muito idêntica à dos vivíparos embora não existam as mesmas relações entre a mãe e os embriões. As fêmeas de algumas espécies de ovovivíparos podem estar fecundadas mas deliberadamente “ suspenderem “ o desenvolvimento embrionário por várias razões. Outras, como alguns exemplares de G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] punctata, por exemplo, são estéreis mas desenvolvem os sintomas de gravidez utópica onde apresentam todas as características de uma gestação mas de facto não estão no « estado interessante ». A pergunta é muito frequente e a resposta é simples mas requer alguma atenção. Já foram dadas inúmeras respostas noutros casos idênticos mas aqui nem estou a aconselhar uma pesquisa prévia. Os Cauda-de-Espada, ( como todos os membros da sub-família Poeciliinae ), têm a particularidade de exibirem um acentuado dimorfismo sexual no estado adulto, isto é, os caracteres primários de ambos os sexos são muito visíveis e distintos. Em peixes que atingiram o seu crescimento máximo, as fêmeas são maiores e quando estão em gestação apresentam uma barriga tanto mais desenvolvida quanto se aproxima o final da gravidez. Na variedade selvagem ( original ) e em algumas estirpes desenvolvidas pelo homem, é ainda visível durante a gestação a dita “ mancha de gravidez “ que se situa no fim do abdómen, perto da zona anal e da barbatana com o mesmo nome de forma triangular, noutras não. Algumas variedades selvagens têm essa mancha tão evidente que é possível observarem-se os olhos dos embriões a pouco tempo antes do nascimento. Atenção porque uma fertilização pode dar origem a várias ninhadas. A fêmea pode armazenar o esperma por um período que ronda o máximo de 10 meses, dando origem até 9 partos consecutivos. Por essa razão ninguém nos pode garantir que a fêmea não esteja fertilizada ou em que altura se vai dar o parto, já que o mesmo pode ser atrasado ou suspenso. Ninguém nos garante até que uma fêmea inicie um processo de reversão sexual e se esteja a preparar para se transformar num macho, o que não é invulgar entre quase todos os Xiphophorus em determinadas circunstâncias especiais. De toda a forma, quando tudo corre normalmente uma gestação dura entre 4 a 6 semanas e pouco antes de um parto anunciado o volume do ventre da fêmea não deixa dúvidas, assim como o seu comportamento. Muitas das parturientes ficam mais reservadas e escondem-se num local mais abrigado, antes disso é imprevisível prever pois nem este comportamento é geral nem tão pouco fêmeas sob stress ou fora das condições ideais aceitam ter as suas crias ( pelo menos nos prazos previstos ).
  10. Olá Ivo Lê um pouco mais sobre a alimentação correcta dos teus peixes e informa-te sobre a Hidropsia abdominal, infecção renal ou águas organicamente sobrecarregadas. Eu colocava este tópico na secção das doenças e publicava uma ou mais fotos para se poder fazer um diagnóstico.
  11. Olá Tomás e restantes amigos, Sem querer tirar o valor do teu trabalho que apoio e ao qual reconheço as respectivas virtudes deixo apenas um pequeno reparo... Quanto mais alta for a temperatura menor é a longevidade dos peixes e os Guppys em particular tendem a prolongar a época de reprodução eternamente com as consequências que aqui foram discutidas noutros tópicos. Convinha informar que os Guppys também necessitam de Inverno e que flutuações diárias da temperatura são tão ou mais importantes do que, por exemplo, as mudas parciais de água referidas por ti. Durante anos criei esta espécie com sucesso e entre Dezembro e Março mantinha-os “ apenas “ entre 21ºC e 17ºC, ( conforme os dias e por vezes menos nos mais frios ). O que é certo é que por coincidência ou não, os exemplares que passavam pelas “ baixas temperaturas “ de Inverno atingiam quase o dobro da idade dos criados nos aquários dos meus amigos e eram mais resistentes a doenças. Outra consequência ligada às variações de temperatura como as que ocorriam nos lagos onde mantinha o meu estoque entre meados de Abril e meados de Setembro é que os partos atingiam sempre sem excepção números de crias por fêmea que faziam inveja aos meus amigos. As famosas fêmeas balão no final da gestação eram já uma imagem de marca que quer em aquário quer no lago pareciam estar relacionadas com as flutuações térmicas. No Verão as máximas poderiam chegar aos 32ºC na hora mais quente do dia e cair para os 26ºC durante a noite ( lagos propositadamente pouco profundos ). Já trocámos impressões antes sobre este assunto, por isso abstenho-me de mais comentários.
  12. Olá a todos, Não sendo nem de longe nem de perto especialista em doenças dos peixes penso que o mais evidente foi o facto de que algumas bactérias presentes em quase todo os aquários podem tronar-se um problema em presença de peixes aparentemente saudáveis... sobretudo a 37ºC !?!!! Mesmo que não se trate de alguma avitaminose ou outro problema de carência alimentar ou parâmetros físico-químico muito fora das exigências da espécie, a consanguinidade é frequentemente também a causa de uma menor resistência à doença do apodrecimento bacteriano das barbatanas. O apodrecimento das barbatanas pode estar ligado também a outras infecções como a Columnaris ou a proliferação de fungos e infestações parasitárias várias. De toda a forma... 37ºC é suicidar os peixes e criar o paraíso perfeito para a rápida proliferação de bactérias ( benéficas e malignas ). Sabiam que a 32ºC apenas 12 horas por dia a longevidade de um Guppy pode decair para apenas 65 dias de vida em média ? E a 37ºC durante 24 horas por dia e 7 dias por semana ? Nunca coloquem espécies não adaptadas a essas temperaturas mais do que algumas horas acima de 33ºC !!!!! Eu colocava esta questão na área das doenças deste fórum, revia a alimentação dos peixes em questão e a qualidade da água do aquário a todos os níveis.
  13. Olá Gilberto e Dunkleosteus ( desculpa-me por te tratar assim mas não assinas ) No caso do Gilberto alerto para o facto de que algumas bactérias presentes em quase todo os aquários podem tronar-se um problema em presença de peixes aparentemente saudáveis. Mesmo que não se trate de alguma avitaminose ou outro problema de carência alimentar ou parâmetros físico-químico muito fora das exigências da espécie, a consanguinidade é frequentemente também a causa de uma menor resistência à doença do apodrecimento bacteriano das barbatanas. Eu colocava esta questão na área das doenças deste fórum, revia a alimentação dos peixes em questão e a qualidade da água do aquário a todos os níveis... a não ser que algum dos restantes residentes possa ser apanhado em flagrante delito ! Já agora... tens consciência que estás a misturar peixes de biótopos quase opostos e a descriminar alguns ? Por muito resistentes que os teus amigos com escamas estejam a factores físico-químicos diferentes daqueles para que foram evoluindo em milhares de anos, não achas que alguns estarão a sofrer as consequências de estarem um pouco « fora de casa » ? Pensa nisso antes de usares medicamentos se de facto te for confirmado pelos especialistas a causa bacteriana ou outra. Dunkleosteus junta os teus Guppys com peixes compatíveis com as suas exigências físico-químicas se não forem da mesma proveniência. Ainda assim evita espécies que pelo seu tamanho ou comportamento mantenham os teus Guppys constantemente em stress ou que os ataquem.
  14. Olá a todos, Tiago, que grande desilusão meu amigo !!! Depois de tudo o que tenho escrito e com a tua experiência sobre o assunto ainda me falas em maternidades ?!? Sinceramente... uma fêmea Cauda-de-espada adulta mede 12 cm !! Mesmo as mais pequenas vendidas no comércio só suportam um tipo de maternidade... um aquário exuberantemente plantado com pelo menos 40 litros de capacidade. De facto já é difícil encontrar um tópico tão frequente aqui no fórum devido à fantástica dimensão do mesmo, no entanto cá vão algumas contribuições minhas que podem ser úteis a este assunto : http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...ghlight=#116835 http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...ghlight=#118126 http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...ghlight=#151046 http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...ghlight=#141933 http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...ghlight=#138256
  15. Olá a todos, Venho por este solicitar a ajuda de todos os leitores e participantes do fórum no sentido de me darem a conhecer se existe alguma outra espécie para além da G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] affinis holbrooki em Portugal ( em aquário ou introduzida ). Esta mensagem destina-se à minha contribuição para um trabalho científico. Mais informo que quem possuir alguma das inúmeras espécies para além da referida e que não se importe de doar um macho à ciência para material genético e identificação taxonómica pode mandar-me uma mensagem privada. Agradeço a todos a vossa colaboração e atenção a este assunto. Bem hajam.
  16. Olá André e restantes amigos, A parte boa da minha resposta à pergunta sobre onde se podem « encontrar ( comprar ou capturar eventualmente ) exemplares de estirpes que sejam resistentes às temperaturas invernais em Portugal » é que com um pouco de pesquisa nem é necessário ter essa preocupação. Eu “ acidentalmente “ descobri esta ou aquela particular resistência ao frio de certa espécie ou estirpe numa época em que não havia Internet, mas hoje está tudo muito facilitado para vocês. Com algum esforço e perseverança, ( usando-se as técnicas de pesquisa correctas para não perder tanto tempo ), encontramos testemunhos de muitas pessoas que “ descobriram “ que esta ou aquela espécie “ tropical “ resistia também ao frio. Por outro lado, através da distribuição geográfica recolhida em fontes científicas ( desculpem-me os aficcionados amadores ), podemo-nos perceber o potencial desta ou daquela espécie à partida. É claro que todos os peixes que estabeleceram populações em Portugal quer dizer que já ultrapassaram um ou mais Invernos e estão à nossa espera num recanto qualquer do país pois são exóticas e devem ser quanto antes exterminadas na natureza a não ser que se prove cientificamente que não têm qualquer impacte negativo naquele ecossistema. Mais comento que muitos dos frequentadores deste fórum fazem descobertas que por algum motivo não compartilham por esta via e criam sabe-se lá por quantas gerações espécies que demonstram resistência ao frio no nosso clima. A parte má da minha resposta é que não possuo dados para dizer comprem nesta ou naquela loja os peixes da espécie X quando o fornecedor for Y pois é seguro que pertencem à população Z da região tal e por isso são os mais tolerantes ao frio que se podem encontrar. Ainda se os comerciantes colaborassem... O mais indiscutível é irem-se comprando exemplares aqui e acolá e com rigor não perder de vista a loja onde foram adquiridos. Se os mesmos baterem recordes de frio e ultrapassarem as expectativas então... bingo ! Se ainda tivermos mais sorte, o nosso vendedor vai ser simpático e vai dar-nos as referências necessárias sobre a origem daquele lote ( o que duvido muito ). Nunca nos devemos esquecer que é mais problemático e menos ético estar a dar tiros no escuro com peixes dos quais se desconhece a origem, ao contrário de investir em espécies mais promissoras, ou seja, é desaconselhável de todo estar a matar animais inocentes pelo frio só para testarmos as suas resistências, devendo ser nossa preocupação investir na pesquisa e apenas testar as espécies provenientes de ambientes tão próximos do nosso quanto possível. E só para terminar... a resistência ao frio pode ser muito elevada numa determinada espécie mas só por curtos intervalos de tempo. Quando há, até em certas regiões do mundo ditas tropicais, superfícies polares que durante alguns dias fazem descer as temperaturas da água a níveis tão ou quase tão baixos como os nossos, os peixes passam mesmo muito frio mas sobrevivem. O problema é que o fenómeno é raro e de curta duração, pelo que os animais não têm capacidade de suportar tal frio por mais do que alguns dias. Em determinadas terras altas em zonas tropicais, no Inverno durante a noite a temperatura da água pode chegar aos níveis das nossas águas, porém durante o dia a amplitude térmica é tão elevada que a mesma volta a níveis aceitáveis para as espécies tropicais. Como é sabido, as espécies mais evidentes nunca surgem no mercado tradicional têm que ser mandadas vir de fora ou adquiridas a quem já as possui cá em Portugal.
  17. Olá a todos, Gostei muito ( como sempre ) das intervenções do Nuno Reis mas há detalhes que devem ser “ limados “, embora uns sejam insignificantes outros nem tanto. Começando por uma questão pouco importante e citando o Nuno « se o problema é água verde e suja... ». Alguns lagos têm mesmo que ter água verde, caso contrário há espécies que não se reproduzem mesmo e ponto final. Em aquacultura não é raro adubarem-se os lagos de certas espécies para produção de água verde... o que não quer dizer que esteja suja. As carpas, Cyprinus carpio só vivem felizes em água turva, de preferência verde, mas nós como gostamos dela transparente... Outra situação a comentar : « Mesmo que existisse alguma espécie de "limpa-fundos" (ou "limpa-vidros"...) que aguentasse as temperaturas baixas do inverno, este nunca iria solucionar o problema das algas ». Existem sim e bem bonitas !!! Todas as espécies que provenham do Sul do Brasil, Sul do Paraguai, Argentina ( grande parte ), e Uruguai, suportam o nosso Inverno e são tão eficazes como as Asiáticas a fazerem esse trabalho. Peixes com bocas próprias para rasparem algas de rochas são os ideais, o problema é que muitos deles resistem ao nosso clima mas também gostam de água com muita corrente e altos níveis de oxigénio. Noutras partes do mundo com climas idênticos ao nosso em termos de regime térmico há possibilidades que não sendo tão evidentes e também faziam um óptimo serviço bastando às vezes dois ou três exemplares apenas. Como “ limpa-fundos “ podemos encontrar nos nossos ecossistemas algumas espécies autócnes outras introduzidas. Mais um comentário : « Vais a uma loja de jardinagem e procuras por "plantas flutuantes" ( salvinia, lemna, alface-de-água, jacintos-de-água ou nenúfares) ». Atenção amigos porque os jacintos de água não podem ser libertados na natureza sob nenhuma justificação. Há várias espécies de plantas flutuantes que podem ser facilmente colhidas na natureza em Portugal e não morrem no Inverno como as tropicais referidas no exemplo ( a Alface de água é das piores em termos de resistência ao frio ). E finalmente : « Não. Tanto quanto sei, não existem comedores de algas ( para além das carpas ) que realizem um trabalho eficiente em água fria. Não compres nenhum "limpa-fundos" ou "limpa-vidros"...vão acabar por morrer no inverno ». Querem uma lista ? Com peixes da nossa fauna ou exóticos ?
  18. Olá a todos, Se me permitem a opinião sobre esta caso em particular é necessário deixar passar algum tempo para podermos dar uma resposta acertada. As fêmeas de algumas espécies de ovovivíparos podem estar fecundadas mas deliberadamente “ suspenderem “ o desenvolvimento embrionário por várias razões. Na fotografia em causa ninguém nos garante que o indivíduo não seja até uma fêmea que iniciou já o processo de reversão sexual e se esteja a preparar para se transformar num macho, o que não é invulgar entre quase todos os Xiphophorus em determinadas circunstâncias especiais. A pergunta é muito frequente e a resposta é simples mas requer alguma atenção. Já foram dadas inúmeras respostas noutros casos idênticos mas aqui nem estou a aconselhar uma pesquisa prévia. Os Platys, ( como todos os membros da sub-família Poeciliinae ), têm a particularidade de exibirem um acentuado dimorfismo sexual no estado adulto, isto é, os caracteres primários de ambos os sexos são muito visíveis e distintos. Em peixes que atingiram o seu crescimento máximo, as fêmeas são maiores e quando estão em gestação apresentam uma barriga tanto mais desenvolvida quanto se aproxima o final da gravidez. Na variedade selvagem ( original ) e em algumas estirpes desenvolvidas pelo homem, é ainda visível durante a gestação a dita “ mancha de gravidez “ que se situa no fim do abdómen, perto da zona anal e da barbatana com o mesmo nome de forma triangular, noutras não. Algumas variedades selvagens de Platy têm essa mancha tão evidente que é possível observarem-se os olhos dos embriões a pouco tempo antes do nascimento. Nesta suposta fase é difícil dizer o que quer que seja com rigor absoluto mas aparentemente de facto ou a gestação está no início ou não se deu a fertilização ainda. Atenção porque uma fertilização pode dar origem a várias ninhadas. Os Poecilideos apresentam uma peculiaridade chamada superfetação que consiste na fecundação dos óvulos por espermatozóides armazenados na parede do ovário da fêmea. A fêmea pode armazenar o esperma por um período que ronda o máximo de 10 meses, dando origem até 9 partos consecutivos. Por essa razão ninguém nos pode garantir que a fêmea não esteja fertilizada. Estas fotos são de Agosto pelo que o seu autor já nos pode dizer como evoluiu a situação.
  19. Olá a todos, Cuidado com os números meus amigos. E se eu vos disser que há Molinésias que podem permanecer em gestação por mais de 9 meses ? Ficavam admirados não é ? Só quem nunca tentou criar estes peixes é que ficaria admirado. Experimentem não lhes fornecer os parâmetros físico-químicos mínimos, as necessidades nutricionais elementares ou colocar certas espécies de Molinésias numa maternidade e vão comprovar aquilo que eu digo. Vasco faz de futuro mais pesquisa aqui no fórum e vais encontrar excelentes respostas às tuas dúvidas. Há várias contribuições sobre estas espécies e a sua reprodução. Boa sorte !!!
  20. Olá Isa e restantes colegas, Uma situação idêntica já me aconteceu também a mim como já tive oportunidade de a descrever anteriormente. De facto o Platy e o Cauda de Espada pertencem não só à mesma família ( Poeciliidae ), como à mesma sub-família ( Poeciliinae ) e ainda ao mesmo género ( Xiphophorus ), por isso são tão aparentados que pode ser um risco ter num aquário machos de uma espécie sem as respectivas fêmeas se estiver presente o sexo oposto da outra. Os cruzamentos são viáveis e dão descendência fértil. Para além do facto de ocorrerem mudanças de sexo em determinadas condições entre muitos Xiphophorus ( nomeadamente fêmeas que se transformam em machos ) há outros fenómenos que se podem explicar, senão exactamente pelos padrões de comportamento humano, pelo menos pelas mensagens químicas que os peixes transmitem uns aos outros. Não digo que este seja um daqueles casos em que o macho tenha dito « nem que fosses a última fêmea do mundo... eu até preferia tornar-me... ». Há contudo razões evidentes que nos escapam para certos peixes terem este comportamento. É mais vulgar uma fêmea das espécies de Poecilídeos rejeitar os favores de um macho que “ considere “ fraco demais para ser o pai da sua prole do que o contrário, contudo o contrário também ocorre em determinadas espécies. O cerne desta questão é que no aquário temos quase sempre um número reduzido de exemplares, pelo que se acentuam as hipóteses de comportamentos considerados “ desviantes “ ou mais vulgares noutro tipo de animais considerados mais inteligentes ou simplesmente mais complexos ao nível comportamental. Na natureza haveria por certo uma grande quantidade de indivíduos por perto e quando se desse alguma incompatibilidade as escolhas eram múltiplas. No caso da fêmea que saltou do aquário e morreu pode de facto ser a preferida do macho e ter sucumbido à sua “ pressão “ contínua. Nada nos garante que o macho não tenha copulado com outras fêmeas mas tal facto deve ter sido tão raro que não teve lugar à nossa vista. Se uns poucos seres humanos fossem obrigados a permanecer isolados numa ilha remota ou numa nave espacial longe de tudo e de todos será que acasalariam uns com os outros ?... provavelmente não, tudo dependeria dos parceiros em causa. Embora por mecanismos diferentes dos que são accionados nos peixes o mesmo aconteceria connosco. No meio ambiente de origem, a relação entre os dois Caudas de Espada nunca teria chegado a este limite, pois haveria muito espaço para se evitarem após um primeiro encontro mal resolvido, para além de existirem muitos indivíduos da mesma espécie por perto e as escolhas serem de facto mais ou menos aliciantes. Há inúmeros estudos científicos sobre a tendência das fêmeas para acasalarem com machos de uma determinada coloração em espécies de Poecilídeos que apresentam uma boa gama de opções como os Guppys selvagens. Não conheço nenhum estudo sobre os factores que expliquem a relação complicada entre machos e determinadas fêmeas, até porque tal se verifica raramente e sobretudo tanto mais que todos os peixes destas espécies são muito “ vorazes “ ( em termos de apetite sexual ) e muito pouco selectivos em relação às respectivas parceiras. Não fosse essa tendência e não haveria necessidade de manter separadas certas espécies dentro do mesmo género a fim de se evitarem os cruzamentos quase certos. Já aqui escrevi noutros tópicos que as minhas Limias Tigre ( Limia nigrofasciatos ) machos tentam acasalar com fêmeas de outras espécies mesmo em presença de fêmeas da sua própria, nomeadamente quando há um desequilibro entre a proporção de indivíduos do sexo oposto.
  21. Olá Gonçalo, Concordo com o Rui e já o tinha afirmado antes. Se não tens um programa de fotografia usa o " Paint " do MS Windows para diminuir as fotos até serem aceites pelo sistema. Creio que dessa forma fica o problema resolvido à falta de melhor opinião.
  22. Olá Gonçalo, Aqui vai a minha dica : brancas com manchas vermelhas e pretas – Taisho Sanke ? Kanoko-goi ? vermelhas salpicadas de preto - Bekko preta e prata – Kin Ki Utsuri ? Hikarimono ( Ogon ) ? branca e laranja que agora é branca - Hikgarimono ( Nezu Ogon ? ), Kohaku ( Sandan Kohaku ? ) Publica umas fotos claras dos animais vistos de cima e de lado e pode ser que apareçam os verdadeiros conhecedores aqui no fórum a dar-te resposta. Eu não domino esta área mas à falta de outras respostas nessa altura posso tentar fazer o meu melhor, partindo sempre do princípio que não devem ser exemplares “ puros “.
  23. Olá Gonçalo, Aparentemente está tudo bem com a tua carpa. Exemplares de Koi ( Cyprinus carpio ) ou Peixe Vermelho ( Carassius auratus ) que pertencem às variedades “ coloridas “ em resultado da selecção humana não pertencem a uma linhagem com características consolidadas como as variedades “ selvagens “. Isto quer dizer que independentemente do graus de “ pureza “ da referida linhagem há altas probabilidades de mudanças de colorido até certa idade do indivíduo. O caso em particular apenas quer dizer que se trata de um exemplar “ impuro “ de variedades como a Hikgarimono ( Nezu Ogon ? ), Kohaku ( Sandan Kohaku ), mas apenas através de uma observação directa seria mais fácil a identificação. Não fiques chocado porque é muito raro aparecerem em Portugal exemplares à venda de variedades “ puras “. Geralmente são infelizmente o refugo ou os indesejáveis das produções industriais estrangeiras, quando não são “ híbridos “ de diferentes variedades. Estes rafeiros merecem no entanto todo o nosso carinho e estima pois também têm o mesmo encanto dos animais de maior pureza. De toda a forma continuo a preferir as formas selvagens, não deixando no entanto de reconhecer um certo fascínio pela obra humana. Todas as variedades actuais descendem da variedade selvagem a que os Japoneses denominam Magoi. As primeiras mutações coloridas desenvolvidas por selecção humana começaram a consolidar-se apenas no século XIX, o que em termos evolutivos é um insignificante lapso e não nos permite alcançar a perfeição genética dos antepassados selvagens resultantes sabe-se lá de quantos milénios de evolução.
  24. Prezados amigos, Segundo estudos comprovados e devidamente publicitados na literatura ou na Internet, os aquários ditos de água fria devem respeitar 190 cm2 de superfície por cada 2,5 cm de comprimento de peixe... daqui tirem as vossas conclusões e façam as contas. Há muito tempo atrás quando não fazia estas contas e não sabia que as carpas ( Cyprinus carpio ) podem atingir entre 25 a 80 cm no estádio adulto ( há maiores ), também as mantinha em aquário. Como resultado disso alguns exemplares desenvolviam comportamentos anormais para a espécie, porque seria ? Penso que pelas mesmas razões de quando se encerram as pessoas num estabelecimento prisional a cumprirem pena. Snan não quero ser mal interpretado nem criar melindres mas há espécies que não se deviam sequer vender para aquário. Em lago nunca tive problemas com as espécies citadas e já chegaram mesmo a ocorrer cruzamentos indesejados entre ambas.
  25. Olá wassuuup e restantes colegas, Citando wassuuup : « Epá essa converça está mais que batida e todos nós concordamos com isso ». Repondendo : Se “ todos nós “ concordássemos com « essa conversa mais que batida », não escrevíamos as mensagens aqui no fórum vezes sem conta a colocar fêmeas em maternidades ou a revelar que temos este ou aquele peixe num aquário que não tem capacidade para manter a espécie em condições aceitáveis como dezenas de colegas fazem continuamente. Relembro que há “ pequenos “ peixes territoriais que na época de procriação defendem territórios de mais de 1 m2 ou outros cujos antepassados viviam em águas correntes e efectuavam migrações anuais de muitas centenas de quilómetros a viverem em aquários de... 60 litros. Estará isto estará correcto ? No entanto « essa conversa está mais que batida », não é ? Só para não ir mais longe porque não perco tempo a alimentar polémicas; quando alguém pergunta o que fazer a 60 ou 70 recém nascidos de Caudas de Espada eu nunca responderia... « Primeiro, crias todos e atestas o aqua com peixinhos. Fica muito fixe », se concordasse com « essa conversa mais que batida ». Os meus Xiphophorus helleri atingiam mais de 12 cm quando adultos porque provavelmente não tinham limitações de espaço. Os teus também chegam aos 12 cm ? É que 60 Caudas de Espada com 10 cm de comprimento necessitariam de... 18 m2 de superfície ou cerca de 32 m3 de água, isto segundo as recomendações mais modestas encontradas na literatura ou na Internet que não implicam a biologia dos animais. Um aquário de 120x35x35 tem 0,42 m2 de superfície e cerca de 140 litros de capacidade apenas... o que equivale a dizer que dava para apenas 1 ( um ) Cauda de Espada adulto. Foi só por essa razão que nunca os criei em aquário pois não tinha “ espaço “ suficiente para partos da ordem das 130 crias ou mais ( !?! ) de cada vez. É claro que segundo a tua opinião “ todos nós “ sabemos que estas regras existem... mas quem as cumpre ?... compreende-se agora porque é que eu estou sempre a abordar o assunto ? Citando wassuuup : « Agora onde é que tu viste neste post alguem dizer para o dude manter peixes adultos no aqua de 7 litros ? O que se tem falado é aqua de plantas, aqua de camarões, aqua de criação, possivel maternidade para viviparos ». Respondendo : Aqui – bErNax ( a brincar penso eu ) - « PS : Vou meter lá uma piranha se calhar...! ». Aqui - wassuuup - « Podes usar para servir de maternidade de guppys e todos os outros viviparos ». ( há ovovivíparos que chegam aos 15 cm e mais. Mas mesmo que te refiras “ apenas “ a uma estadia temporária de uma fêmea Guppy de 6 cm, esta é um animal adulto ). Apenas para terminar quero deixar muito clara a minha sugestão sobre o assunto em discussão. Apenas utilizaria um recipiente destes para ( por ordem de prioridades ) : 1) criar alimento vivo. 2) criar pequenos invertebrados aquáticos ( sobretudo os impossíveis de manter em aquário por causa dos peixes ). 3) manter certas espécies de plantas. 4) fazer tratamentos de não mais de meia hora a peixes maiores do que uma fêmea Guppy e não mais do que 10 dias a outros peixes menores. 5) manter por alguns dias um número sustentável de recém nascidos.