Cyprinodon

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  1. Saudações Mário, Há dezenas delas, tanto de ovovivíparos como de vivíparos. Se o meu bom amigo tivesse tido a amabilidade de ler alguns tópicos anteriores, teriam certamente tido a curiosidade de ir ler um com o título " Promissores espécies para o nosso clima ", colocado por mim há pouco tempo. com um pouco de pesquisa também descobre algo mais aqui no fórum. De qualquer forma, se isso não bastar, estou cá para ajudar. Se preferir, uma vez que passo literalmente meses sem poder consultar o fórum, estou disponível via cyprinodon@clix.pt numa rotina quase diária. Não é difícil enumerar espécies tolerantes ao frio... é mais difícil conseguir adquiri-las sem ser através de outros colegas, dado que não são rentáveis para o comércio. Infelizmente os curiosos por peixes que dão à luz crias vivas no nosso país preferem, sem dúvida, apenas as variedades cultivadas de meia dúzia de Poecilídeos que não toleram muito bem o nosso Inverno. Boa pesquisa.
  2. Caros amigos, No seguimento de uma resposta que acabo de dar a uma mensagem enviada por um de vós aqui no fórum, tornou-se claro que era meu dever partilhar convosco a mensagem que enviei para a PGA magazine ou [Cyprinodontiformes] ( http://viviparos.com/cgi-bin/mailman/listi...rinodontiformes ), na passada quarta-feira. Penso que contém informações extremamente importantes para todos, pelo que não seria justo deixá-la apenas acessível aos escassos utilizadores da supra referida lista. Hoje partilho convosco os resultados da prospecção ao lago este fim-de-semana. Parece que temos excelentes espécies resistentes ao nosso clima e algumas surpresas. Partilho a opinião do Paulo Alves, segundo a qual as espécies que resistirem ao Inverno 2008/2009 terão seguramente sobrevivência garantida em qualquer outro ano. Dessa forma procedi a um levantamento exaustivo das espécies que conseguiram ultrapassar com sucesso as invulgarmente baixas temperaturas registadas em Janeiro deste ano. A operação teve lugar esta Segunda-feira, dia 23 de Fevereiro, consistindo no esvaziamento total do lago e posterior reenchimento. A temperatura do ar entre as 0:00 e as 24:00 desse dia variou entre a mínima de 7ºC e a máxima de 19ºC e entre 14ºC ( 6:00 ) e 15ºC ( 18:00 ) na água do lago. Nas fotografias anexas ( espero eu que as recebam através desta mensagem, embora não fiquem disponíveis depois no arquivo da lista ), podem testemunhar algumas das espécies que foram capturadas. A lista total de sobreviventes registados no final da captura foi a seguinte : Carassius auratus ( introdução acidental no ano passado e erradicado totalmente ) Cyprinus carpio ( Koy ) Cyprinodon alvarezi ( El Potosi ) Heterandria formosa Oryzias latipes Skiffia multipunctata Xenotoca eiseni Não foram encontrados exemplares das seguintes espécies introduzidos antes do Inverno : Ameca splendens Aphanius mento ( Elbistan ) Fundulus cingulatus Conclusões : Foi uma grande surpresa não ter encontrado nem exemplares de Aphanius mento nem de Fundulus cingulatus, pois são tidos como resistentes ao frio. Os Fundulus cingulatus eram mesmo descendentes da linhagem criada pelo Alberto Gil, os quais estão habituadíssimos ao Inverno em pequenos lagos numa zona seguramente mais fria ( Torres Vedras ). Teriam sido vítimas de predação por serem muito jovens ? Nesse caso também teriam desaparecido todos os exemplares de Heterandria formosa, os quais consituíram sem dúvida a mais inesperada boa notícia, já que embora encontrados em reduzido número ( 23 exemplares ), nem faziam parte da memória de espécies existentes no lago, como podem comprovar com a lista publicada na mensagem enviada no dia 26 de Janeiro com o assunto “ Recorde de temperatura mínima no lago “. Constituiu uma surpresa moderada ter encontrado apenas exemplares jovens e crias de Xenotoca eiseni, pois todos os adultos ( especialmente os maiores ) morreram. Sendo a Xenotoca eiseni uma espécie em teoria menos resistente às baixas temperaturas do que a Ameca splendens, foi um choque ter perdido as escassas centenas de exemplares desta última espécie, devido o frio deste Inverno, depois de terem sobrevivido sem vítimas no ano passado, por exemplo. Note-se que o nosso conhecido colega Martin R. Tversted, no artigo de sua autoria - “ Low Temperatures and Cyprinodonts “ - defende que ambas as espécies possuem uma resistência idêntica ( 10ºC ), contudo as Xenotoca eiseni este ano sobreviveram durante 5 dias abaixo dos 8ºC, tendo mesmo resistido ao recorde de temperatura mínima registada de 5,4 ºC, como se pode ver mais abaixo. Ainda usando como referência o artigo anteriormente mencionado do nosso colega Dinamarquês, vejam por exemplo o caso da espécie Skiffia multipunctata, referenciada no mesmo como podendo resistir até a um mínimo de 7ºC. O exemplar encontrado de novo, trata-se de uma fêmea já nascida nos meus aquários, a qual, além de ter passado os 3 últimos Invernos no exterior, desta vez superou todas as expectativas. Outra curiosidade a destacar é que este peixinho escapou da captura dos exemplares da sua espécie que mantinha quando, infelizmente, tive que me desfazer dos aquários mantidos em Lisboa, indo perfazer em Abril de 2009 os 4 anos de idade. Sem dúvida uma espécie a eleger para o povoamento deste lago no futuro. Nesta operação foram retirados todos os exemplares de Carassius auratus a fim de facilitar a reprodução das espécies depositadoras de ovos. A título de curiosidade é de salientar a grande quantidade de camarões “ Red Cherry “ ( Neocaridina denticulata sinensis ), incluindo fêmeas já com com ovos maduros e muitas crias. Para além de muitos invertebrados não identificados foi descoberto um girino de Rã-verde ou Rã-comum ( Rana perezi ), sem dúvida remanescente da época passada, dado o seu estádio de desenvolvimento e a inexistência de ovos ou de outros girinos. Outro batráquio presente ( apenas 2 exemplares ) foi a Rã Pintada Ibérica ou Discoglosso Ibérico ( Discoglossus galganoi ). Da flora introduzida no lago desapareceu pela primeira vez este ano o chamado Musgo de Java ( Vesicularia dubyana ? ou Taxiphyllum barbieri ? ), aqui referido desta forma por se tratar na realidade de outra espécie não identificada; provavelmente o musgo proveniente da Formosa ( Taxiphyllum alternans ), dado ser muito resistente ao frio letal para o Vesicularia dubyana que se faz sentir no nosso Inverno. Todas as restantes plantes resistiram perfeitamente às incrivelmente baixas temperaturas, sendo a flora actual composta pelas seguintes espécies : Elodea canadensis Egeria densa Lagarosiphon major Myriophyllum spicatum Potamogeton nudosus Potamogeton pectinatus Para terminar transcrevo de seguida algumas passagens importantes da minha mensagem enviada sobre os rigores deste Inverno no passado dia 26 de Janeiro : Embora tenha cessado a série de aferições diárias; em dias excepcionalmente frios ( ou quentes ) continuo a anotar as temperaturas para futura referência. Os dados apurados à superfície da água ( 15 cm de profundidade ) no lago, neste início do ano foram os seguintes : 05-01-2009 > 12,3ºC 06-01-2009 > 10,1ºC 07-01-2009 > 9,6ºC 08-01-2009 > 9,2ºC 09-01-2009 > 7,2ºC ( dia mais frio -1,6ºC / 5,2ºC ) 10-01-2009 > 7,1ºC 11-01-2009 > 6,4ºC 12-01-2009 > 5,2ºC 13-01-2009 > 6,7ºC 14-01-2009 > 8,3ºC 15-01-2009 > 10,2ºC Se observarem bem os meus registos expressos na página http://www.viviparos.com/Biologia/Lago.htm, nomeadamente na parte relativa aos resultados anuais ( com todos os dados obtidos e gráficos descriminados por ano ), estas temporadas de frio intenso não são muito frequentes. Há dois anos em particular, nos quais destaco situações de frio intenso no período compreendido entre 1985 e 2006. Atentem em particular ao mês de Janeiro de 2005 e ao de 1992. A novidade neste início de 2009 foi o facto de ter sido batido o recorde anterior da mínima absoluta ( 5,5ºC ) e da súbita descida não ter acompanhado de perto as temperaturas do ar, dado que o dia mais frio do período estudado foi o dia 9 de Janeiro e não o dia 12 de Janeiro. A explicação mais óbvia para esse contra censo é o facto de a amplitude térmica ter sido muito curta, tendo-se mantido as temperaturas máximas do ar muito baixas. Seja como for, fica para a memória futura o mês de Novembro mais frio desde 1985 e um gélido início de Janeiro de 2009 com o recorde absoluto da mínima.
  3. Alô prprank86 ( desculpa-me tratar-te assim ), Guaru é o nome vulgar de várias espécies, sobretudo as encontradas no Sul do Brasil e países limítrofes. Tanto as fêmeas de Guaru, como as de Cauda-de-Espada ( Xiphophorus hellerii ) têm algo em comum... dão à luz crias plenamente desenvolvidas após uma gravidez. A gestação destes peixes varia em função de factores ambientais e da alimentação mas é observável pelo aumento progressivo do ventre ( barriga ) das futuras mães, ( tal como acontece com os seres humanos ). Algumas espécies possuem ainda um ponto escuro, logo acima da barbatana anal, o qual é denominado pelos aquariofilistas como “ mancha da gravidez “. Essa alcunha advém do facto de que à medida que o ventre se vai dilatando, a dita mancha vai também crescendo. Em algumas espécies, é mesmo possível observar os olhos dos embriões a partir de umas 72 horas antes de um parto ( se tudo correr bem ). E para terminar dois conselhos de amigo : a) NUNCA uses uma dessas pequenas caixas de plástico chamadas maternidade para salvar os filhotes. b) prprank86... usa o motor de pesquisa deste fórum antes de colocares uma questão, pois esta dúvida por certo já teve muitas respostas no passado. Boa sorte com as criações e quando souberes a espécie de Guaru que tens no aquário ( nome científico ) manda-me uma mensagem. Eventualmente posso ajudar atravez de uma foto.
  4. Sem quer de forma alguma parecer que estou a discordar dos colegas que me antecederam, acho que deveria alertar-vos para o facto de que todos os animais imaturos destas espécies são “ à vista desarmada “ fêmeas. Aquilo que me parece mais provável, tendo particularmente em atenção o tamanho dos indivíduos, é que os machos juvenis imaturos estão a atingir a maturidade ( « digo eu de que » ).
  5. Será Heterandria formosa ? Se for talvez se arranjem alguns exemplares.
  6. Figueiredo... és o meu herói. Parabéns, as fotos e os filmes estão simplesmente fantásticos. Faz um favor ao mundo... mantém-me estas espécies por muitos anos. Estou seguro que, para já, és o primeiro e único em Portugal. Se a inveja fizesse frio eu já estava congelado dela :D
  7. Olá a todos, De facto tens razão Chico... aqui está um crítico. Os aquários ditos “ comunitários “ obedecem a regras básicas. Uma delas chama-se compatibilidade, caso contrário o “ Didas “ ( mais uma vez com as minhas desculpas por não saber teu o nome pois não assinas ), nunca estaria aqui a perguntar se os escalares se dão bem com... Aqui a expressão “ dar-se bem “ presume-se que seja em termos comportamentais ( digo eu ). Para abreviar muito e não produzir outro dos meus habituais “ testamentos “ pensem só nisto : 1) A compatibilidade não passa só pelas relações de predação, ou em Português, preocupem-se também com o stress causado às espécies de temperamento “ calmo “ pela introdução de espécies muito activas ou agressivas ( e vice-versa ). Caso nunca se tenham apercebido, o stress é a porta de entrada dos agentes patogénicos, ( leia-se doenças ). 2) Qualquer local onde se coloquem peixes tem limites de lotação. A qualidade da água ( com as respectivas consequências ), as interacções “ sociais “ intra e inter específicas e as exigências ambientais são boas razões para muita gente na aquariofilia sustentável se preocupar com este assunto. Como já escrevi ao Didas no outro tópico, « quanto ao número de peixes que o teu aquário pode conter conto disponibilizar dentro de uma semana no meu sítio uma informação que te vai dar a resposta ». Na natureza, só em casos excepcionais e muito extraordinários é que se aglomeram tais quantidades de exemplares de várias espécies ( e nunca algumas das que estão neste momento juntas ). 3) Associar espécies com exigências físico-químicas distintas só pode dar num resultado... caso o meio ( leia-se aquário ) estiver bem concebido para uma delas, as outras estarão sempre “ fora de casa “, ( caso contrário ninguém estará bem ). As consequências disso só se tornam evidentes quando... 3.1) temos já muitas horas de observação de peixes e alguns conhecimentos adquiridos 3.2) somos bons observadores 3.3) temos experiência suficiente para reconhecer o comportamento das espécies em meios favoráveis ( próximo das condições ideais ) e em meios desfavoráveis ( mas ainda dentro dos seus limites de tolerância ). 3.4) sabemos reconhecer os sintomas de stress nas mais ténues manifestações ( como stress osmótico, por exemplo ) 3.5) dominamos relativamente bem os conhecimentos sobre a biologia das espécies em causa 3.6) começamos a ter problemas no aquário 3.7) não conseguimos manter certa espécie e os seus exemplares que têm uma longevidade de cerca de três anos apenas duram meses ( ou no máximo metade da idade com que deveriam sofrer as causas habituais de uma “ morte natural “ ) 3. há um surto de doença que não se cura nem com medicamentos de várias marcas e está a dizimar uma espécie em particular ( ou várias ) 3.9) temos que ir frequentemente à loja comprar peixes Aqui não vou entrar sequer em questões relacionadas com o nascimento de crias dessas espécies ovovivíparas e a sua fraca possibilidade de sobrevivência em face da composição actual da dita “ comunidade “. Já vos tinha ocorrido algum destes pormenores ?
  8. Olá Didas ( desculpa-me por te tratar assim mas não assinas ), Já te apercebeste que estás a juntar no teu aquário peixes que não evoluíram durante milhares de anos no mesmo tipo de água nem em regiões do mundo com o mesmo clima ? Será que estás no bom caminho ? O que sabes do comportamento e das biologia dessas espécies ? Quanto ao número de peixes que o teu aquário pode conter conto disponibilizar dentro de uma semana no meu sítio uma informação que te vai dar a resposta.
  9. Olá a todos, Venho por este meio informar-vos que coloquei “ on-line “ no meu sítio ( http://www.viviparos.com ) uma ficha sobre a Poecilia sphenops que eventualmente vos poderá agradar. Mais comento que estas fichas estão em constante evolução e que se agradecem os vossos comentários/contributos. O meu maior drama actualmente é conseguir fotos de exemplares selvagens e mesmo de exemplares domésticos. Se puderem atender este meu pedido... Obrigado.
  10. Cyprinodon

    De quem será?

    Olá Xana, A mim também me parecerem ovos de caracóis mas a foto não é muito clara. A única espécie que comigo se reproduziu foi a Corydoras paleatus e os ovos não eram nada assim, contudo não posso afirmar que não sejam de Corydoras aneus. Os de C. paleatus são de facto envolvidos por uma membrana mas cada ovo é independente, ( muito embora por vezes sejam depositados em pequenos grupos mas mais separados uns dos outros ). Que espécie de caracóis tens na fauna desse aquário ? Se os peixes ainda não danificaram os ovos é porque provavelmente são mesmo dos caracóis, caso contrário fica atenta pois na fase final poderás aperceber-te dos peixinhos lá dentro. Os mais directos “ consumidores “ dos peixinhos recém eclodidos seriam em primeiro lugar os Tetras Néon e eventualmente a seguir os Endler.
  11. Olá mistic ( desculpa-me tratar-te assim mas não assinas ), Confirmo a informação do colega que colocou a mensagem anterior, de facto essa fêmea está num estado interessante da sua gestação. O que não posso dizer com tanto rigor é que está para breve o nascimento. Era bom que em aquário as gestações de certas espécies durassem o que dizem os livros... Atenção porque as Molinésias são mais exigentes do que os Guppies, por exemplo. Só espero que por maternidade estejam ambos a pensar num aquário com pelo menos 16 litros de capacidade, no qual vais colocar uma vegetação densa em boa parte do espaço disponível. Também espero que o vosso conceito inclua água de boa qualidade ( adequada à espécie e com o regime térmico mais favorável ), assim como uma dieta variada que respeite os parâmetros nutricionais mínimos das Molinésias. Caso contrário dêem-se ao trabalho de usar a ferramenta de pesquisa aqui do fórum ou provavelmente aprenderão uma lição dada pela própria natureza. Boa sorte.
  12. Olá Isa e restantes amigos, A acção a tomar fica ao teu critério. Pessoalmente nestes casos não penso duas vezes quando se trata de uma espécie prolífica e fácil de encontrar. Ao permitirmos a reprodução dos indivíduos ( assim como dos seus parentes e descendentes ) sempre que aparecem sinais fortes de endogamia, estamos a multiplicar o problema, ainda que parte da sua filiação no início possa revelar-se aparentemente “ normal “. Este tipo de patologia é quase impossível de “ curar “ e transmite-se de pais para filhos. No máximo dilui-se em populações muito numerosas o que não é em rigor o caso dos grupos que qualquer aquariofilista pode ter, ( ainda que tivesse uma numerosa colónia da espécie num lago de jardim ). Fica ao critério de cada um de nós acabar com o problema de saúde desses peixes ou deixar expandir esta anomalia, em maior ou menor grau. Qualquer peixe afectado por este problema congénito transmite-o aos restantes através da procriação, mesmo que o faça com outros geneticamente mais variados ( “ saudáveis “ ). Reconheço que não é fácil encarar o “ extermínio “ de muitos ou até de todos os nossos estimados peixes, mas há formas e formas de o conseguir. Aconselho-vos a verem a situação como se se tratasse de uma metamorfose anormal e pouco desejável para a espécie como a da ficção do vampirismo entre os humanos. Tal como os vampiros “ contagiam “ as suas vítimas após lhes sugarem sangue, estes peixes transmitem o seu problema genético aos seus descendentes pela reprodução. Em teoria o vampirismo acabaria consigo próprio quando terminassem os seres humanos “ não vampiros “... e na endogamia é praticamente o mesmo.
  13. Olá Ricardo, As minhas desculpas pela demora ( e ontem estive cá mas não me lembrei deste tópico ). De início desconfiei de envenenamento causado por algum agente presente na água da torneira ao qual o Guppy se revele muito sensível. Dessa forma terias oportunidade de encontrar vestígios dos cadáveres, ( a não ser que a tua Botia e o teu Pleco estejam mesmo com fome ). Como não notas alteração no comportamento dos Guppies em princípio não deve ser essa a razão. Nesse caso aconselhar-te mudanças parciais da água só iria agravar o problema. De qualquer forma é pena não teres meios para uma análise com mais dados sobre essa água. Os produtos como o que estás a usar ( Aquasafe ) são mais “ marketing “ do que outra coisa. Eventualmente dizem que eliminam aquilo que na realidade se pode evaporar ( como o cloro ), ou precipitam quimicamente alguma coisa que não desaparece mas que muda de fórmula. O que não consegue é anular os vestígios de vários metais deixados pela canalização e outras coisas mais graves, como alguns vestígios de radioactividade que em certos locais do país a nossa água canalizada tem. Ainda assim pela tua reposta não ponho totalmente de parte a água ou mesmo uma doença, ( para a qual ainda não tenhas experiência para detectares os sintomas ). Lembro-me, por exemplo, que quando me apercebi do que era um determinado parasita intestinal já tinha perdido a minha população de Limia nigrofasciata quase toda. Ainda hoje tenho baixas entre as Skiffias sem explicação lógica ( mas essas não desaparecem ). Os peixes estão aparentemente saudáveis e de súbito lá morre um durante a noite ou, o que é mais grave um grupo deles de uma dia para o outro sem vestígios de doença conhecida ou alteração evidente no comportamento. Depois passam-se meses sem que nada aconteça e os peixes vivem “ saudáveis “. O mistério do desaparecimento dos cadáveres no teu aquário é que me preocupa, por duas razões. Em primeiro lugar não sobra nada para podermos concluir eventualmente uma causa aproximada da morte. Em segundo lugar tudo leva a crer que vais ter que prestar mais atenção à alimentação desses peixes; de todos sem excepção, mas nomeadamente do Pleco e da Botia. Ao contrário de outras opiniões ( que eu muito respeito ), a armadura bocal destas espécies não lhes permitirá em princípio causar a morte dos Guppies... mas por certo farão desaparecer um macho adulto morto numa questão de horas. Os flocos são apenas um guloseima. Não concordo com as respectivas marcas quando escrevem na respectiva promoção que são um “ alimento completo “. O que é que aconteceria contigo se passasses todas as refeições dos próximos 3 meses apenas a água e bolacha Maria ?... e ainda por cima do mesmo pacote ! Sem provas ou melhor ajuda na análise deste caso forense, talvez me incline mais para o seguinte veredicto com base nos dados disponíveis... Os zebras podem estar a aniquilar os Guppies. Os cadáveres não aprecem porque estarão a ser devorados sofregamente pelos restantes peixes. Ainda que muitos dos que lerem estas linhas venham talvez esgrimir com a dieta específica do Pleco... eu respondo que já vi de tudo em peixes com carências alimentares, até vegetarianos passarem a uma dieta parcialmente necrófaga. Talvez não te tenha feito todas as perguntas mais importantes e necessárias, contudo apelo à tua maior atenção para o que se passa a nível de comportamentos. Se tiveres uma vulgaríssima câmara de vídeo com a opção de infravermelhos experimenta um dia destes à noite espreitar para o aquário em plena escuridão, umas duas ou três horas após “ soar o recolher “. Atenção porque os infravermelhos também são luz e vão reflectir-se se estiveres de frente para o vidro. Como comentários suplementares termino com o seguinte : a) Se puderes varia ligeiramente a duração do dia ( período de luz e escuridão ) ao longo do ano. O mesmo também para a temperatura, pois mesmo por debaixo do equador há estações do ano e essas variações acontecem. b) Lê um pouco mais sobre a alimentação dos teus peixes. c) Cultiva-te mais sobre as doenças, nomeadamente com artigos onde existam fotos. d) Coloca um tópico equivalente a este na secção das doenças aqui do fórum. e) Não mistures peixes que não são compatíveis em termos comportamentais, mas sobretudo em relação às exigências físico-químicas. Boa sorte e desculpa-me por não te ter dado uma solução evidente para o desaparecimento dos Guppies.
  14. Olá Isa e restantes amigos, Há de facto formas de inibirmos a fertilidade nestes peixes mas o mais seguro e que vos proponho é a separação dos sexos em aquários distintos, o que para alguns de vós não é viável pela falta de espaço. Quanto à eutanásia peço-vos que considerem apenas métodos mais humanos, isto é, métodos que não façam os peixes sofrer ou que reduzam o seu sofrimento a escassos segundos. Não vos vou agora dar ideias mas podemos abordar esse assunto se necessário. Neste caso em particular, Isa, eu aconselho a extermínio dos animais deformados, contudo e dadas as circunstâncias, era preferível acabar com todos, garantindo-se assim que o problema não “ contaminasse “ outros animais descendentes destes. Apenas quando estamos a falar de espécies extintas na natureza com um número de efectivos já muito baixo em cativeiro é que a gestão de metapopulações nos obriga a temos que usar todos os reprodutores disponíveis, o que implica de facto o recurso a animais aparentemente saudáveis mas que transportam nos seus genes demasiada consanguinidade. Os ovovivíparos mais vulgares são felizmente tão abundantes que podemos descartar esse esforço por muito sentimentalismo que nos una aos nossos estimados peixinhos.
  15. Olá a todos, Salvo melhor opinião o nome da “ doença “ descrita é endogamia. Para comprova-lo era necessário confirmar uns quantos detalhes mais mas aparentemente essa é a opinião dos restantes colegas. Se assim for todos os peixes desse grupo só têm uma solução... serem impedidos de voltarem a reproduzirem-se e eventualmente em último caso a eutanásia de forma piedosa ou não.
  16. Olá Ricardo, Algumas perguntas para nos ajudares... a) A água do aquário é da torneira ? b) Os hipotéticos restos mortais dos peixes desaparecidos nunca foram vistos ? c) Notas alguma alteração no comportamento dos Guppies ? d) Que dieta estás a dar desde que começaram os desaparecimentos ? e) O desaparecimento dos peixes coincidiu com a chegada de alguma das outras espécies ? f) Quais são os parâmetros físico-químicos da tua água ? g) Como é que a luz é apagada ? h) O Aquário está num local sossegado ? i) Tens a certeza que conheces todos os sintomas das doenças mais evidentes ? Obrigado pela tua colaboração vamos ver no que dá. Na pior das hipóteses digo-te que não sei o que se está a passar mas podemos estar a dar pistas importantes a outros leitores.
  17. Olá a todos, Aproveito esta oportunidade para vos divulgar que está disponível no meu sítio uma ficha sobre esta espécie, para além das fotos da galeria, algumas das quais do José Bentes “ himself “. Qualquer pormenor menos correcto que detectem em relação às vossas experiências pessoais digam-me qualquer coisa por favor. Obrigado.
  18. Olá de novo Marinho, Lê a minha intervenção no outro tópico. Para além de tudo o que ficou escrito identifica por favor a espécie de Molinésia. Algumas não gostam de água sem sal. Quanto ao pH ( escreve-se com “ p “ minúsculo )... Em termos químicos considera-se como o “ potencial hidrogeniónico “, isto é, por outras palavras é uma escala usada para medir a acidez ou a alcalinidade da água. Matematicamente apresenta-se como o logaritmo negativo da concentração de H+. Os valores abaixo de 7 são ácidos; os valores acima de 7 são alcalinos; enquanto que o nível 7 é considerado como neutro. Este tipo de valor é essencial para a vida. Certos seres vivos são tão sensíveis que basta uma ligeira variação acima ou abaixo dos seus limites de tolerância para os liquidar.
  19. Olá Marinho Habitualmente o grau de sucesso entre os aquariofilistas é erradamente medido pela “ capacidade “ de reprodução dos respectivos peixes. Isso não é verdade, nem tão pouco pode ser considerada como regra o facto de que reproduzir peixes que dão à luz crias seja mais fácil que reproduzir peixes que fazem posturas de ovos. Referindo-me apenas aos ovovivíparos considerados como “ fáceis “, nos quais se incluem algumas espécies das mais vulgares disponíveis no comércio, há que considerar o seguinte... Os peixes só se reproduzem quando há condições para isso, a diferença é que uns são mais exigentes do que outros. Tenho um amigo que hoje é um orgulhoso especialista em água salgada, mas que ao exibir os seus aquários de recife de coral com pompa e circunstância repletos de espécies frágeis e caríssimas, confessa que durante anos nunca conseguiu reproduziu com sucesso o Guppy ( Poecília reticulata ). Há inúmeras intervenções minhas neste fórum a alertar para o facto de que mesmo em relação aos ovovivíparos não nos podemos esquecer das condições ambientais correctas e de uma dieta alimentar equilibrada. Temos ainda que considerar que o espaço pode condicionar o insucesso, o que não me parece ser à partida o caso. A agitação perto do aquário, o fumo do tabaco ou apagar e acender luzes da mesma sala com o aquário às escuras são elementos perturbadores dos quais pouca gente se lembra. Certas espécies podem recusar-se mesmo a ter as suas crias sob stress ou em condições que consideram inadequadas, quer ao nível do espaço quer ao nível dos factores físico-químicos. Para encurtar um pouco mais e ir directamente ao assunto, deixo aqui alguns pontos para ponderação : a) Em relação aos dados fornecidos neste tópico, estamos a falar de quanto tempo ? b) Há machos e fêmeas no aquário, ou serão os peixes todos do mesmo sexo ? c) São evidentes os sinais de acasalamento ( cópulas ) ? d) As fêmeas apresentam sinais de gestação ? se sim em que fase da mesma ? e) As fêmeas são novas ou são idosas ? f) Os machos e as fêmeas são aproximadamente do mesmo tamanho ? g) A salinidade da água está adequada às Molinésias ? h) Como é o comportamento habitual dos peixes ? i) Têm morrido alguns exemplares ultimamente ? j) É seguro que esses peixes não estão a ser afectados por nenhum parasita ou problema de saúde ? k) Essas duas espécies já passaram por um Inverno a temperaturas mais baixas ? l) Há diferença térmica entre o dia e a noite ou é a mesma temperatura durante semanas ou meses ? m) Quantas horas de luz por dia recebem ? n) Quais os valores químicos habituais da água ? o) Com que periodicidade se dão as renovações de água e em que quantidade ? p) Quais são os valores de nitritos e nitrados lidos ANTES de cada renovação de água ? q) A água que é utilizada no aquário é da rede pública ou é de outra proveniência ? r) A dieta alimentar desses peixes tem sido variada e de qualidade ? s) O aquário está colocado num local calmo de forma a evitar o stress dos peixes ? t) Que outras espécies mais convivem no mesmo aquário ? Estes são apenas meros pontos de partida que me pareceram mais óbvios como identificadores de hipotéticas situações que expliquem o acontecimento. Haveria muitas mais perguntas para colocar, uma vez que há poucos detalhes na colocação deste tópico.
  20. Olá José Bentes, Seguindo o teu conselho na mp, aqui estou a fazer uns breves comentários neste tópico. Posso começar por acrescentar que esta espécie tolera um valor de pH superior a 7.8, contudo há populações que vivem em água ligeiramente ácida mas... curiosamente salobra e dura. Não o tentes em casa se a tua população for a mesma que tive. Esta informação é também para o Bruno que ficou com as minhas últimas fêmeas. Já a tolerância ao sal é espantosamente alta. Em desespero de causa para exterminar os calmannus cheguei ter os meus últimos sobreviventes numa salinidade superior à do Oceano Atlântico aqui na nossa costa. Não necessitava de ir tão longe mas queira certificar-me que os parasitas não voltavam. As minhas Limias adoravam de facto o sal, embora não se importassem com a água da torneira ( pH 7.3 a 7.6 e dH 7º a 12º ). Acrescento ainda que no meu aquário, em Janeiro/ Fevereiro descia sempre a temperatura aos 20ºC, ( estes peixes deixam de se reproduzir por volta dos 21ºC ou 22ºC ). Em termos de regime térmico funcionei mais ou menos assim ( temperaturas médias ) – Jan 20ºC, Fev 21ºC, Mar 22ºC, Abr 24ºC, Maio 25ºC, Junho 26ºC, Julho 27ºC Agosto 28ºC, Set 26ºC, Out 24ºC, Nov 22ºC, Dez 21ºC. O mais difícil era manter os valores de Maio e por vezes os de Junho e Julho. Devido ao local onde se encontrava o aquário muitas vezes a temperatura era superior. Nomeadamente no Verão, sempre que podia, deixava entrar o ar da noite para beneficiar de algum arrefecimento nocturno. No Inverno o problema é que a temperatura era controlada por termóstato, pelo que acontecia aquilo que eu mais detesto... temperatura constante. Ainda assim por vezes desligava o aparelho entre a 1:00 e as 7:00 a fim de provocar flutuações térmicas. Nessas alturas a temperatura chegava aos 16ºC às 7:00 sem ter causado aparentemente qualquer efeito adverso nos peixes. A maior diferença que notei foi ao nível da resistência. De facto, a partir de um valor na ordem de 1.003 ( a 22C ) elas ficavam quase imunes a tudo. Possivelmente esta salinidade reduzia algum eventual stress osmótico ( digo eu ). Não te vou dizer que trates a espécie como Molinésias mas se aguardares mais algum tempo poderei dar-te a conhecer os resultados mesmo antes de publicar a respectiva ficha. Estou a investigar melhor o ambiente natural pois parece-me que muitas das que vivem na natureza ficam sujeitas a água salobra na época mais seca do ano. Também sei que há populações de lago e aquelas que vivem todo o ano onde não chegam vestígios do mar. Presta atenção porque nem todos os lagos são de água doce na ilha de Hispaniola ( Haiti e República Dominicana ). Apenas te posso confirmar que não és a primeira pessoa a levantar a hipótese que pode haver um paralelismo entre o pH abaixo de 7 e as consequências apontadas na tua ficha. Adorei ter esta espécie durante quase 4 anos. Infelizmente perdi a população inteira ao introduzir no mesmo aquário exemplares vindos da loja contagiados com o malfadado verme intestinal. Quem é demasiado zeloso para refrescar geneticamente o seu estoque sempre que possível, mas ao mesmo tempo demasiado inocente para não usar um aquário de quarentena... E por aqui termino. Mais não me ficaria bem num tópico do fórum.
  21. Olá José Bentes, Não adiciones sal porque esta espécie não necessita. Eles vivem em nascentes de água pura e noutros biótopos na parte superior da bacia hidrográfica ( nomeadamente a do Rio Mezquital ). Basta manteres a espécie em água da torneira. Descobri que se não fizer renovações semanais os meus enfraquecem e ficam mais sujeitos a doenças. Este será por coincidência o próximo “ peixe do mês “ no meu sítio. Antes da ficha vou publicar dentro de dias as fotos na galeria ( as minhas e as tuas ).
  22. Olá a todos, Tal como prometido no outro tópico recente sobre a Ameca, cá vai a actualização deste tão antigo que o tive que ir buscar ao fundo do baú... Neste momento em Portugal Continental temos oficialmente em aquários privados as seguintes espécies distribuídas por vários colegas : Ameca splendens Characodon lateralis Skiffia multipunctata Xenotoca eiseni Alguém tem mais boas notícias para nos dar ? Queria deixar bem claro que o facto de identificarem mais espécies em aquários nacionais ou à venda para além destas não trará como consequência qualquer pedido de peixes. Sempre podem optar pela mp ou por me escreverem directamente. Mais vos informo que o “ peixe do mês “ que se segue no meu sítio é o nosso estimado Characodon lateralis.
  23. O.K. malta, reconheço a troca de identidades, Meã culpa, meã culpa. As minhas desculpas a ambos. Afinal sempre foi uma aquisição na loja que eu pensava. Já que te podes deslocar tão perto de mim conta com uma ou várias fêmeas oferta da casa. Temos que combinar uma hora e um local para eu te levar os peixes num fim de semana depois do dia 3 de Junho. Manda-me uma mensagem para o meu endereço. Entretanto, vou ainda hoje reactivar um tópico sobre peixes desta família aqui no fórum, o qual vem muito a propósito.
  24. Olá meu amigo Tiago Depois de ter sido avisado sobre este tópico via mp por várias pessoas, as quais sabem que mantenho a espécie há cerca de 3 anos, ( e ainda por cima tendo sido informado que a autoria era tua ), resolvi passar logo por aqui, apesar da minha escassa disponibilidade. A primeira boa novidade é que há uma alta probabilidade de que tenhas sido um dos compradores de uma determinada loja onde estes peixes estão há mais de 3 meses a aguardar por quem lhes desse o devido valor. Se assim foi felicito-te, pois calculo que por terem uma venda tão difícil não voltarão tão cedo a serem importados pelo estabelecimento em causa, ( e compreende-se porquê ). Quanto à ficha aqui publicada e reproduzida na “ Wiki “ queria aplaudir o teu esforço de pesquisa. Apenas devo honestamente explicar-te que a que publiquei no meu sítio tem algumas divergências porque se baseia na minha experiência pessoal e apenas em artigos científicos. Com isto não quero ser mal interpretado e sequer levantar a mais ténue suspeita que estou a tirar o valor a este trabalho... de forma alguma ! Serve o parágrafo anterior apenas justificar as diferenças encontradas, as quais são na realidade poucas. Mais te informo que podes usar as minhas fotos sobre esta espécie disponíveis na galeria de imagens. Lamento a qualidade não ser profissional, mas são de Amecas nascidas em Portugal genuínas. A minha população deriva de duas importações distintas recebidas pela mesma loja. Uma foi proveniente da Alemanha outra de França, ( e não da República Checa como de início pensei ). Espero que te venhas a “ apaixonar “ sobre este peixe da mesma forma que alguns de nós.
  25. Olá a todos, Maternidade de dois pisos ? Não me levem a mal mas tenho que me repetir constantemente para vos ajudar porque não usam a pesquisa : Estas caixas de tortura apenas funcionam com algumas raras espécies mas têm a desvantagem de causar partos prematuros ou muito prolongados, “ stress “ às fêmeas com consequências graves na sua imunidade, poluição da água através dos alimentos não consumidos ( alimentos não vivos ) e aumentam o canibalismo e a agressividade das próprias parturientes e dos restantes peixes. O ideal é um aquário muito bem plantado com escapatórias suficientes para se salvar uma boa parte da ninhada. Não interessa salvar TODOS os recém nascidos porque em breve teremos um aquário superlotado com peixes demasiado aparentados para os deixarmos reproduzirem-se entre si. ( A consanguinidade deteriora rapidamente uma população pequena ). Desta forma evitam-se os males da ditas " maternidades " acima apontados, criamos uma atmosfera harmoniosa e natural para os nossos amados peixes e em certas espécies podemos mesmo acabar com os actos desesperados de canibalismo em pouco tempo se os adultos conviverem com crias no mesmo espaço ( mesmo que eventualmente consigam comer algum recém nascido ). Por outro lado, as crias que cresceram numa maternidade não sabem como enfrentar os ataques dos adultos se forem introduzidas no aquário. As presas vivas ajudam a que muitas espécies se desinteressem pelas crias mesmo se o aquário for relativamente pouco plantado. Algumas fêmeas destas espécies necessitam de bastante espaço e em certos casos ( como o das Molinésias ), muita luz, o que permite um crescimento excelente de algas e vegetação em geral. Deve ainda alimentar-se as parturientes com comida vegetal no caso das espécies mais vegetarianas e tentar manter uma temperatura próxima dos 24ºC para os Guppys com pequenas variações térmicas ao longo do dia. O casal na maternidade ? Para os dois peixes entrarem em angústia em vez de um ? Uma fêmea destas espécies pode dar origem a cinco ou mais gestações completas apenas com uma fecundação, logo o macho não estará lá a fazer nada senão atrapalhar. Ainda por cima há fortes possibilidades de esse macho nunca vir a ser o pai dos filhos dessa fêmea. Molinésias que comem filhos ? Sim, claro... as que são colocadas nas maternidades e as que vêem os filhos como alimento por desordens comportamentais ou por carências alimentares. Filipe desculpa-me o tom da minha resposta mas é do cansaço de abordar o assunto com tanta frequência. Estou cada vez mais ansioso por terminar essa área do meu sítio, já que pelos vistos não podemos contar com a formação e apoio da maioria dos agentes que nos vendem os peixes... Vender é muito bom de facto, mas perguntar ao cliente se conhece dados importantes sobre a espécie a assegurarem-se que os peixes vendidos são compatíveis com o aquário, a água e os conhecimentos do comprador é outra história que fica por contar. Olha, apanharam-me em dia não, foi o que foi.