anabantidae

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Posts publicado por anabantidae

  1. Pessoal,

     

    Após quase um ano estou de volta para vos contar mais umas aventuras.

     

     

    A mudança

     

    Como ia mudar de casa, planeei aproveitar que tinha que esvaziar o aquário para substituir o areão grosso por areia preta, como queria há algum tempo. Andei a pesquisar o material por umas lojas e comprei uns sacos de areia preta.

     

    Mudei de casa, esvaziei o aquário, coloquei os peixes numa caixa, cheguei à casa nova e coloquei tudo no mesmo sítio como estava :sad2:. Com a azáfama da mudança, a remodelação do aquário era a menor das prioridades.

     

     

    A decadência

     

    Depois da mudança, desleixei muito o aquário, por causa de obras, arrumações, etc. A echinodorus tenellus invadiu o aquário todo e o tronco e plantas ficaram cheios de algas barbudas. Antes da remodelação, o aspecto era esta desgraça:

     

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    O móvel

     

    A minha mulher queria o aquário fora do móvel da sala. A ideia era colocá-lo no hall de entrada, num móvel apropriado. Andei à procura de móveis mas não fiquei muito entusiasmado. Precisava de espaço de arrumação porque não tenho onde guardar os apetrechos. Precisava de um móvel com dimensões adequadas ao meu aquário, cujo fundo mede 100x30, o que não é tão comum. Também tinha que combinar com a mobília que está no hall, em tons de castanho escuro e com um aspecto antigo. Os preços dos móveis mais interessantes não eram nada simpáticos. Vi móveis engraçados (e baratos) em sítios como Ikea, mas nem pensar que aguentavam um aquário de 100 litros!

     

    Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha. Resolvi fazer um móvel. Já fiz várias coisas do género, mas tinha dúvidas quanto à solidez deste. Afinal, ia ter que aguentar uns 150 quilos. O meu pai ofereceu-se para soldar uns ferros e fazer uma armação. Levei-a para casa, pintei-a de preto e forrei-a com tábuas de pinho. Pintei a madeira com um verniz aquoso muito escuro. Resolvi colocar as tábuas por dentro dos ferros em vez de escondê-los. Acho que ficou com um aspecto bastante agradável, modéstia à parte.

     

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    Não coloco o móvel na secção DIY por vários motivos: Não documentei a construção com fotos e notas nem fiz uma lista de material, com preços, etc. Também não planeei a construção adequadamente e tive que improvisar bastante.

     

     

    A desmontagem

     

    Chegámos ao dia de fazer a transferência do aquário. Em primeiro lugar, despejar a água para uma caixa e procurar os peixes todos no meio daquele matagal. Demorei umas duas horas a tirar os peixes todos. Um cardinal desapareceu. Não consegui encontrá-lo no meio das plantas e já não o vi mais.

     

    Segunda fase: Retirar as plantas do areão sem estragar. Aproveitei todas as plantas excepto a echinodorus tenellus. Num aquário com luz moderada como o meu, as folhas tendem a crescer demasiado à procura da luz. Em vez de um relvado todo bonito, fiquei com aquele matagal impenetrável.

     

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    Terceira fase, retirar o areão e deixar o substrato fértil. Não me apetecia comprar uma caixa de substrato, que é caro, por isso resolvi aproveitá-lo. Isso significou retirar até ao último grão de areão do fundo do aquário. Usei um garfo de praia dos putos, mas era uma tarefa terrível. Acabei por utilizar um filtro da cozinha, o que despachou melhor.

     

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    A montagem

     

    Levar o aquário para o hall foi a parte fácil, demorei uns minutos a colocar as tubagens e cabos no sítio. Depois, toca de encher de areão. Tentei juntar o substrato fértil na zona traseira do aquário, mas ainda havia um pouco de lama no fundo que se misturou com a areia. Não fiquei muito satisfeito com isso porque estragou um pouco o aspecto. Não sei se a lama faz parte do substrato ou é um acumulado de detritos orgânicos que o aquário foi criando e que atravessaram o areão até ao fundo. Não tinha aspirado a lama por receio de estragar o substrato.

     

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    Gostava bastante do layout anterior, por isso deixei mais ou menos na mesma. Ampliei um pouco a caverna com os xistos e as pedras vulcânicas e aproveitei os pedaços de vaso para criar uma caverna nova do lado direito, que tem sido muito apreciada pelos bichos. Voltei a colocar as plantas como estavam, com a diferença de ter posto as valisnérias à frente das cyperus helferi. Na montagem anterior tinha feito ao contrário contando que as valisnérias iam ficar maiores, mas foi a helferi que cresceu mais, as valisnérias não ultrapassaram os 20 cm. Não tenho a certeza da espécie, creio ser valisnéria americana. Não cresce muito.

     

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    Um pormenor desagradável, muita daquela lama que ficou no fundo do aquário misturou-se com a areia e passou para a coluna de água, deixando tudo bastante sujo. As plantas ficaram cobertas de uma gosma castanha que entretanto já quase desapareceu, porque os peixes atiraram-se a ela. Os meus camarões apreciaram especialmente o pitéu. Vou aproveitar as trocas de água para aspirar o areão e retirar qualquer vestígio daquilo que fique.

     

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    Conclusão

     

    Bem, depois deste trabalho todo, creio que o resultado é obviamente bom.

     

    Pontos a melhorar:

    • Da próxima vez acho que esvazio tudo e compro substrato novo. A não ser que haja uma maneira de evitar aquela porcaria que aconteceu. Se houver sugestões de alguém experiente, agradeço.
    • Quando acabei de encher o aquário era tarde e fui-me deitar. Só transferi os peixes no dia seguinte. Apesar da caixa onde os guardei ter aquecedor e um pequeno filtro, o stress a que os peixes ficaram sujeitos fez alguns adoecer. Um cardinal ficou esbranquiçado e morreu. Vamos ver se não há mais baixas. Da próxima vez transfiro os peixes logo.

    ANTES

     

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    DEPOIS

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  2. Com os outros peixes não se passou nada, mas o A. Cacatuoides pareceu-me muito pacífico/submisso;

     

    Acho estranho. O meu, sempre que me via, ia para o vidro da frente exibir-se. Fazia frente aos escalares, cinco vezes maiores. Ninguém se metia com ele.

     

    Era um peixe magnífico. Infelizmente devo ter feito alguma asneira, andou a esconder-se alguns dias e morreu.

  3. Olá.

     

    Podes avançar, tenho um aquário do tamanho do teu com uma fauna parecida, tenho cacatuóides sem problemas. São peixes muito giros. Atenção que os machos são polígamos. Convém teres duas ou três fêmeas por cada macho.

     

    Na minha opinião os escalares vão ficar apertados. Tinha quatro e vendi-os porque cresceram e não andavam muito felizes.

  4. Atenção que tu no alguidar não tens termostato e a temperatura da água vai ser inferior à do aquário. Se tu depois passas directamente do alguidar para o aquário, pode acontecer que tenham um choque...

     

    Pela minha experiência, a água do alguidar fica à mesma temperatura do aquário. A água não tem tempo de arrefecer. Isto, claro, depende de onde se tem o aquário. A minha sala é bastante quente.

  5. Boas, o meu aquario vinha com uma daquelas lampadas de poupança, da Digilamp mas era fraquinha.. e não sei quantos lumens tem... comprei uma da Philips que tem 800 lumens e parece iluminar mais o aquario mas tem uma luz mais amarelada.. isso influencia alguma coisa?

     

    O problema é a temperatura da cor. Uma lâmpada com temperatura de cor mais baixa vai ter uma luz mais amarela. Essa luz não é indicada para aquários, além de ser mais feia não é aproveitada pelas plantas. Já as algas, essas agradecem...

     

    Se o teu aquário vem com lâmpadas compactas, procura uma lâmpada com 6400K. Na embalagem diz "cool white" ou assim. A temperatura da cor costuma estar escrita na lâmpada.

  6. Eu uso uma técnica que li não sei onde. Resulta lindamente e na minha opinião é muito mais fácil do que a técnica do saco.

     

    Tenho um alguidar e uma mangueira daquelas do ar com uma torneirinha na ponta. Esvazio o saco da loja dentro do alguidar e coloco a mangueira a pingar água do aquário para dentro do alguidar. Assim a adaptação térmica e química é feita com a maior suavidade. Regulas o fluxo para demorar uma hora mais ou menos até encher o alguidar.

     

    Deixo ficar durante uma hora, até o alguidar estar cheio. A ideia é os peixes estarem numa água que é maioritariamente do aquário e em menor parte da loja. Depois pego nos peixes com uma rede e meto no aquário.

     

    Nunca mistures a água do saco com a água do aquário.

  7. Deixa estar o CO2. É muito bom para as plantas. Duvido muito que a variação brutal de pH que tiveste tenha a ver com o CO2.

    Desconfio dos teus testes. Que testes usas? Estás a usá-los correctamente?

    Com o teu pH podes ter kribensis. Eles dão-se bem à volta do 7.

  8. Tens uma válvula anti-retorno. Agora quanto àquela torneirinha, tira isso. Essas torneiras não são estanques, basta um orifício microscópico que o CO2 escapa-se e ficas sem pressão. Não vale a pena tentares regular CO2 de garrafa, pode até rebentar a garrafa por excesso de pressão e ficas com a sala toda num nojo.

     

    Quanto ao pH, é difícil de baixar e mantê-lo controlado. Levantá-lo é muito mais fácil. Vais ter o pH a subir e descer constantemente, o que vai afectar muito os teus pobres bichos.

     

    A maior parte dos ciclídeos anões gosta de água muito mole e com pH muito baixo. Entre 5,5 a 6 serve bem para algumas espécies. Mas mais importante que o valor do pH é este manter-se estável. Com o teu sistema não é possível, o CO2 de garrafa começa com muito fluxo mas vai diminuindo, ao fim de uma semana passou a metade e o pH mudou. Se conseguiste baixar o pH de 7,5 para 5,5 com o KH a 8 é porque estás a injectar demasiado CO2, isso mata-te os peixes todos.

     

    Vê aqui:

    http://www.thekrib.com/Plants/CO2/kh-ph-co2-chart.html

     

    Podes optar por usar água mineral de garrafão, procura no supermercado por uma muito mole e com o pH que queres. Outra opção é comprar um aparelho de osmose inversa, que te desmineraliza a água.

  9. a minha questão é simples... serão estas duas espécies compativeis?

     

    discus e apistogrammas cacatuoides ou apistogrammas njiss

     

    Tenho cacatuóides com escalares num comunitário, sem problemas. Tens é que arranjar grutas e plantas para os cacatuóides, eles gostam de se esconder.

  10. Olá.

     

    As anúbias dão-se em qualquer lado, as elódeas são pouco exigentes, mas as cabombas precisas de muita luz.

     

    Que iluminação é que tens? Desconfio que tens falta de luz...

     

    Será temperatura?

     

    Quanto ao kH, podes usar bicarbonato de sódio, umas (poucas) colheres de café em cada TPA, mas porque é que queres levantar o kH? Se meteres peixes de águas ácidas e moles, os teus parâmetros estão bem.

  11. Olá.

     

    Gostava de ter um problema desses! :puppydogeyes:

     

    Nesse aquário tens algum espaço de manobra. Em primeiro lugar deves ver a tua água. Se tens pH alto/água dura os indicados são uns peixes, se tens pH baixo/água mole são outros, embora haja muitos peixes que se dão bem numa gama de pHs.

     

    Se gostas de cores, assim por alto tens muitas escolhas:

     

    Com pH alto:

    • Vivíparos (guppies, platties, mollies, espadas, etc.)
    • Algumas espécies de peixe gato de água básica (synodontis)
    • Caracóis e camarões
    • Ciclídeos africanos (os mais coloridos, talvez seja pequeno para isso)
    • Alguns ciclídeos americanos que vivem em águas básicas

    Com pH baixo:

    • Tetras (neons, cardinais, bêbedos, etc.)
    • Peixes-gato (Corydoras, otocinclus, ancistrus, etc. etc.)
    • Ciclídeos anões (ramirezi, cacatuoides)
    • Ciclídeos americanos (discos, escalares, bocas de fogo e mais uma infinidade deles).
    • Cobitídeos (bótias, kuhlis, etc.)
    • Gouramis

    ... e muitos mais.

     

    No fundo, vais pelo teu próprio gosto, mas tens que ver as especificidades de cada espécie. O melhor será começares com espécies fáceis de manter, se tens pouca experiência. Os discos são lindíssimos mas requerem mais cuidados, se calhar não é boa ideia.

     

    Quanto à compatibilidade, além das características do habitat tens peixes que são muito agressivos e territoriais, por exemplo muitos ciclídeos, que convém ter cuidado a misturar. Os ciclídeos anões são pequenos, mas precisam de esconderijos e bastante território, por exemplo. Os barbos normalmente mordem as barbatanas dos outros peixes. Há peixes que simplesmente não se dão em comunitários, como os ciclídeos de maior porte que comem tudo o que estiver à frente.

     

    Sítios para procurar:

    Aqui no fórum tens imensas fichas de peixes.

     

    Tens aqui mais fichas:

    http://www.fishlore.com/freshwaterfish.htm

     

    Gigantesca base de dados sobre todos os peixes e mais alguns:

    http://www.fishbase.org/search.php

     

    Um website só sobre peixes-gato:

    http://www.planetcatfish.com/

     

    Uma tabela de compatibilidades:

    http://www.ratemyfishtank.com/freshwater_c...bility_tool.php

  12. Olá.

     

    O que é MSM?

     

    Os micróbios desenvolvem resistência aos medicamentos. É por isso que não se deve tomar medicamentos quando não se está doente. Ao soltarmos repetidas doses de medicamentos no ambiente, estamos a habituar os micróbios a sobreviver com eles.

  13. O que vão fazer a seguir ? Mutações nos coitados dos animais, para ficarem com outro visual!

     

    Qual é a dúvida? Já li um artigo sobre peixes transgénicos. Dentro de pouco tempo estou a ver tudo invadido com aberrações produzidas em tubos de ensaio.

     

    A bimbalhice e estupidez da Humanidade são imparáveis. Dá-lhes um brinquedo novo e será um sucesso, mesmo à custa das piores atrocidades.

  14. No meu caso formou-se um casal entre os dois escalares maiores. Mas nunca tive criação, acho que eles não se sentiam à vontade num aquário comunitário. Depois a fêmea começou a dar grandes festivais de porrada no macho, não sei porquê.

     

    Com muita pena minha, vendi a fêmea que era um espécime lindíssimo. O novo dono juntou-a com um macho e teve criação logo na semana seguinte :)

     

    Acho que é realmente pequeno para ter escalares, mas não é impossível. Gostaria de fazer um upgrade para uns 250 litros, mas é muito €€€ ;)