Saprolegniose
Esta doença parasitária é a inimiga nº 2 dos aquariólogos. Depois do ICHTHYOPHTHIRIUS multifiliis(ïcitio) é a que causa maior número de mortes entre os peixes ornamentais de aquário.Ë conhecida popularmente como mofo dos peixes ou bolor dos peixes. Seu agente infeccioso é a SAPROLEGNIA achlya e sua propagação é muito rápida por ser muito contagiosa. Segundo Sterba, os peixes mais suscetíveis à doença são os que possuem nadadeiras de porte grande no sentido longitudinal. Geralmente, a doença se apresenta quando a temperatura da água é baixa, particularmente quando os peixes apresentam feridas em seu corpo devido a cortes em pedras pontiagudas ou arestas, brigas entre si, ou deslocamento das escamas ao serem apanhados em redes inadequadas. Os fungos atacam a pele, as brânquias,a boca, as nadadeiras,os olhos, bem como as posturas. A SAPROLEGNIA se propaga através de esporos. Peixes sadios não estão sujeitos ao ataque destes protozoários ciliados, que vivem nos aquários em vida livre, como plancto. No combate a esta doença tem-se usado como terapêutica o permanganato de potássio ( 1 grama em 100 litros de água) em banho de duração de 1 hora. A tripaflavina é outra droga que tem sido empregada com resultados excelente (1 grama em 100 litros) em banho de 48 horas. Alguns autores e aquariófilos recomendam um tratamento na base de aurecomicina (10 mg por litro). As feridas e partes infestadas podem ser tratadas com pinceladas de uma solução de azul de metileno a 5% ou solução de mercúrio cromo a 1%. Pode-se usar também tintura de merthiolate, solução a 2% para cada 8 litros, até 4 vezes. Para evitar esta parasitose deve-se trazer os aquários em perfeitas condições de higiene, sinfonando-os periodicamente, a fim de neles não acumular matéria orgânica em decomposição. Pedras com arestas e pontiagudas não devem ser colocadas nos aquários, porque poderão cortar os peixes, propiciando, então, o ataque dos parasitos nos tecidos feridos.