Rui Ferreira de Almeida

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Tudo publicado por Rui Ferreira de Almeida

  1. Obrigado João. O convite fica feito. Tem que ser é à noite ,quando abrem as luzes. Cump. Rui
  2. INICIAÇÃO AOS AQUARIOS DE ÁGUA SALGADA Antes de nos iniciarmos neste apaixonante Hobby devemos ler muito, fazer perguntas ,nos fóruns e nas lojas, ver vários aquários, pedir conselhos ,orçamentos( 2 ou 3 em lojas distintas e avaliar as diferenças , nem sempre o mais barato é melhor) e tentar estabelecer uma relação de confiança com uma ou 2 lojas. Se não temos dinheiro para montar um aquário grande como deve de ser, mais vale fazer um mais pequeno do que baixar duma qualidade mínima, susceptível de comprometer o bem estar dos peixes e dos corais e de nos levar a desistir. Devemos antes de mais nada praticar uma aquariofilia ética e responsável com respeito pela natureza e pelos animais que queremos manter. - Peixes Peixes anjo, borboleta , palhaços, donzelas etc. Mas em aquariofília marinha geralmente os peixes e corais são conhecidos pelo seu nome cientifico. Antes de os adquirirmos temos que ter em conta as suas necessidades. Existem peixes que simplesmente não se conseguem manter em aquário devido à sua dieta altamente especifica. Temos também que ter em conta o seu crescimento, necessidade de espaço e compatibilidade com outras espécies. Os peixes de água salgada são muito mais territoriais Para saber o que precisamos , é necessário antes de tudo determinar o espaço disponível, quais os peixes e corais que queremos manter e qual o máximo que pretendemos gastar. É claro que existem equipamentos indispensáveis aos quais não poderemos fugir sem estarmos a colocar em causa o bem estar dos peixes e corais. - Peixes “reefsafe”Peixes que não comem corais e outros peixes - Corais moles Corais sem esqueleto calcário, anémonas - Corais duros LPS Corais com esqueleto calcário de pólipos grandes - Corais duros SPS Corais com esqueleto calcário de pólipos pequenos. Geralmente precisam de muita luz e circulação e de águas muito limpas , pobres em nutrientes. - Outros invertebrados Camarões, caranguejos , caracóis, vermes tubo , ouriços, estrelas ,etc - Macroalgas São algas do tipo da Caulerpa e Chaetomorpha que se usam nos refúgios - Microalgas São as algas que fazem a vida negra aos aquarioflistas de recife porque invadem o aquário ,matando os corais , acabando por o dominar. O objectivo principal do aquariofilista de recife é manter estas algas controladas através da redução da matéria orgânica, dos fosfatos e nitratos. # Algas filamentosas( algas verdes que parecem cabelos); # Cianobactérias ( algas viscosas, vermelhas acastanhadas , verdes ou negras que fazem uma espécie de lençol sobre o substrato e a rocha viva); # Diatomáceas ( pó acastanhado sobre o substrato e a rocha viva ) AQUÁRIO - Tamanho Quanto mais volume tiver um aquário mais fácil é de manter porque perdoa mais as asneiras através da diluição. Ou seja , é mais estável porque as variações levam mais tempo a acontecer. No entanto podemos ter aquários bem sucedidos com apenas 50 litros de água. Os aquários maiores permitem-nos ter mais espécies e sobretudo espécies de peixes que necessitam de mais espaço. A desvantagem do tamanho é que os custos são proporcionalmente maiores ,sobretudo em termos de iluminação e rocha viva. - Forma Geralmente são rectangulares .A altura não deve exceder os 80 cm, idealmente os 60 cm . aquários altos são difíceis de manter, iluminar, oxigenar e decorar. Deve ser o mais largo possível para tirarmos partido da decoração acentuando o efeito de profundidade e ter mais espaço para colocar corais mais bem iluminados. - Furado ou não Isto depende se queremos ter sump ou não . Se optarmos por sump ,o que é sempre melhor , podemos furar o aquário no fundo , no meio ou a um canto e fazer uma coluna seca( caixa de vidro á volta do furo com um “pente” por cima por onde escoa a água ) para que a camada superficial da água decante libertando-se daquela irritante película de óleo e poeiras que vemos á superfície dos aquários sem sump. A altura coluna seca vai determinar a altura da água no aquário e dar protecção para que se faltar a electricidade a água do aquário não baixar para além da coluna seca. As colunas secas tendem a fazer barulho quando a água escoa mas isto pode ser minorado através da construção de um Durso - http://www.aurx.net/saltwater/durso.html Se não quisermos fazer coluna seca podemos furar o aquário em cima e colocar uma “pinha “ de protecção. Em qualquer dos casos o furo de saída deve ter pelo menos 40mm idealmente 50 e em aquários grandes devemos fazer mais do que um. Se não quisermos ou não pudermos furar também podemos colocar um “ overflow” .Existem alguns modelos fiáveis à venda nas lojas de aquariofilia. - Tapado ou não Não se usam aquários tapados em água salgada devido ao aumento da temperatura, à dificuldade de iluminação ( só poderíamos usar fluorescentes) e á dificuldade de oxigenação ( acumulação de CO2) que isso acarretaria . Sump- O que é ? – A sump não é nenhum filtro por si só . É apenas um reservatório que funciona como uma extensão do aquário. Não é fundamental mas é muito útil. Existem muitos aquários de sucesso sem sump. - Vantagens # aumenta o volume de água # permite esconder o equipamento( aquecedores, bombas, reactores, escumador etc ) para não estar no aquário principal # faz decantação dos sedimentos , tornado mais fácil a sua remoção por aspiração. # há quem aproveite uma parte as sump para fazer um refugio TEMPERATURA - Ideal entre 24 e 26 º. Acima de 28 teremos problemas com os corais nomeadamente com o branqueamento dos SPS. - Aquecimento . Devemos usar geralmente um termostato ou melhor dois que assegurem cerca de 0,5 W por litro . Par aquecer a 25 º será geralmente suficiente no nosso país. - Refrigeração. Geralmente temos que usar ventoinhas no verão, dirigidas para a superfície da água para aumentar a evaporação e arrefecer a calha de iluminação ( nomeadamente as lâmpadas HQI produzem muito calor ). Se não for suficiente teremos que comprar um refrigerador para aquários. ILUMINAÇÃO - Intensidade luminosa – medida em lumens - Potência – Medida em wats. Utilizemos como referência um W por litro de água para aquários de recife com corais duros . Claro que isto depende da altura do aquário . Aquários muito altos( superiores a 60 cm de altura) exigem mais iluminação (para atravessar a coluna de água ) - Temperatura de côr- medida em graus kelvin – diz-nos se a cor da luz é amarela, branca ou azulada . Quanto maior o nº de Kelvins mais azul é a luz . Luz amarela ,mais próxima da luz solar – aproximadamente 6500 K; Luz branca , quando a luz solar entra na água vai ficando progressivamente mais branca – 10000 K Luz branca azulada – 14000 K Luz azul intenso – actínica 20000 K Exemplo- Aquário de 200 litros ,isto é de 120x40x50 cm - fluorescentes T8 – Poderão servir para aquários só de peixes ou aquários inferiores a 40 cm de altura apenas com corais moles. Imaginem quantas lâmpadas necessitaríamos para o nosso exemplo- cerca de 6 de 115 cm ou seja de 34 W para atingir a tal referência de 1 W por litro. Não cabiam em 40 cm de largura do aquário. - fluorescentes T5 Servem para aquários de recife até 60 cm de altura. Comparativamente às T8 têm cerca do dobro da potência em W para o mesmo comprimento. Por exemplo uma T8 de 150 cm tem 40 W enquanto uma T5 com o mesmo comprimento tem 80W. Logo precisaríamos de metade das lâmpadas para obter a mesma potência. - Power compact ( Pl ) Para efeitos práticos são semelhantes, em termos de utilização , às T5 .Aliás simplificando, são T5 dobradas em U. São aquelas lâmpadas que conhecem os como economizadoras de energia. - HQI São as chamadas lâmpadas de Iodetos metálicos. Existem com 70, 150, 250, 400, 1000 W. As mais utilizadas são as de 150 W e em aquários mais altos e com corais duros SPS usamos as de 250 e até de 400 W. Com HQI conseguimos obter a maior concentração em termos de potência e intensidade luminosa . No nosso exemplo do aquário com 200 litros bastariam 2 lâmpadas de 150 W para termos um aquário para todo o tipo de corais. Estas lâmpadas colocam-se a cerca de 30 cm da superfície da água. FILTRAÇÃO - filtros externos Não se usam em aquários de recife a não ser para uma filtração química com carvão e esponjas de fosfatos - filtração mecânica Geralmente não se usa esponjas nem lã de vidro . Podem ser usadas mas devem ser limpas ou substituídas pelo menos uma vez por semana para não reter a matéria orgânica ,impedindo-a de ir para o escumador. - filtração química Usam-se frequentemente carvão activado e produtos anti-fosfatos - filtração biológica É assegurada pela rocha viva e areia do substrato. Não são necessárias bio-bolas e cerâmicas adicionais em aquários de recife. Em aquários apenas de peixes com pouca rocha viva podem e devem ser utilizadas. Não nos podemos esquecer que o escumador é uma peça fundamental num aquário de recife. Retira a matéria orgânica, antes mesmo de ela se transformar em amónia o que reduz a necessidade de confiar apenas numa filtração biológica. - escumador Equipamento que mistura a água e o ar a grande velocidade produzindo microbolhas que adsorvem a matéria orgânica , fazendo subir a espuma carregada de lama numa coluna de água dentro câmara do escumador para um copo que se vaza regularmente. A água salgada devido á sua tensão superficial permite esta formação de espuma. Isto é um efeiro semelhante que observamos quando o mar está agitado e se forma aquela espuma acastanhada e gordurosa que se deposita na praia. O escumador é também um dos mais potentes oxigenadores da água. CIRCULAÇÃO O nosso objectivo é imitar as correntes e fazer com que a agua passe pela rocha viva e substrato varrendo os sedimentos e transportando-os até ao escumador. A agitação da água permite também a sua oxigenação, fomentado as trocas gasosas à superfície. A circulação de 20 a 30 vezes o volume de água do aquário. Os aquários de corais duros SPS querem mais circulação . Os corais moles e os duros LPS gostam de uma circulação mais moderada. Teremos que jogar com a colocação dos corais conforme as suas preferências. Para simularmos correntes devemos recorrer a “wave makers “ ou a bombas electrónicas pulsáteis como as famosas Tunze. ROCHA VIVA A rocha viva não é mais do que os esqueletos calcários de corais mortos arrastados pelas correntes que se encontram na periferia dos recifes e estão cheios de microorganismos sejam eles bactérias, zooplancton, e pequenos ofiuros, crustáceos esponjas, algas etc. Durante o transporte até aos nossos aquário por vezes decorrem 3 dias ou mais. Durante este tempo grande parte destes organismos morrem e entram em decomposição. Por isso a rocha não pode ser logo colocada no nosso aquário , a não ser que não tenhamos lá nada vivo ainda. Por isso arocha tem que ser curada á parte num recipiente com muita circulação e escumador. Claro que uma rocha de qualidade é aquela que foi removida do mar pouco antes de ser transportada, foi bem embalada e cujo transporte foi o mais curto possível de modo a preservar a maior quantidade de vida possível. È um dos componentes fundamental do aquário a para do escumador, iluminação e circulação. Devemos comprar rocha de boa qualidade ( Indonésia premium ou Fiji premium) bem colonizada e já curada. A rocha das caraibas é geralmente mais barata mas é menos porosa ,menos colonizada, e com formas menos atraentes. Devemos usar cerca de 18 % do volume do aquário em rocha viva .Se formos muito pacientes e estivermos dispostos a esperar mais uns 3 três meses antes de colocar peixes e corais podemos optar por colocar uma parte, digamos metade, de rocha morta e esperar que colonize. A rocha viva de qualidade é cara e ronda os 16 a 18 euros mas é um bom investimento e temos que pensar que estamos a comprar o filtro biológico do nosso aquário, a decoração o local de esconderijo e alimento para os peixes e o suporte para colocarmos os nossos corais. SUBSTRATO Areia ou areão que colocamos no fundo do aquário. Tem uma função decorativa, química e biológica. Serve de suporte para fixação das bactérias nitrificantes( oxidam a amónia e os nitritos em nitratos ) nas camadas superficiais e desnitrificantes ( reduzem os nitratos)nas camadas mais profundas anaeróbicas. É aconselhável usarmos um substrato á base de aragonite embora possamos usar areão de coral esmagado. No entanto aragonite ajuda a manter o pH da água. A camada de areia pode ser de apenas 2 ou 3 cm ou podemos fazer uma DSB ( deep sand bed ) ou seja uma camada de areia profunda , superior a 7,5 cm para explorar melhor a capacidade de disnitrificação. Esta camada maior é geralmente feita de areia fininha ( sugar size). Temos de ter cuidado de manter as camadas superficiais desta areia mexida através do uso de animais detritivoros, como pequenos búzios , ofiurus, camarões e pequenos crustáceos As DSB funcionam melhor num refugio ou lagoa em comunicação com o aquário mas isolados. REFUGIO Aquário à parte geralmente mais pequeno partilhando a mesma água onde podemos criar pequenos microrganismos como pequenos crustáceos que servem de alimento aos peixes e corais quando caem para o aquário principal arrastados pela água de escoamento ( para isso o refugio deve estar acima do nível de água do aquário) No refugio podemos também cultivar algas como a Caulerpa ou a Chaetomorpha que nos permitem remover nutrientes indesejáveis como os nitratos e fosfatos ) Os refúgios não são indispensáveis mas ajudam. REACTOR DE CÁLCIO Aparelho que permite adicionar cálcio e carbonatos à água que são consumidos pelos corais . A sua utilização justifica-se em aquários grandes com muitos corais duros. È caro e necessita CO2 para dissolver o carbonato de cálcio. OSMORREGULADOR Aparelho que permite repor automaticamente a água doce água evaporada através de um sensor de nível e um deposito com uma bomba.. A manutenção da salinidade é fundamental . não nos podemos esquecer que só a água doce evapora e se não a repusermos diariamente , duma forma manual ou automática os nossos peixes e corais poderão morrer. REACTOR DE KALKWASSER Aparelho que permite adicionar Kalkwasser ( hidroxido de cálcio ) juntamente com o osmorregulador. Permite adicionar cálcio e iões OH- que ajudam a poupar a reserva alcalina ( carbonatos ). Quem não tem um reactor nem osmorregulador dissolve umas colheres de Kalkwasser num garrafão com água e adiciona com um sistema gota a gota todas as noites ou de manha para manter o pH. Osmose Inversa – Aparelho que permite purificar a água da companhia usada para fazer a água salgada e para repor a água evaporada . em muitos locais do país a água da companhia tem excesso de nitratos, fosfatos, silicatos e ate metais pesados que deterioram a qualidade da nossa água. QUÍMICA DA ÁGUA E TESTES - Amonia – devem estar a 0 - Nitritos- devem estar a 0 - Nitratos – não devem exceder 10 mg /l no aquário de recife - Fosfatos- devem ser inferiores a 0,03 mg / lt - Alcalinidade ou kH – deve ser superior a 3,5 meq ou a 9 kH - PH – deve estar entre 8 e 8,5 - Cálcio- deve ser superior 380 mg/l - ORP ou Potencial redox – deve ser superior a 250mv - Densidade entre 1,024 e 1,026 num aquário de recife DOENÇAS E PRAGAS Devemos comprar peixes que estejam a comer sem sinais de pontos brancos ,manchas e barbatanas roídas, numa loja da nossa confiança. Devemos ter um aquário de quarentena e hospital . MANUTENÇÃO - TPA’s – trocas parciais de água . Como orientação devemos mudar 10 a 20 % da água de 15 em 15 dias. - Limpeza de vidros- Usar um íman e um raspador de algas - Limpeza do copo do escumador- uma vez ou 2 ves por semana - Testes- sempre que há problemas , algas ou vamos introduzir peixes - Remoção de sedimentos- sifonar o areão ou aspirar a sump de 15 em 15 dias. - Troca do carvão e da esponja de fosfatos - Conforme os testes e a cor e turvação da água. Rui Ferreira de Almeida
  3. “VELUDO FATAL NO AZUL” : Amyloodinium ocellatum A doença do veludo nos peixes marinhos é causada pelo Amyloodinium ocellatum e, embora não seja tão frequente como a doença dos pontos brancos provocada pelo Cryptocarium irritans, é sem dúvida a mais perigosa de todas as doenças que afectam os peixes de água salgada. Sem quarentena, sem um diagnóstico precoce e sem um tratamento rápido, conduz geralmente ao extermínio da maioria dos peixes do aquário . O agente responsável por esta doença que aterroriza os aquariofilistas de água salgada, é um Dinoflagelado, um organismo unicelular com 2 flagelos, difícil de classificar ,pois assume características do reino vegetal e do reino animal, tendo sido, no passado, considerado uma alga por uns e um protozoário por outros. O ciclo de vida deste parasita processa-se da seguinte forma: Os dinosporos ( formas natatórias infestantes ) alcançam o hospedeiro e penetram na camada mucosa e fixam-se transformando-se nos trofontes que se alimentam e crescem. Estes trofontes quando completam o seu crescimento, caem do hospedeiro e enquistam-se produzindo os tomontes que em cerca de 3 a 5 dias à temperatura dos nossos aquários se dividem ,cada um, em cerca de 256 dinosporos. Os dinosporos sobrevivem em média 6 dias podendo chegar aos 15 dias sem hospedeiro. Através da compreensão do ciclo de vida do parasitar podemos traçar uma estratégia para o combater . Assim, a medida mais importante a tomar é quarentenar todos os peixes pelo menos durante um mês antes de os introduzirmos no aquário principal. Durante a quarentena poderemos detectar se o peixe está infectado ou não com Amyloodinium e tratá-lo eficazmente. Os únicos medicamentos comprovadamente eficazes contra este parasita – o cobre e a cloroquina- não podem ser utilizados em aquários com invertebrados porque são extremamente tóxicos para estes. A quarentena reduz drasticamente a probabilidade de introduzirmos a doença no aquário principal aonde seria muito difícil tratá-la e erradicá-la antes de exterminar os peixes . Poderemos até fazer um tratamento profilático. Existem casos em que mesmo durante a quarentena ,se o peixe tiver uma infecção latente devido a uma imunidade parcial adquirida por infecções não letais, a doença se possa não manifestar e ser introduzida no aquário . É nestes casos que o tratamento profilático assume um papel mais importante. Os sintomas mais frequentes da doença são : - dificuldade respiratória ( geralmente os parasitas atacam primeiro as guelras, e portanto quando o aquariofilista detecta o pó branco/amarelo aveludado na pele ou nas barbatanas, já é ,em muitos casos, tarde de mais) - falta de apetite - roçar em objectos - natação errática - veludo ( filme branco amarelado na pele e barbatanas ) Os métodos de tratamento disponíveis são: - Imunidade natural Os peixes adquirem imunidade quando são expostos a infecções não letais, em aquários com boas condições . Esta imunidade parece durar cerca de 6 meses. Isto acontece na maioria dos aquários cujos peixes não foram submetidos a quarentena rigorosa. Este é o motivo pelo qual, ocorrem casos recorrentes de infecção mesmo quando não são introduzidos peixes novos, e sempre que surgem factores de stress, como variações de temperatura ou perda de qualidade da água, que provocam uma quebra na imunidade. È também o motivo pelo qual introduzimos peixes portadores de doença que estão aparentemente sãos. Na realidade apresentam níveis de infecção muito ligeiros que não permitem ao aquariofilista detectar os sintomas. O problema é que esta imunidade não é muito duradoura e é difícil de ser conseguida sem colocarmos em risco a vida do peixe ( na prática é impossível controlar o nível de infecção ). - Cobre È o tratamento mais eficaz contra este parasita, no entanto, é extremamente toxico para os invertebrados , não podendo por essa razão, ser usado no aquário principal ,mas apenas num aquário hospital. È um tratamento complexo de fazer porque exige medições diárias para dosear a concentração de cobre que tem que ser mantida entre 0,15 e 0,25 mg/litro durante 3 semanas para exterminar o parasita. Como não se pode usar no aquário principal se ficar algum peixe no aquário, provavelmente ficará como reservatório da doença e perpetuará as infecções recorrentes. - Difosfato de cloroquina A cloroquina é um medicamento anti-malárico que também é eficaz contra o Amyloodinium ,mas é igualmente toxico para os invertebrados,não podendo ser usado no tanque principal. Embora seja mais fácil de usar, porque é administrado uma única vez na dose de 10 mg por litro, durante 3 semanas, é mais difícil de obter do que o cobre. - Banhos de água doce A maioria dos peixes de água salgada tolera um banho de água doce ,com o mesmo pH e á mesma temperatura ( água de osmose com bicarbonato de sódio ou um “buffer” qualquer para acertar dureza e pH), durante 5 minutos. Este banho faz cair os parasitas que estão fixados na pele ,nas barbatanas e nas guelras do peixe. Provoca um alivio imediato mas temporário a não ser que após o banho o peixe seja colocado noutro aquário livre de parasitas e que este processo se repita mais 2 vezes usando de cada vez aquários não infectados. A água do banho deve ser sempre descartada. A desvantagem deste método é que é muito stressante para o peixe porque exige uma captura que não é nada fácil num aquário decorado . - Banhos de formalina Não acrescentam nenhuma mais valia em relação aos banhos de água doce . a formalina também é toxica para invertebrados. - Hipossalinidade Em bora constitua um excelente tratamento para o Cryptocarium irritans ( doença dos pontos brancos de água salgada ), não é eficaz contra o Amylodinium porque este parasita tolera um amplo espectro de salinidade. No entanto, pode ajudar os peixes pporque lhes facilita a osmorregulação e a respiração. - Acriflavina+ aminoacridina+ formalina Estes princípios activos constituem alguns dos medicamentos, que estão na moda, para peixes de água salgada proclamados “reefsafe” , isto é, que alegadamente não prejudicam os invertebrados no aquário de recife . Infelizmente estas drogas para serem “reefsafe”, são tão diluídas ou ineficazes que embora não provoquem estragos visíveis também não apresentam qualquer efeito contra os parasitas . E referimos estragos visíveis, porque os danos que não vemos são indirectos e resultam da morte de bactérias nitrificantes e desnitrificantes, de microfauna e de algas que contribuem para o equilíbrio do aquário. Quando os peixes melhoram com estes tratamentos, o mérito não se deve ao medicamento mas sim, na maioria dos casos, ao desenvolvimento da imunidade natural por parte do peixe. - Vit C e extracto de alho Não são eficazes como tratamento mas parecem ajudar na prevenção fortalecendo o sistema imunitário. - Ultravioletas e ozono Não curam mas ajudam a evitar que a doença se espalhe , matando parte das formas infestantes, o que dá mais tempo ao peixe para desenvolver imunidade natural. - Controle biologico O uso de camarões e peixes limpadores parece não ter grande importância no controle dos parasitas em aquário, por quando a infecção ocorre , a carga parasitária é elevada , o que torna a acção destes animais insignificante. No entanto, podemos observar que nos aquários densamente povoados por corais e animais filtradores , os peixes parecem recuperar mais depressa e com uma taxa de sobrevivência muito maior às infecções parasitárias. Provavelmente, isto deve-se ao consumo de grande parte das formas infestantes pelos corais, o que ajuda a quebrar o ciclo de vida do parasita, dando mais tempo ao desenvolvimento da imunidade natural por parte do peixe. - Escuridão Como os pigmentos do Amyloodinium não lhe permitem fazer fotossíntese , deixar o aquário às escuras não impede a sua multiplicação , portanto este tratamento não tem qualquer razão de ser. - Trocas de água A sifonagem cuidadosa do fundo e as trocas parciais de água ajudam a remover e a diluir a quantidade de tomontes . - Aumento de temperatura O aumento de temperatura suficiente para matar o parasita não é compatível com o bem estar dos corais e dos peixes. - Peróxido de Hidrogénio ( água oxigenada ) A utilização de água oxigenada na dose de 25 ppm por litro durante 30 minutos durante 3 dias apresentou resultados prometedores em alguns estudos realizados . Falta estabelecer perfis de segurança, para várias espécies incluindo invertebrados, e as doses mais adequadas. No entanto, parece ser o tratamento com mais potencial num futuro próximo. Concluindo, podemos afirmar que os únicos tratamentos comprovadamente eficazes contra esta doença terrível para os amantes da aquariofilinha marinha, são o cobre e a cloroquina ,e ambos têm que ser administrados em aquários hospital/quarentena devido á sua toxicidade par os invertebrados. Assim torna-se obrigatório fazer uma quarentena de 1 mês a 1 mês e meio antes de introduzirmos qualquer peixe no aquário principal. Esta medida pode evitar muitos dissabores e problemas crónicos recidivantes que exterminam ciclicamente grande parte dos peixes do nosso aquário. Todos sabemos que é virtualmente impossível apanhar um peixe num aquário de recife a tempo de o tratar.
  4. Quarentena = Peixes e Invertebrados à Prova de Bala Quarentena em Água Salgada É uma escolha difícil, entre colocar o belo peixe que comprámos num aquário magnífico cheio de rocha viva, onde ele pode «picar» à vontade e onde nós o podemos admirar em todo o seu esplendor, ou colocá-lo num aquário sem decoração, a não ser uns tubos de PVC e apenas um filtro de esponja maduro, um termóstato, uma cabeça motorizada e uma calha T8, ainda por cima com o fundo, os lados e até a base pintados de preto. Bem, mas se considerarmos esta frase do Anthony Calfo, seguramente reformulamos o nosso pensamento - «Não fazer quarentena é o mesmo que jogar à roleta russa. No final não há vencedores, apenas existem jogadores que se mantêm em jogo mais tempo que os outros.» Por conseguinte, as doenças, as pragas e os predadores acabam sempre por se manifestar. É apenas uma questão de tempo. E quando se manifestam já não podemos fazer nada, porque é impossível tratar peixes num aquário de recife (não existem drogas reef safe eficazes) e, nesse caso, ou morrem todos ou então os que sobrevivem mantêm a doença no aquário até à próxima oportunidade, ou seja, até um qualquer factor de stress provocar um enfraquecimento da imunidade parcial adquirida. É claro que o nosso aquário de quarentena tem de ter uma qualidade de água irrepreensível, isto é, sem amónia, sem nitritos, com nitratos baixos e bem oxigenada. E tal consegue-se com um filtro maduro (por exemplo, uma ou duas esponjas que se mantêm constantemente na sump) e com mudanças de água de dois em dois dias (por exemplo, usando água do aquário principal, diluída quando for para baixar e concentrada quando for para subir a densidade). Agora imaginem que embora o peixe não tenha rocha para «picar» lhe podemos oferecer todas as iguarias possíveis e que ele não tem que competir com ninguém para as apanhar. A oportunidade de alimentos que proporciona a rocha viva é, de facto, uma vantagem, mas pode ser suprida se no aquário de quarentena oferecermos uma alimentação rica e variada. Por exemplo: - Mísis congelada; - Artémia enriquecida com ácidos gordos e espirulina congelada; - Cyclopeeze; - Mistura congelada para anjos e borboletas da SFBB; - Emerald entree da SFBB; - Flocos da HBH ou Omega one; - Comida viva da Amtra; - Pequenos bocados de rocha do nosso refúgio com macroalgas e bicharocos, se não estivermos a fazer tratamentos com cobre, e até uma rocha com aiptasias que tenhamos por lá a mais se for um Chelmon rostratus; - Nori; - Sea veggies do Julian Sprung; - Reefgel; - Etc. E tudo isto sem ter mais uns quantos rufias, que se consideram já donos do aquário, a impedir que os novos se alimentem. Quanto à questão do espaço, argumento muito utilizado para não se fazer quarentena («pobre peixe colocado num espaço tão pequeno, decerto não se vai aguentar»), interroguemo-nos sobre o que é melhor: ter um cirurgião de 10 cm em 50 litros de água durante um mês, repito sem amónia nem nitritos e bem oxigenada, ou ter 6 peixes de 10 cm em aquários de 200 litros (30 litros disponíveis para cada peixe) durante anos, como é comum vermos nos nossos aquários. O maior problema em aquariofilia marinha é, certamente, o controlo de dois parasitas frustrantes: Cryptocaryon irritans (doença marinha do ponto branco) e Amyloodinium ocellatum (doença do veludo). Todos os peixes deveriam ser postos em quarentena, especialmente aqueles que vão ser colocados num aquário de recife onde não é possível fazer qualquer tratamento que seja simultaneamente eficaz contra os parasitas e seguro para os invertebrados. Melhor ainda: tudo o que colocamos no aquário principal deveria ficar de quarentena, não só peixes, mas também corais, outros invertebrados, rocha viva e areia viva. Pôr todos os seres vivos em quarentena e da forma correcta é infinitamente melhor do que termos casos recorrentes de Cryptocaryon ou Oodinium, por introduzirmos peixes com infecções latentes no nosso aquário e cujas infecções não conseguimos detectar porque as lesões são mínimas, devido à imunidade parcial adquirida mas que geralmente se esgota ao fim de seis meses. É claro que quando compramos um peixe sem imunidade e o introduzimos no nosso aquário, se ele morre ao fim de alguns dias ou mesmo horas (devido à enorme quantidade de trofontes existentes no fundo do nosso aquário: embora estes não se consigam agarrar aos peixes residentes pois esses estão parcialmente imunes, chamam um figo ao peixe que entra) culpamos imediatamente a loja porque o peixe já vinha doente. É claro que no meio deste stress, todos os nossos peixes que já lá estavam no aquário começam rapidamente a aparecer com pintas brancas porque a imunidade desce vertiginosamente. As desculpas para não ter um aquário de quarentena são todas esfarrapadas, senão vejamos: - Custo: é ridículo, tendo em conta a proporcionalidade a tudo o que já investimos no aquário principal; - Espaço: um aquário de 50 ou 100 litros (conforme o tamanho do aquário principal) ocupa pouco espaço, pode estar num espaço escondido e pode até estar desactivado e ser prontamente instalado se mantivermos as esponjas na sump do aquário principal e o enchermos com água deste. Além de que se monta em meia hora, antes de comprarmos o peixe. - Eficácia: é total se respeitarmos as regras da quarentena. Muitos autores defendem que se a quarentena for bem feita e se o Cryptocaryon se manifestar e for bem tratado (hiposalinidade ou manter uma concentração de cobre eficaz durante 3 ou 4 semanas) é possível erradicar a doença dos peixes e NUNCA introduzirmos a doença no tanque principal. O Cryptocaryon é um parasita obrigatório e não sobrevive mais de quatro semanas sem hospedeiro, isto é, sem peixes. É comum ouvir-se dizer (e eu também acreditava nisto), que o Cryptocaryon está sempre presente num aquário. Bastaria ter uma boa qualidade de água e uma boa alimentação para os peixes não adoecerem com pontos brancos (isto apenas é verdade para as bactérias que estão sempre presentes nos aquários e que se tornam patogénicas, multiplicando-se descontroladamente e invadindo os tecidos quando a qualidade de água baixa ou ocorrem outros factores desencadeantes de stress). Ou seja, existiriam sempre formas enquistadas dormentes de parasitas durante largos períodos de tempo. Ora, muitos autores defendem que isto não é verdade, mas sim que o peixe mantém um nível de infecção activa mas ligeira, isto é, que o parasita vai fazendo o seu ciclo mas apenas alguns trofontes se conseguem agarrar ao peixe em tão baixo número que não são visíveis e não causam problemas, desde que a imunidade parcial adquirida se mantenha. Esta imunidade parece resultar no impedimento da aderência da maioria dos trofontes à camada de muco da pele dos peixes. Tal seria perfeito se esta imunidade fosse duradoura (ou seja, os peixes estariam vacinados) mas o problema é que ela é transitória e não parece durar mais do que seis meses. E quando um factor de stress ocorre, provoca uma quebra nessa imunidade e surge um surto de doença. Assim, se fizermos uma quarentena perfeita e em HIPOSALINIDADE, nos peixes susceptíveis, como os cirurgiões, conseguimos erradicar a infecção. Se tivermos o cuidado de pôr de quarentena tudo o que introduzimos no aquário principal, até corais e rocha viva que podem albergar trofontes durante 3 semanas, poderemos ter uma certeza, quase absoluta, de que nunca introduzimos a doença no aquário. Podemos dizer que o Cryptocaryon é endémico nos nossos peixes e continuará a ser se não fizermos quarentenas correctamente e tratamentos preventivos ou curativos eficazes (hiposalinidade a 1,011 ou cobre com 0,15 a 0,2 mg/l CONSTANTES durante 3 semanas, no mínimo). E é endémico porque existem infecções latentes e não parasitas enquistados inacessíveis, devido à imunidade parcial e transitória adquirida. O mesmo conceito pode ser aplicado ao Amyloodinium, embora neste caso o parasita seja resistente à hiposalinidade. Se o Amyloodinium se declarar durante a quarentena, teremos de tratá-lo com cobre durante 3 semanas. O Amyloodinium é um parasita muito mais mortal que o Cryptocaryon e, quando aparece num aquário, são raros os peixes que sobrevivem sem tratamento. CONCLUSÕES Porquê fazer quarentena? As vantagens de fazer quarentena são: - Permite detectar doenças latentes nos peixes e invertebrados, tratá-las de uma forma segura e eficaz e evitar que sejam introduzidas no tanque principal, o que poderia significar a morte parcial ou total dos peixes e invertebrados introduzidos e/ou dos já existentes; - Permite detectar e evitar a introdução de pragas e predadores no aquário principal; - Permite fornecer aos peixes e invertebrados recém-adquiridos um ambiente seguro, sem competição e onde podem recuperar do stress e das feridas produzidos pela colecta e pelo transporte; - Permite ambientar e habituar os novos residentes às novas condições de água e à nova alimentação. É muito mais fácil experimentar e concentrar vários alimentos diferentes num aquário pequeno sem competição, para que os peixes possam escolher e até alcançá-los. Um bom exemplo é a habituação de moreias e peixes leão a alimentos congelados. Outro exemplo é a quase impossibilidade de habituar uma Rhinomuraena quaesita ou um Dendrochirus biocellatus a comer peixes congelados sem ser num aquário pequeno e específico para os mesmos, devido à sua lentidão a apanhar a comida. Vejamos também a habituação de cavalos-marinhos a misídeos congelados. Ou ainda de peixes difíceis como Zanclus, Platax ou Borboletas a comidas que não sejam corais e espirógrafos; - Permite fazer tratamentos profiláticos e desparasitações antes de introduzir os peixes no tanque principal; - Permite, com custos proporcionalmente muito inferiores aos do aquário principal (montar um aquário de quarentena é simples, relativamente barato, aproveitando até muito material esquecido ou posto de lado), evitar muitos dissabores e perdas sendo, provavelmente, por si só, a medida com melhor relação custo/benefício que podemos tomar quando abraçamos este hobby. As desvantagens de não fazer quarentena são: - Não conseguirmos evitar uma infecção latente e constante de Cryptocaryon e Amyloodinium nos nossos peixes. Quando baixa a imunidade parcial adquirida, devido a factores de stress, geram-se perdas cíclicas crónicas que chegam a dizimar o aquário e fazem com que muitos abandonem este hobby; - Não conseguirmos tratar os peixes no tanque principal porque, na realidade, não existem medicamentos eficazes contar o Cryptocaryon e o Oodinium que sejam reef safe. - Não conseguirmos apanhar os peixes doentes a tempo de os transferir e tratar no aquário hospital devido à complexa decoração e esconderijos que um aquário de recife proporciona. Além disso, o trauma resultante do stress da captura é geralmente responsável pela aceleração da progressão da doença ou até pela morte súbita do peixe. Quanto tempo tenho de esperar? A palavra quarentena significa um período de isolamento de 40 dias mas, na prática, um mês será o período mínimo e um mês e meio o ideal, caso não exista doença. No caso de ocorrência de sinais de doença, o tempo começa a contar após o tratamento. O tratamento com cobre dura, no mínimo, 3 semanas. Dicas para fazer quarentena • aquários baixos são mais fáceis de iluminar; • tapar o aquário para os peixes não saltarem; • pintar o fundo, a base e os lados com tinta escura; • colocar uma cabeça motorizada à superfície para oxigenar a água; • ter cuidado com a protecção da sucção; • não usar um aquário excessivamente pequeno (50 a 100 litros é adequado na maioria dos casos; se quisermos colocar vários peixes em quarentena de uma só vez, um aquário de 200 litros será preferível); • para filtragem usar uma esponja madura e bomba de ar; • manter uma ou duas esponjas na sump ou no filtro do aquário principal para usar como filtro no aquário de quarentena; • usar um aquário para pôr os invertebrados de quarentena e outro para peixes (o aquário de invertebrados pode ser um nano reef); • usar troços de tubos de PVC de vários diâmetros no fundo para fornecer abrigo e segurança aos peixes (o PVC não absorve a medicação, ao contrário de outras decorações e substrato; também é fácil de remover para apanhar os peixes sem muito stress); • usar a água do tanque principal para fazer as mudanças no aquário de quarentena (não use o mesmo sifão); • aspirar regularmente o fundo; • experimentar vários alimentos; • medicar logo que apareçam os primeiros sintomas; • fazer o tratamento completo; • no caso do cobre manter a concentração de 0,15 a 0,25 mg/l constante (testes diários ou de dois em dois dias e reposição da dose) durante três semanas; • fazer tratamentos preventivos (hiposalinidade para peixes susceptíveis ao Cryptocaryon; banho de formalina nos palhaços por causa da Brooklynella; extracto de alho na comida como imunoestimulante; desparasitar com prazinquantel para os pontos pretos e ténias intestinais; cobre para o Oodinium e Cryptocaryon se existirem suspeitas de contaminação). Texto: Rui Ferreira de Almeida Médico Veterinário
  5. Doenças dos Corais – Parte II Na primeira parte deste tema falámos sobre a RTN, por ser provavelmente a doença mais frequente dos corais em aquário e cuja evolução é mais dramática. No entanto, existem outras igualmente importantes que iremos abordar nesta segunda parte. Doença da gelatina castanha Esta doença é causada por protozoários oportunistas que provocam infecções secundárias nos tecidos dos corais danificados por traumatismos, temperaturas elevadas e má qualidade da água. Os corais de pólipos grandes (LPS – large polip corals) como os do género Euphyllia, Catalaphyllia, Xenia e Galaxea são frequentemente afectados. Estes protozoários do género Helicostoma produzem ectoenzimas que digerem o tecido dos corais afectados, conferindo-lhes um aspecto gelatinoso de cor castanha. A progressão da doença é geralmente rápida e se não for tratada nos estágios iniciais pode conduzir à perda total da colónia. O melhor tratamento consiste em remover o coral para um tanque separado onde se pode eliminar a parte afectada através de um jacto de água suave. Todo o tecido morto deve ser eliminado. Se isto ocorrer no tanque principal, os pedaços de tecido morto libertados devem ser imediatamente sifonados já que esse tecido decomposto pode irritar os outros corais adjacentes e desencadear novas infecções. Em seguida, poderemos dar um banho de 30 a 60 segundos em água doce, embora tal procedimento possa provocar stress ao coral. Devemos também dar-lhe um banho com Lugol (soluto iodado), na concentração de 10 gotas por 3,8 litros de água salgada, durante 30 minutos. Em seguida, podemos devolver o coral ao aquário, colocando-o numa zona com corrente moderada, mantendo-o, porém, em observação para repetirmos o tratamento caso necessário. Necrose lenta dos tecidos (STN – slow tissue necrosis) Embora parecida com a RTN (necrose rápida dos tecidos), esta doença, como o nome indica, evolui mais lentamente, matando os corais em semanas e não em horas ou dias. Além disso, afecta tanto corais recém introduzidos como corais já estabelecidos e não aparenta ser tão contagiosa como a RTN. As causas desta doença parecem ser um excesso de matéria orgânica dissolvida e, consequentemente, de fosfatos e/ou défice de circulação de água, o que permite uma acumulação de detritos na base dos corais afectados. É precisamente nesta área da base ou entre os troncos principais dos corais que os pólipos exibem uma taxa de renovação mais lenta. Os detritos aí acumulados ou o retardamento da calcificação provocado por uma concentração elevada de fosfatos podem levar a uma morte mais rápida desses pólipos. O tecido em decomposição resultante dessa morte favorece o aparecimento de infecções bacterianas secundárias que fazem progredir a doença para as partes mais altas do coral, passando então a doença a evoluir mais rapidamente. O uso de um escumador mais eficaz e a utilização de resinas anti-fosfatos e de carvão activado, bem como a melhoria da circulação, resolverão o problema na maioria dos casos. Nos casos avançados a fragmentação parece ser a única solução eficaz. Doença da banda branca A principal diferença desta doença em relação à RTN e à STN é que podemos distinguir claramente uma faixa branca bem demarcada de tecido necrosado que vai subindo lentamente pelo esqueleto do coral. Alguns investigadores conseguiram isolar bactérias do género Vibrio nas áreas afectadas, embora outros não tenham conseguido incriminar qualquer agente patogénico. O único tratamento eficaz parece ser pincelar a margem superior da banda branca com soluto de Lugol. Nos casos graves devemos fragmentar o coral para aproveitar as partes sãs. Doença das Gonioporas É comum observarmos que raramente conseguimos manter Gonioporas durante mais do que algumas semanas ou meses. Os pólipos começam progressivamente a retrair-se e uma doença parecida com a banda branca instala-se, progredindo lentamente e deixando apenas alguns pólipos no topo do coral. Pensa-se que a principal causa deste fenómeno seja um défice de alimentação. Os pólipos das Gonioporas parecem preferir zonas de circulação moderada a forte e alimentações frequentes com zooplâncton ou seus substitutos como artémia recém-nascida. A presença de corais moles em grande quantidade no mesmo aquário parece agravar esta doença o que sugere uma hipersensibilidade das Gonioporas às toxinas destes corais. O uso de carvão activado poderá minimizar o efeito nocivo destas toxinas. Existem ainda outras condições que afectam certos corais como as Xenias, em que colónias inteiras saudáveis e em franco crescimento sofrem um colapso agudo sem que se consiga encontrar qualquer explicação. Alguns investigadores sugerem que as Xenias gostam de águas ricas em nutrientes e que são muito sensíveis a mudanças na composição química da água. Ora estes colapsos súbitos poderiam, por conseguinte, estar relacionados com o esgotamento repentino de algum nutriente limitante. Texto: Rui Ferreira de Almeida Médico Veterinário
  6. Doenças dos Corais em Aquário Parte I – Introdução e RTN Começamos por fazer uma introdução ao tema e por tratar uma «doença» que tem provocado muita discussão e levantado muitas dúvidas, dadas ainda as respostas algo inconclusivas sobre qual o agente provocador desta condição. INTRODUÇÃO Vejamos as principais causas de mortalidade nos corais: - Danos físicos ou traumatismos Ocorrem durante manipulações incorrectas (por exemplo, quando são colhidos e transportados) ou quando caem dos seus locais por estarem mal fixados ou pela acção de bombas, peixes e invertebrados. Podemos evitar estas situações utilizando técnicas de manipulação correctas, idealmente com luvas, e fixando bem a rocha viva, bem como os próprios corais, com resina epoxi adequada para o efeito - Danos por sedimentação Este tipo de danos pode ocorrer no aquário quando não existe corrente suficiente para remover partículas, restos de comida ou outros detritos que se acumulam na superfície dos corais. Certos Góbios e outros peixes, bem como bombas mal orientadas, podem atirar areia para cima dos corais, especialmente para cima daqueles que se encontram no fundo. Ao cobrirem os corais, estes detritos, muitas vezes ricos em matéria orgânica, podem privá-los de oxigénio e favorecer a infecção bacteriana dos tecidos. Podemos evitar estas situações melhorando a circulação no aquário e reorientando algumas bombas, reposicionando alguns corais e evitando a existência de certos Góbios de maiores dimensões em aquários pequenos, bem como fazendo regularmente o flushing de certas zonas com a ajuda de uma bomba ou de uma seringa. - Predação animal Temos de ter presente que muitos peixes e invertebrados comem corais ou infligem-lhes lesões através de picadas e toxinas. Os exemplos mais frequentes são: anémonas que deambulam pelo aquário, Aiptasia (pequena anémona urticante para os corais que se multiplica rapidamente competindo pelo espaço e transformando-se numa autêntica praga), estrelas-do-mar, caranguejos e vermes carnívoros, peixes anjo, peixes borboleta, peixes porco e peixes papagaio. - Destruição pelas algas As algas colonizam os corais lesionados, provocando a progressão da recessão do tecido. Se tivéssemos de resumir o sucesso de um aquário de recife numa frase curta seria «Controlo de algas indesejáveis!» - Doenças As doenças podem resultar de alterações físico-químicas da qualidade da água (salinidade, temperatura, pH, alcalinidade, amónia, nitritos, nitratos, fosfatos, cálcio, etc.), iluminação incorrecta, má nutrição, circulação deficiente, toxinas exógenas (aerossóis, detergentes, insecticidas presentes no ar ou na água) e toxinas endógenas (produzidas por outros corais, anémonas e algas que excretam substâncias alelopáticas, ou seja, substâncias irritantes e/ou inibidoras do crescimento). Todos estes factores induzem stress nos corais, o que pode, por si só, levar à morte ou, através de uma quebra no sistema imunitário, favorecer o aparecimento de infecções provocadas por bactérias e vírus, das quais ainda muito pouco se sabe porque raramente se conseguiu isolar um agente específico. RTN A «doença» mais conhecida dos corais de aquário é a «necrose rápida dos tecidos» (RTN, ou seja, Rapid Tissue Necrosis). Segundo alguns autores a denominação «degeneração rápida dos tecidos» seria mais correcta. Nos casos típicos, pode verificar-se que após a introdução de um novo coral do género Acropora ou Pocillopora, ele sofre um peeling, perdendo tecido rapidamente, usualmente a partir da base. Na maioria dos casos, o coral perde todo o tecido num período de horas ou dias, deixando um esqueleto sem qualquer hipótese de recuperação. Esta «infecção» pode afectar outros corais do mesmo género presentes na vizinhança ou no mesmo sistema de aquários. O problema é que as várias tentativas de isolamento de um agente patogénico, seja ele uma bactéria ou um vírus, nos corais afectados não produziram quaisquer resultados, embora estudos microbiológicos mais sofisticados não tenham sido efectuados na maioria dos casos. Na opinião de Borneman, a RTN não é uma doença em si, mas sim uma forma de morte dos corais com uma camada fina de tecido, como resposta a vários agentes indutores de stress. É possível até que esta resposta produza uma auto-rejeição ou autólise, isto é, uma digestão química do tecido do coral efectuada por ele próprio. A libertação em massa destas enzimas, ou compostos químicos tóxicos presentes no tecido morto que se desprende, poderia provocar uma reacção análoga nos outros corais vizinhos explicando o «contágio». Por exemplo, num estudo de 400 casos de RTN feito por Borneman e Lowrie, em 1988, as culturas bacterianas realizadas não permitiram isolar, de uma forma consistente, uma população de bactérias suspeita. Entre 1992 e 1997, Lowrie conseguiu induzir RTN em culturas de Acropora e Pocillopora, usando químicos, mudanças de temperatura e sedimentação com terra de diatomáceas. No entanto, não podemos excluir a hipótese de, em alguns casos, bactérias oportunistas presentes no muco poderem acelerar o processo (foi nestes casos que o antibiótico Cloranfenicol mostrou ter algum sucesso no tratamento). Os corais mais afectados são do género Acropora, seguidos de Pocillopora, Seriatopora, Galaxea, e Trachyphyllia. As Turbinaria, Stylophora e Hydnophora também podem ser afectadas embora com menos frequência. As Montipora, Pectinia e Lobophyllia são mais raramente atingidas. É curioso verificar que esta resposta dos corais de aquário ao stress é praticamente idêntica à resposta dos corais nos recifes da natureza quando sujeitos também a stress agudo ou crónico, geralmente por aumento de temperatura, situação descrita em 1997 por Antonius e apelidada de SDR (Shut-down reaction). Provavelmente estaremos em presença de dois nomes diferentes para o mesmo fenómeno. Presentemente, o único tratamento aconselhável é a fragmentação, descartando-se as partes afectadas, e o isolamento rápido do coral afectado para evitar que os outros corais presentes no aquário sejam atingidos. O uso de carvão activado poderá minorar os danos colaterais provocados pelas substâncias químicas tóxicas que se suspeita estarem presentes nos tecidos desprendidos, impedindo que estas afectem os outros corais. Não nos podemos esquecer que um episódio de RTN pode acontecer mesmo que não haja uma introdução de um novo coral, desde que existam factores de stress, embora sejam os corais recém introduzidos os mais susceptíveis devido às alterações físico-químicas a que são sujeitos durante a recolha, transporte e aclimatização. Texto: Rui Ferreira de Almeida Médico Veterinário
  7. Pois sai, mas é mesmo assim. Por isso é que deve ter alguns segundos de contacto, e esfregares ligeiramente com a cotonete para desbridar ( remover o tecido morto e a camada de fungos ). Outra hipotese é dares um banho de azul de metileno, uma hora num balde . Quanto ao apanhar, esse é o problema dos aquarios de recife. Cump. Rui
  8. Desinfecta a zona uma vez por dia com uma cotonete embebida em betadine,colocando o peixe á superficie numa rede, tentando manter a zona afectada fora de água ,ou mantendo o peixe num pano molhado com água do aquário durante alguns segundos. Cump. Rui
  9. Alexandre o Antennarius é "reefsafe" não é é "fishsafe" .Tudo o que nadar e couber na boca marcha. Cump. Rui
  10. Hugo Bom layout ,simples e natural. Muito original , interessante e eficaz a ideia de colocar a Tunze stream com a stream rock no fundo a pantar para o declive ,para cima. Optimo aspecto dos corais. Excelente circulação.Alga coralina em força. DSB do refugio com optimo aspecto. Grande evolução! A Lobophylia bicolor que aítens é espetacular . Quando intensificar as cores vai ser de arrasar. Um abraço Rui
  11. Tens da Arcadia com 4 T5 mas são mais caras do que as Jebo. Bombas baratas, são mesmo da Jebo. Depois tens as da Aqua-Clear ( Hagen). Cump. Rui
  12. João , as tuas fotografias são de cair para o lado . eu gostaria muito, setivessesessa pachorra para nós, que escrevesses um pequeno artigo para colocarmos nesta secção onde explicasses o que usas para fotografar , truques, conselhos práticos e como tratas as fotos para que todos possamos aprender a fotografar um poco melhor os nossos aquários. O Antennarius maculatus ( peixe sapo) é fantástico. é um peixe do outro mundo. O LPS vermelho entre os Chelmon rostratos e os ocelaris na anemona é uma Blastomussa não é?Também poderia ser uma Acanthastrea . Quero uma igual!!!!! Cump. Rui
  13. Joaquim Este Tópico deveria estar no Subforum das algas. Para sabermos a causa temos que identificar a alga. Se de facto são diatomaceas ou cianobacterias . Pela descrição a palavra " véu " sugere que sejam cianobacterias. Ou seja, quando aspiras parece um "lençol viscoso". Se for este o caso a explicação pode ser de facto a rocha se esta estivesse " podre" ou seja cheia de materia organica em decomposição. De qualquer forma o aumento da circulação e a verificação do escumador são importantes para evitar situaçãoes semelhantes no futuro. Se fossem diatomaceas não teria seguramente a ver com a rocha mas sim com silicatos em excesso na água. Cump. Rui
  14. Dois comentários em relação ao que o Ricardo disse Eu faria um foro de escoamento mais largo, 40 ou mesmo 50 mm( 32 é curto) . Colocando uma "pinha à saída não terás problema. No meu entender podes usar as Power compact sem problemas . Consegues 4x55w , ou seja 220 W e se usasse T5 seria 4 x 44 W o que vai dar na práticva ao mesmo. As Pl vistas duma forma simplista são T5 dobradas em U. Para LPS moles e Tridacnas squamosa e derasa será suficiente Cump. Rui
  15. Viva João Concordo parcialmente . Ou seja, em doses baixas todos os desinfectante, tipo formalina e PP nunca esterilizam o aquário . Matam apenas PARTE das bacterias . Tudo depende da dose e da frequençia do tratamento e do numero de bacterias presentes no filtro à partida .Se o filtro estiver bastante " maduro" geralmente aguenta. O que há que fazer é controlar com testes a amonia e os nitritos. Em caso de emergençia faz-se mudas de água e coloca-se anti-amonia. João quando vieres a Cascais avisa para te mostrar o meu aquario. Tem que ser é à noite par o veres com as luzes ligadas.Quanto aos salmonetes lá estarei Cump. Rui
  16. Olha Paulo, agora não está com os outros nem com nenhum porque morreu duma forma muito estupida o que me deixou bastante triste . Eu coloquei-o na lagoa porque os Balistoides conspicillum quando crescem mudam muito o feitio e tornam-se muitas vezes agressivos para os outros peixes. E como podes imaginar num aquario como o meu é virtualmente impossivel apanhar quaquer peixe. Além disso como tenho corais no aquario grande tinha receio que ele os destruisse. Infelizmente tinha uma rocha na lagoa com uma gruta estreita. O peixe já começava a vir comer à mão. Um dia, há cerca de 3 semanas, não apareceu e fui dar com ele dentro da gruta morto há pouco tempo. Tive que partir a rocha para o retirar. Tinha a região nasal toda ferida sinal que tentou sair da gruta. A minha convicção é que morreu por isso, em virtude dos ferimentos. Decidi, após este episodio frustrante, dedicar a lagoa a corais que necessitam de ser alimentados frequentemente. Assim coloquei lá as minhas duas Tubastreas, uma Heliofungia , 2 Gonioporas e uma Nepthea ou Lithopyton. Estou a alimentar uma vez por dia com Zooplancton e Fitoplancton da Kentmarine, plancton congelado da SFBB e Ciclopeeze. Remexo a camada superficial da DSB também uma vez por dia com uma vareta. Estou particularmente interessado agora em tentar manter corais não fotossinteticos , Gonioporas e Heliofungias , devido ao desafio que representam . Estou a ler muito sobre o assunto e a fazer algumas experiências, nomeadamente em termos de corrente, posicionamento e alimentação. Apesar de ser uma paixão antiga vou ter que pelo menos nos proximos tempos abandonar a ideia de ter um Balistoides conspicillum. Estou também dedicado neste momento a começar a colonizaro aquario grande com mudas de corais moles ,alguns LPS e mudas de Montipora do meu recife de duros.. Cump. Rui
  17. Tens que observar se o peixe tem pontos brancos ou não. Ás vezes esse comportamento é apenas territorial, outras vezes é prurido relacionado com parasitas, nomeadamente Cryptocaryum. Cump. Rui
  18. Viva Bruno. O joão Machado e o Vitor têm muita experiência nisto dos Discus e aconselharam-te muito bem. Reflectindo um pouco sobre as causas e analisando uma frase que tu escreveste: Tenho duvidas que tenha sido o areão que te tenha transportado o agente causal, ainda para mais se o areão não veio de nenhum aquário em funcionamento que tenha tido problemas. Também me parece que não tenha sido a praga dos Discus , se não não te terias livrado dela com tanta rapidez e com tão poucas baixas. Parece-me si que tenha sido uma infecção bacteriana devido a excesso de materia organica e consequente diminuição do O2 dissolvido,no teu aquario ( daí o permanganato ter oxidado a materia organica e a água ficar muito transparente). Costumas limpar os filtros mecãnicos ( esponjas e substituir a lâ de vidro)? Aspiras regularmente o fundo? Usas muita comida congelada? Tiveste algum filtro com débito baixo ? O tenilvet ( prazinquantel ) só mata Gyrodactiuls e Dactylogirus ( vermes da pele e das guelras ) e ténias intestinais . Não apanha flagelados intestinais. Talvez fosse melhor dares metronidazol na comida e aguardar para ver se necessitas de fazer o tenilvet. Vitor só uma correcção ligeira: o PP aumenta o oxigénio dissolvido ( é oxidante como disseste ) e não o contrário. O problema é que ´´as vezes oxida até as branquias se exageramos na dose. Cump. Rui
  19. Olha Carlos, já tentaste retirar um bocadinho com uma pinça?. Era curioso saber a consistência. Se é duro ou gelatinoso. Não tens acesso a um microscópio para observar entre lâmina e lamela numa gota de água do aquário? Cump. Rui
  20. Paulo, costumavas alimentar o teu A. fenestrater? Cump. Rui
  21. Se Vieres a Lisboa ou alguém teu amigo vier eu ofereço. Cump. Rui
  22. Mas Ricardo os pólipos são roxos / castanhos nesta espécie e estão lá abertos em algumas partes. Ou estou errado ,Carlos ? Cump. Rui
  23. Viva Carlos É mesmo estranho. Para ter ocorrido em segundos e só aparecer na Gorgonia tem que ser uma secreção da propria como resposta a qualquer estimulo. Mas estive a fazer uma busca e de facto não encontrei nada semelhante. A tua gorgonia é uma Pseudopterogorgia ou uma Muriceopsis flavida ? Eu tenho uma Muriceopsis e nunca vi nada semelhante. Cump. Rui
  24. Viva Hugo É dificil dizer-te se o edema da córnea ( névoa azulada )dos olhos do peixe será da Brokynella ou de outra infecção concomitante. De qualquer modo continua o tratamento. Geralmente os peixes recuperam bem, sem sequelas dos edemas da córnea , desde que não haja perfuração. Cump. Rui
  25. O overflow tende a ser menos seguro ( pode desferrar , embora existam marcas seguras no mercado ), ocupa mais espaço ( o que obriga a afastar o aquario da parede se estiver atrás ; claro que pode ser colocado de lado mas torna-se visível)e é mais caro. No entanto, tem a virtude de evitar furar o aquário. Não se usam geralmente aquarios tapados nos salgados por causa da temperatura e das trocas gasosas ( acumulação de Co2 que faz baixar o pH ). Podes reduzir os suicidios com travamento à francesa ( à volta do aquario) Presumo que querias dizer silicone. Numa loja de aquariofilia ou por exemplo no AKI da Wurten especial para aquarios. Cump. Rui