Ricardo Fonseca

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  1. Em relação ao flowerhorn poucas ou nenhumas pessoas aqui do fórum te poderão dar indicações sobre a sua manutenção. Trata-se de um peixe proscrito que, felismente, não apareceu - pelo menos que tenha dado conta - no mercado português. (uma sugestão relativa ao que fazer ao dito "peixe", se não o quiseres manter, é devolve-lo à loja onde o adquiriste, já que me parece que o comércio aí no Brasil está completamente descontrolado) Quanto aos ciclídeos (a sério) que manténs, não havendo - como presumo - toxicidade da água (excesso de amónia, nitritos ou nitratos, p.ex.) eu diria que poderá tratar-se de uma doença parasitária. A esse respeito sugiro a colocação da dúvida no tópico doenças já que, de certeza, existirá que, com mais informação, te possa ajudar (há uns quantos especialistas por aqui, sendo um deles um veterinário com vasta experiência no tratamento de peixes )
  2. Tratando-se de buracos nas folhas poderá estar em falta um nutriente ... o potássio ! Só com fotos se poderá fazer um melhor diagnóstico !
  3. Para automatizar as TPAs o melhor mesmo é faze-lo com overflow na sump a descarregar para o esgoto e pequenas entradas de água ao longo do dia. É claro que isto importa alguma engenharia de canalização, mas para fishrooms é uma das soluções mais utilizadas.
  4. Foi a selecção genética foi o que deu origem às variadas raças de cães que existem. É a manipulação genética que dá origem aos chamados produtos transgénicos. Foi, também, a manipulação genética, embora artesanal, que deu origem a alguns alimentos que se baseiem em enchertos.
  5. Bem, só agora percebi (ou melhor, reparei ... duhh) que o autor do post é brasileiro o que, por uma lado, é uma boa notícia e, por outro, algo incompreensível. É uma boa notícia porque nos mantemos neste país sem relatos da manutenção destas coisas ... restam-nos os "ciclídeo papagaio" (nome científico não existe, naturalmente) que se espera que desapareçam o mais rápido possível. É algo incompreensível como é que num país com uma fauna endémica de numerosas espécies de ciclídeos se opta por manter uma aberração !!! O que o Miguel disse, em termos científicos, está correcto ... o resto da opinião é que é discutível !
  6. Não, não estamos, Regal. Eu sou a favor da eliminação de animais cujas características fisiológicas lhes não possiblitem uma vida aceitável. Tenho dúvidas que em certos peixes o desvirtuamento das características naturais não os condenem a uma existência miserável, mas não faço generalizações. Em relação aos Malawis eu defendo que se deve evitar a hibridização e se ela por acidente existir, que esses peixes não devem ser comercializados ou, a serem-no, devem se-lo com a clara menção de que são híbridos. Mas como nos Malawis existe uma proximidade genética entre as espécies hibridizáveis e essa hibridização ocorre naturalmente, não me parece que esse peixes sofram como sofrerão os flower horn ou ciclídeos papagaio cuja criação é fruto de fertilizações artificiais, incubações artificiais e cujas características físicas e comportamentaios ficam fortemente desvirtuadas. Sempre que se tratate de uma hibridização forçada ... como seria a de um humano com um gorila eu entendo que a eutanásia é um mal menor. Em prol do próprio animal e não de um conceito de "pureza ariana". O processo de criação de flower horns e ciclídeos papagaios resulta na morte "natural" de muitos exemplares e o próprio "processo criativo" faz lembrar o filme Frankenstein. Criticar isto não é ser xenófobo, é ser amante dos animais, como eles são, sem "jeitinhos" humanos que os desvirtuem e "aleijem".
  7. No que toca aos Apistogrammas é sobretudo a variação de temperatura que leva à distribuição de machos e fémeas. Uwe Römer trata esse assunto com bastante acuidade. Em termos genéricos e segundo uma tendência que tem vindo a ser detectada pelos biólogos, em todas as espécis (humana incluída) há uma tendência para o aumento do número de fémeas consoante as condições de vida se agravam. Diz-se que tal se deve a um mecanismo natural orientado para a preservação das espécies já que, quantas mais fémeas, maiores possibilidades de reprodução.
  8. Porque os peixes não são uma espécie. Dizer peixe-peixe é o mesmo que dizer homem-gorila, isto é, primata-primata ! Todos os mamíferos provêm do Musaranho segundo variadíssimos estudos ... isso não faz que todos tenham a mesma espécie. Em utima ratio todos os seres vivos (plantas incluídas) provêm de seres unicelulares, isto não faz com que todos tenhamos a mesma espécie. Só faltava acusarem-me de xenofobia ... enfim ! Eu julgava que isto estava no âmbito da discussão científica, mas parece que descarrilou ! Se tivesses que arrastar, com a tua constituição física, uma tromba de 2 metros e 50 kg de peso (no mínimo) havias de te sentir muito bem !!!!! p.s. agora sou xenófobo porque sou contra a hibridização !
  9. Caro Regal, já vão sendo hábito as nossas discussões inflamadas, mas como se diz, é da discussão que nasce a luz ... pois seja Um rafeiro não é um híbrido, é um elemento da espécie Cannis cannis sem "raça" apurada ! Eu defendo o respeito pelas características naturias dos peixes, incluido as suas sub-espécies e populações de acordo com um espírito conservacionista. Muitos dos peixes já só existem em aquário e seria útil que esse património genético fosse mantido. Mas o que está aqui em causa não é a pureza da raça, mas a da espécie e essa sim, eu defendo acerrimanete, inclusivamente para os humanos. Chocar-me-ia que alguém cruzasse um ser humano com um gorila ! Censura ?! Ó Regal, só podes defender tal coisa não tendo percebido o que está, verdadeiramente, em discussão ! Abraço
  10. Cara GatinhaKda ... os peixes não são todos "peixes" ... têm variadíssimas espécies ... o que se cruzam não são raças (como nos cães, gatos, p.ex.) são espécies. Se rejeitaste a ideia de cruzamente entre um humano e um elefante, vou por a coisa de forma a que a proximidade te pareça mais óbvia: cruza um humano com um outro primata, já que seguindo a teoria "peixes são peixes o que se cruzam são raças" pode responder-se "primatas são primatas, o que se cruzam são raças" !
  11. Um último comentário ... ... embora em certos casos de deformações a eutanásia seja o mais aconselhável (até para o próprio animal), se se entende que não é esse o caso, então o passo ideal seria devolver o peixe à proveniência por duas razões: 1º- ou o dono da loja não faz ideia do que vende e passa a fazer; 2º- ou sabe e demonstra não ter escrúpulos pelo que devia levar com o peixe de volta para ver se não volta a enganar ninguém. ... e volto a chamar à atenção que na hibridização o que está em causa é a mistura de espécies e não de raças ... os rafeiros e as misturas de pastor alemão com setter não deixam de ser Cannis cannis ... essa coisa "flower horn" nem sei bem o que seja !
  12. Bom, caro Licínio ... ... dizer que um mestiço é um híbrido demonstra um desconhecimento tão grande de tudo que nem vale a pena comentar. Por outro lado, o comércio de híbridos só existe enquanto pessoas pouco informadas os adquirirem ou pessoas informadas não tiverem escrúpulos. Quanto ao facto de sofrerem pensa só um pouco nisto: - imagina que eras um híbrido entre um humano e um elefante e que nascias com tromba e presas ... o que pensas tu disto ?! É que híbridos não são mistura de raças, mas de espécies e a não ser que consideres os pretos ou os amarelos como não humanos, a tua comparação não tem o mínimo sentido !
  13. O comentário do Miguel foi bastante duro, mas 100% exacto. Esses híbridos criados por gente sem escrúpulos, muitas vezes injectados com colorantes artificiais vivem, geralmente, uma vida de angústia pois tratam-se de peixes deformados ... fortemente deformados. Seria bastante útil que o aquariofilista português rejeitasse a aquisição de tais exemplares por forma a diminuir o mercado dos mesmos e não incentivar a sua geração. De facto, se calhar, o melhor que se faria ao peixe era a eutanásia. Na produção destes "peixes" são sacrificados muitíssimos exemplares num processo "criativo" no mínimo criticável. A Associação Portguesa de Ciclídeos desincentiva, fortemente, o comércio deste tipo de aberrações que acabam por viver vidas miseráveis em função do seu mero intuito decorativo com base em gostos bastante duvidosos. O que não falta no mercado são espécies de ciclídeos interessantes (dificilmento peixe em causa e o "ciclídeo papagaio" poderão ser considerados ciclídeos) que podem ser mantidos e criados sem qualquer necessidade de recurso a violações brutais das regras naturais e de saúde dos animais. Se é de desaconselhar a hibridização de Mbunas, esta hibridização é fortemente condenável e gostaria de ver o dia em que aberrações destas não surgissem no mercado português. Pobres os peixes que por aí andam e os aquariofilistas que, por falta de informação, os adquirem.
  14. Um aquário de 15 litros é um aquário muito pequeno no qual é praticamente impossível manter seja o que for durante muito tempo. Uma excepção no que respeita a peixes: os killies. Existem muitas espécies de killies que se dão optimamente nesse volume de água. Como os killies não são muito fáceis de arranjar no mercado, poderás contactar a APK (Associação Portuguesa de killifilia) e, eventualmente, inscreveres-te já que com a inscrição eles oferecem um casal.
  15. Eu não vejo nenhum problema em juntares ao aqua de Discus os Apistos e os Ramirezis. Sugiro, também e por uma questão estética, um cardume de tetras e, por uma questão funcional, uns Ancistrus para irem limpando as algas e os restos de comida.
  16. É claro que cada peixe é um peixe e quando falamos de ciclídeos pode dizer-se mesmo que dentro da mesma espécie podem existir exemplares com diferentes personalidades. Mas há anos que mantenho e crio kribs e devo dizer que nunca vi nenhum krib pacífico na altura da reprodução. Já vi kribs darem grandes coças em escalares adultos e limparem um cardume de corys em menos de duas horas ! Não me parece, contudo, que um krib, por mais violento que seja, seja capaz de matar um pleco saudável ... comer-lhe os olhos depois de morto já não me surpreende ! No que toca a kribs, ao fim deste tempo todo, acbei por optar, sempre, por um aquário dedicado ao casal, geralmente um de 60 cm com cerca de 50 l, mas admito que em aquários sufiecientemente grandes, onde o casal possa delinear um território que não seja o aquário todo, o krib possa não atacar violentamente na altura da reprodução. Cumprimentos Ricardo Fonseca
  17. Quem te disse uma coisa destas ...
  18. Depende dos ciclídeos ... ... os Apistogrammas são, tendencialmente, ciclídeos de harém !!! Cumprimentos Ricardo Fonseca
  19. 1 macho e duas fémeas ...
  20. Será alguma coisa destas ? http://www.fishbase.org/NomenClature/Scien...ary&backstep=-2 http://images.google.com/images?svnum=20&h...eudogastromyzon Cumprimentos Ricardo Fonseca
  21. Se em vez de 30x30x30, fizeres um aqua de 40x40x40 já tens espaço suficiente para um trio de p.ex. Apistogramma cacatuoides. E podes colocar plantas à vontade que os Apistos não se importam Cumprimentos Ricrdo Fonseca
  22. Bom ... nos Discus a questão complica-se uma vez que estamos na maioria das vezes não a falar de espécies, mas de sub-espécies ou de selecções em cativeiro. De uma forma algo simplista existem, essencialmente, duas espécies de Discus entando uma delas dividida em 3 sub-espécies e todas em populações. Depois existem as selecções de aquário, resultantes de iniciais cruzamentos entre as sub-espécies e populações, mas actualmente, nas mais das vezes, completamente impossíveis de determinar em termos de origem. Dizer que um discus é um cruzamento entre espécies pela observação do focinho é algo que, para mim, é completamente novo ! Cumprimentos Ricardo Fonseca
  23. Eu tenho usado, excepcionalmente, esse produto. Ele efectivamente, baixa os nitratos, embora não tanto como o que anuncia, mas ATENÇÃO ... esse produto reduz brutalmente o oxigénio disponível na água. Eu só o uso em alturas em que me é impossível proceder às TPAs regulares, em casos de extrema necessidade e com muito cuidado para movimentar a água o mais possível e favorecer as trocas gasosas. Ricardo Fonseca
  24. Querer identificar esse Apisto é coisa para "mestres". Vários sócios da APC já possuiram ou possuem esse Apisto e as identificações que têm vindo a ser feitas não são consensuais. Há quem o identifique como um Apistogramma resticulosa, há quem o identifique como sendo um borelli e, seguindo a doutrina de Römer, há quem o identifique como uma esoécie nova, pertencente ao complexo do borelli, como Ap. sp. "Steelblue". A identificação não é fácil havendo mesmo dúvidas sobre se não se tratará de um híbrido. Cumprimentos Ricardo Fonseca
  25. Ricardo Fonseca

    Colysas

    O peixe que tens na foto é um macho da espécie Colisa lalia. As fémeas desta espécie são cor de pérola suja e são, geralmente, um pouco mais pequenas que os machos apresentando, quando adultas, o abdomen um pouco inchado, de tempos a tempos, a que corresponde o acumular de ovos. Quanto ao chamarem-lhe colisas anãs eu desaconselho. Primeiro porque é sempre preferível identificar as espécies pelo nome científico para evitar confusões, e se há nomes científicos difíceis, este não é um deles. Depois, porque, qaunto muito, poderia chamar-se Gourami anão (nome comum) pois Colisas há bem mais pequenas. Ex. Colisa chuna. O método de reprodução é muito idêntico ao dos Bettas, sendo que os alevins necessitam de bastantes mudanças parciais de água já que podem ser afectados pelo aumento da concentração dos compostos azotados o que gera deficiências. Já reproduzi esta espécie algumas vezes e não dá demasiados problemas, sendo aconselhável a alimentação dos alevins, nos primeiros tempos de vida, à base de infusórios ou de comida líquida para alevins, já que são de dimensões bastante diminutas. Esta espécie comporta, ainda, uma variedade seleccionada, também muito bonita ... a variante cobalto. Cumprimentos Ricardo Fonseca