Trago a vocês alguns pensamentos sobre um dos itens a ser pensado para esse aquário:
Filtragem Biológica Tenho uma bem sucedida experiência com DSB, que não empedrou, que não liberou fosfato (pelo menos que fosse detectável pelos testes tipo Hanna e outros), que não soltou gás de enxofre, que não fez nada que se tenha ouvido falar que DSB faça. E mantém meu nitrato, em um aquário de 250L lotado, zerado pelos testes. Já inclusive desmontei ele uma vez, e não tinha cheiro de ovo podre ou chulé, coisa que diziam para mim verificar.
Enfim, nada mais justo que repetir a boa experiência e colocar um belo DSB em todo o aquário, correto?
Essa era a idéia. Não é mais.
Estive analisando todas as possibilidades de filtragem biológica, e cheguei em algumas discussões comigo mesmo:
1) O DSB precisa do aquarista. E isso não é fácil.
DSB é a coisa mais genial do mundo, mas não anda sozinho. Tem que ser pilotado, e o aquarista é o piloto.
Uma das principais coisas é manter a meiofauna (macro e micro) ativa, pois ela se extingue com o tempo.
É ela a responsável por impedir que os problemas do substrato aconteçam.
Para um aquarista que mora longe de alguma praia do tipo estuário, conseguir inóculos é bem complicado. Tenho que me virar aqui.
Ainda, o DSB precisa ser "varrido" por uma boa quantidade de circulação, e sem pontos mortos.
Pensei em como lidar com um DSB cinco vezes maior e arrepiei. Depois pensei em como lidar com um DSB que não foi bem pilotado, ocupando todo um display de 1000L, e tremi na base.
Desisti.
Como eu gosto muito do danado, meu refúgio, que terá algo como 120L, terá um DSB padrão, mas que não será suficiente para tocar todo o sistema, dez vezes maior.
2) DSB remoto ainda é um DSB
Eu vejo alguns exemplos de DSB remoto, onde o sujeito enche uma ou mais caixas com substrato, joga no sump e esquece.
Vale para o DSB remoto todas as regras que eu escrevi ali em cima, e que se encontra em qualquer conteúdo (livros, internet) sobre DSB.
Então, a necessidade de pilotar é a mesma, com o agravante de você ter que manter snails, paguros e inóculos no sump. Complexo.
3) Não gosto de Bare Bottom
Aqui é uma questão de gosto. Por aí se encontram aquários BB que são lindos, todos conhecem e eu concordo.
Mas eu acho gosto muito de ver bichos no substrato. Não sei se isso é esquisito, mas eu tenho me aceitado muito bem como sendo esse tipo de pessoa.
E ainda, venham falar aqui em casa que não vai ter substrato com as minhoquinhas para ver a crise que se instala.
4) Sou muito desconfiado com SSB
Eu sei que existem vários exemplos de pessoas que mantém aquários numa boa com 4cm de substrato.
Sei também que a capacidade de um substrato (ou melhor, as bactérias) desnitrificar depende muito da granulometria, etc.
Mas eu tenho aqui um pé atrás com a capacidade de um substrato fino com mídia calcárea (não gosto de areia é gosto, nada contra) tomar conta de um aquário.
Como, ao ter um aquário desse tamanho, vou querer algumas coisinhas como cardumes de tangs, meu receio de não dar conta do recado aumenta.
Mas tem uma solução:
5) Siporax como um banco de bactérias
A idéia é usar o SSB, mas instalar uma caixa fechada, escura, com siporax, após o sump.
O siporax, aqui, serveria não só como auxílio à filtragem (filtragem demais mal não faz), mas também como um depósito de resiliência.
Se alguma coisa der errado, eu sifono o substrato, eu faço e aconteço com o sistema, mas continuo mantendo uma boa quantidade de bactérias vivas e funcionais.