André Silvestre

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Tudo publicado por André Silvestre

  1. Olá. Porque é que teimam em inverter o nome para Red Crystal? Red Crystal não existe e podem induzir outras pessoas em erro confundindo-os com os Red Cherry. Os camarões a que te referes chamam-se Crystal Red. Quanto ao mito a que te referes, nunca ouvi falar de tal coisa. A única hipótese para os camarões não reproduzirem é quando são fruto de cruzamentos entre espécies diferentes ( algumas), sendo denominados híbridos. Se as lojas tiverem Crystal Red verdadeiros, eles vão-se reproduzir como qualquer outro camarão de Ordem Superior. Agora, que são mais difíceis de manter que os outros camarões, isso são. São também camarões com um crescimento mais lento o que quer dizer que se comprares animais jovens, ainda terás que esperar algum tempo até que atinjam a maturidade sexual. No meu caso, comprei-os pequenos e só passados 5-6 meses é que se começaram a reproduzir. Se quiseres adquirir estes camarões, sugiro que primeiro cries as condições ideais para os manteres. Quando eles se sentirem bem, com boas cores e bastante activos, não tardará até que tenhas fêmeas ovadas.
  2. Boas André. Muito bem, viraste-te para o Darkside... Confesso que também ando com umas ideias e por isso mesmo, vou ficar atento a este tópico. Para já, gosto muito desse hardscape, embora tivesse aumentado um pouco mais a montanha do lado esquerdo em comparação com a da direita e tivesse feito " o canyon" ligeiramente mais para a direita. No entanto, não deixa de estar muito bom, se bem que nisto dos salgados, já percebi que não basta ficar estéticamente bonito, tem de ser também funcional. Vai actualizando, com fotos de preferência. Abraço, André
  3. É definitivamente um Macrobachium sp. agora, qual a espécie exactamente, é complicado... A foto não ajuda mas vou arriscar num destes dois: Macrobrachium lanchesteri Macrobrachium tenellum
  4. Olá. O problema resolveu-se mais cedo do que o esperado e voltei a ter PC. Como tal, aqui ficam as últimas fotos. Está quase a chegar a primeira grande poda desde que coloquei a R. " green". Se fosse noutros tempos, já a tinha podado 3 ou 4 vezes. Posso dizer que está com os crescimentos desejáveis. Abraços, André
  5. Viva Pedro. O aquário está cada vez melhor. Tenho acompanhado o tópico e, aquilo que não gostava, foi-se lentamente transformando com as mudanças de plantas. Ainda assim, há algo que não está muito bem e que é o lado direito... Antes tinhas uma parede de Blyxas que, com as podas, ficou mais ligeiro, mas ainda assim acho que poderias melhorar... A pedra que lá tens é um bom ponto para construires uma espécie de ilha, com uma pedra grande ( essa ou talvez uma um pouco maior) e pedras pequenas dispostas ao seu redor, colocadas de modo a dar ideia que se partiram da maior. Essa pedra já me parece grande mas, se conseguisses arranjar uma pedra ainda maior, as pedras pequenas à volta dessa poderiam ser grandes o suficiente para não serem engolidas pela HC. Compondo essa zona de hardscape, poderias colocar um tufo de blyxas atrás, evidenciando um espaço entre essas pedras e a pedra que está junto ao tronco, criando uma espécie de " canyon", vá lá. Quanto a mim, este é o único ponto no aquário que precisa um pouco de mais trabalho. O resto está muito bom, parabéns! Abraço, André
  6. Boas! Luis, Frederico, as fotos até já foram tiradas mas tenho tido problemas no PC que me têm dificultado actualizar o tópico. Além disso, tenho dedicado mais tempo ao Sub-Fórum " Invertebrados", daí estar complicado... Assim que conseguir, coloco a actualização ( se tudo correr bem, ainda esta semana). Abraços, André
  7. Não é assim tão estranho... Se pesquisarem pelo fórum, verão que até é bastante normal os pais comerem os alevins. Se forem ao sub-fórum " CICLÍDEOS AMERICANOS E ASIÁTICOS " verão o caso mais recente, que foi do Nunhez senão me engano. Se pesquisarem um pouco mais, até encontrarão como conseguir que a postura vingue até os peixes chegarem a adultos. Boa pesquisa!
  8. Alexandre, espectacular! Belas aquisições que aí tens. Esses CPOs estão divinais. Os teus Tiger também já andam ovadas. Muito bom sinal. Os " White Pearl" ainda não criaram? Já agora, serve de aviso, este tópico será mudado para o novo Sub-fórum de " Invertebrados". Eu depois deixo aqui um link para o mesmo. Outra coisa; importas-te que use algumas fotos para as fichas de Invertebrados? Abraço, André
  9. Nome Comum: Red Bee, Crystal Red Nome Científico: Caridina cf. cantonensis 'Crystal Red' Caridina logemanni Origem: Hong Kong Sociabilidade: Grupo Comportamento: Pacífico pH: 6.5 a 7.2 Temperatura: 21ºC a 27ºC Tamanho em adulto: 2.5 a 3 cm Ordem: Superior Formas apuradas de " Crystal Red" Este camarão é fruto de um apuramento genético da forma selvagem dos camarões " Bee". A cor vermelha é recessiva e surgiu no meio de uma enorme colónia de camarões " Bee" de um senhor japonês chamado Hisayasu Suzuki, em 1996. A partir daí, inúmeros cruzamentos foram feitos de modo a tornar esta cor estável quando macho e fêmea " Crystal Red" se cruzam. Com apuramentos ainda mais refinados de modo a tornar as cores vermelha e branca ( especialmente a cor branca) mais intensos, aliados ao enorme desafio de manter estes camarões muito sensíveis, este animal ganhou bastante popularidade no Japão que eventualmente acabou por se espalhar um pouco por todo o Mundo. Hoje em dia a tendência é para um predomínio da cor branca, ficando apenas com alguns resquícios de padrões vermelhos. À semelhança dos camarões " Bee", estes camarões são muito sensíveis a compostos nitrogenados e a sua sensibilidade aumenta à medida que os apuramentos são mais refinados. Com as várias fases de apuramento, criou-se uma "Classificação de classes" (para mais informação sobre esta classificação, consulta o seguinte tópico: Crystal Red: Classificação de grades), pela qual os hobbiistas se guiam para graduar os seus espécimens, com base no padrão, cor, características especiais delineadas pelas bandas, etc. Por norma, estes animais encontram sempre alimento no aquário, como detritos e algas ( à semelhança da maior parte de invertebrados) mas, de modo a fortalecer as cores e proporcionar melhores condições para a sua reprodução, podem, ocasionalmente, ser fornecida comida que vai desde folhas de espinafres ligeiramente fervidas, cenoura, ervilhas e comidas específicas para invertebrados. Atenção à sobrealimentação nesta espécie, pois facilmente os nitratos ( num aquário bem ciclado) podem subir e causar baixas. Qualquer pico de amónia é fatal para estes camarões. Um bom indicador das condições da água nesta espécie é observar o seu comportamento. Quando estes nadam activamente pelo aquário todo e passam muito tempo à superfície, quer dizer que algo se passa com a água do aquário. É preciso realizar testes de amónia e nitratos de modo a restrear se houve picos destes compostos. Quando os camarões saltam para fora do aquário, o problema é ainda mais grave e o ideal é fazer-se uma troca de água de modo a reduzir-se os compostos tóxicos. Texto: André Silvestre Fotos: André Silvestre; Cláudio Cabral
  10. Nome Comum: Bee, Diamond, Black Bee; Black and White Bee (forma apurada) Nome Científico: Caridina cf. cantonensis 'Bee' Caridina logemanni Origem: Hong Kong Sociabilidade: Grupo Comportamento: Pacífico pH: 6.5 a 7.2 Temperatura: 21ºC a 27ºC Tamanho em adulto: 2.5 a 3 cm Ordem: Superior Forma apurada ( macho) Forma apurada ( fêmea) Este camarão é o ancestral do famoso camarão " Crystal Red". A sua forma selvagem apresenta variadas cores e padrões mas há algumas nuances que o caracterizam: quatro pontos brancos na cauda; nariz e cauda alaranjados. É um camarão bastante sensível a compostos nitrogenados, exigindo mais do aquariofilista na tentativa de manter a água com as melhores condições possíveis. Estes camarões, tal como os " Crystal Red", foram apurados, de modo a exibirem bandas brancas e pretas, em menor número mas mais fortes e mais bem delineadas, ao contrário da forma selvagem com cor difusa/transparente e bandas em maior número. A reprodução desta espécie inicia-se com o depósito de esperma numa bolsa anatómica, no corpo da fêmea, que posteriormente é usado para fertilizar os ovos por fecundar, produzidos pela fêmea. Uma vez que os ovos estejam fertilizados, passam para o ventre da fêmea, onde são alojados nos pleópodes. Aí ficam durante 3-4 semanas ( dependendo da temperatura) a incubar, sendo constantemente arejados pela fêmea ao movimentar os pleópodes. Terminado o tempo de gestação, os pequenos camarões nascem cópias dos pais. Estes alimentam-se de detritos/algas presentes nas plantas, não havendo necessidade de os alimentar. Os camarões recém-nascidos são ainda mais sensíveis que os pais a variações no meio ambiente. Texto: André Silvestre Fotos: André Silvestre
  11. Nome Científico: Atyaephyra desmaresti Temperatura: 10ºC a 27ºC pH: 6 – 7.8 Durezas: desde muito mole (aquários discus) a águas duras do tipo Lagos africanos Alimentação: essencialmente só se alimenta de algas e de detritos, (gostam muito de comida para peixes e de caracóis esmagados) Tamanho: 2,5 cm - 3 cm Ordem: Inferior; Na natureza iniciam a desova em Maio e já cheguei a apanhar fêmeas ovadas em Outubro Longevidade: a temperatura, não superiores a 24ºC, vivem mais de 2 anos, mas nunca registei algum ter alcançado os 3 anos de idade Zonas do país onde se podem encontrar: Em todos os riachos, represas e barragens do Alentejo, sendo mais abundante no interior (este ano não sei como estão, pois riachos e represas, onde eu já os tinha visto secaram completamente). Também está confirmado a sua presença no rio Tejo e seus afluentes, (se existem mais para norte não posso confirmar) Normalmente em aquário eles apresentam as seguintes colorações: Verde-escuro no musgo de Java; vários tons de castanho desde, castanho escura a castanho claro, em aquários com muitos troncos e em aquários pouco plantados são quase transparentes. Na natureza normalmente são cinzentos, visto que o seu habitat preferido, são zonas de cascalho com algas filamentosas, (pelo menos onde eu os costumo apanhar), alguns também apresentam coloração verde mas digamos que é numa proporção de um para cinquenta. Os camarões jovens, são praticamente transparente. Tal como nos “Red Cherry” as fêmeas têm maior mimetismo do que os machos, principalmente as ovadas. As fêmeas são maiores e normalmente mais coloridas (Os camarões das fotos não foram manipulados para apresentarem essa coloração, não é normal o azul ser tão marcado mas esta fêmea estava escondida numa Anubia, num aquário com muito pouca luz o que fez com que ela achasse que a anubia era azul). Para ver outras fotos e openiões,ir ao Link abaixo. http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...amar%F5es++tejo. Texto: Aquaben Fotos: Aquaben
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  12. Nome: Pomacea bridgesi Origem: Brasil (Sudeste) até Argentina Comp: 6 a 10cm pH: 6.5 a 7.5 Temp: 25 a 30º C Devem ser mantidos em águas de pH 6,5 a 7,5 e dureza média, ou seja, com compostos de cálcio dissolvidos. São excelentes comedores de algas, restos de comida e peixes mortos e outros caracóis. Colocam os ovos em locais húmidos mas nunca submersos, o aquário de reprodução deve ser tapado para manter o ar húmido. Esta espécie não é hermafrodita, necessitam formar um casal para a reprodução. Devido ao crescente interesse por estes lindos bichinhos decidi acrescentar o seguinte: Ampulárias: O seu comportamento, resistência, surpreendente capacidade de adaptação, e a importância das pomaceas em inúmeros ecossistemas – inclusive sistemas fechados como nossos aquários fazem despertar o a nossa curiosidade em relação a estes seres por vezes desprezados. As pomaceas são tidas como pragas em algumas regiões do mundo, como o grave caso da proliferação da Pomacea canaliculata no sudeste asiático. No entanto, sabe-se que todas as situações em que as pomaceas se tornam pragas foi devido a intervenção do homem na natureza. Todas as ampularias possuem algumas características em comum: -Sexo separado: ao contrário do que muitos pensam, as ampularias não são hermafroditas; mas a fêmea pode guardar o esperma do macho por um período de semanas ou meses. - Postura de ovos acima da coluna de água, - Respiração branquial e pulmonar; - Presença do opérculo; - Sifão respiratório. Um órgão localizado no lado esquerdo, mais precisamente no lóbulo nucal na entrada da concha da ampulária, que quando contraído forma um tubo flexível. Isso permite que as ampulárias possam renovar o ar de seus pulmões continuando submersas, o que tem alguma vantagem, visto que são muito vulneráveis fora de água. - Longos tentáculos labiais. Tendência a hábitos nocturnos As ampulárias são encontradas na natureza em lagos, pântanos das regiões tropicais, principalmente na América do Sul, América Central, centro-sul da África e sudeste asiático. Normalmente são águas com pouca correnteza e oxigenação, o que favoreceu o desenvolvimento do sifão respiratório e da respiração dupla. Como os habitats onde vivem as ampulárias se localizam em regiões com estações secas e chuvosas, os lagos podem secar, expondo as ampulárias à total ausência de água as ampulárias desenvolveram um opérculo córneo, feito principalmente de queratina, que permite que o animal permaneça com a concha firmemente fechada, evitando assim a perda excessiva de humidade. Enterra-se total ou parcialmente na lama e entra num estado de "hibernação", até que as condições melhorem. O opérculo também é muito útil para que a ampulária defenda-se de eventuais predadores. Uma das maneiras mais fáceis de identificar uma Pomacea é observando o longo sifão respiratório. O corpo das ampulárias do género Pomacea apresenta tentáculos cefálicos e labiais longos, além da característica mais significativa do género: a presença de um extenso sifão respiratório, que se estende por até 2 vezes e meia o comprimento do animal. O corpo pode apresentar colorações que variam do cinza claro ao amarelado, com ou sem pontos escuros. Pomacea bridgesi: A concha da P. bridgesi possui de 5 a 6 espirais bem pronunciados, a abertura da concha ovalada, mas a característica mais marcante - e a única que permite identificação externa - são os "encontros" entre as espirais formando ângulos de 90°, quando o animal é visto de cima, por exemplo. Outra característica que permite identificar a Pomacea bridgesi são os ovos . O tamanho varia de 2 a 3 mm e cada ninho contém de 200 a 900 ovos. A Pomacea bridgesi é uma das espécies mais comum em aquários, e sua popularidade é devido ao facto de ser a única ampulária comercializada que não se alimenta de folhas de plantas sadias, preferindo matéria orgânica vegetal e animal morta (folhas mortas e cadáveres de peixes), vegetais crus (alface, pepino, aipo, cenoura), algas (principalmente verdes e filamentosas), ração para peixes, etc. Uma P. bridgesi só irá alimentar-se de folhas sadias quando não houver nenhuma outra fonte de alimento. Pomacea canaliculata: Facilmente encontrada no Baixo Rio Amazonas e Bacia do Rio La Plata, seu habitat estende-se pela Bolívia, sudeste do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. É uma das ampularias juntamente com a Pomacea bridgesi mais facilmente encontrados em lojas de aquariófilia. Porém, a P. canaliculata é a responsável pela "má fama" das ampulárias e por várias experiências frustrantes de aquariófilistas mal informados que as mantiveram em aquários plantados. A P. canaliculata é muito semelhante à sua "prima" P. bridgesi, porém é uma voraz devoradora de plantas, arruinando todo o aquário plantado em poucos dias. A concha da P. canaliculata é robusta e pesada, apresentando pouca maleabilidade, especialmente em indivíduos mais velhos. Possui de 5 a 6 espirais unidos por uma sutura "profunda", como que "enterrada" na concha. Os encontros entre as espirais formam ângulos menores que 90º. Essa característica permite identificá-la exteriormente. O corpo pode ser amarelado, acizentado, castanho ou quase preto, com pontos amarelados no sifão, Os ovos também podem identificar a espécie, bem mais avermelhados que os da P. bridgesi, e um pouco maiores também: de 2.2 a 3.5 mm. O ninho pode conter de 200 a 600 ovos. Cuidados O aquário Pomaceas são animais rústicos e resistentes, não sendo tarefa difícil mantê-las saudáveis em boa parte dos aquários comunitários. Calcula-se cerca de 10-15 litros de água para cada ampulária de tamanho médio. É aconselhável que o aquário possua tampa para evitar "passeios" nocturnos, embora as ampularias possam resistir emersos por várias horas - ou dias. Uma coluna de ar de aproximadamente 5 cm entre a superfície da água e a tampa é necessária, caso contrário a pomacea não irá conseguir captar oxigênio do ar, e como sua respiração branquial é insuficiente, ela literalmente irá morrer afogada. Áreas de sombra são recomendáveis, embora ampulárias sejam absurdamente míopes,os seus olhos possuem capacidade de captação de luz e indivíduos albinos irão sentir-se mais confortáveis com regiões onde possam abrigar-se da claridade. O substrato deve ser preferencialmente arenoso, sem pontas/arestas afiadas que possam ferir o animal. O mesmo vale para pedras, troncos ou qualquer outra decoração presente no aquário. Não é recomendável manter ampulárias em aquários exclusivamente destinados à reprodução de peixes. Além de algumas espécies de peixes apresentarem um comportamento extremamente territorial/agressivo na época de reprodução (como boa parte dos ciclídeos), podendo ferir gravemente a pomacea, esta possui uma tendência a devorar ovos de peixes, chegando a dizimar uma ninhada inteira, sendo indiferente aos ataques dos pais cuja espécie não atinja grandes dimensões (Apistogramma sp., por exemplo). As Pomaceas convivem muito bem com a maioria dos peixes, sendo completamente inofensivas para com outros habitantes do aquário. Nos casos de incompatibilidade entre peixes e ampulárias, é sempre esta que sai em desvantagem. Alguns peixes podem desde "divertir-se" mordiscando os tentáculos das pomaceas, até arrancando pedaços do animal, acabando por matá-lo. Alguns peixes que podem atacar ampularídeos são: - Botia sp. - Tetraodon sp. - Alguns peixes-gato - Alguns ciclídeos africanos, como Pseudotropheus sp. e Melanochromis sp.; - Ciclídeos americanos de médio-grande porte (oscar) - Algumas espécies de Apistogramma sp. - Vários anabantídeos, como Betta sp. e Trichogaster sp. - Vários ciprinídeos, especialmente lábeos (Epalzeorhynchus sp. ), mas também , carpas e barbos. Parâmetros e qualidade da água As Pomaceas são animais surpreendentemente resistentes. Elas conseguem sobreviver em águas com níveis de poluição, amónia e nitritos praticamente absurdos, que a grande maioria dos peixes e invertebrados não conseguiria resistir por muito tempo. No entanto, as pomaceas não são "invencíveis", e podem vir a desenvolver doenças e morrer prematuramente se não forem mantidas em condições no mínimo respeitáveis para garantir sua qualidade de vida. Isso significa água limpa, manutenção regular, trocas parciais de água frequentes, estabilidade dos parâmetros, etc. As Ampularias necessitam de uma concentração de cálcio mínima para desenvolverem e manterem suas conchas saudáveis, caso contrário elas se tornam frágeis e quebradiças, levando o animal à morte. Há quem diga que pomaceas não sobrevivam em pH ácido, o que não é totalmente verdade, já que o responsável pela concentração de cálcio é o GH (dureza geral), que pouco tem relação com o pH. Porém um GH alto é relativamente raro em águas ácidas, ocorrendo muito mais frequentemente em águas alcalinas, consequentemente, na maioria das vezes ampulárias conseguem viver melhor em águas alcalinas. De qualquer forma, pomaceas conseguem tolerar uma faixa de pH entre 6.5 a 8.8, sendo mais recomendável uma faixa de pH tendendo a neutro (7.0). O parâmetro mais importante para as ampulárias sem dúvida é a temperatura. É a responsável pela actividade metabólica, reprodutiva, desova, velocidade de crescimento e do ciclo de vida. Embora as pomaceas sejam bastante tolerantes a variações bruscas, temperaturas extremas podem matá-las em questão de horas. No caso da Pomacea canaliculata e P. bridgesi, temperaturas acima de 32° são potencialmente fatais; sobrevivem de 15-20 dias em 0°C, 2 dias em -3°C e não mais que 6 horas em -6°C. Entretanto, a temperatura ideal para manter ampulárias é na faixa entre 24 e 28°C. Em temperaturas mais baixas (24-25°C), os movimentos graciosos das ampulárias não serão tão frequentemente observados, a actividade sexual ficará bastante reduzida ou quase nula; por outro lado, sua expectativa de vida será notavelmente aumentada (para quatro anos ou mais), ela se alimentará menos, e consequentemente defecará menos. Temperaturas mais altas (27-28°C) aumentam o metabolismo consequentemente a actividade, apetite e actividade reprodutiva das ampularias. Por outro lado, ela defecará bastante e terá seu tempo de vida bastante reduzido, de 4 anos para cerca de um ano. A variedade na alimentação é muito mais importante que a quantidade. Quase todas as pomaceas preferem as algas verdes e filamentosas, entretanto, a maioria aprecia também comer plantas aquáticas vivas, com exceção da Pomacea bridgesi, que só irá se alimentar de folhas sadias se não houver nenhuma outra fonte de alimento. Devido a essa característica, a Pomacea bridgesi é amplamente utilizada no combate à algas em aquários plantados. Texto: Miguel Angelo Fotos: Miguel Angelo
  13. Nome popular: Melanóide Nome científico: Melanoides sp. Origem: Todas as regiões tropicais Sociabilidade: grupo Comportamento: pacífico pH: 6.4 a 7.4 Temperatura: 27 a 30º C Tamanho adulto: 3 cm Os caracóis do género melanoides, apesar de se reproduzirem rapidamente, são óptimos principalmente para habitar aquários plantados. O hábito de se enterrar facilita a oxigenação do substrato e o seu hábito detritívoro ajuda a evitar acumulação de ração sobre plantas aquáticas e substrato. O seu único inconveniente é a rápida proliferação (pelo facto de ser vivíparo), sendo portanto importante remover algumas quantidades de vez em quando. Os filhotes esmagados são muito apreciados por ciclídeos amazónicos, além de ser uma boa fonte de proteínas. A espécie mais comum é Melanoides tuberculatus Texto: Miguel Angelo Fotos: Miguel Angelo
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  14. Nome científico: Neritina natalensis (Reeve, 1845) Nome comum: Neritina Zebra, Neritina Zig-Zag Família: Neritinidae Descrição: Neritina natalensis é uma linda espécie de caracol aquático com uma casca castanha clara marcada com riscas pretas num padrão interessante. No meu entender, o padrão pode diferir conforme a variante geográfica desta espécie de caracol, mas não encontrei confirmação desta minha suposição. O Corpo da neritina é cinzento com riscas negras em volta de todo o animal. O tamanho destes caramujos adultos ronda os 2cm em que o corpo é praticamente todo protegido pela casota deixando apenas as antenas de fora. Alimentam-se quase exclusivamente de algas e não danificam as plantas tornando-se animais muito atractivos para aquários plantados. Este não é um molusco Hermafrodita, existe distinção entre sexos, mas a olho nu o sexo é difícil ou impossível de determinar. As minhas fêmeas são maiores que os machos, mas não sei se isto é regra geral ou se os machos são mais novos. Reprodução: A reprodução de Neritina natalensis é notoriamente difícil e eu apenas conheço um relato de reprodução bem sucedida em cativeiro de “raresnail”, membro em www.applesnail.net. Ele descreve ter usado argila africana rica em ferro numa base de areia no aquário de reprodução que as neritinas comiam antes de pôr ovos. Explica também que as larvas são difíceis de manter porque não se alimentam de algas como os adultos. Ele teve sucesso na alimentação das larvas com spirulina. Mas o relato dele é incompleto e não refere a salinidade da água. Pela minha experiência o macho monta a carapaça da fêmea e enfia o seu órgão sexual em forma de tromba, dentro da casa da fêmea receptiva, assim fecunda os ovos que ela cola em superfícies duras, preferencialmente madeira ou vidro, depois de as limpar cuidadosamente. Põem muitos ovos soltos pequenos e brancos por todo o aquário. Estes ovos ficam gradualmente mais amarelos e acabam por desaparecer sem que eu veja larvas nenhumas. Dois machos as cavalitas a uma fêmea enquanto ela limpa o local de postura. Ovos: Um RedCherry ao pé de ovos de neritina. Há especulações interessantes sobre o estado de larva deste caramujo que o comparam as larvas dos mexilhões que se agarram a guelras de peixes sem os prejudicar para se alimentar de plâncton. Não creio que seja este o caso, mas acho interessante referir isso para exemplificar o quão pouco sabemos da reprodução de Neritinas. Origem: África do Sul. Devido ao nome “Natalensis” há muita gente que associa este animal a Região de Natal no Brasil, quando na realidade o nome se refere ao distrito sul-africano de KwaZulu-Natal onde o Rio Tugela é considerado o berço desta espécie de neritina. Habitat natural: Como este molusco se adapta perfeitamente a água doce como a água salobra há muitas especulações sobre o meio preferido dele. O que me parece mais lógico, dado que é encontrado na foz do rio Tugela, é que a neritina vive em água salobra durante a maior parte do ano e em período de cheias a água da foz fica predominantemente doce. A neritina estaria portanto adaptada a essa mudança sazonal de salinidade. As neritinas passam facilmente longos períodos fora de água. E passam por períodos de hibernação em que se enterram em areia ou lama. O Rio Tugela – O Habitat natural de Neritina natalensis. A imagem foi tirada de en.wikipedia.org. No Aquário: É extremamente fácil manter este animal resistente em praticamente qualquer tipo de aquário em bom estado. O ideal, no entanto seria um pH entre 7 e 8, uma temperatura entre 22 e 27ºC e kH e gH elevados. Estes caramujos são mais activos durante a noite e se o aquário não estiver tapado é possível que passeiem pela casa. Há diversos relatos de Neritinas que foram encontrados a uns bons metros do aquário e eu próprio já apanhei os meus a caminho da cozinha para buscar uma folhinha fresca de alface, mas se estiverem satisfeitas com a qualidade da água no aquário não devem dar passeios para fora da água. Em suma, aconselho estes caracóis que são uma excelente arma contra algas, não danificam plantas e são muito bonitos. Pessoalmente gostaria de os reproduzir, mas infelizmente tenho o pH muito baixo para isso e se calhar era capaz de precisar de ter água salobra. O gosto que as minha neritinas têm de se enterrar torna-se um bocado chato quando decidem entrar debaixo do meu tapete de Hemianthus callitrichoides ”Cuba” desenterrando-o. Texto: Marc Fotos: Marc
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  15. Nome Popular: Camarão filtrante Asiático, Camarão bamboo, camarão Madeira Nome Científico: Atyopsis moluccensis Origem: Asia Sociabilidade: Grupo Comportamento: Pacífico Ph: Podem viver em águas de ph muito variável, mas preferem águas moles e ácidas Temperatura: 23 - 28 °C Tamanho em Adulto: 7 cm - 10 cm Ordem: Inferior Reprodução: o dimorfismo sexual é evidente desde que a maturidade sexual esteja atingida. Os machos têm as patas mais largas e robustas que as fêmeas. Apesar de ser fácil distinguir os machos das fêmeas, a reprodução no aquário é bastante difícil. As crias passam por um estado larvar e necessitam de parâmetros da água bastante específicos. Comportamento social: pacífico, tanto entre os exemplares da sua espécie, como em relação aos restantes companheiros do aquário. No entanto, poderão existir alguns confrontos entre indivíduos desta espécie mas nada digno de preocupação. Dimensões mínimas do aquário: 60 litros. Não é um camarão pequeno, longe disso! No entanto, também não é muito activo. Desde que possua locais onde a luz não incida directamente, um aquário de 60 litros é suficiente para esta espécie habitar. Disposição do aquário: apesar de não ser muito tímido e ser frequente observá-lo a passear pelo aquário durante o dia, o camarão madeira gosta de zonas com pouca luz. As plantas do género Anubias, por exemplo, são perfeitas para este fim pois providenciam uma pequena sombra por baixo das suas folhas onde este camarão se encontra frequentemente. Recomendações: se o aquário ainda não estiver estabilizado nem maturado, a introdução deste camarão pode não ser bem sucedida, pois alimenta-se de partículas em suspensão na água. Caso seja um aquário recente, é recomendável certificar-se que o seu Atyopsis está a ser bem alimentado. Não precisa de grandes preocupações em relação à dureza e pH embora seja bastante sensível a mudanças de temperatura. Texto: Ana Azevedo; Tomás Mendes Foto: Ana Azevedo; Tomás Mendes
  16. Nome Popular: Red Cherry Nome Científico:Neocaridina heteropoda var. red Origem: Taiwan Sociabilidade: Grupo Comportamento: Pacífico Ph:6.5 a 7.5 Temperatura: 15ºC a 28ºC Tamanho em Adulto:2.5 cm a 3 cm Ordem: Superior Fêmea Juvenil Os Red cherry têm uma linda coloração vermelha vivo, mas para isso têm de ter boas condições. Uma boa forma de ver se algo não está bem, é precisamente pela coloração do camarão, já que estes perdem muito da sua tonalidade quando, por exemplo, submetidos a situações de stress. A coloração é também influenciada pelos genes e pela alimentação. São de muito fácil reprodução, não sendo necessário removê-los do aquário comunitário para criarem. As fêmeas que carregam ovos têm um vermelho especialmente intenso. Uma condição importante para a reprodução é a presença de muitos esconderijos, proporcinados, preferencialmente, por plantas, com especial destaque para qualquer espécie de musgo. Os Red cherry são detritívoros e comedores de algas. Os Red Cherry são fruto de um apuramento genético da espécie Neocaridina heteropoda. Esta espécie pode apresentar várias colorações... Sendo uma espécie muito prolífica, é óptima para realizar apuramentos. Texto: Ana Azevedo Fotos: André Silvestre; Cláudio Mendes
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  17. Nome Popular: Amano Shrimp ou camarão Amano Nome Científico: Caridina multidentata Origem: Japão e Taiwan Sociabilidade: Grupo Comportamento: Pacífico Ph:6.5 a 7.2 Temperatura: 22ºC a 28ºC Tamanho em Adulto: 5 cm Ordem: Inferior Fêmea com ovos Este Camarão é detritívoro ou seja, alimenta-se dos detritos do aquário, é um excelente comedor de algas, mas noto que se tiver algo mais de que se alimentar (Ex: Flocos), prefere-o às algas. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos, mais largas. Inicialmente poderão ter um comportamento um pouco tímido, mas gradualmente começarão a "passear-se alegremente" pelo aquário. Não são muito exigentes nem pedem especiais cuidados. Sendo de Ordem Inferior no que diz respeito à sua reprodução, a forma dos pequenos seres após eclosão dos ovos é uma forma larvar. As larvas não se conseguem desenvolver em água doce, sendo precisa água salobra para que estas sofram as várias metamorfoses que levam ao seu desenvolvimento e final transformação.
  18. Olá. Eu até percebo que, pelo facto de os camarões que tencionas manter serem anões, pensares que estes não necessitem de muito espaço mas, isso que tencionas fazer é, quanto a mim, mau para os animais e vai falhar a longo prazo. As razões que me levam a dizer isto são: - é mau para os animais porque esse " recipiente" nem 5L leva, o que vai tornar os parâmetros da água muito instáveis, podendo causar baixas ou problemas ao nível do desenvolvimento ( muda da casca). - mesmo que consigas manter parâmetros estáveis como pH e temperatura, terás sempre o problema da amónia. Mesmo com filtragem, num espaço com essas dimensões, terás sempre problemas com picos de amónia que são fatais para qualquer invertebrado. - se a colónia inicial que pretendes introduzir nesses " tupperwares" se aguentar nos primeiros tempos até começar a reproduzir-se ( se é que se reproduzem), vais começar a ter sobrepopulação quando os pequenos nascerem, voltando os picos de amónia, que te podem dizimar a colónia inteira. - se ainda assim conseguires manter razoáveis condições para as tuas colónias nesse espaço, ao ponto de elas se começarem a reproduzir e conseguires manter uma ou duas gerações, o crescimento da colónia vai estagnar porque, rapidamente, vai deixar de haver espaço para todos, sendo esse pormenor ineficaz quando se quer fazer apuramentos. - muito sinceramente, os únicos camarões que vejo a adaptarem-se a esse " projecto" são os Red Cherry e mesmo esses vão quinar quando vierem os picos de amónia. - Podes, como já te disseram, minimizar os picos de amónia ao plantares o aquário e arranjares uma filtragem externa com boa capacidade para cerâmicas mas, vais ter sempre o problema do espaço. Percebo que a ideia é escolher duas espécies de Géneros diferentes para se tornarem compatíveis no teu aquário de 54L mas, sinceramente, acho que mais vale colocar logo essas duas espécies no aquário do que andar a fazer experiências com caixinhas de telemóveis. Ou isso ou arranjares um(ns) aquário(s) a sério, com boa filtragem e bem plantado(s), para conseguires manter várias espécies e procederes ao seu apuramento.
  19. Olá. É impossível identificar esses camarões por essas fotos. Tenta tirar fotos mais focadas... Onde adquiriste esses camarões?
  20. Olá. Não intervi antes neste tópico porque achei que a coisa ia a bom porto, quanto mais não seja, por consulta do tópico de criação de Ramirezis que está no Fotos e Videos. Para facilitar, vão ao " Procura" e escrevam: " 65L: Criação de Microgeophagus ramirezi" Dêem uma vista de olhos na 5ª página do tópico. Verão que a informação de como isolar os alevins dos pais está lá! Abraços, André
  21. Olá. Antes de mais, parabéns a todos os que organizaram/ajudaram neste evento! Em poucos palavras, estão cada vez melhores e devo dizer que esta foi sem dúvida a feira que mais gostei. Outra coisa que gostei de ver foi também a aderência de novos membros na montagem do evento. Parabéns a todos! No que me toca, quero também agradecer a ajuda dada pelo Mendez, pela Marta e pelo homem que dizem que não faz nada mas que foi o meu "Wingman" no Workshop, Luis Rodrigues ( a tua reputação foi por água abaixo). Poderia ter sido um " Workshop" mais completo, mas a verdade é que, mesmo assim, ainda roubei algum tempo do Concurso de plantados e o Pedro já não conseguiu montar o paludário. Pedro, espero que te tenhas safado no Domingo e desculpa lá o atraso. Gostei bastante do Concurso e cada vez mais se vêm aquários bem elaborados. Foi uma escolha difícil quando chegou a hora de os classificar, por isso estão todos de parabéns ( o pessoal das sol... erm... Discos, a apurar uma técnica de declive que certamente vai criar uma nova escola no que diz respeito a layouts plantados ). De resto, não estive lá no Domingo mas, pelo feedback, pareceu-me ser muito bom. Venham as fotos que isso é que a malta gosta. Abraços, André
  22. Olá. A membro " malas" deve ser a Senhora que veio falar comigo e se mostrou insatisfeita com o resultado do concurso. Como me parece que continua com a mesma opinião, vou-lhe tentar explicar algumas coisas sobre o concurso, pois ontem naquela altura estávamos em plena divulgação de resultado e entrega de prémios... Tenho ido a todos os eventos onde se costuma realizar este tipo de concurso organizado pelo fórum e não me recordo de algum que tenha sido pessoal da organização a ganhar, à excepção deste, no qual se destaca o João Abóbora. Logo, não entendo onde entra esta sua afirmação " deixar outros ganharem sem ser sempre pessoal ligado ao forum ne????". Havia sim senhora aquários muito engraçados, mas infelizmente, apenas 3, de 8, podem ser classificados como três primeiros. Como tal, o Júri, no qual me incluo, avaliou cada aquário individualmente, atribuindo classificações de 5 pontos ao 1º, 4 pontos ao 2º, 3 pontos ao 3º, 2 pontos ao 4º e 1 ponto ao 5º. O somatório de pontos dos 3 Juízes apurou os três primeiros, tendo até havido uma segunda avaliação para desempatar o terceiro classificado ( estavam 3 aquários empatados). Desconheço o aquário que montou mas não duvido que não estivesse bonito. No entanto, houve montagens muito bem elaboradas, pelo que não seria justo não recompensá-las só porque numas delas se incluía uma pessoa da organização, não acha? Em todos os concursos que foram organizados nas feiras que passaram, houve sempre participação de pessoas da organização pois, por experiência, sabemos que muito poucos membros se inscrevem neste tipo de eventos ( quer por vergonha, quer por acharem que não têm jeito, etc.), pelo que cabe à organização dar o exemplo ou, quanto mais não seja, fazer número para que o evento se realize. No fundo o que quero dizer é que as suas ideias são infundadas e há que haver "fairplay" de todas as equipas. Isto são eventos que promovem a socialização, amizade e partilha de experiências por uma aquariofilia melhor, de maneira que não há razões para se sentir lesada. Não há vencedores nem vencidos! Foram inclusivé distribuídos prémios de participação por todos os concorrentes, nomeadamente fertilizantes da H.A. :-D Acima de tudo, esperamos que tenha gostado da Feira e, em particular, da área do Fórum, pois a organização ( na qual não me incluo, apenas dei o Workshop), com um esforço e prática que vem acumulando de eventos passados, conseguiu superar as próprias expectativas e, só pelo dia de ontem, já considerou bastante positiva a sua presença e representação da Aquariofilia Nacional na Pet Show. Cumps, André Silvestre
  23. Viva Paulo. Estive a observar os teus camarões na Fil ( os poucos que ainda restavam :-D ) e parecem-me, de facto, pertencer ao Género Neocaridina. Podes-me falar um pouco mais acerca deles, como por exemplo: - cor dos camarões recém-nascidos - se todos os adultos são verdes ou se apresentam outra cor - cor dos ovos -se têm padrão - se apresentam risca ao longo do dorso ( pareceu-me ver lá uma fêmea que apresentava risca...) Reparei que as fêmeas apresentam uma coloração mais forte, ao passo que os machos uma coloração mais ténue/transparente, com um padrão de riscas verticais escuras. Infelizmente, não os consegui observar ao pormenor porque estavam num aquário sem areão e sem luz por cima, o que não lhes realçou as cores/padrões para ter uma certeza. Eu estou desconfiado que a espécie se trata de Neocaridina heteropoda, possivelmente apurados/selecionados para apresentarem cor verde. Se isto for verdade, eles cruzarão sem problemas com os red cherry ( pode não ter acontecido ainda mas não quer dizer que não aconteça). Sugiro-te que tires umas fotos, o mais focadas possíveis, e postá-las no fórum Shrimpnow.com ou então manda-me as respectivas que eu coloco lá. Há lá membros que já tiveram experiências com Neocaridina heteropoda, e pode ser que consigam identificar os teus camarões sem problemas. Abraço
  24. Sim, estou a par desses camarões mas eu referi " correctamente identificados" ou seja, cientificamente estudados. Caridina sp. ou Neocaridina sp. é muito vago...
  25. Olá Paulo. O Género Neocaridina está bem estudado, havendo inclusivé artigos ( só conheço em alemão) que distingue Neocaridinas de Caridinas. O que acontece é que, mesmo Exportadores de renome Internacional, como a Aquarium Glaser ( senão me engano, foi de onde vieram os teus!?) podem classificar mal algumas espécies, sendo mais vulgar, invertebrados. Se tiveres acesso à lista de importação da Aquarium Glaser, disponibilizada pela Naturline, vais ver que praticamente todos os camarões de ordem Superior são " corridos" a Neocaridina. Como exemplos tens: - Neocaridina sp. Crystal Red > Errado - Neocaridina sp. Black and White > Errado - Neocaridina sp. Tiger > Errado - Neocaridina sp. Green > em dúvida, embora o único camarão que conheça, correctamente identificado, que apresenta coloração verde ( intensidade variada, conforme o meio ambiente e ausência/presença de stress) e o passa às gerações, é o Caridina cf. babaulti " Green" Não posso afirmar com certeza que o que tu tens com Red Cherry é do Género Caridina, até porque ainda não vi fotos dos teus, mas tenho as minhas dúvidas que se tratem realmente de Neocaridinas. Se pudesses colocar duas fotos dos teus, com uma a apanhar o corpo todo e outra a apanhar a zona da cabeça, de preferência focadas, pode ser que se consiga chegar a uma conclusão. Abraço, André