Há vários pontos misturados nesta discussão.
Se a questão for apenas o PH, então tens uma solução "salomónica": Com Ph 7, desde que estável (o que é o mais importante) metes quase tudo lá para dentro, tirando ciclídios africanos. O problema é que não podes meter tudo lá para dentro. Mas por outros motivos.
A questão do biotipo também é importante. Proveniências distintas, como já disse, têm consequências negativas desde logo ao nível da propagação de doenças. Um guppy é muito mais resistente dos que os discus ou os cardinais a algumas doenças, o que o torna no hospedeiro ideal para os contagiar. Outro aspeto é o comportamento. Os barbos tigre, por exemplo, adoram mordiscar barbatanas de peixes maiores.
Mas serem todos sul-americanos ou asiáticos também não é garantia de que as coisas corram bem. Os ottos, que alguém citou aí, são sul-americanos mas na minha opinião são incompatíveis com os discus, porque têm a nefasta tendência de se agarrarem a eles para lhes sugar o muco. Os L são compatíveis, mas há que ter muito cuidado com a espécie, sobretudo se pretendes ter um plantado. Um plecostomus facilmente se transforma num "monstro" que arranca plantas e enerva todos os outros peixes quando lhe dá para fazer um "raide" subaquático. Os escalares são muito mais agressivos do que os discus na alimentação e podem stressá-los.
Resumindo, o melhor que tens a fazer é seguir o conselho que alguém já te deu: leres tudo o que conseguires sobre a matéria de forma a tentares reduzir ao mínimo os erros que todos cometemos.
Eu, por exemplo, tenho um comunitário sul-americano com discus, corys, nariz de bêbado, néons e cardinais. É uma ideia, como há outras.