Luís Fortunato

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Tudo publicado por Luís Fortunato

  1. Olá novamente. Hoje estive à conversa com a minha Prof de Análise Química 2, sobre esse assunto. Então o que se passa é: A pH's menores que 5, o Alumínio em solução encontra-se na forma Al(3+); Al(OH)(2+) e Al(OH)2(+), como são todos iões, encontram-se todos dissociados e "livres" em solução aquosa. Quer dizer então que são hidrossolúveis (dah...), então conseguem ser absorvidos pelas plantas (melhor ou pior, consoante o caso). A pH's entre 5 e 8 (mais coisa, menos coisa) o Alumínio encontra-se principalmente na forma de Al(OH)3, ou seja, não está dissociado em solução aquosa, logo, é impossível para as plantas o absorverem em pH's dentro desta gama de valores. Para pH's > 8, acho que já perceberam o esquema; fica na forma Al(OH)4(-), sendo ião pode ser absorvido pelas plantas, novamente, e prejudicar assim os organismos nos quais ele se encontra absorvido. Sem mais nenhuma seca para vos espetar... Cumprimentos a todos. Luís Fortunato PS: Estes valores de pH é em relação à água destilada, daí eu perguntar se não seriam em relação aos cloretos...
  2. Olá novamente (o chato do químico de novo ) Sorry... Não tinha reparado, ou melhor, não tinha entendido a frase nesse sentido Don't mess with us!! Acho que a pessoa com melhor formação técnica aqui és mesmo tu. Eu não passo do gajo que manda bitates de teoria... (boring... ) Opah... já devias saber que eu "peço" desculpa por tudo e por nada Até tinha um prof no secundário que ao interrompê-lo com a minha mítica frase: "desculpe lá...", me perguntou: "Não pode ser aqui??" :D Hum... interessante. Se puderes, hás-de fazer um scan a isso para dar uma olhada. Realmente, há gráficos com a estabilidade dos metais a diversos pH's, mas como é óbvio, costumam variar consoante os ligandos (moléculas/átomos que se ligam aos metais). Talvez seja, em relação aos cloretos... não sei. Só vendo. O Oinq já disse tudo. Em termos dos perigos que o chumbo pode fazer, são, basicamente, idênticos aos do mercúrio. Estes dois átomos são practicamente iguais (dois números atómicos de diferença) e em solução aquosa, também gostam de ficar no estado de oxidação 2+. Salvo erro, a máxima concentração permitida para o Chumbo em águas de abastecimento público em Portugal é de 25 ppb (partes por bilião, ou microgramas por litro). Até 25 de Dezembro de 2003 era de 50 ppb. Fiquem bem. Cumprimentos. Luís Fortunato
  3. Olá. Não querendo passar por entendido na matéria, visto não o ser, deixo aqui a minha opinião. Se os zebras, por ventura apanharem restos de coração de boi, ou da mistura para os discus, melhor, visto tratarem-se de peixes omnívoros (preferencialmente carnívoros). Como em tudo há que tomar atenção, principalmente em indivíduos não adultos, pois uma má alimentação costuma trazer complicações a nível intestinal/digestivo o que, como nós todos bem sabemos, pode ser um passo em frente para a morte destes bichinhos Creio que a alimentação que lhes dás, é indicada. Para fazer crescer os zebrinhas, creio que é necessário uma dieta rica em proteínas. Claro está, não dar apenas comida de origem proteíca, muito menos só de origem animal. Mais uma vez, creio que a comida que lhes estás a dar é a mais indicada. Espero ter ajudado. Cumprimentos a todos. Luís Fortunato PS: Eu escrevo "Courgette", agora se é assim ou com um "t"apenas, não sei...
  4. Olá novamente. O sulfato de alumínio lá por ser um floculizante, não quer dizer que não haja sempre uma pequena quantidade que se consiga dissociar em solução aquosa. E o alumínio, mesmo não sendo um metal pesado, é das piores coisas que podes ingerir enquanto metal. Como é óbvio, e o Oinq já referiu, não é motivo para alarme. Se ele é utilizado, então é porque a sua extracção é conseguida com óptimos resultados.O ácido sulfúrico fica em solução na forma de sulfato. Se forem medir a concentração destes na água da EPAL, anda à ordem de 60 ppm, enquanto que numa água engarrafada varia entre 1.50 e 6.0 ppm. O sulfato não tem qualquer problema para nós humanos. Até é um anti-oxidante (bom para evitar que certos metais de algumas proteínas/enzimas não sejam oxidados), por isso não é preciso histerismos Desculpa lá Alves, mas não concordo contigo. As plantas podem ser capazes de metabolizar metais, mas daí até metabolizarem-nos a todos ainda vai um grande passo. Sabes, por exemplo, porque é que o Mercúrio é tão tóxico e o Cobre já não o é tanto (admitindo iguais concentrações)? O grande problema com o Mercúrio é que em solução aquosa fica sobre a forma Hg(2+) e o Cobre também fica neste estado de oxidação, mas o Mercúrio sendo um ião macio e grande, liga-se facilmente ao Enxofre (S). E nos seres vivos, a maior parte do enxofre encontra-se nos aminoácidos, em particular na cisteína. Ao ligar-se aos enxofres da cisteína, o mercúrio consegue assim passar a lipossolúvel e entrar para dentro das células onde se vai ligar a centros activos de enzimas, tornando assim impossível a produção de proteínas, etc... Tudo isto para quê? Só para teres a ideia de quão são diferentes os metais. Apesar do Cobre e do Mercúrio em solução aquosa formarem iões de cargas iguais, não é por isso que se coordenam da mesma maneira. Logo, dizeres assim de mão aberta que os metais pesados, na sua totalidade, são absorvidos pelas plantas... não é muito correcto E sendo uma mistura, devia por si só reagir consigo própria... Pelo menos é a análise que eu faço. Agentes sequestrantes de metais pesados só estou a ver tipo EDTA's e produtos do género. Mas esses produtos até formam complexos estáveis com alguns metais, o grande problema é que geralmente as constantes de estabilidade (que dependem do pH), só são suficientemente grandes a pH's superiores a 10 Por isso se lava material de vidro com ácidos fortes, para retirar qualquer tipo de impurezas metálicas e não só (os metais, regra geral, a pH's ácidos encontram-se mais dissociados e assim vão arrastados por se encontrarem em solução aquosa sobre a forma de iões). Como em tudo, cada caso é um caso. Todos os meus professores, principalmente os de análises químicas (águas, ambiente, and so on) dizem que para pessoas que não tenham problemas renais, a água de abastecimento público é a melhor para se beber, devido ser a mais mineralizada. Não quero com isto, que o pessoal faça boicote às águas engarrafadas. Por acaso até gosto muito mais do sabor das águas engarrafadas. Já agora, não percebo porque tens tanto receio em beber água da canalização. Será que não confias no teu trabalho e no dos teus colegas? Eu não tenho nada contra os teus ideiais, mas neste caso parece-me estranho. Claro que podes "sentir medo", visto veres por ti próprio os produtos que se adiciona às nossas águas. Cada um mais tóxico/perigoso que o outro. Mas tens que ver a questão mais importante: em concentração acertadas. Isolados, realmente, o ácido sulfúrico, derivados de alumínio e cloro gasoso são perigosíssimos, mas em concentrações apropriadas deixam de o ser. Já agora só para terem uma ideia, concerteza que já ouviram falar, o gás monóxido de carbono, CO, é muito letal, visto coordenar-se com maior afinidade ao ferro existente na hemoglobina que o próprio O2, impedindo assim o transporte deste para as células. Mas em quantidades ideiais, promove a absorção e o transporte de O2 no sangue E serve também como analgésico. Bem, se calhar posso ter dado essa ideia... Mas o que me faz confusão mesmo é, tal como já disse, algumas pessoas gastarem dinheiro em produtos (alguns caros) por duas coisas: Primeiro, não entenderem que a solução que o produto dá é a curto prazo; quando trocarem a água ou qualquer coisa do género, terão que o adicionar de novo. Segundo, porque podem resolver, na maior parte das vezes, o problema de outra maneira mais "natural" (TPA's, melhor sistema de filtragem, adição de algumas plantas, etc...).Como já disse no outro post, não abomino os aquários plantados nem os de água salgada só porque recorrem a químicos (na grande generalidade). Uma coisa é manutenção, outra coisa é solução de problemas pontuais. Acho que já tinha deixado isso bem claro... Daí a minha pergunta no tópico anterior: Se te referes a "lixo" que possa ficar acumulado e com o passar do tempo tornar-se prejudicial para a saúde do nosso aquário, então creio que o que o Just_me disse é coorecto: duvido muito que se criem produtos para aquários, que sejam perigosos. Claro que alguns deles, após utilização, exigem uma renovação à água, ou pelo menos a parte dela. O caso dos remédios é o que se engloba melhor neste termo. Cumprimentos. Luís Fortunato
  5. Olá. Realmente tenho vindo a adiar a minha palavra aqui neste tópico. Por nenhuma razão em especial, mas sim de estar à espera para ver em que é que isto dava. Agora que parece que o tópico ficou frio, vou eu dizer de minha justiça É isso mesmo O que eu quero dizer, pelo menos tento, é que lá por serem "químicos" não são maus. Se não fossem os químicos não teríamos água potável em casa, alimentos suficientes, condições de higiene aceitáveis, etc...Os químicos são necessários certas vezes. Resta agora saber como os usar e quais as devidas precauções. Não quero com isto dizer, que tudo se resolve com químicos e que o uso de químicos deve ser promovido. NÃO!! Muito pelo contrário. Eu creio que os químicos só se devem usar em último caso. Deve-se tentar primeiro ver o que está a alterar o que queremos manter certo, e sim, só depois agir, com químicos ou não. Tentar atacar o mal pela raíz, não deitar coisas (leia-se químicos) para o simplesmente contrariar... Vejo às vezes, users aqui do fórum a perguntar o que adicionar para subir isto ou aquilo. Por exemplo, pessoal que tem pH's ácidos a perguntar o que deitar para a água para subir o KH, porque têm medo do pH variar. E a resposta quase sempre é Bicarbonato de Sódio. A meu ver acho errado. Não só porque o Bicarbonato sobe o pH, mas também que pode não ser doseado da melhor maneira. Mas isso são outras histórias... Ora aqui está uma questão, que a meu ver é das mais importante para um aquariófilo. Será que consegue-se manter um aquário apenas com adição de químicos e água destilada? Ou, pelo contrário, se conseguimos obter tudo de um método natural? Na minha modesta opinião, creio que nem uma coisa nem outra. Face à primeira, é fácil entender porquê. Um aquário não é só pH, KH, GH, temperatura, NO2, NO3, NH4, etc... Há uma infinidade de compostos e organismos num aquário/natureza que são impossíveis de recriar apenas quimicamente. Como é óbvio, falamos apenas nestes parâmetros por que são (d)os únicos que se conseguem medir/controlar. Relativamente à segunda maneira... Obter água/plantas/animais directamente da natureza pode ser uma solução para alguns, mas será que conseguimos dar continuidade a todos os parâmetros químicos e não químicos no nosso aquário? Que é um infinitésimo daquilo que é a Natureza. E que concerteza não tem a mesma renovação que tem a água dos rios/mares... O que tentamos sempre, é recriar um ambiente o mais parecido possível com o habitat natural... Agora se o conseguimos manter sem adição de químicos, isso é outra história... Se estás a falar no tempo de permanência de certos químicos nocivos nos organismos, então é outra história. Se te referes ao controlo de um aquário, única e exclusivamente com adição de químicos, aí também já expressei a minha opinião. Se perguntas se os químicos poderão deixar na água algum "lixo" que não interesse e que faça mal, então aí é um bocado complicado de me pronunciar. Como o user Oinq já disse, nem sempre dá para saber qual a composição química de um produto vendido nas lojas. E mesmo que se soubesse, ninguém nos garante que nós soubessemos se iriam fazer mal ou não ao nosso aquário. Ora aí está... nem mais. A minha ideia de aquariofilia. Um aquário é uma tentativa de criar um habitat o mais parecido possível com a natureza. Mas será que conseguimos manter todos os parâmetros essenciais sem a adição de químicos? Há quem "consiga"... mas como é óbvio, apenas controla os mais notáveis, chamemos-lhes os mais essenciais, há sempre alguns que escapam. Nem mais... mas mesmo mudando a água todos os dias não conseguiríamos obter o mesmo resultado que a natureza, porque é pura e simplesmente impossível... Pois, mas às vezes colocar os químicos dentro de água pode ser o pior que se faz. Como já disse em cima, aconselho-o apenas como última hipótese. Já diriam os mais velhos: "às vezes sai pior a emenda que o soneto". Não que os químicos sejam difíceis de manusear e que se tenham de ter um curso superior para isso, mas às vezes até é mais pela questão monetária. Porquê gastar dinheiro em "químicos" quando o podemos fazer de outra forma mais barata, e mais natural... Paulo Duarte, faço minhas as tuas palavras. Apenas quero chamar-te à atenção para uma coisa. É óbvio que a água da nossa torneira não é natural. Muito pelo contrário. Ainda vai uma grande diferença entre água potável e água de canalização, mas isso tu deves saber e bem. Além do mais que o pessoal dos salgados, para "fazer" água marinha quase que tem de pegar na água da torneira, tirar-lhe tudo (basicamente é o que faz a Osmose) e adicionar o mais importante a dedo (sal, cálcio, alguns traces, etc...). Agora dizer que conseguimos criar água do mar apenas com adição de químicos... aí a resposta é óbvia. Podemos conseguir chegar lá perto, mas na totalidade nunca. O que é óbvio é que existem coisas mais importantes que outras, e essas pelo menos conseguimos "sintetizar". Não que esteja apenas contra ti, Paulo, porque não és o único que diz isso, mas porque raio (desculpem a expressão) é que dizem que os anti-cloro também retiram metais pesados da água? Até hoje ainda não consegui entender porquê... Primeiro, porque os metais em solução aquosa têm carga positiva... os cloretos têm carga negativa... não faz muito sentido. Um ião cloro é concerteza muito menor que um ião metálico (dos pesados). Sem contar que os metais não formam complexos todos da mesma maneira. Consoante a sua localização na tabela periódica, terão maior ou menor afinidades por certos ligandos... por isso continuo a achar muito estranho dizerem que os anti-cloro além de eliminarem cloretos também eliminam os metais pesados... Mas pronto, é uma outra questão para outra discussão. Resumindo e concluindo. Apesar de ser químico (de profissão, ainda não, mas espero chegar lá ) não aconselho o uso de químicos como resolução de problemas. Não é por fazerem mal, ou o que quer que seja. A razão mais pertinente, para mim, é mesmo o dinheiro. Acho que a maior parte dos problemas (não da manutenção, nos salgados e plantados é essencial) pode ser resolvida via não químicos... Eu quando comecei a pensar ter Loricarídeos de peso (entenda-se dos caros, tipo 20 euros para cima) também andava a pensar se teria que usar removedores de amónia e nitratos, visto serem peixes sensíveis a isso. Olhei para uma embalagem, não sei para quanto tempo daria aquilo, mas assustei-me com o preço. Decidi então comprar um filtro melhor para o aquário, e posso dizer que das coisas que comprei, foi a mais acertada. Como é óbvio ninguém nasce ensinado. Ainda para mais, quando a gente se inicia nisto, acreditamos em tudo e mais alguma coisa, o que muitas vezes é prejudicial para os nossos aquários e também para os nossos bolsos. Posso dizer que cerca de 75% do que aprendi até hoje de aquariofilia foi devido a este fórum e o resto foi experiência própria. A gente aprende é a errar, ou ver os outros a errar. O Fórum, como é óbvio, tenta minimizar isso ao máximo. Por isso deixo aqui o meu agradecimento ao Fórum e a todos os seus users. Parabéns por não sermos uma data de regras rígidas escritas num livro. Ainda bem que podemos discutir/mostrar/ajudar-nos uns aos outros. Foram, são e hão-de ser uma ajuda imprescíndivel na minha vida enquanto aquariófilo. Cumprimentos a todos. Luís Fortunato PS: Desculpem se não faço muito sentido em algumas coisas, mas a esta hora e com um nível de analgésicos no sangue apreciável, pode-se tornar um pouco difícil
  6. Olá. Posso dar uma ajuda, pelo menos nas gralhas/distracções: Actínica e acrílico levam acentos nos respectivos "i"'s... Escreve-se pH, e não PH, nem Ph, nem ph... (esta teve que ser, é o "dever" de qualquer químico dar na cabeça a quem não escreve pH correctamente ) Buffer em português: Tampão CAE: Chinese Algae Eater Quando falas em FMV devias estar a querer dizer FVM (Faça Você Mesmo) e não Faça Mesmo Você... Kalk, salvo erro, vem do Alemão, se significa calcário ou cal. É composto maioritariamente por Hidróxido de Cálcio (Ca(OH)2). Dissolve-se melhor em água que o CaCO3, por isso é usado como fonte de Cálcio nos aquários de água salgada. Origina soluções aquosas com pH's muito básicos (na ordem dos 11-12). NO2(-1) - Nitrito, é um ião. Por isso a carga -1. Mas também é muito comum escrever-se apenas NO2. Resulta da oxidação da amónia por parte das bactérias Nitrossomas ou Nitrobacter, não tenho a certeza qual é qual. NO3(-1) - Nitrato, é um ião. Também com carga -1. Mas também muito comum escrever-se apenas NO3. Resulta da oxidação do nitrito por parte das bactérias Nitrobacter ou Nitrossomas, não tenho a certeza qual é qual. Macronutriente muito importante para as plantas, visto ser a principal fonte de Azoto (símbolo químico N) para estas. Geralmente adicionado ao aquário (quando densamente plantado e necessário) sobre a forma de Nitrato de Potássio (KNO3). NO4, que eu saiba não existe... O que existe sim, é NH4(+1). Amónia, forma protonada (com um ião H+ a mais) do amoníaco NH3. O NH3 é muito mais perigo/tóxico para os peixes do que o NH4(+1). Quanto menor o pH (mais ácida a solução), menor é a concentração de NH3. PH... (ver em cima): Não sei se queres acrescentar: Escala de acidez/basicidade de uma água. Quanto mais baixo este valor, mais ácida uma água. Quanto maior, mais básica. A 25º C, o seu valor varia entre 0 e 14. A sua fórmula: pH=-Log([H+]), ou pH=-Log([H3O+]). E escreve-se Hidrogénio e não Hidrogéneo... Agora, uma coisa que se usa frequentemente e não te lembraste: SUMP: Eu não sei o que quer dizer. O que é uma sump, e para que serve na boa, mas o que significa o nome... Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  7. Olá. Já mediste a dureza à tua água? Ou pelo menos à água que usas para efectuar as trocas? Pelos vistos tens uma água com um poder tampão muito bom (dificuldade em se alterar o pH), o que geralmente corresponde a uma dureza grande também. Lá por as pedras não terem "fervido" com a adição de vinagre, não quer dizer que não sejam calcárias. Já alertei aqui no fórum, que esse teste não é muito fiável... As pedras podem ter à superfície outros minérios que mascaram a sua verdadeira indentidade no interior. Para mim, para teres mesmo a certeza que as pedras são, ou não calcárias, tens que as rachar/partir com um martelo ou qualquer coisa. Depois, nessa face viva (que acabaste de abrir) deitas umas 2-3 gotas de ácido muriático (ácido clorídrico comercial) que é mais forte que o ácido acético, e consequentemente, que o vinagre. Se fizer efervescência (CO2 a libertar-se), aí sim podes concluir que se tratam de rochas calcárias. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  8. Olá de novo. Isso é normal. Ninguém te garante que o peixe não possa ter ficado stressado por alguma coisa, ou mesmo que tenha dado um sprint pelo aquário a toda a velocidade Isso, novamente, é normal (já pareço o Artur Jorge quando estava a treinar o Benfica...). Para teres uma ideia, a minha corydora, passa, sem exageros, mais de 99% do tempo lá embaixo, perto do areão, não sobre mais de 5 cms do areão. Mas de vez em quando também vem à tona de água, não sei porque será. Apesar de fazer isso constantemente, já tem cerca de um ano no meu aquário e está pronta prás curvas. Por isso, de certeza que é um comportamento normal dos peixes virem de vez em quando à superfície. Não penses que a tua pergunta foi descabida. Muito pelo contrário. Se te preocupas com os peixes deste modo, posso dizer que é a coisa mais acertada da tua parte. Mostra que te preocupas com os peixes. Além do mais, perguntar coisas que nos parecem óbvias não é estúpido, não perguntar por ter vergonha é que é estúpido. Já sabes, sempre que precisares diz qualquer coisa. Nós todos estamos cá é para isso. Cumprimentos. Luís Fortunato
  9. Olá de novo. Por isso eu fiz a distinção... uma coisa é cloro dissolvido (não dissociado) na forma, como tu bem disseste Cl2. Outra, é o ião Cloreto Cl- que é de certa forma, estável em solução aquosa (visto ser a base conjugada do Ácido Clorídrico que é um ácido forte).Quando falas no NaCl, não concordo totalmente contigo. Pelo que eu entendi das tuas palavras, dizes que a totalidade dos Cloretos em solução são provenientes da dissociação de NaCl. Os cloretos podem ter no NaCl o maior contributor para a sua concentração dentro de água, mas daí até ser o único acho muito estranho. Também não entendo porque dizes que se a detecção é feita por um condutivímetro, então os cloretos são devidos ao NaCl. Não percebo a tua análise . Além do mais, mas isso esqueci-me eu de dizer, todo o eluente antes de passar pela coluna e detector, passa obrigatoriamente por uma membrana de permuta iónica, de modo a trocar todos os catiões por iões H+. Como é óbvio, nesta análise apenas se podia determinar aniões, visto o que passava pelo detector serem aniões ou então o ião H+ (que só lá está para neutralizar as cargas negativas dos aniões). Mas como é óbvio, nos padrões descontas logo o valor do H+ que possa existir. Pois, se nós já achamos que os laboratórios para as aulas estão mal equipadas, então vocês ainda devem sentir isso mais na pele. Já agora, se não for pedir muito , quando puderes, hás-de me dizer a que comprimento de onda determinam a concentração de cloretos. E já agora, se usam alguma substância que forme complexos com o cloreto, é que não estou a ver o ião cloreto, nem mesmo a molécula Cl2 a ter vibrações/transições capazes de se usar para detectar a sua concentração (se dizes que usam um espectrofotómetro, quase de certeza que usam um de gama UV-Visível, certo?). A Cloramina é simplesmente NH2Cl, sendo o átomo de Azoto mais eletronegativo que o de Cloro, quer dizer que a densidade electrónica está mais concentrada sobre o átomo de Azoto do que o de Cloro. Podemos dizer assim, de uma forma muito incorrecta, que em solução se a cloramina se dissociasse formava um ião com a carga - no átomo de Azoto e a carga + no átomo de Cloro. Uma outra substância com um comportamento similar ao da Cloramina é o Hipoclorito de Sódio, existente na lixívia. Por isso NUNCA se deve misturar lixívia com ácido muriático (Ácido Clorídrico com uma dada concentração que não me lembro agora), forma Cloro Gasoso que é altamente tóxico. Quando digo comportamento similar, é porque o átomo de Cloro também está eletropositivo face ao de Azoto, tal como na Cloramina. Se bem se lembram da primária/5º/6º ano, quando se estudava em ciências que se podia desinfectar a água adicionando umas gotas de lixívia é devido a esse cloro electropositivo. Também se devem lembrar dum anúncio (um pouco parvo por sinal) dum desinfectante para os alimentos, em que o filho perguntava à mãe se a fruta já estava Amukinada. Pois o que se vende nesses frascos de Amukina, não é nada mais nada menos que uma solução pouco concentrada de Hipoclorito de Sódio, tal como a lixívia, mas muito menos concentrada. Mas ainda podem perguntar: tudo bem, bonita história de embalar, mas o Oinq falou que eles usavam cloro gasoso, ou seja, Cl2 para desinfectar a nossa água. Onde é que anda o tal Cl+, cloro electropositivo que tu tás farto de falar. Pois, é que o Cloro em solução aquosa tende a formar o ião Cl-, então se temos alguma coisa para ser morta pelo Cl+ na nossa água, é exactamente o que vai acontecer. O Cloro gasoso (Cl2), ainda que pouco, dissocia-se em Cl- e Cl+ dentro de água, em que o Cl+ vai matar tudo o que é prejudicial para nós e deixa o Cl- em solução. Bem, após mais uma das minhas aulas de seca... Espero não ter deixado ninguém a dormir, nem a babar-se para cima do teclado. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  10. Olá. Com essas condições todas, creio que não precisas de te preocupar com o Oxigénio dentro de água. Eu tenho um aquário com, nem metade do volume do teu e tenho peixes muito maiores que os teus, e em maior quantidade. Todos eles estão bem. A maneira mais fácil de veres se os teus peixes têm, de facto, pouco oxigénio é veres se andam muito ofegantes. Se algum dia for esse o caso, podes sempre introduzir uma bomba de ar, ou então colocar o intake do filtro de modo a que água caia tipo chuveiro sobre o aquário. São as formas mais fáceis de oxigenar a água do teu aquário. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  11. Olá. Como em tudo, resta saber as quantidades que dás de cada vez. Eu tenho cerca de 30 peixes num aquário de 50 litros reais. Dou-lhes só comida duas vezes por dia, e há vezes que nem lhes dou comida (para evitar excessos de amónia e sujidade no aquário, principalmente biofilme à tona de água). Isso de todos comerem de tudo o que lhes chegue à boca é normalíssimo. O que costumo dizer às pessoas que vêem os aquários e querem dar comida para os ver a comer, é que não se pode dar comida desalmadamente aos peixes. Não só pelo facto, de depois estarmos a "estragar" a água ao aquário, como lhes digo que os peixes são burros. Ou seja, ao contrário de nós humanos, os peixes parecem não parar de se alimentar. Não sabem ver que estão cheios demais, e continuam a comer. Como é óbvio, isto é perigoso para os peixes, visto puder causar-lhes doenças ao nível digestivo Quem nunca viu os famosos peixinhos de água fria de vez em quando a nadar de costas. Se não estou em erro, como esses peixes têm um ciclo digestivo diferente dos outros peixes, estão mais propícios a ter problemas desses. Salvo erro, são problemas a nível intestinal que lhes atrofia a bexiga natatória, fazendo assim com que os peixes nadem de barriga para cima Isto tudo para dizer, como já li aqui no fórum, mais vale um peixe faminto do que um peixe gordo. Por isso, se sentes que o aquário anda a ficar muito poluído e que os filtros cada vez mais precisam de ser limpos, esntão talvez estejas a dar comida a mais. Ou então tentas reduzir o número de peixes nesse aquário. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  12. Olá. Eu creio que se tratam de sais de carbonato/bicarbonato. Ou então podes ter criado uma área Anaeróbia (ausência de O2) e estabeleceu-se lá uma "colónia" de seres anaeróbios.Em qualquer um dos casos, creio que não te deves preocupar, pois nunca ouvi ninguém a queixar-se disso. Nem de interferir em parâmetros do aquário, tipo pH, dureza, etc., nem em termos biológicos de fazer mal aos peixes. Como já deves ter lido, o Bicarbonato de Sódio serve para evitar que o pH da "sopa" não desça muito e não mate os fungos. E além disso, faz com que o CO2 que sai do reactor seja em maior quantidade. Nota, não aumenta a produção de CO2 por parte do fermento, mas impede sim, que se dissolva tão bem na sopa. A "nhaca" forma-se se tiveres um caudal de CO2, suficientemente grande nessa zona para, teres uma concentração local de bicarbonato/carbonato maior que no resto do aquário. Quer dizer que nas proximidades do final do tubo ou da pedra difusora, a concentração de CO2 na água é muito grande, o que faz com que se forme uma zona anaeróbia e/ou se formem sais de carbonato. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  13. Olá. Exactamente, mas o mais importante mesmo é a concentração. Quando dizes que depende da tolerância do organismo ao cloro, creio que te estás a referir à concentração de cloro/cloreto. Ou seja, que há organismos que resistem melhor a concentrações superiores de cloro do que outros. Fixe! Ter uma pessoa que está habituada a lidar com essas coisas dá sempre jeito aqui pelo fórum. Já agora queria-te perguntar como é que determinam o nível de cloro nas águas. A água da EPAL cá em Lisboa tem uma concentração em Cloretos (não em Cloro) à volta dos 40 ppm. Esta análise foi feita por cromatografia HPLC usando uma coluna iónica (dah...) e o detector sendo um conductivímetro eléctrico. Não precisas de escrever aqui no tópico, se não quiseres. Podes-me enviar uma MP. Escusas de estar a encher o tópico com coisas supérfluas. Desde já obrigado. Cumprimentos Luís Fortunato
  14. Olá de novo. Então é bem capaz de ser isso...O ião fosfato é dos grupos inorgânicos mais importantes para a vida. Como tu bem deves conhecer, a energia para os seres vivos é sempre transferida sobre a forma de ATP e ADP (Adenosina-Tri-Fosfato e Adenosina-Di-Fosfato). Sem termos fósforo no nosso organismo, a vida nunca seria possível, visto tudo para funcionar, precisar de energia. Em termos de química do ião fosfato (PO4(3-)), é uma base fraca, logo o seu ácido conjugado, o ácido Fosfórico H3PO4 é um ácido fortíssimo. Como a molécula resultante, neste caso o ião Fosfato é muito estável em solução aquosa, quer dizer que o ácido não se importa de doar os protões para a solução e ficar sobre a foma de PO4(3-). Se doa protões para a solução, ainda por cima, logo 3, aumenta-nos a concentração de H+ em solução, e consequentemente, baixa-nos o pH. No teu caso, parece-me estão em concentração suficiente para baixar o pH até aos 5.5. Para veres como o fosfato é tão importante para a vida, mesmo dentro de frascos de ácido fosfórico nos laboratórios encontram-se facilmente umas espécie de algas. Basta entrar um micro-esporo que seja proviniente do ar, ou qualquer coisa do género, para que haja logo um boom de vida. A principal origem dos fosfatos dentro do aquário é nos excrementos e desperdícios dos peixes. Se tens algumas plantas no aquário, são capazes de absorver os nitratos todos (ou quase todos) e ainda deixar alguns fosfatos. Tal como já disse, se ficam fosfatos livres no aquário, eles baixam-te o pH ligeiramente. As algas são um sinal disso mesmo. Não de o pH baixo, mas sim de um excesso de fosfatos. Tal como o Paulo Duarte disse, dares alimentos ricos em proteínas e de origem animal, leva sempre a um aumento dos fosfatos. Só para teres uma ideia; uma parte dos pessoal dos plantados nem costuma complementar os fosfatos com adição de químicos. Basta-lhes só dar comida aos peixes que eles tratam de adicionar os fosfatos. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  15. Olá. Primeiro de tudo, queria dizer que não acho a tua atitude a mais correcta, mas pronto. Acho que estás a ser um bocado agressivo... pelo menos é o que eu acho.Se por ventura algum dos users daqui do fórum te pede para colocares todos e quaisquer parâmetros do teu aquário, por alguma razão há-de ser. Se reparares, nos primeiros posts, cada user basicamente perguntava-te uma coisa diferente. Se pusesses tudo o que te lembras sobre o teu aquário, talvez se fizesse um click na cabeça de um de nós e te soubesse responder o porquê do pH baixar assim. Ao invês, temos que andar todos a perguntar "aos bochechos" se usas isto ou aquilo, ou como é que fazes isto e aquilo... Já mediste os fosfatos no teu aquário? Se por ventura tiveres, não sei como, introduzido ácido fosfórico/fosfato no teu aquário, ele vai tamponizar o pH a valores ácidos. E não vai interferir (pelo menos a um nível perceptível pelos nossos testes) na amónia/nitritos/nitratos. Mas se tivesses um nível de fosfatos ligeiramente alto, deverias ter algas no aquário. O CO2, não baixa o pH a menos que 6.35. É o valor do pKa1 do ácido carbónico. Se quiseres podes experimentar bombear CO2 dentro dum copo de água destilada, para a concentração de CO2 ser o maior possível. Espera umas 3-4 horas, ou o tempo que quiseres (por acaso bastam uns quantos minutos). Depois mede o pH. Vai andar por volta de 6.4-6.5. De resto não me ocorre mais nada. Já estou como o resto da malta. Sem mais informações, é andarmos a "falar pó ar", até que um de nós acerte... Com condições assim, concordo plenamente contigo Vlad... Cumprimentos Luís Fortunato
  16. Olá. Apesar da água da EPAL, geralmente, vir carregada de Cloretos (cerca de 40 ppm, ou mg/L, como preferirem), nunca usei anti-cloro nem deixei água em repouso. Creio que é tudo uma questão de habituação. Como é óbvio também não podemos trocar mais de 50% de água de uma vez, desta maneira. Isso, como é óbvio, não aconselho de forma alguma. Todas as semanas troco cerca de 20% de água de cada aquário cá de casa. A água de reposição é tirada directamente del'cano. Não me preocupo nem com temperatura nem com cloretos, sulfatos e nitratos (que vêm, geralmente, em grandes concentrações na água da torneira). Todos eles podem ser metabolizados ou eliminados da água de forma fácil e rápida. Para o nitrato aconselho, claro está, plantas. Os cloretos e sulfatos, basta ter uma agitação superficial razoável que eles vão-se embora facilmente, visto serem, de certa forma, voláteis. Cumprimentos Luís Fortunato
  17. Olá novamente. É bem provável ser devido ao contacto com o ar, ou mesmo das nossas mãos. Eu não digo que sejam testes que não se devam usar, mas que a sua fiabilidade e rigor deixam muito a desejar como bem sabem. Se ainda para mais usam testes de frasco para comprovar a veracidade ou aumentar a sua precisão, então nada tenho a dizer. Estão a fazer bem. Se usam os testes das tiras apenas para saber por alto em que valores andam os vossos parâmetros, tudo bem. Pensava que usavam exclusivamente os testes das tiras. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  18. Olá. Desculpa lá que te diga, mas não concordo com isso. Qualquer peixe que veja um bocado de comida à frente dele, mesmo que se alimente à superfície, há-de a comer. Mesmo que bocados de comida se encontrem no fundo do aquário eles vão lá comê-la. Todos os peixes do meu aquário, incluindo neons, tetras, guppys, rasboras conseguem comer alimentos que estejam no fundo do aquário. Quando dou pastilhas de fundo aos meus peixes, sem exagero nenhum, os bocados mais pequenos que se separam (os restos) são comidos por estes peixes que te mencionei, e não pelos que se alimentam exclusivamente no fundo. Por isso, dizeres que apenas os peixes que se alimentam no fundo é que hão de comer o que está no fundo, é mentira. Tal como disseram o drzodiacus e o Seifer, a melhor escolha é mesmo pastilhas de fundo. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  19. Olá Primeiro de tudo; é impressão minha ou não tens filtro no teu aquário? Nem interno? Daqueles com ventosas que se agarram à parte de dentro do vidro? Teres a água turva nesta altura do campeonato é comum. Se usares um filtro, qualquer que seja, ajuda a eliminar a turbidez da água. Essas placas que falas, são módulos dos FFB (Filtros de Fundo Biológico). Esse filtro, há uns anos muito em moda, é de evitar hoje em dia. Como o nome indica, esses filtros usam o substracto como fixadores das bactérias que convertem a amónia em nitrito, consequentemente, em nitrato. Ao fim de algum tempo começam a ficar sujos (de acumular tanto lixo) e quando os vais a limpar levantas uma data de porcaria, sem contar que estás a matar/sugar as bactérias todas. Para um aquário dessa litragem, creio que é aconselhável a utilização de um filtro externo, qualquer que seja a fauna/flora que penses pôr aí dentro. Se não quiseres pôr peixes muito porcalhões, podes optar por um EHEIM 2213, que tem um caudal de 480L/hora, o que é 4 vezes o volume do teu aquário por hora. Se optares por pôr peixes mais porcalhões, convêm que o caudal horário dos filtros (sem contar com as massas filtrantes, mas isso é outra história) seja pelo menos 10 vezes o volume do aquário (corrijam-me o pessoal dos CA's se estiver enganado). Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  20. Olá. Realmente essa camada de gordura/óleo, é devida ao excesso de matéria orgânica dentro do teu aquário. Se deres muita comida, especialmente, de origem animal (salvo erro), estás a contribuir para o aparecimento dessa dita camada (biofilme). Sei que tens discus, mas se puderes dar menos comida de origem animal talvez fosse bom. Uma maneira de retirar essa película é o uso de um escumador. Como é óbvio, a utilização de um escumador é fundamental num aquário salgado, visto haver mais iões em solução, e consequentemente, mais moléculas orgânicas neutras na água. Se as moléculas não estão na forma de iões, então precipitam, neste caso ficam no estado líquido e não se dissolvem em água (ou pelo menos não se dissolvem bem). Há quem defenda que num aquário de água doce não se deva usar escumadores, devido a este retirar grande parte de moléculas importantes para a saúde do aquário. Eu, sinceramente, não posso opinar sobre isso porque nunca usei escumadores, mas eu creio que a maior parte (se não a totalidade) das moléculas, orgânicas ou não, num aquário de água doce e ácida, se encontram sobre a forma de iões em solução. Mas isto é só uma opinião. Espera por mais respostas. Há pessoas mais entendidas neste assunto que eu. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  21. Olá. Há sempre vários aspectos a considerar. Os mais importantes de todos, para mim, são as características do aquário: tipo de filtros, massas filtrantes, substratos, decoração, etc... Depois tens de tomar atenção à água que utilizas para as trocas de água. Se usares uma água muito dura, ou com um poder tampão relativamente forte (normal nas águas canalizadas), de certeza que vais ter dificuldades em manter o pH dentro dos valores que queres. Se tiveres um aquário plantado, mas com um número de plantas aceitável, aconselho-te a usares injecção de CO2. Nem que seja perto da superfície. É o método mais práctico para manter um pH ligeiramente ácido. Já agora, não te esqueças que lá por termos peixes cujo pH óptimo é 7.5, não quer dizer que eles não sobrevivam a pH 6.0-6.5. Digo isto, porque às vezes é mais fácil tamponizares o pH para valores de 6.0-6.5 do que o teres a 7.0, e para os peixes é quase a mesma coisa. Como exemplo tenho os meus bótia palhaço e uma Guppy fêmea a pH=5.5. Todos eles respiram saúde. É tudo questão de habituação. Se a mudança de pH for feita de modo gradual e com paciência, dificilmente terás problemas. Pelo menos é a minha opinião. Outra coisa que podes usar para baixar o pH, mas costuma baixar para valores ainda mais baixos que o CO2, é a turfa. Se tiveres um filtro externo, acho que para um aquário ácido é o melhor que existe. torna a água macia e conjugada com alguns troncos, tamponiza o pH à volta de 5.5-6.0. Se o teu avatar faz jús ao aquário que tens (espero não me ter enganado, creio ser um ciclídeo sul-americano) acho que é a melhor solução. Um pacote de turfa granulada da Fluval custa à volta de 10 euros. Se usares 1/3 do pacote, geralmente, mantem-te o pH estável durante umas 2.5-3 semanas. Obviamente que tudo isto depende da litragem do teu aquário. Falo por experiência própria. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato PS: Escreve como mandam as regras do fórum. Aposto que não escreves assim nos testes da escola, pois não? Já não é a primeira vez que te advirto para isso. E tal como eu, já vários users do fórum o fizeram...
  22. Eu percebi o que querias dizer... Deixa lá, acontece a todos. Cumprimentos Luís Fortunato
  23. Olá de novo. Não são??? Da última vez que li, os otocinclus affinis e vittatus (pelo menos estes dois) pertenciam à Família Loricariidae... por isso creio que são Loricarídeos... Esperam-se comentários... Cumprimentos Luís Fortunato PS: Lá por não ter um L-number associado, não quer dizer que não seja Loricarídeo.
  24. Viva. Acho que o peixe Ottocinclus Affinis é o mais indicado para esse "trabalho". Corrijam-me se estiver enganado. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato
  25. Vivas. Nunca usei testes de tirinhas, pelo menos em aquariofilia. Só quero dizer que é muito difícil, por vezes, obter medidas rigorosas. Que eu saiba, a escala usada nos testes de tirinhas é muito mais alargada que os testes colorimétricos (testes dos frasquinhos). Aí é logo uma dificuldade a mais que tens ao usar os testes das tirinhas. Sem contar que esses testes de tiras são muito mais propícios a degradarem-se em contacto com o ar, ou mesmo com o nosso manuseamento. Espero ter ajudado. Cumprimentos Luís Fortunato