Boa noite Luisa.
É de louvar a atitude que teve. Na região onde moro, acontece por vezes o mesmo, chegando ao ponto de encontrar (durante a época das chuvas), cágados na rua onde moram os meus pais.
Por 2 vezes, tentei entregar os animais nas autoridades competentes, já que, pensava eu serem as pessoas certificadas para tratar do caso.
Na primeira vez tive sucesso, entreguei o animal, foi colocado à minha frente numa caixa de cartão tendo eu recebido a indicação de que a bióloga estava a chegar e iria acompanhar o caso.
Por curiosidade ou estupidez minha, no dia seguinte fui visitar as mesmas autoridades, apenas para me informar em que ribeira é que o iriam depositar, pois gostava de ver a re-entrada do animal no seu habitat. Quando cheguei às instalações, verifiquei que a caixa e cartão estava no mesmo sítio com o animal lá dentro. Quando inquiri o representante da autoridade, foi-me dito que a bióloga tinha-se esquecido. Prontamente trouxe o animal comigo e deixei na ribeira mais afastada da povoação.
Na 2ª vez, voltando a ser estúpido, pensei que tudo não tinha passado de um mal entendido, e como não quis de forma alguma introduzir uma espécie autóctone em casa, voltei a entregar nas autoridades competentes, tendo-me desta feita dirigido à representação distrital da mesma.
Quando entreguei o animal, qual não foi o meu espanto quando me disseram que "vinha mesmo a calhar" porque tinha morrido um dos cágados que tinham no lago dessa mesma representação distrital.
Ora, será qualquer um destes o procedimento correcto das autoridades que, como muitas pessoas aqui dizem, são competentes e formadas para ajudar os animais?
Lembro-vos que até à bem pouco tempo, o trabalho de muitos guardas florestais era abater espécies que predavam espécies cinegéticas( quem mora no alentejo deve saber do que estou a falar.)
Alimente o animal da melhor forma, e assim que for possível, liberte-o no seu meio.