Olás....
Antes de estarmos aquí a argumentar se tem "espinhas" ou "caroço" importa voltar ao cerne da questão iniciada por mim: L. cardinalis não é uma planta aquática.
Quando se pretende classificar uma planta com clareza e certeza, deve-se ter em conta os estudos cientificos levados a cabo até então, e não tendo em conta o caso do "vizinho" ou do "amigo da "prima", em ultimo caso se discordamos das teorias existentes estudamos, munimo-nos de informação e apresentamos as nossas teorias a um conselho cientifico com vista a que estas sejam verificadas e caso tudo esteja correcto, devidamente publicadas.
Como não conheço nenhum user deste fórum que tenha visto alguma tese sua no campo das plantas aquáticas sido aprovada cientificamente, penso que nos devemos regular pelas classificações cientificas existentes.
Das várias classificações a que reune maior concenso entre a comunidade botanica é a de Irgang & Gastal, e é a única que incluí a categoria Epífita, a saber:
1- Emergente: enraizada no fundo, parcialmente submersa e parcialmente fora de água.
2 - Flutuante fixa: enraizada no fundo, com caule e/ou folhas e/ou ramos flutuantes.
3 - Flutuante livre: não enraizada no fundo, podendo ser levada pela corrente, pelo vento ou até por animais.
4 - Submersa fixa: enraizada no fundo, caule e folhas submersos, geralmente saindo somente a flor para fora de água.
5 - Submersa livre: não enraizada no fundo, totalmente submersa, geralmente emergindo somente as flores.
6 - Epífita: que se instala sobre outras plantas aquáticas.
Para melhor entendimento exemplifico:
1 - Echinodorus sp.
2 - Nymphaea sp.
3 - Eichornia crassipes
4 - Vallisneria sp.
5 - È frequente encontrar-se neste "estágio" Ceratopteris cornuta, embora possa se encontrar também no "estágio" 1.
6 - Oxycaryum cubense.
Para classificar as plantas que "andam" por alí perto e que não são aquáticas os mesmos Irgang & Gastal, criaram uma categoria a que deram o nome de Anfíbia ou semi-aquática (Leia-se "semi" e não aquática):
Anfíbia ou semi-aquática: capaz de de tolerar área alagada como área seca, podendo em alguns casos alterar alguns aspectos da sua morfologia.
Se eu não soubesse o que vou escrever mais à frente, e tivesse consultado esta tabela, incluiria imediatamente L. cardinalis nesta última classificação, parece obvio.
Esta retorica toda para que futuramente possamos classificar uma planta antes de dizermos o que quer que seja, pois se fosse unicamente para contestar o que foi dito anteriormente bastava dizer que a unica planta do género Lobeliaceae é curiosamente a Lobelia aquatica (Velasquez 1979)
E mais não digo...