Vasco Gomes

De acordo com o Killi-Data (obra de referência da APK) a designação mais correcta é Fundulopanchax nigerianus "Misage". Quanto às outras designações: - Fp. gardneri nigerianum "Misage" - É uma designação alternativa válida para alguns autores. Significa que essas pessoas não consideram os Fp. nigerianus com espécie independente mas sim uma subespécie de Fp. gardneri. - Fp. gardneri nigerianus "Misage" - Esta está mesmo errada por causa da sintaxe latina. "gardneri" e "nigerianus" não combinam. O Fabião explicará isto melhor do que eu. - Fp. nigerianum - Foi com este nome que S. Clausen descreveu a espécie em 1963. No entanto está incorrecto - mais uma vez por causa do latim - e foi corrigido para Fp. nigerianus. Fp. gardneri gardneri "Aquarium strain" e Fp. gardneri "Aquarium strain" podem estar ambas correctas, a primeira mais completa que a segunda (porque indica a subespécie). Existem 4 subespécies de Fp. gardneri (Fp. gardneri clauseni; Fp. gardneri gardneri; Fp. gardneri lacustris; Fp. gardneri mamfensis) e a segunda designação pode ser qualquer uma delas. Espero que esta resposta não tenha ajudado mais a confundir do que a esclarecer. De qualquer modo este tipo de mensagens deviam estar noutro tópico. Alguém sabe como é que isto se move? Abraços. Vasco

O nome correcto é "Cape Esterias" e fica no Gabão (sensivelmente 0°24’N 9°26’E) perto da capital Libreville. O erro no caso da lista do Janita não é grave porque tem o código (EBT 96/27) que identifica melhor que o nome do local. No caso da lista do Zezinho já é pior porque como não tem código as pessoas podem ficar a pensar que efectivamente existe um sítio chamado "Cape Estarius". Mas como foi o Zezinho a dar os peixes ao Janita presumo que os dele também sejam do código EBT 96/27, certo? Para evitar estes problemas quando recebo peixes novos vou sempre verificar se os códigos estão correctos (basta comparar com as listas) e se os nomes das localidades estão bem escritos (confirmar com criadores de origem, colectores, mapas, etc.). Por exemplo, neste caso concreto o código EBT 96/27 está correcto e corresponde à localidade de "Cape Esterias". Abraços Vasco

Pronto, está bem, se fosse a sério era um grande disparate . Mas mesmo a reinar continua a ser um disparate . Sabes, os criadores de killies portugueses até podem ser uma cambada de doidos mas têm uma característica porreira: são generosos, gostam de dar e partilhar. Depois ficam aborrecidos quando alguém diz o contrário. Mas passa depressa Abraços Vasco P.S. Estas coisinhas amarelas (icones de emoções ) são muito mais eficientes que os "eheheh".

Bruno, Acontece que a grande maioria dos que mantêm killies são sócios. E são-no exactamente porque a APK presta este tipo de informações e serviços (e muitas outras coisas). Por isso a maioria acha que é útil pertencer a uma associação. Já para não falar do facto de que sendo sócio se está a ajudar a associação (e consequentemente a killifilia) a progredir, mas isso já é outra conversa. Atenção I - Ninguém aquí está a falar em segregação de não-sócios. Toda a gente sabe que pessoalmente disponibilizo toda a informação que tenho a sócios e não-sócios e dou peixes/ovos (quando os tenho disponíveis) a sócios e não-sócios. E como eu há vários. O objectivo é promover a killifilia e não a APK. Só estou a frisar que existe um propósito para a existência de associações e que vale a pena servirmo-nos e servir-mos as associações. Atenção II - Não vale a pena alguém vir com o argumento do dinheiro. Tenho muito respeito por quem tem dificuldades financeiras mas se vocês estão a ler esta mensagem é porque têm computador, acesso à internet e aquários em casa. Não me parece que 2.08€ por mês seja uma verba difícil do suportar por qualquer um que esteja a ler este texto. As minhas desculpas antecipadas se estiver realmente enganado. Abraços Vasco

Que grande disparate!! Desculpem lá a franqueza mas este é o único comentário que esta frase merece. Abraços Vasco P.S. Mantenho há vários anos a minha lista de espécies no meu site da internet. Está à vista de toda a gente.

Há uns dias enviei uma mensagem sobre este tópico que desapareceu. Alguém sabe dizer o que se passou? Abraços Vasco

Olá João Tenho conhecimento de que vem um grupo aí do Norte mas não sei ao certo quantos nem em que dia chegam. Penso que é o Castro que está a coordenar isso. Mais alguém sabe de alguma coisa? Abraços Vasco

Também sou da opinião que se trata de um Fundulopanchax nigerianus. Aliás, respondí há dias a um e-mail da Vanessa nos seguintes termos: "O teu peixinho é quase de certeza um Fundulopanchax nigerianus. Vê esta fotografia - http://www.vascogomes.net/Imagens/Fotograf...Makurdi_M_3.jpg . É uma espécie que aparece com alguma regularidade no comércio. Quase sempre vem identificado como "Aphyosemion gardneri" ou "Fundulopanchax gardneri". Enfim, problemas de nomenclatura. Atenção que o teu peixe não tem população conhecida, é uma estirpe de aquário (não podes dizer, por ex., que o teu peixe é da população "Makurdi", como o da foto). Já os tive há uns anos atrás. São muito fáceis e prolíficos, uma excelente escolha para começar na killifilia." A fotografia que eu lhe indiquei é a mesma que tu mostras Atenção à questão da população. Os da Vanessa não são Makurdi. Abraços

Pois é, os Adinia xenica (é um género mono-específico, não há outras "Adinias") não aparecem pela peninsula ibérica pelo menos nos últimos anos. Nunca ninguém os declarou nos censos da APK nem foram expostos em nenhuma convenção de Portugal ou Espanha pelo menos desde 2001. Pessoalmente nunca ví nenhum exemplar, razão pela qual não tenho fotos da espécie. No meu site só há referências ao género na parte de sistemática. Apenas dá para perceber que pertencem à mesma família dos Fundulus, Leptolucania e Lucania. Que azar, foste logo interessar-te por uma das espécies mais raras no hobby :D Podes tentar inscrever-te na mailing list da AKA (Associação americana) e colocar lá perguntas sobre a espécie ou quem a mantenha. Talvez seja a melhor hipótese que tens. Abraços e boa sorte. Vasco

Olá Este tipo de experiências tem muito interesse e quanto mais controlada for e quantos mais os dados obtidos melhor. É o tipo de coisas que eu gostava de publicar no boletim da APK. Se te for possível envia-me os dados no fim da experiência. Um abraço

Há quanto tempo tens esses ovos dentro de água sem eclodirem? Pelas datas das mensagens já devem ter passado uns 5-6 dias. Tenho uma experiência muito limitada com Nothobranchius mas parece-me que se estivessem prontos a eclodir já o tinham feito (a norma é nascerem até 24-48 horas depois de serem molhados). Aí os especialistas de Nothos não nos podem dizer se não é melhor voltar a secar essa turfa? Abraços

Olá Não tenho experiência com Aplocheilus lineatus mas, pelo que sei, as diferenças não são muitas em relação à receita da minha mensagem anterior. As mais importantes serão as seguintes: - Temperatura. Penso que os A. lineatus gostam de temperaturas mais elevadas, aí para os 26-27ºC. - Local de postura. Todos os Aplocheilus são peixes fundamentalmente de superfície e é por aí que desovam. Ou seja, não vale a pena colocar "mops" no fundo. - Água. Não precisa de ser tão desmineralizada e ácida como a dos Aphyosemion. Água da torneira sem cloro nem cloraminas serve perfeitamente. Experimenta e divulga os resultados. É assim que todos podemos aprender. Um abraço

Olá Apesar de manter A. primigenium há muitos anos nunca reproduzí a população GBN 88/10. Trouxe uma vez um casal de Espanha mas a fêmea não sobreviveu à viagem pelo que apenas fiquei com um macho durante uns tempos. Aliás, essa população é designada por A. aff. primigenium, ou seja, podem ser ou não A. primigenium. Na minha opinião são uma forma intermédia entre A. exigoideum e A. primigenium e é arriscado atribuí-la a uma ou a outra espécie. Coloco aquí umas imagens para tentar ilustrar isto. Mas para o caso pouco interessa porque as condições de manutenção e reprodução são idênticas. Quanto à situação que tu tens, eu faría o seguinte: - Separava macho e fêmea durante uma/duas semanas e alimentava-os bem, de preferência com comida viva. - Ao fim desse tempo juntava-os no aquário da fêmea (que assim fica mais à vontade por estar no "território" dela). - Nesse aquário colocava dois "mops", um flutuante e outro no fundo, e algumas plantas tipo "feto de Java". O musgo de Java não é bom porque os peixes gostam de desovar lá. - Filtração qb (que não faça demasiada turbulência) - Luz pouco intensa - Temperatura a rondar os 24ºC. - Água destilada não é boa. Com disse o Ruben, tenta água do luso misturada com um pouco de água da torneira. - Inspecciona os mops diáriamente. Se experimentares depois diz qualquer coisa. Penso que deverá funcionar mas isto está longe de ser uma ciência exacta Escreví um artigozito sobre A. primigenium que vai sair no próximo boletim da APK e que já está na gráfica. Mais tarde coloco-o no meu site. Um abraço

Olá São muitas as espécies de killies que podem ser mantidas e criadas nessas condições, sobretudo do género Aphyosemion. No entanto um aquário de 7 litros só dá para manter um casal reprodutor ou então alguns alevins/juvenis. Acaba por ser sempre necessário ter mais aquários para a descendência. Um abraço

Isso a mim dava uma trabalheira danada porque já tenho algumas. Mas apesar de não estarem aqui no forum podes sempre dar uma vista de olhos no meu site http://www.vascogomes.net. Um abraço Vasco

O melhor é retirar primeiro os alevins para outro recipiente com água limpa. Com uma pipeta, por exemplo. Depois é só secar a turfa. Isto pode dar uma grande trabalheira se forem muitos alevins. Mas é giro

Olá Sim, deves retirar a turfa e voltar a secar. Daquí por um ou dois meses volta a hidratar. Também sim, os alevins devem ficar sem turfa. Nesta fase da vida deles é mais importante água limpa e facilidade em encontrar o alimento (o que não sucederia se a turfa ficasse no recipiente). A mobilidade deles é ainda muito reduzida. Abraços e boa sorte.

Olá Eu trabalho no Lagoas Park, em Porto Salvo. Não é muito longe. Nem sempre estou no escritório e a disponibilidade não é muita, mas há sempre tempo para um café e um pouco de conversa. Abraços Vasco

Sim, há alguns géneros e espécies de killies que preferem água "fria" ou mesmo "muito fria". São é regra geral mais feios que os killies "tropicais" Mas tudo isso depende do que consideramos frio. Os meus peixes (do género Aphyosemion, africanos) têm passado grande parte deste inverno a 16ºC e estão bem de saúde. Mas abaixo de 18ºC já não põem ovos. Abraços

Olá Tapa bem os buracos todos. A lã dos filtros é um bom material para isso. Não te preocupes com o pH dos gardneri. Não vale a pena usares água engarrafada. Tem apenas cuidado com variações bruscas. Os peixes da tua fotografia parecem Fundulopanchax gardneri numa das suas muitas variantes. E são estirpe de aquário portanto sem população. Se distribuires descendência identifica-os sempre apenas como Fundulopanchax gardneri. Um abraço

Olá É normal alguns ovos ficarem com fungos e não significa que estejam a fazer alguma coisa errada. Pura e simplesmente podem não estar fecundados (vários motivos para isso - pais muito novos ou muito velhos, consaguinidade, falta de jeito, etc.). Por estes dias também tem estado muito frio e as temperaturas em pequenos recipientes descem muito rápido durante a noite. Já experimentaram colocar os ovos em cima de turfa húmida? É o método que melhores resultados tem dado para mim. Abraços

Para evitar a poluição causada pela artémia congelada tenta fazer uma "lavagem" da mesma antes de a dar aos peixes. Eu deixo a descongelar dentro de um copo e mudo duas ou três vezes a água. E dá aos peixes apenas aquilo que eles conseguirem comer em pouco tempo. A larva de mosquito vermelha congelada também tem os seus problemas. Dependendo da origem, pode vir bastante poluída e causar problemas de saúde aos peixes. Existem muitas suspeitas disso mas penso que nunca foi feito um estudo aprofundado. Por outro lado, existe o problema das alergias (suponho que à hemoglobina). No meu caso particular não posso nem tocar num cubo de larva congelada ou respirar demasiado próximo. Fico cheio de comichões nas mãos e olhos. Se fizer a estupidez (como já fiz ) de esfregar os olhos ficam de tal maneira inchados que mal vejo. Por essas e por outras raramente uso larva de mosquito vermelha. Tenho conhecimento que o meu caso está longe de ser raro. Abraços

Ah, afinal não são 7 anos. Sería um prodígio Colocar o recipiente com ovos no aquário é uma possibilidade mas não é necessário se a temperatura exterior se mantiver entre os 20-25ºC. A periodicidade da recolha dos ovos depende da disponibilidade. Eu, quando possível, vejo os MOP's diáriamente. Assim sempre evito que os pais comam alguns. Mas há alturas em que os vejo uma vez por semana ou menos. Quase sempre coloco os ovos no mesmo recipiente mesmo de recolhas diferentes (a não ser que sejam muitos). O tempo de desenvolvimento em água é o mesmo quer os ovos estejam juntos ou não e conforme os alevins vão nascendo retiro-os para outro recipiente. Uma maneira de uniformizar as datas de nascimento é armazenar os ovos em cima de turfa húmida. Quando se observam vários embriões em avançado estado de desenvolvimento colocam-se todos em água. Assim atrasa-se um pouco o nascimento de alevins cujos ovos foram postos há mais tempo. Volto a reiterar o convite para quem quiser dar uma vista de olhos na minha instalação. Não é que seja um modelo mas todos estes procedimentos simples são fácilmente apreendidos se vistos em vêz de lidos. É só entrar em contacto comigo para vrg@tduarte.pt para combinarmos. Abraços

Olá Bemvindo ao mundo dos killies. Fiquei surpreendido por ver alguém escrever tão bem com apenas 7 anos Mas como também temos aí o Iuri bestialmente lúcido com cento e tal anos já nada é de admirar Em relação à tua questão, é importante saber em que condições é que tens os peixes e onde desovaram. Foi num MOP, em plantas, em turfa? Onde estão são fáceis de recolher? Se assim for, retira-os para um recipiente pequeno com água do aquário (existem outras variantes talvez mais eficientes mas para já esta serve). Observa-os todos os dias e vai retirando os que ficarem brancos e/ou com fungos. Mantém o recipiente com ovos num local à mesma temperatura do aquário (entre cerca de 20 e 25º C). Muda a água do recipiente de 3 em 3 dias. Ao fim de uns dias deves começar a observar o desenvolvimento do embrião dentro do ovo. Entre 2 e 3 semanas devem estar prontos a eclodir. Depois voltamos a conversar. Entretanto, eu moro relativamente perto de Mafra (numa aldeola chamada Freiria). Se quiseres dar um salto até minha casa mostro-te como faço. É muito melhor ver do que ler. Um abraço

Olá Se a fêmea tem uma ferida o melhor mesmo é dar-lhe algum descanso ou corres o sério risco de a perder brevemente. A ferida pode ser causada por fricção com qualquer material existente no aquário ou pelo macho. Em qualquer dos casos o melhor é isolá-la até que fique curada. Apesar de não ter quase nenhuma experiência com anuais, o aparecimento de feridas não é um indício de velhice. Quando os peixes se aproximam do tempo de ir ter com o criador começam a ficar encurvados e a emagrecer, com ar vagamente senil. Abraços