Aqui fica a ficha técnica dos meus palhacinhos.
Família: Pomacentridae
Nome Científico: Amphiprion ocellaris Cuvier, 1830
Sinónimos: Amphiprion melanurus , Amphiprion bicolor
Distribuição Geográfica: oceano Índico Oriental, arquipélago Indo-Australiano, Filipinas, ilhas Ryu Kyu, sul do Japão e zona meridional do mar da China, em recifes de coral.
Comprimento Máximo: 15cm (menores em aquário)
Água: temperatura a aproximadamente 26ºC, salinidade 32 a 35‰ ou densidade entre 1,022 e 1,024 (à temperatura recomendada).
Alimentação: artémia, camarinha, pedaços de camarão, minhocas
Esta é uma espécie que se adapta bem ao aquário comunitário, tal como as outras espécies do mesmo género que vulgarmente se designam pelo nome geral de peixes-palhaço. A particularidade mais interessante destes peixes é a sua capacidade de estabelecer uma relação de simbiose com as anémonas (anémonas tropicais dos géneros Stoichactis e Radianthus) as quais são urticantes para os outros peixes. Os peixes-palhaço, sendo imunes às anémonas, podem viver junto a estas, sob a sua protecção, compensando-as com os restos da sua própria alimentação. Como as outras espécies de peixes-palhaços, são territoriais. Os casais vivem junto a uma anémona ou definem o seu território junto a uma concavidade da rocha, que defendem dos outros peixes, podendo-se tornar agressivos para com aqueles que se aproximam demais, incluindo os da própria espécie.
O dimorfismo sexual não é muito evidente mas os machos são mais pequenos do queas fêmeas. Nos peixes-palhaço verifica-se que os jovens começam por ser machos tornando-se fêmeas posteriormente. Por exemplo, quando a fêmea do casal morre, o macho que ficou só, pode mudar de sexo e admitir um jovem macho como seu parceiro.
O acasalamento e as posturas são frequentes em cativeiro. Éassim possível criar as larvas até ao estado adulto, desde que se possuam os alimentos adequados.
As posturas são feitas sobre uma pedra junto à anémona mas podem mesmo ocorrer na ausência desta. Os ovos são protegidos e arejados pelos pais e eclodem cerca de uma semana depois, ao fim da tarde, algum tempo após a iluminação ser desligada. Nesta altura podem-se colher as larvas para um pequeno aquário com água do aquário dos progenitores, sem filtro de fundo mas com um pequeno filtro interior a ar comprimido e ainda com renovação da água, gota a gota. A alimentação é feita inicialmente com Brachionus plicatilis, um pequeno protozoário que se alimenta de microalgas, à medida que as larvas vão crescendo é necessário fazer uma transição gradual para os náuplios de artémia.