Olá pessoal!...
A minha última montagem finou! Nasceu em agosto de 2018 e morreu, com atestado passado, em julho de 2023. Nada mau para quem quer apreciar o processo. Aprendi imenso e tirei algumas conclusões… mas devo confessar que nos últimos dois anos ela já devia ter sido eutanasiada, eu é que não tive tempo nem coragem, porque a vida nos pede atenção em muitas coisas simultaneamente.
Enfim, “O Rei morreu… Viva o Rei!...”.
Andei por aí uns tempos sem saber o que iria fazer, mas consciente que teria imperativamente de fazer algo… Não é ainda agora que vou deixar de me permitir ter este prazer que começou há muitas décadas atrás! Cada um de nós tem sempre que procurar o seu caminho, nem que seja a reinterpretar o caminho já desbravado por alguém. Mas cada um tem o seu tempo e o seu momento de fazer o que necessita ser feito!
A minha primeira reação foi “que se lixem as pedras, estou farto delas!” (atenção que eu admiro imenso os iwagumi, ainda não tive um "puro", mas hei.de ter!). Depois, pensei que o estilo “selva” seria talvez o "meu" caminho… Mas, c’um raio, para fazer uma “selva”, não há como fugir ao musgo, e eu tenho muito má relação com o musgo. Os mais exóticos, enchem-se de algas e definham, os outros apoderam-se-me das montagens, sem que eu os consiga travar!!!...
Foi por isso que me surgiu uma formidável ideia. Porque não um “holandês”, simples e porreirinho, com plantas de dificuldade não muito exigente?
Sim, é possível fazer um holandês com plantas razoavelmente domináveis… o problema será gerir as suas necessidades atempadamente, quando numa semana temos disponibilidade para cuidar delas todos os dias e noutra semana podemos não ter tempo para sequer verificar se o aquário ainda tem água! Para mim, um “holandês” é o desempenho máximo de quem gosta de plantados, mas um holandês tem regras muito rígidas e necessariamente exigências muito constantes… Gostaria efetivamente muito, mas não sei se tenho unhas para tocar essa viola. Apesar dos constrangimentos decidi meter mãos à obra: "Vamos lá fazer os planos da montagem do "holandês" mais fixe do Mundo!” …
Assim foi, porém, eu ainda não me reformei e já estou demasiado velho para me dedicar a tempo inteiro apenas ao “meu aquário”. É exequível sim e maravilhosamente desafiante. Ainda hei-de ter um “holandês”, mas não será desta vez! Contudo, uma imensa parte do prazer de um aquariófilo não se resume necessariamente apenas ao seu aquário, mas sim ao processo que leva à sua concretização. Curti imenso!... Ainda hei-de ter um iwagumi, um holandês e talvez uma piscina natural!...
Ligeiramente frustrado, mas sem desanimar, lembrei-me que tinha lá num canto uns troncos de “Red Moor”, da fase em que inocentemente pensei que talvez uma “selva” fosse a abordagem adequada para desenjoar da minha última montagem só com pedras. Ok! Pensei eu estupidamente, não vale a pena gastar muito dinheiro, portanto vou tentar fazer qualquer coisa com isto!
Conclusão mais disparatada seria difícil, porque com a minha idade já devia saber que essa coisa de “gastar pouco dinheiro” não é aplicável quando se vive em Portugal... Efetivamente as coisas não são caras em Portugal, claro que não! Os salários é que são muito parcos!
Nada a fazer! Eu passo mais horas no escritório do que em qualquer outra divisão da minha casa e uma caixa com água com uma cultura de cianobactérias até pode ser interessante e tolerável durante uns tempos, mas acaba por cansar!
E será então assim que começará esta minha nova epopeia, que já há muito tardava! O que entretanto, daqui para a frente vier a acontecer, já sabem, não está conforme com o planeado!...
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