Um mês depois das últimas imagens, resolvi fazer uma fotografia que mostra o panorama geral do aquário. E não querendo chamar novamente a mim o azar, parece que a minha paciência, e os muitos conselhos que me foram dados por alguns membros aqui do fórum (podem ler mais atrás), estão finalmente a levar-me para o caminho certo.
Não está tudo como eu gostava... algumas zonas da carpete ainda estão num estado que me faz questionar a continuidade da montagem, mas de forma geral a coisa está a evoluir positivamente, e já vejo outros sítios onde as plantas estão como eu gostava que estivessem. Sem entrar em muitos detalhes, o que fiz foi acrescentar novos pés de Monte Carlo onde estavam em pior estado. Aumentei a agitação da água com uma bomba de circulação que comprei na Loja China, aumentei a intensidade da calha para 60% e aumentei a fertilização diária de 0,2 para 0,6 ml por dia (alterno entre Tropica Premium e Specialized). Continuo a introduzir no tanque 10 ml de Seachem Excel diários, comecei a limpar as rochas com escovas metálicas ao invés das vulgares elétricas da Colgate (já não sei onde fui buscar essa ideia, mas bendita a hora em que o fiz - dá mais trabalho, mas os resultados são muito melhores. Fico à espera que inventem escovas elétricas com dentes metálicos!), e continuei a usar plantas flutuantes para me livrarem dos nutrientes em excesso. Também reforcei a minha equipa de limpeza, com mais 12 Otocinclus, e estou a tentar manter uma rotina de 2 mudanças de água semanais (cerca de 50-60%) acompanhadas por Seachem Prime. Subi o CO2 para 3 bolhas por segundo, e entre a hora em que as luzes apagam e a hora em que o CO2 começa a ser libertado, tenho a funcionar uma bomba de oxigénio para arejar o aquário. Por último, aumentei a temperatura da água para os 24º - coisa que não está a ser fácil de manter nestes dias de frio.
O resultado tem sido um crescimento muito mais saudável das plantas, e uma notória ausência de algas alojadas nas mesmas. Já os pés mais antigos, que sofreram meses de subnutrição (julgo ter sido esse o meu problema desde o início), continuam espalhadas pelo substrato, e isso continua a assustar-me imenso. Por um lado, não sei se o novo crescimento consegue ultrapassar essa massa biológica que está ali presente. Por outro, não sei se algum dia ela pode vir a causar algum problema maior, como soltar-se do substrato ou começar a libertar elementos prejudiciais. Por enquanto vou esperar para ver o que vai acontecer, mas tenho alguns indícios que a coisa pode melhorar. Plantas como a Glossostigma e a Brasiliensis (que estavam desaparecidas desde que fiz a última poda), começaram novamente a crescer, e a Sagittaria Subulata continua rija, mesmo depois de ter estado coberta por algas filamentosas. As Cianobactérias continuam a dar um ar de sua graça aqui e ali de vez em quando (que desaparece no espaço de um ou dois dias com uma seringa e um bocadinho de Excel), mas mais importante é mesmo que a Monte Carlo antiga se lembre de ressuscitar ou se deixe "engolir" pela nova. Entre tudo isto, lá terei que esperar mais um pouco e ter alguma esperança de poder vir a participar pela primeira vez num concurso internacional de aquascaping. Se a coisa der para o torto, começo de novo 🙂 .