Pela mesma razão que bebidas carbonadas (cerveja, coca-cola, etc) devem ser armazenadas no frio. Quanto mais quente estiver o líquido, menos capacidade tem de manter os gases dissolvidos, ou seja, uma cerveja quente fica "morta" muito mais depressa que uma cerveja fria.
Tudo o que dificulte a respiração dos peixes e invertebrados, torna-se problemático, especialmente nos meses de mais calor.
Quanto mais quente estiver a água, menos capacidade tem para manter oxigénio dissolvido que os peixes precisam. Pouco oxigénio dissolvido, juntamente com uma saturação de CO2, dificulta a respiração dos peixes, e além disso, quando se faz injecção de CO2 tenta-se ter menos trocas gasosas para não perder esse CO2 que estamos a injectar. Isto é feito limitando a agitação à superfície da água, o que além de limitar a perda de CO2 também limita a reabsorção de oxigénio pela água.
A acumular com isto tudo, há estudos que indicam que muitas das doenças que vemos nos aquários são provocadas por agentes (bactérias, fungos, etc) que gostam de ambientes com oxigénio reduzido.
Quero só finalizar esclarecendo que injectar CO2 não tem muita influência na quantidade de oxigénio que está na água, a água consegue absorver/manter os dois da mesma forma, o problema é que, com uma maior saturação de CO2, se torna mais difícil para os peixes absorver só o oxigénio que está na água.
Portanto, utilizar CO2 sim, mas com muito cuidado. Em aquários muito pequenos (10L com 2 peixes é MUITO pequeno) e com peixes é de evitar.