É verdade, este aquário é muito bonito e tem algumas características que aprecio como o sexto vidro e a estrutura para esconder o equipamento, mas as dimensões são um desafio sim!
Escolhi para substratos uma opção económica, mas que anteriormente me deu resultados aceitáveis: JBL Aquabasis Plus (4 cm apenas na traseira do aquário, na zona onde vão existir plantas) e Manado no topo (até 10 cm de altura nalgumas zonas). Continuo a achar que os produtos da ADA são os melhores para o crescimento e manutenção de plantas aquáticas em aquários full tech (+500 lm/L e injecção de CO2), mas como vou optar por uma montagem o mais simples e de mais baixa manutenção possível, estes substratos devem ser mais que suficientes.
Sendo um aquário de baixa manutenção, a colocação de uma planta de tapete está praticamente fora de questão. Por isso, a frente do aquário tem apenas areia de sílica que é fácil de limpar e no longo prazo pode sempre ser substituída. Para separar os substratos usei uma cartolina que depois retirei. Há sempre alguma mistura de substratos nos primeiros tempos, mas quando as plantas ocuparem a zona de transição substrato-areia, esta mistura torna-se menos relevante.
Uma vez que o aquário é muito alto e pouco profundo, o truque de aquascaping para minimizar estas dimensões menos favoráveis é um grande declive entre a frente e a traseira do aquário. Também as rochas devem ser colocadas de tal modo que ajudem a suportar o declive do substrato.
Fiquei razoavelmente satisfeito com o hardscape principal, tendo conseguido gerar várias linhas condutoras do olhar e alguma profundidade com o uso destas rochas. Falta acrescer algumas rochas mais pequenas na zona de transição, eventualmente seixos de pequena granolometria, mas não tinha contado com essa possibilidade e não tinha esse material comigo durante a montagem. Irei acrescentar mais tarde, mesmo com o aquário já cheio.
As plantas são muito simples e de baixa manutenção e exigência, pertencendo quase todas à classificação "Fácil" da Trópica. Em resumo, temos musgo nas extremidades dos troncos, fetos 'narrow' na base dos mesmos, Bucephalandras na zona de transição troncos-rochas, pinnatifida no centro do layout, cyperus na traseira e Hydrocotyle nas laterais.
Ficaram a faltar algumas plantas por não haver stock, nomeadamente dois musgos para as rochas da frente, mas que podem ser adicionados posteriormente e que são a Riccardia chamedryfolia e o Fissidens fontanus e também uma ou mais espécies de Marselia, não para fazer tapete, mas para criar preciosos apontamentos de verde entre as rochas, com o seu pontual trevo de três folhas que por vezes as plantas deste género desenvolvem.
E por hoje é tudo, aquário cheio, ciclagem iniciada, dentro de algumas semanas voltamos a falar!