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Showing content with the highest reputation on 12/27/19 Em todas as areas

  1. Bons dias a todos, Antes de mostrar fotos do problema, apresento o meu lago. Como qualquer lago, até estabilizar era um caldo de ervilhas, levou 4 meses e muito trabalho a clarear. Não utillizo filtragem UV, apenas fisica e biológica. Finalmente o esforço deu resultados e a água tornou-se límpida. Agora, algumas fotos dos seus habitantes, os peixes foram inseridos, as rãs apareceram sem convite. Agora que apresentei o meu lago, relato o meu problema. Desde o final de Agosto começou a aparecer por todo o lago umas placas verdes escuras a cobrir tudo, estão a matar as plantas aquáticas todas, deixo uma foto. Alguém saberá que alga, ou o que é isto? Como conseguirei controlar? Obrigado.
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  2. Olá pessoal, finalizei hoje o tratamento contra as Cianobactérias e como considero os resultados muito positivos venho-vos deixar o meu testemunho que poderá ser útil para mais alguém com o mesmo tipo de problema. Não tendo formação académia nas áreas da Biologia nem da Química, tentei procurar informação sobetudo pela Net, mais tarde, conversas com alguns amigos permitiram-me esclarecer uma ou outra dúvida que então surgia. Antes de mais quero esclarecer que também eu considero que sempre que possível devemos tentar o equilibrar o nosso aquário com a menor quantidade possível de químicos. Mas no meu caso trata-se de um aquário plantado sobre substracto inerte, o que implica a introdução diária de Potássio, Ferro, Micros, Nitratos e eventualmente umas duas vezes por semana Fosfatos, logo químicos é o que não falta naquele aquário! Julgo que o aparecimento/desenvolvimento das Cianobactérias no meu aqua se deveu sobretudo a uma fase de baixa oxigenação. Com efeito, tenho ainda muito para aprender e com receio de perder demasiado CO2 (no meu caso caseiro), coloquei a saída do filtro de forma a interferir o mínimo com a superfície do aquário. Agora comprendo que foi um erro que aliado á injecção contínua de CO2, me provocou vários desiquilíbrios. De acordo com o que compreendi nas minhas pesquisas, os motivos principais para o desenvolvimento de Cianobactérias nos nossos aquários sâo: 1 – Um desiquilíbrio entre Oxigénio, Nitrogénio e Fósforo. 2 – O aumento anormal de elementos Nitrogenados e Fosfatados. 2 – Um aumento de matéria orgânica que favoreçe o desenvolvimento de microorganismos e que acabam por consumir o oxigénio dissolvido na água, favorecendo a actividade fotosintética das Cianobactérias. 3 – Nos meios anaeróbicos (sem Oxigénio), a disponibilidade de formas inorgânicas de Nitrogénio e Fósforo aumenta, facilitando as infestações muitas vezes observadas junto ao substrato ou entre o substrato e o vidro. Curiosamente as Cianobactérias ou “Algas Azuis”, podem ter presentes pigmentos azuis, verdes, amarelos, laranjas ou vermelhos e estes podem existir simultaneamente em maiores ou menores graus. Ainda mais curioso é o facto do Mar Vermelho receber esse nome devido à presença de “Algas Azuis” vermelhas! Com efeito as Cianobactérias são seres unicelulares (bactérias) que desenvolveram à milhões de anos a capacidade de realizar fotosíntese. Serão provavelmente dos primeiros organismos a aparecer com clorofila, sendo talvez as pricipais responsáveis pelo acúmulo de Oxigénio na atmosfera primitiva. A fotossíntese é o principal meio para a obtenção da energia e para a manutenção metabólica das Cianobacérias. Os seus processos vitais necessitam de água, CO2, substâncias inorgânicas e luz. Como controlar as cianobatérias nos nossos aquários? Baixos níveis de Oxigénio, super povoamento, má filtragem e/ou acúmolo de detritos facilitam o surgimento e/ou desenvolvimento das Cianobactérias. Fixando-se através de uma camada gelatinosa, e mesmo com sinfonagem restam normalmente indivíduos suficientes para formação de nova colónia. Para além de frequentemente se instalarem em frestas de troncos e rochas onde a sinfonagem se torna impraticável. Reproduzem-se por esporos, que podem ser eliminados com um filtro de UV, mas também por divisão celular ou fragmentação, de nada servindo o filtro de UV neste caso. Existem pois dois processos que se têm demonstrado eficazes na eliminação das Cianobactérias: - O APAGÃO, onde se privam as Cianobactérias de Luz, impossibilitando assim a realização de fotossíntese e consequentemente se restringe a obtenção de energia e a manutenção metabólica. Este método, embora eficaz e eficiente também para a resolução de problemas com outro tipo de algas, apresenta o problema de enfraquecer não apenas as algas como também toda a flora presente. Do ponto de vista prático, situações podem existir em que seja muito difícil ou impossível impedir a Luz de alcançar o aquário, quer por motivos funcionais quer por razões de outra ordem. - A ERITROMICINA, um tipo de antibiótico considerado adequado para o combate a este tipo de bactérias. A composição da membrana celular das Cianobactérias dificulta a acção doa antibióticos, a dosagem incorrecta ou o prazo insuficiente pode torná-las resistentes, obrigando à utilização de outros antibióticos que podem destruir toda a fauna bacteriológica do aquário. A Eritromicina é um antibiótico que actua apenas sobre bactérias gram-negativas, não destruindo assim as outras e permitindo ao filtro continuar, embora reduzida, a sua acção biológica (nem todas as bactérias do filtro biológico são gram-negativas, portanto nem todas morrerão com este antibiótico). É fundamental usar este antibiótico adequadamente, evitando o aparecimento de bactérias resistentes e a necessidade de recurso a outro tipo de antibiótico cujos efeitos no nosso aquário sejam menos desejados. Eliminação de Cianobactérias com ERIMOTRICINA: - Antes de iniciar o tratamento deve ser efectada uma profunda sinfonagem do sedimento no fundo do aquário, devendo ser removida a maior quantidade possível de Cianobactérias; - Aplicar diáriamente uma dose de 250 mg de Eritromicina para cada 100 l de água, por um período de três dias. (no meu caso e para garantir a completa eliminação das bactérias, optei por prolongar o tratamento por mais um dia, após verificar que os Nitritos e a Amónia se mantinham em valores aceitáveis); - Diáriamente, antes de administrar o antibiótico deve-se proceder a uma sinfonagem de todas as algas mortas evitando desta forma a acumulação de matéria orgânica em decomposição que originaria um pico de Nitritos e Amónia; - No dia seguinte ao término do tratamento deve ser feita uma troca de pelo menos 50% da agua, repondo desta forma os níveis de Nitritos e Amónia em valores mais reduzidos. Deverá ser colocado carvão activado no filtro durante 24 horas. Na agua reposta, será benéfica a adição de um activador de bactérias, facilitando assim uma mais rápida recuperação da fauna bacteriológica benéfica. Esta rotina de tratamento deve ser efectuada com rigor, de forma a evitar a sobrevivencia de Cianobactérias ao tratamento que poderiam gerar o desenvolvimento de colónias de bactérias resistentes à Eritromicina. A Eritromicina que utilizei encontra-se à venda em farmácias sob o nome de ESE 500. Existem comprimidos de 500 mg e 1000 mg. Existe também em grânulos e saquetas (suponho que façam o mesmo efeito, mas como têm sabor optei pelos comprimidos). Este medicamento é vendido sob receita médica. (no meu caso pedi a receita ao veterinário, que após saber qual o seu destino a prescreveu sem colocar nenhuma objecção) Espero com isto poder ajudar alguém. Desculpem a extensão do texto e se detectarem algum erro, alertem-me pois tentarei editar com as eventuais correcções ou informações adicionais consideradas importantes.
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