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Fonte: Aquariofilia.net do meu amigo André, e fiz um complemento com as nerites do Brasil.

 

Nome científico: Neritina natalensis (Reeve, 1845)

 

Família: Neritinidae

 

Descrição: Neritina natalensis é uma linda espécie de caracol aquático com uma casca castanha clara marcada com riscas pretas num padrão interessante. No meu entender, o padrão pode diferir conforme a variante geográfica desta espécie de caracol, mas não encontrei confirmação desta minha suposição. O Corpo da neritina é cinzento com riscas negras em volta de todo o animal.

 

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O tamanho destes caramujos adultos ronda os 2cm em que o corpo é praticamente todo protegido pela casota deixando apenas as antenas de fora. Alimentam-se quase exclusivamente de algas e não danificam as plantas tornando-se animais muito atractivos para aquários plantados.

 

Este não é um molusco Hermafrodita, existe distinção entre sexos, mas a olho nu o sexo é difícil ou impossível de determinar. As minhas fêmeas são maiores que os machos, mas não sei se isto é regra geral ou se os machos são mais novos.

 

Reprodução: A reprodução de Neritina natalensis é notoriamente difícil e eu apenas conheço um relato de reprodução bem sucedida em cativeiro de “raresnail”, membro em www.applesnail.net. Ele descreve ter usado argila africana rica em ferro numa base de areia no aquário de reprodução que as neritinas comiam antes de pôr ovos. Explica também que as larvas são difíceis de manter porque não se alimentam de algas como os adultos. Ele teve sucesso na alimentação das larvas com spirulina. Mas o relato dele é incompleto e não refere a salinidade da água.

 

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Pela minha experiência o macho monta a carapaça da fêmea e enfia o seu órgão sexual em forma de tromba, dentro da casa da fêmea receptiva, assim fecunda os ovos que ela cola em superfícies duras, preferencialmente madeira ou vidro, depois de as limpar cuidadosamente. Põem muitos ovos soltos pequenos e brancos por todo o aquário. Estes ovos ficam gradualmente mais amarelos e acabam por desaparecer sem que eu veja larvas nenhumas.

 

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Dois machos as cavalitas a uma fêmea enquanto ela limpa o local de postura.

 

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Ovos: Um RedCherry ao pé de ovos de neritina.

 

Há especulações interessantes sobre o estado de larva deste caramujo que o comparam as larvas dos mexilhões que se agarram a guelras de peixes sem os prejudicar para se alimentar de plâncton. Não creio que seja este o caso, mas acho interessante referir isso para exemplificar o quão pouco sabemos da reprodução de Neritinas.

 

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Origem: África do Sul. Devido ao nome “Natalensis” há muita gente que associa este animal a Região de Natal no Brasil, quando na realidade o nome se refere ao distrito sul-africano de KwaZulu-Natal onde o Rio Tugela é considerado o berço desta espécie de neritina.

 

Habitat natural: Como este molusco se adapta perfeitamente a água doce como a água salobra há muitas especulações sobre o meio preferido dele. O que me parece mais lógico, dado que é encontrado na foz do rio Tugela, é que a neritina vive em água salobra durante a maior parte do ano e em período de cheias a água da foz fica predominantemente doce. A neritina estaria portanto adaptada a essa mudança sazonal de salinidade. As neritinas passam facilmente longos períodos fora de água. E passam por períodos de hibernação em que se enterram em areia ou lama.

 

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O Rio Tugela – O Habitat natural de Neritina natalensis. A imagem foi tirada de en.wikipedia.org.

 

No Aquário: É extremamente fácil manter este animal resistente em praticamente qualquer tipo de aquário em bom estado. O ideal, no entanto seria um pH entre 7 e 8, uma temperatura entre 22 e 27ºC e kH e gH elevados. Estes caramujos são mais activos durante a noite e se o aquário não estiver tapado é possível que passeiem pela casa. Há diversos relatos de Neritinas que foram encontrados a uns bons metros do aquário e eu próprio já apanhei os meus a caminho da cozinha para buscar uma folhinha fresca de alface, mas se estiverem satisfeitas com a qualidade da água no aquário não devem dar passeios para fora da água.

 

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Em suma, aconselho estes caracóis que são uma excelente arma contra algas, não danificam plantas e são muito bonitos.

 

Pessoalmente gostaria de os reproduzir, mas infelizmente tenho o pH muito baixo para isso e se calhar era capaz de precisar de ter água salobra. O gosto que as minha neritinas têm de se enterrar torna-se um bocado chato quando decidem entrar debaixo do meu tapete de Hemianthus callitrichoides ”Cuba” desenterrando-o.

 

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Fonte: Cdb Conquiologia

 

CLASSE: GASTROPODA :: MARINHA

FAMÍLIA: NERITIDAE

ESPÉCIE: Neritina virginea (Linnaeus, 1758)

 

Foto A: Anchieta, ES. 15mm. Col. C.Henckes

Foto B: Salvador, BA. 10mm. Col. E.Schirrmeister

Foto C: Porto de Galinhas, PE. 12mm. Col. E.Schirrmeister

Foto D: Praia do Forte, BA. 12mm. Col. C.Esteves

Tamanho médio: 15 - 20mm

Ocorrência: R.Janeiro, E.Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, R.G.Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará (plotar mapa)

Sinônimos:

Localidade Tipo:

Habitat : Areia - Vive em fundos arenosos, enterrada ou sob ele e Lodo - Vive em fundos lodosos

Alimentação: Herbívoro - Alimenta-se de plantas e algas

Freqüencia : Comum

 

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CLASSE: GASTROPODA :: MARINHA

FAMÍLIA: NERITIDAE

ESPÉCIE: Neritina zebra (Bruguière, 1792)

 

Foto A e B: Ilha de Marajó. 20mm. Col. E.Schirrmeister

Tamanho médio:

Ocorrência: R.Janeiro, E.Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, R.G.Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará (plotar mapa)

Sinônimos:

Localidade Tipo:

Habitat: Pedra - Vive sob ou sobre pedras

Alimentação: Herbívoro - Alimenta-se de plantas e algas

Freqüencia : Comum

 

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Foto A

 

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Foto B

 

Espero ter esclaredido um pouco as d